terça-feira, 30 de novembro de 2010

o sushi da resistência

Existe a pomba da paz, símbolo essa da paz daqui e de todos os cantos. Nestas últimas investidas contra os morros perigosos da cidade, eu experimentei o sushi da resisência.

Quinta-feira, um sushi num canto de Nikite pra terminar o dia e comemorar o fim dos estágios, o começo de novos tempos, etc... Fomos lá com as colegas de trabalho. A noite corria agradabilíssima, com uma chuva torrencial lá fora quando ao ir embora, chegar no meu clássico e tranquilo ponto de ônibus e me dar conta que NÃO TINHA ÔNIBUS. No mesmo momento liguei para um amiga, logo liguei para a outra... E... Arranjei lugar para dormir aquela noite, já que me encontrava sozinha numa noite chuvosa em plena Roberto Silveira deserta. A aventura de quinta acabou por aí.

Na sexta-feira, dia 26, seria o aniversário de queridíssima amiga Renata. Tínhamos combinado há tempos de ir para o sushi perto da casa dela, até mesmo como forma de saudosismo porque tempos atrás a LEJ tinha se reunido lá para comemorar o aniversário dela. Ficamos naquela dúvida, se íamos ou não. Até que Thathá liga perguntando se poderia ser mais cedo, já que a labuta dela terminaria mais cedo aquele dia. Concordei com o mais cedo, e depois da prova de mestrado da PUC fui correndo para lá numa via cruces que passou pelo metrô de superfície, metrô e ônibus. Tudo parecia tão tranquilo, apesar do movimento na rua estar misturado com policiais armados até os dentes. Cheguei na casa de Renata, Thatha já se encontrava no sushi. Fomos para o famoso restaurante da zona Norte carioca, sentamos nas almofadinhas do chão e falamos do tempo, do espaço, da vida, do vento e da violência, mas sem perder a noção da hora.

Celebremos então o sushi da resistência, que mesmo nas horas mais inóspitas continua a existir, num protesto silencioso pelas boas coisas da vida, mesmo em tempos de guerra, seja a guerra lá de fora ou a guerra aqui de dentro da gente.

rio de janeiro cidade sitiada

O cenário carioca da semana passada foi pesado. Ônibus queimado em pleno São Gonçalo na quinta-feira, não conseguir voltar para casa, pois as companhias de ônibus tiraram os veículos das ruas, população assustada longe ou perto da vila cruzeiro. Se a ordem era tocar o terro, este foi muito bem tocado. Fiquei em dúvida se ia para a prova da PUC ou não, se dava aula no sábado na UFRJ. Acabei suspendendo as aulas, pois não suportaria se algum aluno se esforçasse para chegar a aula e algo acontecesse com ele.

A sensação de vazio toma conta, mesmo depois do tal sucesso da polícia. Estou cansada de ter de correr de bala perdida. Mesmo que nem ao menos tenha escutado um ruído de bala. Aí que tá: nesta confusão toda não escutei nenhum tiro, ainda assim o medo era tão presente quanto se tivessem atirando constantemente ao pé do meu ouvido. O pânico que é lançado pra dentro da gente é o a pior arma que polícia e bandidagem podem ter em relaçao a sociedade.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

pelo dia do ser

o dia em que devemos largar nosso orgulho bobo, nossas manias tolas, o querer estar certo sempre. pelo dia de letras minúsculas, iguais, sem essa de uma ser maior que a outra ou melhor que outra, ou mais bonita que a outra. ser bonito é simplesmente ser. e depende muito de quem olha para o nosso ser e nossa alma. dependendo da pessoa nos tornamos os seres mais bonitos do mundo. e parágrafos também, para que? e para que problematizar com ênclises, próclises e mesóclises. me faço a próclise errada da vida, sem razão gramatical de existir, mas com o intuito de ser útil nesse mundo... que não seria mais simples se me chamasse raimundo, como diria o poeta, seria só uma rima. a rima que dentro de mim há tempos pede pra sair, mas não sai. que clama pra ser tirada de dentro de mim, arrancada com força e com ênfase na silaba tonica de co-ra-çao. ah, eu sou, tu és e nós somos! somos lúcidos e conscientes da insanidade que nos acomete. sabemos que não faz sentido ser sentido agora. temos de ser insanos, temos de ser coração. não há dádiva mais suprema agora do que sermos os mesmos de sempre, os mesmos de séculos antes vindos, de eu criança e você rio, num encontro mais que puro, nos reencontrando finalmente agora para ser nós juntos. ou ser a maior mentira já inventada na terra. a mentira que inventamos para nós mesmos para sermos o que não somos... ahhh, que vertigem é essa de pensar, pensar, pensar! pensar o potencial que temos, as cores que nos cercam, o lilás da vida que não é lilás. é azul, abóbora, rosado e às vezes quase roxa. sejamos a cor que queiramos, mudando de cor como as nuvens mudam de lugar. nao deixemos desfazer o nosso ser por querer ser mais. mais do que não somos e nunca queremos ser. vamos simplesmente tentar sentir. afinal, o sentido de tudo está em sentir e querer ser sentido. vamos terminar essas linhas errôneas sem deixar claro o que se quer, sem coesão, coerência e saussure. sem ser aplicável de qualquer forma, sem ser forma... ser uma nuvem como bate o sol. e ser tão absurdo e inexplicável como quando começou todo rebuliço dentro da gente. e fim de linha.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

toda sexta ela faz tudo sempre igual...

Ela chega atrasada na aula da pós. Depois pega água nos corredores de letras, vai ao banheiro, se olha no espelho. Segue para a orientação do CLAC. Chega atrasada ou encima da hora. Quando a orientação termina ela fica ali na mesma sala, na mesma mesa esperando dar 13h enquanto corrige uns trabalhos da monitoria esperando um específico alguém ligar para irem almoçar junto com o pessoal da pós. Quando almoça, volta às 14 e tantinho, encima do laço para reunião. Quando não almoça, fica na mesma sala dos monitores do clac fazendo o que tem de ser feito o mais rápido possível. Vai para reunião da monitoria, fala dos trabalhos corrigidos, da agenda para os próximos encontros, etc. Já imenda ali mesmo a reunião do grupo de pesquisa sobre humor e ensino. Às 16h está livre para respirar um pouquinho até 16:30, quando tem de pegar o ônibus interno até o ponto do ônibus que vai para a Praia Vermelha. O ônibus sai 17:15. Chega umas 18:10 na Praia Vermelha. Vai no RioSul, compra algo que precisa, ou come alguma coisa. Volta para Faculdade de Educação. Sobe as escacas, passa pelo corredor com piso de madeira rangendo, chega na sala e fala com as pessoas aleatoriamente enquanto o professor dá atendimento pessoal para alguns alunos. Espera sua vez para falar com o professor. E neste sexta vai falar como sua prova de aula foi boa, como tudo deu tão certo e as dicas dele foram preciosas. Depois ela carrega o peso do mundo em suas bolsas e se dirige para algum lugar onde possa ter descanso absoluto.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

a gripe chegou

e por onde pararam as palavras?

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

o aperto daqui

Um aperto no coração apareceu hoje. Não sei se por saúde ruim ou por impressão errada das coisas, o aperto estava aqui.

Andando assim, voltando pra casa, o aperto veio mais forte. Coloquei a mão no peito, fiz uma careta e me perguntei o que seria aquilo. Seria o aperto do que pode ter sido, do desgaste do dia que não te deixa pensar, da carta não respondida, da mala ainda pra desfazer no meio do quarto, incerta? A dor que vem de não arrumar o guarda-roupa e de deixar a vida assim, uma bagunça, vazia e incerta?

