sexta-feira, 20 de janeiro de 2006

POis é... 1 ano de blog! Parabéns para todos nós que aturamos a vida lilás...

Em breve mudanças.


E agora estou indo pra Sampa... 'alguma coisa acontece no meu coração..."

quarta-feira, 18 de janeiro de 2006

breve reflexão

Os blogs andam abandonados. Eu ando aleatoriamente feliz.

Acabou, não disse que era breve?

Mas não adianta, tenho de escrever mais linhas. O caso é que tem coisas que não sei dizer. Se deixar levar é a conta... E se causa um bem, que o bem continue.

Ah, leiam o post abaixo, são muito lindos esses fragmentos, a coisa mais meiga. Faz querer um abraço no final. Leiam e reflitam consigo mesmos, pela beleza das coisas bobas, querendo fazer coisas bonitas.

É, vai ver tá aí o sentido.. fazer coisas bonitas.

E eu sigo com minhas reticências em vida lilás sacudida por cores aleatórias e cativantes.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2006

Calvin & Haroldo

Calvin: Olhe, Haroldo, há um filhote de quati no chão.
Haroldo: Estará vivo?
C: Acho que sim, mas ele está machucado. Veja ele mal pode respirar.
H: Melhor nem mexer nele, se ele está ferido.
C: Sim. Você vigia ele. Vou correr e chamar a mamãe.
H: Espero que ela possa ajudar.
C: Claro que sim. Você não pode ser mãe se não puder consertar tudo muito bem.

****

C: Olha lá o Haroldo tomando conta dele. O quatizinho está nem ali!
Mãe do Calvin: Oh, Clavin, eu não sei se podemos fazer algo para salvá-lo. Ele parece muito mal. Vá pegar uma caixa de sapatos e uma toalha limpa.
C: Certo!
MC: Eu não sei se esta coisinha pequena vai se salvar, Haroldo! [Suspiro] Eu odeio quando essas coisas acontecem. ... Você pode notar que eu estou aborrecida quando começo a falar com você...

****

MC: Bem, eu o coloquei na caixa de sapatos. Acho que tudo que podemos fazer é conservá-lo aquecido e seguro. Vamos colocá-lo na garagem e dar água e comida pra ele.
C: Eu li numa revista que os quatis comem de quase tudo. E se é assim, vou ficar contente em doar para ele quase todo o meu jantar.
MC: Calvin, você nem sabe o que vamos comer.

****

H: Ele comeu alguma coisa?
C: Não.
[os dois olham mudos pra caixinha onde está o quatizinho]
C: [chorando, olhando pro quatizinho] Não seria muito agradecido de sua parte quebrar meu coração.

****

H: Não consigo dormir.
C: Nem eu. Não paro de pensar no quarti.
H: Espero que ele se salve.
C: Eu também.
H: Eu acho os animais tão engraçadinhos.

****

C: Papai, você já olhou o quatizinho esta manhã?
Pai do Calvin: Sim, Calvin... Sinto muito, mas ele morreu.
C: UAHHH!! [chorando desesperado]
PC: Também sinto muito, filho. Mas ele não tinha muitas chances.
C: UAHH-AAHH!
PC: Pelo menos ele morreu quentinho e seguro. Fizemos o que podíamos, mas ele se foi.
C: * chuif * Eu sei. ‘Tô chorando porque lá fora ele já se foi, mas ele ainda não saiu de dentro de mim.

****

C: [falando com Haroldo, que só ouve] Foi aqui que o papai enterrou o quatizinho. Eu nem sabia que ele existia há alguns dias e agora ele se foi para sempre. É como se não tivesse nenhuma razão para que a gente se encontrasse! Eu tive que dizer adeus assim que disse oi. * suspiro * E assim mesmo... de uma forma triste e terrível, ‘tô feliz por tê-lo encontrado. ... Que mundo idiota.

