quarta-feira, 31 de agosto de 2005

Mattoso e suas suposições *matantes

Se Mattoso Câmara Jr. fosse vivo com certeza ele modificaria essa teoria hipotética estruturalista dele. O meu professor de Português (o Surfista ou Lorão pras íntimas), diz que Mattoso tem a teoria mais coerente para explicar flexão de número e gênero. Creio que seja muito simples criar explicações colocando um monte * antes da palavra e está pronta! uma maravilhosa teoria da estrutura do nome na Língua Portuguesa.
O difícil não é entender tanta suposição, mas sim aceitar que a desinência de gênero de menin-o não existe e que seria uma vogal temática, sendo menino a raiz da palavra e em menin-a o 'a' seja a desinência de gênero feminino. E ainda me dizem que isso não é machismo, é só linguagem... mas ela não reflete o discurso? E qual o discurso vigente fortemente nos séculos (e ainda hj), a da superiorida do ser masculino.
Levantar questões em sala eu não posso, porém umas meninas que recém sairam do 2ª grau (podem duvidar do que quiserem que tudo lhes será dado ouvidos. E eu sou chamada de caloura? ok.

Vou criar uma nova teoria das tais estruturas de nomes e depois esse professorzinho aí estará fazendo um ctrl c/ctrl v da minhas teorias, é a solução.

segunda-feira, 29 de agosto de 2005

‘Ai, minha vida”, eu grito no meu canto calada. É o calor que volta em toda sua potencialidade e me deixa com um ar de besta. Estava com uma sensação de estafa mental que transpassava a minha boa vontade de aprender italiano.


Na aula, de italiano, chega uma aluna que conta com a idade mais avançada que o geral e é professorada UniverCidade, dizendo que um aluno dela se suicidara hoje, se jogara do 7º andar. Todos ouviram, todos se calaram, saiu até uma piadinha na hora. Esse causo me remeteu ao que estava eu lendo ontem, o roteiro do Sétimo Selo de Ingmar Bergman. De fato eu só li as partes em que o Cavaleiro joga xadrez com a Morte, as partes mais incríveis, sem dúvida. Ele desafia a Morte de certo modo falando que não teria medo dela, mas sim que buscava respostas, daí o interesse por jogar xadrez. A Morte rodopiando nas respostas, um verdadeiro exercício de raciocínio e perspicácia.


A Morte afirma ‘eu não tenho segredos’. E o Cavalheiro Antonius Block está ali entre o ateísmo e a fé, tudo girando em torno do medo da morte e claro, no temor a Deus. Pode Deus ser medo de morrer? A Morte não quis revelar o tal segredo, não compete a nós sabe-lo. Fica nesse vácuo de misticismo a nossa crença, o que pode gerar uma desesperança avassaladora que acaba por gerar atos como o do menino que se joga do 7º andar de uma faculdade.


Término da aula, deixo a faculdade ‘correndinho’ pra pegar carona com a Lúcia que mora também em São Gonçalo, a qual venho toda manhã pra UFRJ. Fomos tranqüilamente pela Linha Vermelha (sem nenhum soar de bala), pegando o desvio para a ponte (uma entrada discreta), ela mantêm sua direita quando um caminhão joga-se por cima do carro, ela rapidamente freia e buzina... Fora um susto só. Mas a guarita nunca esteve tão próxima.


Passando para o que está aqui dentro, verdadeiramente não temo a morte como um ‘algo ruim’, pego um pouco da coragem do cavaleiro pra mim e poderia até jogar xadrez com ela, se soubesse. Não pediria respostas em troca, porque na minha convicção nem tudo tem explicação mesmo.
E para você, tudo tem mesmo explicação!? (por favor, respondam!:)




sábado, 27 de agosto de 2005

Stand By Me

When the night has come
And the land is dark
And the moon is the only light we'll see
No, I won't be afraid
No, I won't be afraid
Just as long as you stand
Stand by me

So darling, darling,
stand by me,oh, stand by me
oh, stand,
stand by me
stand by me

If the sky that we look upon
should tumble and fall
or the mountains should crumble in the sea
I won't cry, I won't cry,
No, I won't shed a tear
Just as long as you stand
Stand by me
Vejam Conta Comigo, se já não o viram. É um filmezinho de sessão da tarde muito dos bons...
Pois é, já é sábado... tô aqui fazendo nada, escutando 'guitarra y vos' do Jorge Drexler, aleatoriamente misturando uns sentimentos alguns que restam do dia de ontem. De tanta coisa eu me pergunto do que eu mais preciso. Acho q preciso ser Amélie Poulan por um dia só, depois eu me viro... depois eu trocava o vermelho e verde por outras cores (algo com lilás no meio) e me desenhava nova. Colocava um 'nariz de carambola' e responderia quando chamassem mariola. Tudo hipoteticamente falando, claro!