É a dor que mostra como somos vulneráveis e como temos de apostar todas as fichas naquilo que amamos. A dor chegou e se foi. Ficou a inquietação pra saber de onde ela veio, do porquê desse vazio, da falta do sei-lá-o-que mais crucial do mundo.

O aperto daqui é ter mais espaço no Rio do que posso suportar. É a falta do que está longe, daqueles me oferecem desautomatização da alma, do corpo, da mente, de tudo.

estou ligado a cabo a tudo que acaba de acontecer

A promessa - Engenheiros do Hawaii


"o céu é só uma promessa, eu tenho pressa vamos..."

terça-feira, 2 de novembro de 2010

os ventos de novembro

Novembro chega com muitas novidades. A primeira delas é que temos novo presidente. E é mulher. A melhor parte disso (eu acho) é que ninguém fica discutindo o fato dela ser mulher ou não, ou se ela teria competência ou não de governar o Brasil por ser mulher.

Na minha réles existência os ventos estão mais indefinidos do que o destino de Brasil. Não sei se haverá CPI, ou renuncia de cargos. Talvez um novo plano monetário deva ser implantado no próximo ano. Não quero ser mais um país tão somente de turismo e quero as pessoas querendo morar nele, com direito a ter casa na praia e casa no campo.

Entre as resoluções por uma nação melhor devemos investir muito mais na educação e na cultura, deixando essa história de falta de tempo e recursos de lado. Além disso a área da saúde é sempre preferencial, mas investindo na medicina preventiva com intuito de melhor também a qualidade de vida. Incentivo ao esporte e educação física é essencial, além de uma alimentação saudável para toda população.

O meu país deve ser feito também com amor, carinho. Também da emoção de se levantar todos os dias da cama e presenciar o milagre da vida e das coisas simples e bonitas que acontecem ao nosso redor.

O mais importante, poesia é a legislação vigente: "Se as coisas são impossível, ora/ não há motivo para não querê-las..."

Oh, Pátria Amada, sigamos rumo a satisfação.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

o tempo de mim

O meu tempo se perdeu em algum lugar imaginário cuja porta secreta a senha foi esquecida. O abracadabra não a abre, as chaves em minha mão não a abrem. O tempo e a porta se perderam. E eu aqui, precisando tanto dele. Preciso dele tanto quanto a mim mesma. A necessidade se acentua quando cobram de mim o tempo que não tempo, pois partiu de mim e se escondeu numa fenda cheia de logo e insetos rasteiros, sem chance que o encontre fácil assim. Minha esperança era que vendo meu desespero houvesse ajuda de alguém. De um alguém que fosse. De uma alma que me olhasse e dissesse que não tem problema eu não ter tempo. Que temos todo tempo do mundo, como Legião já dizia. Mas meu tempo se perdeu, e não há alma que me sirva de consolo. Não há. Fica o vazio, fica minha falta de resposta, pois fico procurando um tempo que não existe e com isso perco o que mais importa nessa vida: o convívio humano. Falta a carta, faltam palavras de carinho com quem merece, falta ler todos aqueles livros para a próxima prova do acaso, falta abraçar mais papai e mamãe, falta cuidar mais das unhas e da alma.

Sem o tempo fica a falta. A falta de mim mesma, do que eu poderia ser, mas sem tempo não tem como sê-lo. Prometo que tentarei ser mais eu e menos falta de tempo. Mas pra isso preciso de muito amor seu e carinho de todos os cantos. Cansei de ser movida a grito, a drama, a palavras rudes. Agora se quiser que eu me mova e que administre a falta de tempo tem de doar muito amor. Amor. E é só.

Que se apague a luz, vou sonhar com minha falta de tempo. Vou sonhar com uma casa em Pasárgada. Vou sonhar.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

dia do professor

Pela primeira vez EU celebrei o dia do professor como professora que sou. Antes me sentia quase professora, meio professora, rascunho de professora. Agora sim, sou professora. Professora sem "p" maiúsculo: professora simples e com pé no chão.

Gosto do que faço e não consigo pensar em melhor escolha. Aulas são um exercício da alma, no qual o físico e a mente entram em harmonia. Inspirar alunos vira um vício. Exercitar criatividade é o foco. Embeber-se de convívio humano é uma bênção.

Penso que todo (bom) professor tem um "quê"de Aquiles, no fundo no fundo quer ficar eternizado na memória de seus alunos, como a lenda que nunca morre. Tenho várioas Aquiles que me inspiraram e que de certa forma me ajudaram a conduzir minhas primeiras aulas. Aos poucos vou virando Aquiles do meu próprio destino de professora e marcando com minha "areté" vidas e histórias pela vida aleatória.

Repito, não poderia ter escolhido melhor.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

tenho notícias

Não sou linguisticamente aplicada. Minha redação não contempla o liquido do seu mundo. Os eixos dos meus limites se chocaram com o seu.

Tenho notícias:

Fiquei para tia nesse processo todo. Vejo já os futuros geradores de filhos lindos e saudáveis. E Eu? Parece que não tenho útero.

Tenho notícias:

O cordão umbilical foi cortado. Há de ter de se caminhar sem o escudo de Minerva. Hei de me desvincular, enfim...

Tenho notícias:

Há muitos caminhos para se chegar a Roma.

domingo, 3 de outubro de 2010

vendi meu voto

Vendi meu voto por uma sobremesa de morango. Mamãe propos: vote nos meus candidatos que faço uma sobremesa de morango (que é verdadeiramente muiiiiiito tentadora). Gostei da proposta e não me fiz de difícil não.

No dia da eleição tinha ela feito uma papelzinho para mim com todos os nomes na sequência correta. Tinham todos que ela queria. E tinha um em aberto ainda, mas com sugestão. Cheguei na urna, depois de esperar uns 10 minutos porque a urninha não quis funcionar por um tempo, me peguei olhando para uma folha branca com letras azuis fortes. Não quis acreditar, mas verdadeiramente tinha vendido meu voto. Por UMA sobremesa de morango.

Indignação, deveria ter pedido mais sobremesas!

come here




Em homenagem ao Festival, posto aqui um daqueles filmes que nos fazem mais que pensar, nos fazem sentir.


Na minha opinião, esta é uma das melhores cenas de filme da história do cinema.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

é hoje

é daqui a pouco.

mamãe comprou suco pra levar. comprou barra de cereal e fez um sanduiche pra mim.

ela nem sabe que vou fazer a prova daqui a pouco.

não tem preço.

não tem preço também ajuda de pessoas que nem sabem quem vc é. e que ajudam sem esperar nada. eu acho.

ajudam não só com material, mas também com s-u-p-o-r-t-e. com confiança.
faz toda diferença.

se eu pudesse dizer algo pra eles: vocês fazem toda a diferença nesse mundinho de meu deus. vocês fazem toda a diferença aqui no meu mundinho, aqui no meu coração.

parti dessa pra ufrj.

domingo, 26 de setembro de 2010

sábado, 18 de setembro de 2010

18 de setembro

Meu aniversário caiu no sábado. O sábado de folga de muitos, é um sábadoo de pura labuta pra mim. Dia de acordar bem cedinho, de ir pra UFRJ, de dar aula no CLAC. Agora com duas turmas,de dar aula no CLAC o dia inteiro.