****

C: Sabe, Haroldo, não consigo entender esta história de morte. Por que aquele quatizinho tinha de morrer? Ele não fez nada de errado. Ele era tão pequenininho! Qual é a vantagem de colocar ele aqui e levá-lo de volta tão cedo? [os dois, embaixo da cama] Ou isto é mesquinho ou arbitrário, e de qualquer forma me dá calafrios.
H: Por que é sempre de noite que a gente fala disso?

****

C: A mamãe falou que morte é tão natural como nascimento, e tudo faz parte do ciclo da vida. Ela diz que nós não entendemos realmente isto, mas há muitas coisas que nós não entendemos, e nós temos apenas que fazer o melhor que pudermos com o conhecimento que nós temos. Acho que isso faz sentido. ... Mas vê se você não some. [abraçando Haroldo]
H: Não se preocupe. [retribuindo o abraço]

****

A ESSÊNCIA DE CALVIN E HAROLDO, de BILL WATTERSON – páginas 223-225 – Cedibra Editora Brasileira Ltda.

domingo, 15 de janeiro de 2006

Ficção

Olá amiguinhos...

O final de semana foi tão tão tão divertido. Fiz as mesmas coisas que fiz a semana inteira. A acrescentar algumas conversas interessantes com o Italianinho da quinta sobre filosofia, com a Lizi sobre a nossa própria existencia.. fora com pessoas aleatórias sobre méxico, distopias e alguns filmes a mais.

Acho divertido da vida lilás o quanto ela mesmo virou 'amélie', com toda aquela força interna que nem sempre quem está perto consegue captar com seus momentos de altos e baixos mesmo sem mudar a expressão da face.

Ah, a luz do dia foi que descobri que nao quero ser a solução. Isso mesmo, não estou aí pra isso. Posso estar de lado, pelas beradas... Mas solução não! Meu negócio é interação, falar dicutir... bater dois dedos de prosa como diria os mineiros.

Descobri que quero visitar uma praia oriental de água azul, casar com chinês e morar no méxico por uns tempos, até me estabelicer na Amazônia onde irei estudar umas línguas indígenas.

Tá, foi tudo imaginação. Mas vai dizer que não é bom fazer da sua vida ficção? De si mesmo um personagem em transição? Do mundo o cruel vilão? E da sua existência uma suposta busca por chocolates colororidos que brilham no escuro?

:)

Sempre bate saudade do blog.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2006

Tiradas publicitárias

Estava eu passeando pelo yahoo notícias, lendo sobre os acontecimentos, para ser mais específica como o Governo americano está enrolando na reconstrução de Nova Orleans, quando me deparo com esse propaganda despretenciosa de um produto novo da Microsoft que avisa sei lá que e-mail importante você quer. Mas olhando, temo aí uma daquelas reflexões clichês de como o trabalho às vezes engole algumas pessoas. Enfim, eu gostei.



Referencial

Estava eu olhando o blog recapiado do Tiago, o Ars Rethorica, e da parte final dos fragmentos de uma resposta do papa João Paulo II sobre o uso da camisinha tiro:

"(...)Se alguém duvida de que esta entidade chamada 'a ciência' hoje possui uma autoridade maior do que a da pitonisa de Delfos, pode considerar um único fato. Experimente dizer em um jantar qualquer que o Sol gira em torno da Terra. Você será chamado de palhaço e idiota. Agora, todos vêem, todos os dias, o Sol dar a volta no céu. Todos vêem, todos os dias, a Terra paradinha onde está, e o Sol se movendo. 'Ah, mas isso é só uma impressão.' Não é não. Você não aprendeu na escola que 'o movimento depende do referencial'? "

Com essa essa tirada colocada alfinetantemente pelo seu Italiano acabou por me render um daquelas caras de 'ih, me pegaram'.

Nada é relativo ou a ciência não é por si dona da verdade?
Há a tal verdade relativa? Ou de relativa a verdade não é nada?
Relativo não foi pois criado por nós como desculpa para as nossas próprias constações que não podem ser provadas?