Ontem eu vi um filme bonitinho que me deixou com uma vontade de dar um abraço: Simplesmente Amor (aquele que o Rodrigo Santoro participou). O filme é um arranjo de flores que chega ao seu destino arrancando aquele sorriso e satisfação, embora passe por uns percalsos no caminho. "All we need is love", nunca tinho duvidado. Tenho que ver mais filmes desses pra manter firme a convicção. Ah, a trilha sonora é linda!

Uma vez na vida espero fazer o que realmente eu gostaria, falar para todos todos o que verdadeiramente acho sobre determinado assunto, visitar um país estrangeiro nem que seja o Paraguai, andar na barca Rio-Niterói, ver tulipas vermelhas e andar com um bicicleta lilás numa estrada de terra com flores caídas do outono e com um sol aquecendo levemente o meu ânimo. Não é só isso, gostaria de adentrar o CC mais um vez e encontrar a patuléia lá (sem eles não teria muita graça). Queria tb reunir minha turma do 2ª grau em São Chico, pq eles eram incríveis e divertidíssimos. Mas deixa esse negócio de almejar pra depois...


Agora estou escutando a música 'white flag' da Dido, e só de escutar o início dá um arrepio estranho. Essa música baixei a pouco tempo, ainda está no período de 'inedicidade' (credo, matei a gramática agora). Aí, certa vez em uma aula de reading da furg com o marcelo ele tocou essa música. A turma estava naquela salinha no caique, a menor (a que eu fiz a prova do vestibular), eu tava na primeira fila, o Régis tava de um lado, o Danilo do outro e reclamando das músicas q o professor trazia. Aí eu pensei, eu gosto dessa música. Mas foi por causa frase dele q eu gravei aquele momento. A Lukita na última fila cantando a música, ela já conhecia, claro! A Lizi do lado dela, a Dani e o Italiano do lado da Lizi (se não me engano). Tava o Mr. Presidente perto tb, e reclamou do gosto do professor pra música.
e agora a mariola chora, boba ela, pq a lágrima não derramada no dia certo perdura, perdura...

'i will go down with this ship...'

sexta-feira, 26 de agosto de 2005

poieses

"A literatura busca não apenas discorrer acerca de suas diferenças culturais mais sobretudo sujerir ao leitor novas indagações e tentativas de interpretação sobre o mundo. Como figura da história, o homem encontra na literatura seu contínuo fluxo de indagação."
Acima está um dos pensamentos da aula de Fundamentos da Cultura Literária Brasileira, com o queridíssimo Luis Edmundo.
O que muito me interessou na última aula foi ele falando do 'espanto ancestral', o espanto que o homem tem em viver. Você sabe pq está no mundo?!? Nem eu. Daí que escrevemos, lemos obras literárias, e vejo daí tb o pq de termos nossos 'blogsinhos'.
A literatura é um indagador da existência, forte pra mim conceber isso assim de perto.
Nascemos pra amar, sorrir, sofrer, cantar, querer ou tudo junto? Ou tudo separado? Ou tudo tudo? Gosto do 'tudo tudo', nascemos pra tudo, pra nos ilimitar, afinal a limitação já é o que vem de fábrica. E a literatura ali, transparecendo todo nosso espanto e vontade de aparecer.
E os que não lêem? Desperdiçam de ter suas questões aguçadas e um néctar a mais na vida bege/cinza. Decifrar o indecifrável, constantes indagações, isso é uma pequena amostra do que a tal litatura pode fazer conosco.
Ouso a mim mesma com meus versos de gaveta, sinto-me agitava e transbordada de vivacidade. Se a gaveta um dia for descoberta não nego nada, mas nego que eu venha escrever algo parecido novamente. Se cada folha voar ao esquecimento, canto ainda uma música dessas lentas e brindo no meu silêncio as palavras que se foram pra uma ilha cheia de espanto, voltando a sua fonte.

quarta-feira, 24 de agosto de 2005

e a greve?