No caminho fiquei pensando: "Quereria eu ficar em casa, fazendo nada, fazer festa na noite, ir pra algum lugar interessante?". Sabe, caro leitor, devo confessar: o que eu queria mesmo estar fazendo era exatamente aquilo: a caminho do CLAC, encima da hora (porque a fahdiga não me permitiu acordar na hora certa), esbaforida e ansiosa por mais um dia de aula. E quando se sabe o que quer, o ambiente fica do mais leve e mais aprazível, e é aí...

Notei movimentos estranhos na turma da manhã, mas resolvi ignorar. Cheguei, coloquei a data no quadro, estava atrasada (e odeio estar atrasada). Eles não me disseram 'feliz aniversário', nem eu notei. Era um ir e vir de indivíduos... Até que se faz ali a surpresa: o bolo chega, com guaraná (e fanta uva), e salgadinhos e empadinhas e mais doces. Um encanto dessa vida. Muitos abraços, muito afeto, muitos parabéns. Eu fico perplexa, não sei como reagir. Sinto felicidade sincera. Sinto que algo do meu trabalho é bom para que eles sintam tamanha vontade de organizar tudo aquilo por mim. Na minha modéstia,no fundo no fundo, penso que não precisava tanto. Mas já que teve, vamos comer!

Bolo e salgadinhoa já foi o suficiente para o almoço. Começo a me preparar para a tarde. Na tarde, mesmoo a turma sendo querida igualmente a turma de demanhã, não havia notado nada de estranho, e sabia que eles me dariam seus sinceros parabéns e só. Os alunos do semestre passado me pregam uma surpresa, deixando um presente encima da minha mesa, uma daquelas cestas com tudo dentro. Coisa mais graciosa, eu fiquei sem fala. Neste ínterim, chegaram os alunos, começamos a aula, eu já tinha minha cota de felicidade preenchida. Vamos para o intervalo, Sue me chama para ir lá fora, vou acompanha-la. Quando volto, vejo meus antigos alunos me esperando para um abraço, quando sou puxada para dentro de sala e... Supresa: bolo, guaraná, salgadinhos, eles cantando parabéns, e eu transbordei. Lágrima correi. Felicidade transbordou. Muitos abraços, muito carinho... Eles contando a façanha de organizar aquilo tudo. E eu pensando: meu deus, eu mereço isso tudo? logo eu que nem faço nada demais?

Agradeci ambas as turmas, claro que eles riram de mim porque do meu jeito s'erio, acabo por falar coisas engra'cadas. Quando voc^e faz o outro sorrir tudo muda pra melhor. Eles foram respons'aveis por sorrisos engessados nessa minha face.

(e meu treclado acabou de se desconfigurar, eba)

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Sobre interesses

"Eu queria apenas dizer que gosto de você com seus defeitos. Amo ou venero poucas pessoas. Por todo o resto, tenho vergonha da minha indiferença. Mas aqueles que amo, nada jamais conseguirá fazer com que eu os deixe de amá-los, nem eu próprio e principalmente nem eles mesmos. São coisas que eu levei muito tempo para aprender. Agora já sei."


Albert Camus - O primeiro homem

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Coisas boas de setembro

Setembro é o mês de aniversário dessa que vos fala. Por esse motivo é um amontoado de dias que presto sempre muita atenção. Assim, nos meus pensamentos ao longo do ano venho enumerando as coisas boas e ruins de setembro. Começarei pelas boas, porque o que há de bom em setembro se sobressai muiiiiito mais do que o que tem de negativo.

Assim comecemos com a lista:

1) 1) Primavera. E não só a primavera (para o hemisfério sul), mas o outono para o hemisfério norte, o que significa um clima sem muito calor ou sem muito frio para ambos os lados, com paisagem bucólica e um clima gostoso de transição.

2) 2) Não tem muita chuva. Repare ao longo dos anos, tirando a semana do 07 de setembro (que sempre chove), setembro não é um mês que se caracteriza por tempestades que arrasam o mundo, catástrofes ou tragédias afins. Um bom mês para fazer festa de aniversário.

3) 3) Depois de agosto. Agosto as pessoas estão carregadas, estressadas, encucadas. Setembro chega com um feriado, as pessoas ficam felizes, leves e pensam que o ano está quaaase acabando logo depois da primeira prova do semestre.

4) 4) Morangos são baratos. Este é um dos GRANDES benefícios do mês, morango em cada esquina. Literalmente, é só andar pelas ruas e verá a fruta dita elitista por um precinho miúdo. Me esbanjo no morando (e na sobremesa de morango da mamãe).

5) 5) Setembro é espelho de dezembro. Não sei isso é um benefício notável, mas o mês de setembro é idêntico ao mês de dezembro, isto é, os dias da semana caem exatamente nos mesmos dias. Deu pra entender? Então, se você quiser saber que dia da semana cairá o natal, pode olhar também no calendário de setembro para chegar o dia.

6) 6) Minha mãe faz aniversário em setembro. Exatamente um dia depois do meu aniversário. O mês de aniversário da mãe da gente tem de ser SEMPRE especial.

7) 7) Não tem dia das crianças, dia dos namorados,dia dos pais, dia das mães, dia da tia, dia de nada... O que quer dizer que nada de presente acumulado: dar um presente representando as duas datas :P

Concordo com a afirmação de que o aniversário é importante só pra quem faz, afinal quem nasceu naquele dia (supostamente) fui eu mesma. Mas é tão boa a festa que é feita pelos outros e por nós mesmos. E é gostoso o processo de fazer aniversário porque se pensa naqueles pequenos detalhes dos dias ao redor que não se pensaria nunca normalmente.

Que assim seja setembro!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

new soul



simplesmente apaixonante música q video

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

nuvem de palavras do blog

O wordle é bem legal. Esse programinha que transforma seu texto em uma nuvem de palavras. Aconselho. E muito. Descobri no III Seminário Lingnet :D

Aqui vai o wordle da página inicial do blog no momento:


title="Wordle: blogminhavida"> src="http://www.wordle.net/thumb/wrdl/2360132/blogminhavida"
alt="Wordle: blogminhavida"
style="padding:4px;border:1px solid #ddd">



http://www.wordle.net - nuvem de palavras

a saga educacional

Amanhã é o dia que terei para me inscrever no mestrado da ufrj (o último dia). Cadê o pré-projeto? O gato comeu, só pode. Tenho nada ainda... Ao menos o curriculo de 5 páginas está garantido. Além, é claro, de uma fadiga, de uma pressão psicológica, de uns olhos pesados e fundos cansados de mundo. Ah, os documentos também, com direito a foto 3x4 novinha. E até que bonitinha. Enfim, não vou me desviar do assunto: vou abrir um documento do word e começar a escrever o projeto aquele de tecnologia e ensino que 'sempre sonhei'.

aff

terça-feira, 31 de agosto de 2010

o primo de sempre

Hoje é o aniversário do meu primo Luan. Não lembro a idade dele, mas deve ser algo por volta dos 21/22. Ele foi `meu primeiro primo`. Ao menos o primeiro primo perto de mim. Os outros estavam longe, em Minas Gerais. Ele tinha uma espada do He-man que eu adorava. Ele também. Quando soube que ele ia embora escondi a espada com o intuito dele lembrar-se dela e não querer ir até que a encontrassem. A minha intenção era fazer com que não a encontrassem nunca e ele ficasse comigo para sempre.




