Meu aniversário caiu no sábado. O sábado de folga de muitos, é um sábadoo de pura labuta pra mim. Dia de acordar bem cedinho, de ir pra UFRJ, de dar aula no CLAC. Agora com duas turmas,de dar aula no CLAC o dia inteiro.
No caminho fiquei pensando: "Quereria eu ficar em casa, fazendo nada, fazer festa na noite, ir pra algum lugar interessante?". Sabe, caro leitor, devo confessar: o que eu queria mesmo estar fazendo era exatamente aquilo: a caminho do CLAC, encima da hora (porque a fahdiga não me permitiu acordar na hora certa), esbaforida e ansiosa por mais um dia de aula. E quando se sabe o que quer, o ambiente fica do mais leve e mais aprazível, e é aí...
Notei movimentos estranhos na turma da manhã, mas resolvi ignorar. Cheguei, coloquei a data no quadro, estava atrasada (e odeio estar atrasada). Eles não me disseram 'feliz aniversário', nem eu notei. Era um ir e vir de indivíduos... Até que se faz ali a surpresa: o bolo chega, com guaraná (e fanta uva), e salgadinhos e empadinhas e mais doces. Um encanto dessa vida. Muitos abraços, muito afeto, muitos parabéns. Eu fico perplexa, não sei como reagir. Sinto felicidade sincera. Sinto que algo do meu trabalho é bom para que eles sintam tamanha vontade de organizar tudo aquilo por mim. Na minha modéstia,no fundo no fundo, penso que não precisava tanto. Mas já que teve, vamos comer!
Bolo e salgadinhoa já foi o suficiente para o almoço. Começo a me preparar para a tarde. Na tarde, mesmoo a turma sendo querida igualmente a turma de demanhã, não havia notado nada de estranho, e sabia que eles me dariam seus sinceros parabéns e só. Os alunos do semestre passado me pregam uma surpresa, deixando um presente encima da minha mesa, uma daquelas cestas com tudo dentro. Coisa mais graciosa, eu fiquei sem fala. Neste ínterim, chegaram os alunos, começamos a aula, eu já tinha minha cota de felicidade preenchida. Vamos para o intervalo, Sue me chama para ir lá fora, vou acompanha-la. Quando volto, vejo meus antigos alunos me esperando para um abraço, quando sou puxada para dentro de sala e... Supresa: bolo, guaraná, salgadinhos, eles cantando parabéns, e eu transbordei. Lágrima correi. Felicidade transbordou. Muitos abraços, muito carinho... Eles contando a façanha de organizar aquilo tudo. E eu pensando: meu deus, eu mereço isso tudo? logo eu que nem faço nada demais?
Agradeci ambas as turmas, claro que eles riram de mim porque do meu jeito s'erio, acabo por falar coisas engra'cadas. Quando voc^e faz o outro sorrir tudo muda pra melhor. Eles foram respons'aveis por sorrisos engessados nessa minha face.
(e meu treclado acabou de se desconfigurar, eba)
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