Os funcinários da UFRJ já estão de greve (ao menos da Faculda de Letras). Os professores nem sinal dão da tal greve, parece até que não existe. Tanto é assim que tinha pensado que a greve só seria para funcionários mesmo, aí uma professora meio 'perdida' comenta que 'se entraram de greve estou furando inocentemente'. Então senti a dimensão de perigo que nos cerca: além de ficar sem a biblioteca, ficar sem aula? E ter aulas nas férias, naquele calor típico (que começa a se manifestar agora), na claustrofobia das salas da UFRJ seria algo que gostaria que não acontecesse. Tenho dito, tenho outros planos...

Em relação ao andamento do curso, uma boa constatação: matérias como 'fundamentos da cultura brasileira', 'literatura comparada' e 'fundamentos da literatura inglesa' têm mudado o ânimo das criaturas aleatórias e dado um estímulo, além da oportunidade do contato com tantos clássicos da literatura, além de professores interessadom e compromissados com o que fazem. Finalmente!

Uma última observação é que a 'tal cidade maravilhosa e metrópole cultural e diversificada' exige algo que não tenho, uma certa liberdade e uma audácia que me pesa ter. Creio que seja isso, por vendo artificialmente, o que causa tanto bege.

E a greve???

terça-feira, 23 de agosto de 2005

ser bege

Como posso eu estar tão bege??!! É em todo o canto, tudo o que eu faço: estou bege!!! Cor do conformismo, do calar-se, do pensar e não fazer ou do não pensar logo de uma vez. Simplesmente não tenho um Atitude, fico calada e calada no meu cantinho de menina bege. Eu visto bege e a roupa fica transparente, toda bege eu sou. Não, não sou! Minha vida é lilás. Ou era!?!? Ih, tá aí uma coisa pra resolver, ou não.

Vindo pra casa agora pouco do inglês vi uma enorme fila de pessoas sentadas nas calçadas, preparadas para dormir, em nome de serem atendidas amanhã na previdência social. Vejo aquilo umas quantas vezes e tem como se conformar? Passar ali e olhar indiferente dizendo por dentro 'tá tudo normal'? Eu desvio o olhar, mas vejo de rabo de olho, pessoas idosas até olhando curiosas e eu lá por dentro em rebuliço me perguntando: por que? É simples a pergunta: por que??? Por que deles estarem ali? Por que do meu rebuliço? E do 'por que' vem o 'posso mudar?'. Sendo a professorinha de escola pública aquela, posso mudar??!! Serei bege com eles? Olharei bege, ensinarei bege, gritarei bege, chorarei bege?

É muita interrogação pra um ser aleatório só... Só quero não ser bege na hora em que eu tiver o relativo poder de mudar a vida de uma criaturinha e só.

segunda-feira, 22 de agosto de 2005

Brisa

Continuando a história da Brisa (a bicicletinha da minha infância), ela foi o meu primeiro desafio no quisito superar as 'diferenças'. Ela era rosa bebê, cor que eu não gostava mesmo, e eu era lilás... Imagina então o conflito entre mim e ela. Parece estranho, mas antes de tudo tive de superar as 'diferenças' e daí pude superar-las na minha vida, afinal eu não suportava aquelas menininhas que se acham a fanta uva do deserto de tão metidas e que tentavam aproximação com a minha pessoa e acabava por ficar sozinha no recreio. Mas depois da Brisa, do nosso convívio diário, das andadas sem rumo, pensamentos distantes, quedas e mais quedas (adorava inventar uma história, como ficar fazendo manobrinhas nos morrinhos) as coisas iam mudando no mundo lilás de Fabíola e ficavam mais rosa, rosa bebê. :)


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I will kill the Anonymous!!!!