Esta foto foi de um aniversário que nossas mães organizaram para ser juntos. Meus 5 anos, creio que 3 anos dele. A festa foi bonita, mas eu fiquei um pouco de figurante. Sei que na hora desta foto ele pegava minha mão, agarrava bem forte e dava aquela risada gostosa. Minha mãe gritava para eu olhar para câmera, mas a ternura do sorriso dele era mais interessante de se ver. No final nasceu uma das minhas fotos favoritas, uma foto cujo sentimento embutido consigo respirar quando fecho os olhos.

Parabéns então para o único primo que tive. O primo que brincou comigo, que eu disse NÃO quando ele queria andar na minha bicicleta, que dividia os brinquedos comigo, que foi meu primeiro aperto no coração de saudade nessa vida.

Como gosto de escutá-lo até hoje dizer: "e aí, prima".

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

pequeno grande amor

De acordo com cometários no youtube este video foi promovido por um petroquimica da malásia com o intuito de mostrar o amor que transgride a questão da etnia.

É muito fofo:



E o video da Hannah pra acompanhar, aquela garotinha apaixonada pelo professor :)

Apimentada

Tenho umas excentricidades culinárias sem precedentes. Por isso cozinho só pra mim. O caso é que fui inventar o cardápio de hoje com o que tinha de prático e apetecível; acabei juntando tomate, milho de latinha, nuggets e uma pao plus vita com pasta de soja (sabor cebola e alho). Tudo ia uma delícia até que resolvi dar uma apimentada na coisa. Peguei o molho de pimenta especial de mamãe (daqueles que a pimenta fica curtida) e derramei... Derramei com vontade. Resultado, assim que meu paladar encontrou a tal pimenta meus olhos choraram de emoção. Fui comendo até quando pude, num misto de lágrimas e admiração pela minha capacidade de estragar o cardápio perfeito. Enfim, ao menos o suco de morango estava extremamente saboroso. Ao menos. E a pimenta provavelmente cortará meus lábios até tarde da noite de hoje.

aff

domingo, 29 de agosto de 2010

O vestido entrou!

Entre tantos acontecimentos interessantes, tantas histórias intrigantes que perpassam a minha existência presente, resolvo voltar aqui nessas águas turvas para falar do meu vestido que depois de meses coube em mim novamente. Não é vestido qualquer, é daqueles vestidos de festa de se usar em casamentos, 15 anos e outras festas no qual se tem uma mulher usando branco e algum tipo de tiara. E a explicaçao da preocupaçao com o vestido vem logo abaixo.

Foi-se inaugurado no povo LEJiano a temporada de casamentos. Começou com Gláucia pureza que limitou o convite dela para uns pouco quatro da turma (que obviamente não me incluia) e tendo sua segunda edição com o casamento de Paulex, no dia 11 de setembro, em algum endereço dessa cidade mais que grandiosa cujo bairro desconheço. Ainda teremos a edicaçao de novembro com Talita. Logo, além dos problemas de deslocamento, vem aquela pequena (que eufinismo) preocupação sobre o que usar, afinal sua imagem ficará perpetuada no album de casamento de alguém, além de correr o risco de parar no youtube.

Minha meta era emagrecer para caber então num tal vestido que comprei no canadá. O vestido é forma pequena, e mesmo 10kg mais magra ele ficava justinho. O bom é que ele não aparente ficar tão justinho, pois ele tem um bendito forro por baixo que _aperta_ tudo. Confesso que uns meses atrás o tal forro não me ofereceu passagem, e fiquei de fora do meu próprio vestido. Fiquei perplexa. E agora José? Não tem poesia que salve, o problema está nas medidas. Principalmente nas medidas a serem tomadas para conter o excesso de medidas.

Foi daí então que surgiu toda uma reflexão sobre estética (ou falta dela) e de saúde (ou falta dela). A falta da palavra "saudável" na minha existência é algo gritante. Precisava deixar esse grito de fora e trazer um pouco do equilíbrio silencioso que se tem quando se mantem corpo e mente em compasso. Logo, veio a academia, logo a nutricionista e um mês depois menos 4kg. Tudo parecia muiiito fácil até que me dei conta que não mais emagrecia... E que mais caia na tentaçao da excessão (de férias,de visita, de preguiça).

Temporariamente derrotada, resolvi achar o querido vestido só para o teste final e me conformar que teria de gastar algumas notas amarelas em novo vestido. E o resultado foi, o vestido entrou. Entrou. Entrou... Nao tá uma brastemp, mas entrou... Agora a motivaçao voltou. Não matarei academia na segunda-feira. Farei exercício físico até nas minhas mini-férias na próxima semana e o drama do não-caber ficou por AQUI.

E ponto.

Ponto final.

Até meus próximos menos-5kg.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

divagações

às vezes eu sinto que as pessoas perdem o interesse na gente. E talvez elas sintam que a gente perca o interesse nelas. A verdade é que eu sinto qualquer perda de interesse como uma avalanche aqui dentro do peito. Incontrovável desmoronamento que me deixa de pernas bambas por pensar na falta de aceitação de um sentimento puro que é o de ser amigo.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

coisas de pensamentos avulsos

De tantos fatos que sucederam na vida aleatória dessa que vos fala nada fielmente nesse blog abandonado ao próprio azar, só consigo me lembrar da Prosa do Papagaio. Este é pois o livro que acabei de ler de uma autora chamada Gabriele, que me autografou o livro que por muito acaso ganhei nesta segunda-feira última. Tudo muito por acaso que acabou gerando aquela tal improbabilidade infinita, que por sua vez gerou uma identificação momentânea em relação ao estilo e escrita da tal autora premiada. É que a tal moça escreve num estilo machadiano inconfundível, que por sua vez é dos meus prediletos na hora de escrever qualquer rascunho para ser chamado de literário.

Na verdade a literatura deu nó. Há chamados para que eu volte a escrever o que na verdade nunca escrevi. Há chamados para que eu faça um mestrado na área literária e me junte a alguma estrelas da enfadonha teoria literária. Como devo então me comportar diante de tanto chamados infames que me consomem a alma e me deixam com o cérebro na mão?

Do louro de Gabriele tive amostra de muito bom vocabulário e de uma quase iluminação que não deveria, por nenhum valoroso pedido de outros seres dos mais variados, seguir por um caminho que não seja... Falta palavra. Haveria pois caminho algum a ser seguido? O Louro tinha seu alpiste, suas castanhas, seu gosto em escrever e era fiel a isso, além de todos os latinismos. Parece que não sou fiel a nada. Nem a escrever, nem ao alpiste que alimente minha alma.

Creio que o que falta nessa tagarelice constante do dentro de mim comigo mesma é uma realização miúda que seja, um prêmio pela minha simpatia, um louvor ao meu sutil senso de humor, um querer da minha companhia. Falta eu ser literária, fazer literatura, tentar enxergar o desapercebido dos olhos que cá habitam o meu peito.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Em curitiba

Pois a vida na cidade grande mais bem planejada do Brasil é mais leve. E mais leve ainda com os melhores anfitrioes do mundo inteiro.
Ah, minha alma canta.

wordle do blog

title="Wordle: minha vida lilas "> src="http://www.wordle.net/thumb/wrdl/2262562/minha_vida_lilas_"
alt="Wordle: minha vida lilas "
style="padding:4px;border:1px solid #ddd">

terça-feira, 27 de julho de 2010

sábado, 24 de julho de 2010

Anima Mundi *_*


A melhor tradição carioca de julho: anima mundi.
Fiz uma maratona no domingo passado vendo curtas 1, 2, 3 e 4. Depois vi mostra panorada de terror e ainda verei o criador do bob esponja falando algo de útil na vida. Pena que minha agenda rota não suportou mas nada.

