terça-feira, 31 de maio de 2005

- Pão e circo

Já se falava no império romano que tudo que o povo precisava era de pão e circo. Hoje foi esse o destaque da aula de Latim que contou com inusitadas lições de vida e de morte, sendo a segunda um capítulo engraçadíssimo do professor contando quando foi ao crematório do Memorial do Carmo (cemitério do Cajú, coladinho com a Av. Brasil) e que o lugar parecia uma churrasqueira. Minha vida! foi hilário.
Agora, voltando ao povo (já que ninguém gosta de falar de morte mesmo), me chamou atenção um citação latina: "O povo quer ser enganado, que seja enganado então". E esta frase é o que há (expressão gaúcha essa, esses dias que me dei conta), digo isso porque comentando na aula sobre o quadro político brasileiro, destacando-se todo o circo que acontece no Estado do Rio não há como pensar outra coisa.
Quem não se lembra (por mais avoado que seja) de nos meses anteriores (pouco tempo faz) o escândalo da saúde pública no Rio de Janeiro, hospitais fechando as portas, o Governo intervendo... culpado de cá, culpado de lá, ninguém assumiu nada, colocaram as Forças Armadas na rua mais uma vez, só que desta pra cuidar da população carente por atendimento médico público. Depois do 'bafafá' agora estão as ambulâncias (muitas) todas paradas num estacionamento na fioCruz que serviriam pro projeto de atendimento de emergência médica em casa. 'Balela' essa que o povo engoliu quando surgiu a idéia e que muitos nem lembram mais.
E a culpa de quem é mesmo?
- Culpa do quê? Como é a história da churrascaria, hein?
Pão e circo meus caros amigos...

3 comentários:

Pablito disse...

Oi Fá!
O povo sou eu. E também és tu. Cada um de nós, enfim, é povo. Por que digo isso? Porque falar em povo caiu na banalidade, a ponto de não nos reconhecermos mais como povo. Parece que povo é algo distante, talvez uma massa homogênea e estúpida. Bom, discordo radicalmente disso, e tenho bons motivos para.
Acho que um dia - talvez distante -
a vida irá melhorar para todos. Preciso acreditar nisso, preciso lutar por isso. A própria literatura, me perdoe se exagero, me parece uma luta contra a tristeza que há no dia-a-dia. Sim, penso que as letras nos ajudam a despertar. "A palavra é a casa do Ser", Heidegger.
Ah, tomei a liberdade de colocar um link no meu blog que leva direto ao teu, ok!?
Beijão!

disse...

concordo ´plemamente!

Anônimo disse...

Sim, provavelmente por isso e