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domingo, 21 de agosto de 2005

dia de sorte

Quando eu era menor comecei acreditar em uma época que quando eu sentia muita raiva depois começavam a acontecer coisas boas. Certa vez eu quebrei todo meu velocípede... era vermelho e azul de plático e ficou despedaçado; um bom tempo depois ganhei a Brisa, minha bicicleta rosa da Monark com quem eu conversava bastante. Mais velha, na 6ª série, os professores de educação física obrigaram os alunos a comprar uma rifa de R$1,00 ou então ficavam sem nota, teria que preencher aquele bilhete da sena com os números sabe e o resultado do vencedor sairia com o resultado da sena; achei o fim do mundo isso e indignada discutindo com eles... até que desisti, marquei iradamente(isso existe?) os seis números na frente deles e até me esqueci quando eles conferiram... Eu e outra menina tínhamos dividido o prêmio em dinheiro por acertar cinco números.
Que eu me lembre foram esses dois exemplos, na verdade o segundo fez renascer o primeiro. E eu me esforcei muito pra ter raiva e quebrar alguma coisa, me revoltar e falar em tom alto gritante com alguém. Tentativas falhas. Quando sentia muita raiva depois disso eu chorava... Ah, a descoberta do choro, adeus velocípides e bilhetes premiados.

sábado, 20 de agosto de 2005

uma música aleatória

Estav\ eu escutando minha musinha no ônibus na volta para casa quando mais de uma vez toca a música da Zélia Duncan com a letra abaixo. Tem um ritmo tão bueno, mas eu não entendia nada do q a mulher cantava!!! ahaha Procurei música por música até a achar a letra! :) Aleatoridade total, com vocês "Vi, não vivi":

Primeira vez que eu te vi
Meu coração não fez clique
Se ouvi ou vi, não vivi
Seu clique, seu trique-trique
Não vi sushi, sashimi
Nem eros, nem afrodite
Primeira vez que eu te vi
Primeiro vi seus limites

Vi, não vivi
Não senti onda por ti, não senti
Nem o menor apetite
Não senti o tremelique
Senti
Não me entenda por ti
Não vivi
Não senti frenesi
Nem o menor apetite
Não senti tremelique
Senti

Não vi nenhum colibri
Não vi sua "bad trip"
Sino batendo, não ouvi
Nem vi se havia convite
Sol, búzios, nós dois ali
Com ares de casal 20
Nem com os olhos comi
Nem "veni", nem "vidi" nem "vinci"

Vi, não vivi
Não senti onda por ti, não senti
Nem o menor apetite
Não senti o tremelique
Senti
Não me entenda por ti
Não vivi
Não senti frenesi
Nem o menor apetite
Não senti tremelique
Senti

Primeira vez que eu te vi
Contive os meus palpites
Falei de rilke, leminski
Assim que vi seus grafites

Vi, não vivi
Não senti onda por ti, não senti
Nem o menor apetite
Não senti o tremelique
Senti
Não me entenda por ti
Não vivi
Não senti frenesi
Nem o menor apetite
Não senti tremelique
Senti

Tem uma outra história de música de bus, ontem escutei 'everybody is free'', música na qual tem um cara (baita voz) falando aquele texto do 'filtro solar' (q até tem uma versão com o Pedro Bial). A música em inglês dava até arrepios de se escutar e o melhor é q eu entendi tudo :P ÊÊÊÊ um dia eu tinha q melhorar né!?!

quinta-feira, 18 de agosto de 2005

temporada aberta para a 'explicação' (ou falta dela)



A aleatoridade tem explicação?!

Só um pedaço, fico limitada por enquanto, a só um pedaço... e um mês.

quarta-feira, 17 de agosto de 2005

Che giorno è oggi?

- Mercoledì!

Primeira aula de italiano no CLAC (já perdi umas 3), adivinhem a minha primeira palavra???? 'yeahh'. Só esqueci de trocar na mente inglês-italiano, detalhe!

terça-feira, 16 de agosto de 2005

A gripe me fez um favor: não fui à aula hoje. Aí aproveito para estudar gramática, gramática e gramática(da língua inglesa), além de morfologia(do português). Um troca justa.

segunda-feira, 15 de agosto de 2005

Hoje o dia foi 'pesaroso' (mistura de pesado com horroroso). Depois de aguentar uns bons esporros da 'queridíssima' professora, enfrentei um passar mal estranho de calor no ônibus, além de minha garganta muito doer doer.