E assim acabará o anima mundo!

toda terça e quinta

O motivo da tristeza é pura e simplesmente por encontrar a escola estadual lá em copacabana em colapso e estado de guerra. Alunos x o resto. Todo o resto. Eu sou o resto. Eles estão contra mim. Eu contra eles. Nós nos degladiamos com olhares. Mal eles sabem o bem que lhes quero. Tanto. Tanto. Se eles soubessem me dariam mais carinho. Uma das professoras não gosta da minha presença, a outra é indiferente. Eu preciso de mais cuidado, de mais atenção... Só me deixam de fora de tudo e contam comigo para corrigir provas erradas nas quais darei muitos riscos. Me recuso a usar vermelho. Uso a cor que me apetecer. Que tal verde... Verde cai bem. Verde é a esperança que ninguém tem mais ali. Verde remete a nostalgia de um tempo que nunca chegou para aqueles adolescentes começando seu ensino médio. Por vezes concordo com eles: o que estariam eles fazendo ali mais do que matar tempo. Estão matando suas almas numa escola que não funciona e nem quer funcionar. Desgastando seres humanos chamados professores que dentre os funcionários públicos são os que ganham menos, surpreendentemente se desgastam mais e têm menos benefícios. Afinal, nem direito de jogar giz nos alunos os tais professores têm mais. Nem jogar palavras difíceis. Nem jogar a alma naquilo que se faz.

Toda terça e quinta pela manhã vou para o colégio estadual Infante D. Henrique. E lá redescubro o metivo pelo qual comecei essa coisa de Letras toda. Comecei porque queria trabalhar em escola pública, queria provar que havia de ser diferente, fazer projetos magníficos e me achar no direito de achar que estaria mudando a vida de alguém com isso.

Obrigada terças e quintas por me relembrar disso.

terça-feira, 29 de junho de 2010

toda terça e quinta quando vou para o colégio estadual pela manhã meu coração fica mais triste.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Do desvario

Já não sei como existir.
Deixo para os normais fazê-lo,
Pois de mim só loucura emerge.
Deve ser a inquietação humana,
falo comigo mesma.
Mas não, não e inquietação...
É vontade de ser o que não é
De ter o que não tem
De fazer o que não pode
De não amar quem se deve.

Deixo aqui escrito, então:
Não sei como existir!
Como exclamação absurda
Que não respeita espaço
e sai do pulmão desvairado.
Não sei ler, não sei escutar
Deixei já de amar...
Me consolo com a poesia que não tenho,
Pois o que tenho são palavras
Do não sentido de se ser gente.

Bright Star

Ontem fui com as meninas nucleares assistir o filme que conta a história de um romance do poeta Keats com uma moçoila fashion da época. Havia visto o trailler tempos atrás e tinha gostado. Ao ver o filme a impressão é que eles fizeram um bonito dramalhão. Boa fotografia, boas falas, apesar de um Keats meio sem salzinho.

O mais legal foram os poemas entrelaçados no filme. Além disso o despertar dentro de mim para um sentir. Sentir esse que está perdido por aí. Um definir de sentir sem definição emergiu, eu acho. Acho que eu senti um palpitar mais rápido aqui dentro, um tremor nas juntas, e ainda chorei.

Fica o poema de lembrança que Keats escreveu para sua amada.

Brigh Star

Bright star, would I were stedfast as thou art--
Not in lone splendour hung aloft the night
And watching, with eternal lids apart,
Like nature's patient, sleepless Eremite,
The moving waters at their priestlike task
Of pure ablution round earth's human shores,
Or gazing on the new soft-fallen mask
Of snow upon the mountains and the moors--
No--yet still stedfast, still unchangeable,
Pillow'd upon my fair love's ripening breast,
To feel for ever its soft fall and swell,
Awake for ever in a sweet unrest,
Still, still to hear her tender-taken breath,
And so live ever--or else swoon to death.

domingo, 20 de junho de 2010

carta de resistência

Creio que seja a hora de mudar a decoração aqui. Agora que o blogger nos ofereceu novas opções (que eu sempre quis), me sinto resistente. Não quero mudar não, não quero mudar nada, nenhum centímetro. Não quero virar um dia e me dar conta que as cores não são mesmas, que a vida lilás tem outro matiz, que a fonte mudou e não aparece assim, do jeito que estou acostumada. Não quero mudar o fundo branco,não. Não quero mudar as pequenas modificações que fiz num padrão já estabelecido e adaptado razoavelmente ao que gosto de ver. Deixa as coisas assim, pois foi desse jeito que passei por tanta coisa, por tantas palavras, por tantos pensamentos minúsculos encerrados dentro de um casulo relutando para serem libertos pelo .blogspot. Parece que se perder parte da felicidade do que se era... e se perde aquele ar de coisa simples gostosa. Parece que nos obrigam a mudar para ficar mais chamativo, mais bonito, melhor aceito por outros. Eu não quero não. Quero ficar simples como um disco arranhado que volta para mesma parte sempre. Não quero saber se isso NÃO é BOM ou NÃO é NORMAL. EU quero estar na ótima da simplicidade, da repetição do mesmo que dá prazer. E nada de chegar alguém aqui e querer materializar mudança. Não chegou a hora pra isso. Chegou a hora do si próprio, do querer-se em si. Assim basta. Blog e eu, eu e blog. Hei de defender-te... Das vuvuzelas, dos jogadores da Costa do Marfin, das blusas bregas verde e amarelas, das músicas que tem refrão com som de 'eichion', dos regimes e desesperos infudados alheios, das viradas de rosto infundadas.

Deixe as mesmas matizes, deixe as mesmas fontes, deixe a mesma desarrumação da coisa. Deixa tocar as mesmas músicas de 5 anos atrás, as mesmas reclamações de 5 anos atrás, as mesmas histórias e os mesmos erros de português, inglês, italiano, espanhol e francês, porque mesmo mudando a nacionalidade os erros são os mesmos. Os mesmos livros são os prediletos, os mesmos contos relidos, as mesmas referências são feitas. Os mesmos filmes comentados, o cinema mexicano sempre destacado, Amelie quando se derrete me faz chorar do mesmo jeito. Talvez então o que tenha mudado é que esse blog seja previsível como uma couve-flor. E eu também.

Senso de balada

Eu não tenho senso de balada. Ontem no arraial da devassa no fim do mundo da gávea eu reparei que meu comportamento era inversamente proporcional ao que acontecia a minha volta. Enquando os muitos rapazes heteros buscavam avidamente cerveja e mulheres eu buscava um momento de de paz dentro de mim e o conforto que a madrugada acabaria logo. Apesar de passar por momentos cômicos e dignos (talvez mais cômicos que dignos) eu verdadeiramente pensei que poderia estar na minha caminha confortavelmente envolta no meu edredom azul com estrelas e luas.

Não sei dançar em público, não conheço as músicas da moda, não gosto de beber... É, acho que me resta pegar meu cineminha sozinha em botafogo.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

O lá de mim

O pequeno horror de dentro de si é a saudade. Parece que fui banhada em saudade quando nasci. Todos os dias uma, duas, três, centenas de recordações circulam pela minha mente. Tem momentos que parece que não tem espaço para vida nova. Vou tirando o pó minunciosamente de cada lembranças, abrindo as sensações de se estar naquele momento fotografado. Parece que fotografo tudo... E sinto falta de tudo depois. Era o canto do meu computador no canadá, era ir para o mercado na Yates; também tem as lembranças do Sul... Nem vale a pena numerar uma de tantas. Com os olhos abertos deixo de enxergar a realidade para acordar do outro lado da mente trazendo pro peito a sensação perdida há tempos.

