segunda-feira, 8 de agosto de 2005

Finding Neverland

O estalo do dia se repetiu quando eu disse pra Lívia no ônibus:
- Isso é o tipo de coisa que vocês escreve num diário pra mostrar pros seus filhos de que essa idéia não saiu do nada.
Falávamos de ciúme. Lívia, Isis e eu. Comentávamos a respeito dos filmes que tínhamos visto, sobre outdoor e consequentemente propagandas, sobre músicas (obviamente citei 'Perhaps Love' e a propaganda da Perdigão que lá de pequena adoro). Era uma assunto dentro do outro como se aquela conversa já tivesse um roteiro. O cúmulo foi quando as três esperavam ansiosas por passar por um outdoor: três olhares se voltaram em conjunto pra uma rua passando, foi raro. Valeram os comentários todos.

Antes, na aula de inglês com a nossa saudosa S. Frota, a segunda pessoa mais materialista que conheço (pq a primeira é a Madonna, claro!), quando todos já tinha ido era a tal professora falando de um filme que tinha visto em NY e resaltava com veemencia:
- O filme falava de sonhos, o protagonista tinha sonhos! Daí a importância de termos os nossos.
Logo ela falando? E mais, dando força pra Lívia fazer algo relacionado com o cinema que ela tanto ama:
- Vai menina, você é jovem e tem que seguir seus sonhos. Mas pra isso você tem que correr atrás. Faz vestibular pra UFF, ali em Niterói, com certeza você passa e faz cinema, e vai combinar direitinho as duas faculdades.
Eu abobada olhando a cena, era mesmo a S. Frota falando aquilo? Era.

Já a tarde, depois do almoço, lá pras 16h, fui assistir novamente "Em Busca da Terra do Nunca", nem preciso comentar o fascínio que me exerceu o filme. "É o crocodilo tic-tac que nos persegue não é?", se é... Que tempo é esse? O tempo de sonho, imaginação, busca ou encontro?

É o Tempo, é a Arte e o Futuro que me intrigam. Que bom, assim tenho um bom motivo pra continuar com meus devaneios aleatórios, aquela vontade de espalhar Literatura. E mais do que Literatura, sentimento de Liberdade, esse de ousar, esse de nos fazermos felizes. E me passar a lição de buscar o que eu quero sim: minha Terra do Nunca!

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Obrigada 'leitores', que não gosto de chamar assim, afinal essa palavra parece que vem de 'leite', que não gosto nem do cheiro. Perdoem o trocadilho, logo de quem iniciou o semestre em morfologia do português... Mas é que ao ver a 'troca de casa', ou a simples reformulação de outras é que realizo que isso que escrevo não é só meu, então tenho os meus pequenos grandes 'endendedores', que mesmo às vezes não endendendo nada estão comigo, aqui e além palavras. Obrigada então entendedores.

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É algo:

"Só a poesia é capaz de dizer o que as próprias coisas jamais pensaram ser em sua intimidade". (Reiner Maria Rilke)

"Tudo pode sair muito mais bonito nas fotografias, mas sai muito mais verdadeiro nas pinturas". (Mário Quintana)

Um comentário:

Tiago Tresoldi disse...

A propaganda não era da Sadia?

Ah, essas duas citações acho que conheço. :P