Confesso, estou exagerando em achar o dia tão ruim, pq não foi. Ao menos não o sinto assim. A minha garganta ainda dói, mas fora isso o resto já passou. Passado tão cedo, trato que seja logo.
A questão é que tenho pensado nessa coisa de passado, presente e futuro. Daqui a pouco mudança de dígito me alcança, e aí?! Viro adulta já ou será que vem a prazo o processo?! Que venha em parcelas a perder de vista! Não quero deixar de ser 'acriançada', e ter desculpa para sê-lo 'ah, é a idade'. Daqui a pouco não será a idade, 'ah, ela é assim mesmo'. E a idade, importa tanto assim mesmo?

Outra coisa que vem a mente é se Faculdade importa mesmo. Eu sei que importa, mas por que ela continua nao me importando e me importunando? Essa resposta fica pros próximos semestres... Termino aqui com uma música que escutando estou neste momento exatíssimo e que um pouco (muito) tem relação com essa coisa de idade, faculdade... No final achava-se que crescer era tudo e é?

Wise Up
Aimee Mann
It's not.. what you thought...
When you first... began it.
You got... what you want...
Now you can hardly stand it, though,
By now you know, it's not going to stop...
It's not going to stop...
It's not going to stop,
Till you wise up.

You're sure... there's a cure...
And you have finally found it.
You think... one drink...
Will shrink you to... your underground
And living down, but it's not going to stop...
It's not going to stop...
It's not going to stop,
Till you wise up.

Prepare a list for what you need,
Before you sign away the deed,
'Cause it's not going to stop...
It's not going to stop...
It's not going to stop,
Till you wise up.
No, it's not going to stop,
Till you wise up.
No, it's not going to stop,
So just give up.
Obs. para quem gosta de trilha sonora de filmes, essa música toca em Magnólia numa hora em que passam todos os personagens principais da trama cantando-a. A partir daí que eles dão um guinada, ou tentam.
Obs. 2, quanta pergunta... seria isso bom? Espera-se!

domingo, 14 de agosto de 2005

olha quem adentra...

Pois contamos agora com a excelentíssima Sabrine Marins (do jeito que escrevi seu nome na inscrição pra semana acadêmica de santa maria), que com seu humor ácido já nos brinda com pérolas nas quais assinalo essa aqui: 'Sejamos apenas retardados normais.'
Viva a dona Sasa Mucca, que simplifica tudo para nossa vida bela, lilás ou não. :)

Mudando de alhos pra bugalhos, hoje, dias dos pais, dia tranquilo... Contudo matou ver Capitão Sky e o Mundo de Amanhã, além da famosa confraternização massante de condomínio na hora do almoço. Tudo bem, eu sobrevivo! Mas por favor, não pensem em ver Capitão Sky, é pior do que se imagina! No entando, como um colega cinéfilo tinha falado, a última cena é boa de conferir pra dar umas boas risadas e depois se lamentar: mas tinha tanto filme na locadora, fui pegar logo esse!

Humm... final de semana que não fiz metade das coisas que eu deveria. Mas o que é dever no final?!? E eu sou uma menina responsável, juro! ¬¬

;)

sábado, 13 de agosto de 2005

Sin City - a cidade do pecado


Pecado é mesmo uma pessoa que não aprecia quadrinhos e muito menos o 'no sense' que é muito encontrados neles, ver este filme. Quando se termina de assistir não há como ter uma idéia formada sobre se é 'bom' ou 'ruim'. É um algo de digestão prolongada, mas indubitavelmente de uma qualidade ímpar.

São três histórias de alguma maneira conectadas. Policiais corruptos, assassinos procurando justiça e, obviamente, muito sangue (nem sempre vermelho). A tirada da história é o anti-herói, duvidoso de caráter muitas vezes, bancando o salvador de almas lá não muito virtuosas (como prostitutas). Tem-se lá também os políticos corruptos, assim como o clero que entra no meio. É a situação de dominadores e dominados (leitura de Karl Marx básica aí).

Chamou-me a atenção à narrativa, verdadeiramente fiel aos quadrinhos, parece que se está lendo um e, aliado a isso, as tomadas que mais 'quadrinhos' impossível! O filme é praticamente todo em preto e branco, dando ênfase com cores no que se quer destacar num determinado personagem, criando uma atmosfera diferenciada (que não consigo definir, como muita coisa que vi naquele filme).