Parece que vivo dentro de mim e me alimento das coisas instigantes, patéticas, marcantes ou simples de doer que aconteceram. Não sou de mim, sou do que fui. Sou a conjunção do que fui misturada, batida e jogada no mundo do aqui. O aqui que provavelmente terei muito que recordar depois.

Não vejo a hora.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Como se fosse a primeira vez

Cada história interessante nessa vida. Como se fosse a primeira vez versão real. E se fosse com a gente... Será que teria alguém que todo dia nos lembraria da nossa própria existência...

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Se o dia dos namorados...

Se o dia namorados serve pra trazer um pouco de sorriso para as pessoas, então tudo bem. Digo isso porque a quantidade de casais que se formam e que viram casais de fato nessa época é enorme. Parece que a estratégia comercial de aquecer as vendas no início do inverno não só deu certo, mas também faz bem para a população. Principalmente a população indecisa: se não sabe o que quer o dia dos namorados te oferece a oportunidade única de decidir - oficializa ou cai fora.

Se o dia dos namorados significa ver as pessoas refletindo positivamente sobre o futuro amoros, então tá, até interessante ter um dia para isso. Vejo as meninas no trabalho, alunos, pessoas aleatórias a divagar sobre o momento de largar mão de serem os famosos 'pegadores' e pensarem em algo mais profundo e edificante. Parece que a combinação frio, vitrines avermelhadas por aí e o famoso papinho 'o que vc vai comprar pro seu namorado(a), acaba atingindo os corações mais frios.

Olhares feliz, abraços e beijos calorosos pelas ruas cariocas. Tá bom de admirar essa semana pintada de vermelho e coberta de rosas. Afinal, esse negócio de dia é irresistível mesmo. Pena que eu só acredite nos dias de aniversário... os outros são sempre dias de tudo (pai,mãe, namorado, cachorro, papagaio, secretária, dentista, professor, etc.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

zonziar do mar

No domingo passado aceitei mais um convite para velejar. Apesar da minha mente estar nas nuvens resolvi reencontrar o mar. Do velejo trouxe mais uma vez o balanço. O balanço das coisas dentro de mim. Foi tanta oscilação que acabei por ficar zonza dentro do meu desconcerto de mar. Ao mesmo tempo a zonzisse tirou de dentro de mim o peso da lamúria por aquilo que não é. Tirou de mim até a bile amarelada do desassocego. Minha mente saiu das nuvens e se voltou pra terra, para a visão do Rio fluindo em frente aos meus olhos.

Com a falta de vento veio arrebol; do arrebol, a noite; da noite, o inusitado: estávamos assumidamente parados e sem vento. Com a noite veio também minha trégua com o mar. Seu balanço já não me fazia zonziar. O confabular sutil, a lua que subindo e a certeza de se chegar ao lugar seguro trouxeram um bom sorriso. Foi como um bom desafio que se sabe que no final tudo vai dar certo. E dá. De lembrança ficou a cor que não via, mas que muitos notaram. Eu via o céu azul, o mar azul e pensava na frase daquele conto: "o mar é feio".

domingo, 30 de maio de 2010

Uma noite tão blue, um dia tão blue.
Tocou jazz aqui na minha soundtrack,
Mas o gosto era de BB King com Willie Nelson.



sábado, 29 de maio de 2010

PEDIDO

Alguém gosta de Madeleine Peyroux....

quer ver Madeleine comigo...

http://www.vivorio.com.br/shows_detalhe.asp?ID=257

:(

sexta-feira, 28 de maio de 2010

seminário do LingNet

Terminou hoje o encontro presencial do III Seminário LingNet que é organizado pelo núcleo de pesquisa que agora me insiro. Desde que começou (ontem)este seminário me balançou em relação ao meu futuro e passado acadêmico. Primero porque me rementeu a quando cheguei na faculdade e acompanhei o evento em sua primeira edição na companhia de Isis; segundo porque trouxe muita gente de fora (de sp, minas e espírito santo), trazendo também aquele ar de seminários na FURG quando íamos para santa maria ou porto alegre. Mesmo não trabalhando tão ativamente quanto gostaria (e ainda saindo injustamente na foto final de quem trabalhou tão avidamente) me senti parte do grupo.

Vendo na abertura gente como Roberto Rocha, Becher, Aurora... tudo remontava o início da minha tragetória na UFRJ e o fato de eu ser a única da minha turma presente num evento da faculdade (assim como no passado). Na FURG fazíamos tudo juntos. Na UFRJ passei a frequentar seminários sozinhas até me desanimar de vez.

Parece que a moçoila que entrou na faculdade de letras com intuito de mudar a realidade para melhor está de volta ao mundo acadêmico.

domingo, 23 de maio de 2010

a maçã

Seminário de Linguística de corpus na PUC - Poa... Sinto-me tão tentada.

dádiva acadêmica

Ai ai, acesso remoto ao portal capes... Não tem preço! Era tudo que queria e mais um pouco. Aguardo os milésimos de segundos para poder colocar meus olhinhos sobre artigos academicos infidáveis do mundo paralelo da pasárgada de lá.

Quando a professora anunciou a boa nova confesso que vieram lágrimas aos meus olhinhos (mas me contive). Ou eu ando muito emotiva, ou a vida acadêmica está virando a minha vida inteira. Creio na primeira opção.

sábado, 22 de maio de 2010

o sábado a tarde

Um tropeço de dentro e o mau humor tomou conta de tudo. Ligação na hora errada, o caminho errado, a espera errada, a sala errada. Chego na sala de aula do CLAC, hora de dar revisão. Não me reconheço. Eles não me reconhecem. Quem é essa que vos fala com voz apreensiva e tom rígido. Não sei, não sei... Aos poucos a aula vai tomando uma forma mais descontraída até que finalmente desabafo tudo que aconteceu na minha manhã conturbada em menos de 1 minuto. Fez tão bem... E eles olham atentos como se fosse de grande interesse o que dizia. E aqueles olhos ávidos me fizeram bem. Sorri mais, abandonei a tensão e eles também. Confessaram que não haviam nem me reconhecido no corredor. Não trazia aquele ar alegre e um sorriso peculiar que sempre circundava os corredores cinzas de sábado a tarde.

Não importa mais o que houve, não importa a dor de cabeça e a falta de sobremesa... O importante é que tudo que precisava estava ali.

Eles me surpreendem toda semana. Essa semana não foi diferente. Com muitas perguntas do tipo 'vc vai ser nossa professora próximo semestre'. Bem que eu gostaria. Eu gostaria de ser sempre a professora dos meus alunos. Mas ele irão,eu sei. E saberei que fiz uma boa contribuição pra esse novo projeto deles de apreender uma língua. Por isso adoro básico: tudo tão novo, as espectativas tão novas, eles merecem tanto. A revisão creio que tenha sido não tão ruim para o pouco tempo que tínhamos. Muitos comentários sobre o ambiente on-line e as piadas sobre a prova e sobre minha letra no quadro. Eu os amo. Descobri isso. Me apaixonei por cada um deles, por cada todo que eles representam. Eu os amo porque eles também representam o melhor que estou tentando ser todos os dias.

Tenho de começar meu diário sobre Eles. Tenho de falar sobre nosso ambiente online na minha pesquisa. Tenho que descobrir o que gosto mais todos os dias. Não quero escolher: gosto de tudo, gosto de todos; deixo amor transbordar como água de uma latinha de alumínio. E deixa amor ir e vir e renovar em si mesmo.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Vida nova, semana nova

Parece que o cosmos combinou direitinho a sequência de acontecimentos da semana. De tanto planejar e nunca executar já me sentia um fracasso pra mim mesma. No entanto, tudo mudou quando ação tomou lugar de qualquer outro pensamento. Primeiro: comecei na academia. Parece bobo, mas foi um grandioso passo na minha rotina. Isto porque não tenho TEMPO. Mas tempo arranja-se, diria o outro. E arranjei. Esta semana não só arranjei minhas limitadas duas manhãs da semana para cuidar desses assuntos, como também o fato de chegar em Copacabana às 7:10am para o estágio e descobrir que a escola estava fechada por pane elétrica me fez ir para academia pela quinta-feira. Sexta, professoras da manhã cancelam as reuniões... Adivinha, então... Fui pra academia. O instrutor até conversou comigo em relação a minha dedicação, que estava exemplar. Na verdade não tinha me dado conta disso. Eu estava verdadeiramente focada, fazendo as sérias de exercício sem tirar minutos nem da chatérrima esteira. Com minha irmã do lado, pedalando aqueles quilômetros que não saem do lugar comecei a pensar em são Chico... e nos morros que sobem e descem, e no tempo que subia aquilo tudo sem esforço algum, já com prática de alguns anos. E dizia para ela que não ficava chato se imaginasse que estivesse lá ‘e agora subindo o morro, agora passamos pela orla, agora vamos subir o morro do francisquence, agora descendo...’. Boa sensação da cidade pequena dentro de si.

Com a academia veio a consulta com nutricionista na quarta. Não, não foi proposital... Conversamos amigavelmente e ela riu muito das minhas tiradas. Tanto que fiquei imaginando se ela era de rir por qualquer coisa ou era eu que andava muito espirituosa. Falei do meu problema com chocolate e que tinha tomado providência nessa semana: não ia substituir almoço por trakinas, mesmo na correria, não iria mais comer esses biscoitos recheados de qualidade duvidosa podendo comer uma boa sobremesa elaborada uma vez ou outra. E assim me limitei, só revelando para ela meu plano de me cuidar melhor,de não me deixar assim, maltrapilha e maltratada por aí. Dei por mim que depois de tanta morte por coração na família é hora de despertar pra existência e sair por aí para colorir o mundo e não ficar em casa com vida enfadonha e costas curvadas. Sair pra ver o sol, o mar, as florestas amarelas e desautomatização que sempre falei que era essencial.

Agora sou. Sou mais leve, mais como um riacho (mas ainda com a tranqüilidade de um lago),que vai passando por novos cursos e experimentando novos caminhos. Pedras hão de estar no percurso inevitavelmente, no entanto ao se tentar o novo há aquele sentimento de ímpeto dentro de si que parece que tudo pode quando a fé acompanha. Fé em si, fé na humanidade, fé nos motoristas de ônibus que param o trânsito carioca (versão do parar o trânsito anos atrás em porto alegre), só para que possa subir. Fé nas amigas, nos velhos amigos, nos novos, no transparente de se ser riacho. Se as coisas vão mal, eu passarinho, já dizia o poeta. Eu passarinho mesmo, eles passarão e o que ficará de tudo são as coisas boas.

Onde esse riacho desemboca, não sei. Mas por agora não quero mudar o curso.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

6 anos depois

Eles se encontraram na internet depois de 6 anos. Lugar onde 6 anos antes marcavam de se encontrar na esquina do Canalete pra falar da vida. Era setembro, uma primavera que começava querer chegar. Ele ia se apaixonar pela primeira ver por ela, ela já sabia da paixão por ele faz tempo. O plano da tarde era dizer 'oi, tudo bem, vamo tomar um mate'. Enquanto ela caminhava para o ponto estipulado, ele já a estava esperando. De longe ele a via chegar, ela de moletom branco e calça jeans. Ele de bermuda e moletom escuro. Ela sorria pra ele e quando chegaram perto se beijaram. Beijo que ela nunca tiverra... e que ela não sabia se ele já tivera. Eles tinham seus 17 anos. No mesmo dia ele anunciou que se considevera namorando com ela,mesmo se ela não sentisse o mesmo. Mas ela sentia, apesar de não ter confessado. E os namorados não deixaram nem a primaveira chegar, em um dia nublado da cidade cinza ele a chamou e daquela conversa saiu um grande coração partido. Seis anos depois vem a desculpa, a cumplicidade, a vontade de saber como haveria sido o que não foi... Ele descobriu como pela primeira vez ela se apaixonou por ele: "você entrou e uma menina virou para trás pra falar contigo. No meio daquele caos a visão da sua pessoa era bem clara para mim". Ela descobriu que ele não esqueceu. Aquilo bastava para ambos. Ambos procurando o que é amar neste mundo mais que aleatório. Ambos definiram amor em suas palavras. Ambos sabiam o potencial de coisas bonitas que poderia ter tido um com o outro. Ele a fez esquecer das frustrações do dia, de como ela sentia vazia, de como ela queria chorar... Ela o fez acreditar na leveza das coisas e no carinho.
Talvez não seja tarde demais, fica a impressão. Talvez seja só um talvez. Talvez um talvez nunca aconteça. Talvez seja tudo daquelas coisas inexplicáveis que viram filme.

domingo, 16 de maio de 2010

o dia do mar

O balanço do mar da guanabara ficou aqui. Ficou para semana inteira, para os dias inteiros, para beleza inteira. O sabor do mar ficou na pele, a cor da pele ficou mais viva. O sal do mar cobriu dentro e fora de si. Acho que precisava olhar além, além. E ver que além não é mais nada que ali.

Isso aconteceu por conta de amigos raros, raros como aquele que encontrei ali ao virar a esquina sem saber o que encontrar. Encontrei um amelístico mais que adorável e doce.
Obrigada Edu :)

quinta-feira, 13 de maio de 2010

da hora

Deu meia noite. Eu ainda acordada. Depois reclamo que fico perambulandoo sonolenta por aí. Agora que por mais corredores passo preciso de horas de sono completa. Esta semana passou e passou muita coisa nova. Agora frequento oficialmente as dependências do C E Infante D Henrique em Copacabana, decidi começar a frequentar a academia aqui perto de casa, e assim mais dois corredores competem com faculdade de educação, prédio de letras, cultura itaipu.

Que os corredores não virem labirintos intransponíveis dentro da imensidão da fadiga.

Sr. Motorista

Não se assuste com minha aspereza. Há dias de guerra e paz nessa vida, de tempestade e calmaria, não podemos ser sorrisos o tempo todo. Se estalo a boca com insatisfação, não ligue. É da impaciência que cerca somada com o sono agudo. Parece que vivo num eterno mundo dos sonhos em que o sonambulismo ocupa todas minhas horas vagas entre um lugar e outro. Por isso, senhor motorista, durmo o sonho dos deuses em sua companhia; e me perdoe não estar acordada vendo suas manobras e firulas pelas ruas estreitas, pontes e avenidas. Ah, sei também que não ri de sua graciosidade, não fui recíproca ao seu sorriso e nem cortes com minha falta de ‘boa noite’. Prometo, senhor motorista, que em breve reparo sua boa vontade para com as velhinhas, sua paciência ao parar em frente ao prédio das moças bonitas e seu papo sobre o trânsito da cidade. Agora, senhor motorista, só tenho tempo para meus devaneios. Os devaneios mais cinzas já existentes. Tudo é uma lista infindável de atividades, de textos para ler, de resumos para fazer, coisas para revisar, e-mails para responder. Ao te deixar de lado me deixo também... Não vejo as minúcias do nosso caminho que se cruza por um milésimo de improbabilidade infinita. Confesso, senhor motorista, preciso de um bom andar de ônibus pela cidade, mas não para reparar o que não fiz ou dormir como uma pedra sabão, mas para observar quão bonito é existir e imprescindível amar.
Termino aqui minha singela carta,
Com Carinho,
Sua passageira Fabíola

domingo, 9 de maio de 2010

A ponte pára

Quando a ponte pára, pára o coração
Pára o batimento cardíaco
Pára o fluxo sanguíneo
Pára a respiração.
Entupiu a veia principal!