O pensamento corre rápido, às vezes tropeça numa cena com espanto, mas vai conectanto uma coisa a outra e concatenando que aquilo que está lá na tela distante e surreal nada mais é do que uma metonímea do nosso mundo (principalmente do que se refere a capitais), contudo com um pouco de exagero (normal!).

Fico curiosa agora para ler os quadrinhos...

Um conselho: preste atenção no início pra não ficar boiando no final! :P

quinta-feira, 11 de agosto de 2005

Eu vou fazer italiano :P (ainda pra se decidido dessa madrugada pra amanhã)

quarta-feira, 10 de agosto de 2005

sentido

Nada é inédito. Tudo que falarmos, por mais bonito e criativo, não passará de discurso repetido. Tudo já foi dito e passamos nossa vida repetindo tudo novamente, para que nossos descendentes nos repitam...

=> ouvindo Madeleine Peyroux - this is heaven to me

Hoje eu reparava como é inconfortável esperar alguém. Reparava também o zumbido das pessoas, todas juntas, aglomeradas falando sobre seus assuntos tão de todos. E a professora de Literatura Comparada falava de sentido: a vida e tudo que se insere nela (sociedade, política, casamento) é uma constante briga das pessoas por sentido. Elas querem que o que elas pensam seja o correto e aceitável e querem pensar assim. Quando a Igreja na Idade Média ditava o que era Arte, impregnava a tudo com o seu sentido... Depois os fizeram os reis, os grandes estadistas, os ditadores. Na verdade ela falou várias coisas interessantes, apesar d'eu não concordar com tudo, porém falou o principal para me servir de combustível, que teríamos certamente que ler certos livros, porém que ela não obrigaria que o fizéssemos só por uma prova, se for para ler que seja pela nossa vontade e cede por conhecimento. Isso pra mim bastou, lerei tudo que essa mulher pedir!

segunda-feira, 8 de agosto de 2005

Finding Neverland

O estalo do dia se repetiu quando eu disse pra Lívia no ônibus:
- Isso é o tipo de coisa que vocês escreve num diário pra mostrar pros seus filhos de que essa idéia não saiu do nada.
Falávamos de ciúme. Lívia, Isis e eu. Comentávamos a respeito dos filmes que tínhamos visto, sobre outdoor e consequentemente propagandas, sobre músicas (obviamente citei 'Perhaps Love' e a propaganda da Perdigão que lá de pequena adoro). Era uma assunto dentro do outro como se aquela conversa já tivesse um roteiro. O cúmulo foi quando as três esperavam ansiosas por passar por um outdoor: três olhares se voltaram em conjunto pra uma rua passando, foi raro. Valeram os comentários todos.

Antes, na aula de inglês com a nossa saudosa S. Frota, a segunda pessoa mais materialista que conheço (pq a primeira é a Madonna, claro!), quando todos já tinha ido era a tal professora falando de um filme que tinha visto em NY e resaltava com veemencia:
- O filme falava de sonhos, o protagonista tinha sonhos! Daí a importância de termos os nossos.
Logo ela falando? E mais, dando força pra Lívia fazer algo relacionado com o cinema que ela tanto ama:
- Vai menina, você é jovem e tem que seguir seus sonhos. Mas pra isso você tem que correr atrás. Faz vestibular pra UFF, ali em Niterói, com certeza você passa e faz cinema, e vai combinar direitinho as duas faculdades.
Eu abobada olhando a cena, era mesmo a S. Frota falando aquilo? Era.

Já a tarde, depois do almoço, lá pras 16h, fui assistir novamente "Em Busca da Terra do Nunca", nem preciso comentar o fascínio que me exerceu o filme. "É o crocodilo tic-tac que nos persegue não é?", se é... Que tempo é esse? O tempo de sonho, imaginação, busca ou encontro?

É o Tempo, é a Arte e o Futuro que me intrigam. Que bom, assim tenho um bom motivo pra continuar com meus devaneios aleatórios, aquela vontade de espalhar Literatura. E mais do que Literatura, sentimento de Liberdade, esse de ousar, esse de nos fazermos felizes. E me passar a lição de buscar o que eu quero sim: minha Terra do Nunca!