Quando a ponte pára, pára o dia
Pára a hora
Pára os minutos
Pára os milésimos de segundos.
Pára a existência proximal.

Quando a ponte pára, pára a vida
A rotina pára
O trabalho pára
A faculdade pára.
Fico parada.

Quando a ponte pára...
Tudo pára,
Nada passa,
A manhã suspende
Acabou o expediente!

A ponte parou para a impaciência passar.

(de mim depois da impaciência do engarrafamento da última sexta-feira)

sábado, 1 de maio de 2010

e a pesquisa,como vai

Recibi um carta de Liv Mary (que anda pelos pagos catarinenses) narrando uma defesa de mestrado. O desfecho foi favorável para a mestranda-ré, no entando eu não parei de pensar no caso de não ter sido.

Esses dias muitos perguntam o que pesquiso, o que quero pesquisar e se eu gosto de pesquisar o que estou pesquisando. O que pesquiso, uso de ferramentas online como suporte para o aprendizado de L2. O que quero pesquisar, vaga idéia. Se gosto do que estou pesquisando... acho que não tanto quanto deveria.

Sempre critiquei linguística aplicada. Sempre defendi que era uma ladainha que não saia do mesmo lugar. Agora, eis que eu mesma estou me entregando ao coro da ladainha. O caso é que eu gosto da orientadora, gostei do grupo e da proposta em si (uso de tecnologia, tecnologia MESMO, pois o povo sempre trás algo de novo, MUITO novo). Pela primeira vez nessa reunião de sexta não me senti fora do lugar, como uma aluna ouvinte (que queria ser especial) que está por mera caridade.

Na reunião do grupo de pesquisa de humor vejo como o meu artigo feito em parceria com a professora e a outra monitora da época foi elogiado (e a platéia universitário não tem dó). Além disso destacaram a parte da pesquisa com linguística de corpus através do programa Hermes que Sr. Tiago Tresoldi (agora super famoso na UFRJ) desenvolveu.

Essas coisas de mestrado e pesquisa estão me deixando intrigada.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

"Quem tem um amigo, mesmo que um só, não importa onde se encontre, jamais sofrerá de solidão; poderá morrer de saudades, mas não estará só."

Amir Klink

Buenos Aires, te quiero!

quarta-feira, 21 de abril de 2010

e o mês de...

abril terminou e não fui pra paqueta :(

aguardo ansiosa convites para maio :)

quinta-feira, 15 de abril de 2010

E a culpa é de quem

Depois da semana do Nada (aquela da enchente na qual nós todos permanecemos em casa vendo Bom Dia Brasil quase que o dia inteiro), voltei à rotina meio que com a impressão que perdi uma semana. Neste semana fiquei em casa, não vi nem muitos filmes quanto imaginaria ver normalmente, nem fiquei tanto na internet (fazendo coisas úteis ao menos), não mexi um centímetro qualquer questão acadêmica (se bobear ainda regredi), e ainda ficava no suspense de: será que tudo vai voltar amanhã (e então, de repente, se descobre que uma tragédia maior aconteceu em Niterói e o caminho para meu trabalho na região oceânica de Nikiti ta totalmente fechado).

Essa semana serviu para pensar. Pensar que ano de eleição está vindo, pensar que os mesmos problemas de sempre foram apontados com o grande agravante de tentar tirar culpa dos políticos (porque tadinhos, não podem fazer milagres). Eles não podem fazer milagres, mas o prefeito atual de Niterói está leiloando a região oceânica aos poucos, deixando que as encostas que deverias ser preservadas (e são o grande atrativo da região cheia de verde) sejam ocupadas, vendidas a preços exorbitantes para construção de mais algum condomínio de casa. Logo, como ele teria tempo de cuidar dessas encostas mixurucas no meio do nada, que ainda era um ex-lixão. Ah, gente, não vemos julgar o prefeito assim... O homem não sabe nem falar em público (isso porque governa Niterói no terceiro mandado), não gosta de aparecer em público muito menos (para quê, se a família Silveira governa Nikiti City desde seus primórdios), acata qualquer decisão que beneficie grandes empresários na cidade, incluindo os donos das empresas de ônibus (que por conta disso não tem uma linha de ônibus São Gonçalo – Icaraí, por exemplo, tendo que todo mundo pagar 2 passagens para andar mais 5 minutos de ônibus). Verdadeiramente, o morro do Bumba é CULPA da população, que se viu num lugar que o governo deu seu aval levando saneamento, luz e todas as condições básicas. Logo, que prefeitura boa essa de Niterói, que recebendo relatórios de estudiosos da UFF sobre a insalubridade do lugar, fechou os olhos e só se preocupou de não ser feito nenhum relatório na região oceânica.

Desde dos meus 16 anos tenho título de eleitor e com o passar do tempo dou maior importância a ele. Ainda sonho com o dia que as pessoas sejam mais esclarecidas, ou que menos tenham paixão na época da eleição como a final do brasileirão e que consigam argumentar o porque de votar num partido de direita e esquerda (e saibam o que essa bendita esquerda e direita significam).

Quem assim seja, Amém!

domingo, 11 de abril de 2010

But if you think you need some lovin, that's fine...




Música: If You Think You Need Some Lovin
by Pomplamoose

Quem dera ser um peixe...


Nesta vida corrida o tempo para pequenas coisas bobas é quase que ínfimo. Mas claro, não pode faltar 'o tempo'. Aqui em casa os aplicativos do Facebook fazem sucesso, dentre fazendas, cafés e aquários. O mais bobo dele (desde sempre) foi o aquário, funcionando como um grande bicho virtual que se tem de cuidar para não perecer. O mais bobo pois não tem muita ação nessa simulação, é simplesmente comprar peixes, os alimentar e contemplar.


No entanto, o aquário é meu aplicativo fahvorito (com estrelinhas). Fico feliz com meus peixes (e verdadeiramente conheço grande parte dos originais da minha infância, dos cartões que vinham com o saudoso chocolate Surpresa), os trato com carinho, os nomeio e cuido para que sempre estejam bem alimentados e fortinhos. A única explicação que tenho para isso é que peixes são FABULOSOS e é impossível não ter fascínio pelos bichinhos. Me sinto uma criança cuidando do seu aquário de verdade (o que nunca tive porque animais de extimação sempre foi um tabu em casa - apesar disso consegui ter 3 cachorros, 1 coelho e milhares de formigas de extimação).

Devo confessar que, assim como usava os objetos da penteadeira da mamãe no passado (perfumes, desodorantes, cremes, talcos), atualmente uso meus peixinhos para desenvolver histórias na minha mente aleatória. E faz tão bem. Juro.