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Obrigada 'leitores', que não gosto de chamar assim, afinal essa palavra parece que vem de 'leite', que não gosto nem do cheiro. Perdoem o trocadilho, logo de quem iniciou o semestre em morfologia do português... Mas é que ao ver a 'troca de casa', ou a simples reformulação de outras é que realizo que isso que escrevo não é só meu, então tenho os meus pequenos grandes 'endendedores', que mesmo às vezes não endendendo nada estão comigo, aqui e além palavras. Obrigada então entendedores.

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É algo:

"Só a poesia é capaz de dizer o que as próprias coisas jamais pensaram ser em sua intimidade". (Reiner Maria Rilke)

"Tudo pode sair muito mais bonito nas fotografias, mas sai muito mais verdadeiro nas pinturas". (Mário Quintana)

domingo, 7 de agosto de 2005

A casa dos espíritos

Mesmo o livro de Isabel Allende sendo primorozo, essa adaptação para o cinema consegue arrancar bons suspiros e reflexão.

Infelizmente no filme nem tem o personagem que mais me arrancou lágrimas e me fez pensar na (in)sensatez do mundo. Jaime.

Mas ao conhecer Clara a vida muda, de qualquer um. Ela dizia que morte não era nada de ruim, era uma mudança, assim como o nascimento. Ela tb dizia que os maus acontecimentos tinham algum sentido no final de tudo, não era pra praguejar a vida por conta dos momentos ruins. E outro legado foi a vingança: vingar não muda as coisas, então para quê?

Senti como se Clara me abraçasse também :)

sexta-feira, 5 de agosto de 2005

temporada aberta para a reflexão (e desespero)


Estou 'entaguinada' com pensamentos andantes. Eles vão indo... Deixando-me aqui, vendo navios. Explico: aquela sensação de pensar tudo ao mesmo tempo, coisa atrapalhando outra. O problema não é esse (o maior), o caso é que continuo usando metáforas como se fossem areia de praia em Rio Grande, as pessoas não me entendem e nem quero que bicho-gente chegue muito perto.

A figura da Ponte, de estar em movimento na Ponte, remete aos tais pensamentos andantes em fluxo de onda abissal (essa palavra é bonita). Vou indo pensando na faculdade, nas aulas que não houveram, nas que eu poderia ter, nos colegas que poderia fazer ou não, na análise do discurso que larguei, na literatura que era o sonho aquele de minina.

E no meio do vago e vago encontro uma ilha no texto que o Tiago colocou no blog dele, o novo, a nova casa. Ele falava de universidade, falava de um jeito que me sinto muito. Sinto muito, estou perdendo tempo. Isso porque fico esperando ali sentada, calada, olhando quase que aflita. Mas só notam as saias bonitas, os mais eloqüentes, os de falsa opinião formada e decoreba nata. Lamento, eu não decoro, minha opinião é algo, não falo alto e nem uso saia.

Só tenho vontade. E sabe, de verdade porque estou nisso tudo? Pra provar pro jovem, pra criança ou seja lá quem for que Literatura é bom sim! É um néctar na vida cinza, é algo de luz, de calor, conforto puro... Inquietação e reflexação tb vem no pacote; faz crescer, crescer pro melhor e bem que há. Era isso, só isso! Acometer coraçãozinho de muitos com o sentir Literatura.

O que sobrou daquela vontade, vontade que volte a vontade aquela. Veio um monte de professor me dizendo que o que sonho não é possível. Vieram com metáforas me gritando! E agora minha ponte está ruindo. Crise do 2ª ano, disse o Tiago, que seja. Mas a paisagem bonita do fundo é o que eu ainda insisto em vislumbrar, embora acizenteiam tudo...

Pensa bem, foi só primeira semana.

terça-feira, 2 de agosto de 2005

A frase do dia!

Ao vivo, direto da CPI dos correios, do mensalão, seja lá que nome estão dando, José Dirceu com a palavra:

- Eu sou inocêncio!
- O que?
- Eu sou inocente, não foi o que eu disse?

--- Definitivamente, 'inocente' só se for de nome!
Eu sou tímida tímida tímida de marré marré marré!