Estou com um nó. Esse nó não é nada relativo. Mas o referencial é o blog do Tiago :P

Ah, estou gostando disso...

quarta-feira, 11 de janeiro de 2006

Hoje eu acordei com vontade de dormir. Deve ser o Sol, tão sol que fecha meus olhos espontaneamente. Eu não devo ter tantos problemas com o Sol, que com sua luz invade cada janela com cortina aberta. Meu caso sério é a Lua, que está cheia. E por que diabos consigo ver o pão de açucar da janela do meu quarto e não consigo ver a Lua??? Isso sim é que é desperdício de vista, tantos prédios, altos prédios... Arg, gosto de casa, casa no campo pra guardar os discos e livros e os amigos e nada mais. E a Lua cheia ficou escondida por detrás do prédio da minha frente. Ai, digo que estou com vontade de dormir. E sonhar.

terça-feira, 10 de janeiro de 2006

Fahmelie...
Uma vírgula de mim dentre nuvens.

Respeitável público, apresento-lhes: eu. Um personagem de desenho animado que toma vida, toma responsabilidade e toma suco tang de uva. Tenho a determinação de Chihiro, ao mesmo tempo que sua sensibilidade, buscando o momento de 'reconhecimento' e libertação com paciência milenar. Faço de parte de mim Amélie, pelas coisas bobas, pela harmonia dos eixos interrompidos por um breve abalo de peles e almas. Criança de fato, pessoa de acentuar o otimisto e esperando captar a nuvem azul do céu.

Gosto do que gosto, gosto porque sim...
Gosto e aposto que você gosta de mim.

Gosto de boas lembranças, acordar tarde pensando no sonho que tive por horas a fio, admirar o vento batendo na testa, ver riscos de cores quando fecho os olhos, gastar tempo na biblioteca e na locadora e na pracinha, no cinema e andando na tarde fresca e de porquês inexplicáveis, sucos de uva e laranja, e de goiaba (só a fruta).

Não gosto de calor, ventiladores e ar-condicionado, lugares barulhentos, músicas altas demais o tempo todo, televisor ligado o dia inteiro, cinzeiro, fumaça, copos na beirada da mesa, comida na mesa do computador, falta de cantigas de roda, a falta de pessoas, olhar inquisidor, suco de goiaba e festas de aniversários.
Heal the Pain
by George Michael

Let me tell you a secret
Put it in your heart and keep it
Something that I want you to know
Do something for me
Listen to my simple story
And maybe we'll have someting to show

You tell me you're cold on the inside
How can the outside world
Be a place that your heart can embrace
Be good to yourself
'Cause nobody else
Has the power to make you happy

How can I help you
Please let me try to
I can heal the pain
That you're feeling inside
Whenever you want me
You know that I will be
Waiting for the day
That you say you'll be mine

He must have really hurt you
To make you say the things that you do
He must have really hurt you
To make those pretty eyes look so blue

He must have known
That he could
That you'd never leave him
Now you can't see my love is good
And that I'm not him

How can I help you
Please let me try to
I can heal the pain
That you're feeling inside
Whenever you want me
You know that I will be
Waiting for the day
That you say you'll be mine

(...)

quarta-feira, 4 de janeiro de 2006

Nota de pé de página

Sim, do pé da página, afinal é daquelas que não se quer falar, a informação contida a ser escondida leitor, a letra miúda do rótulo informando dos contras do produto. É triste, é depressivo, me custa tanto, no entanto é a realidade: não visitarei os pagos gaúchos essas férias. Leviandade minha até deixar tudo tão claro na mente sem contar com os imprevistos, mas, enfim, contava mesmo em ir dar um bom abraço nos meus aleatórios amigos gaúchos. Creio que o que me custa mais é enxergar que isso é consequência de uma atitude inicial (lá nos meados de 2004/2005) que talvez sendo diferente me renderia mais frutos, pq na floresta cinza até agora colhi nasgas beges da minha complacência. Aii, minha vida... O que fazer da vida? Quando crescer eu quero ser o vento e ir pra qualquer lugar.
Agora toca 'refrão de um bolero' na minha rádio predileta... É, querem acabar com meu coraçãozinho.

Nota do pé do pé da página: fiquei sabendo disso agora mesmo.

terça-feira, 3 de janeiro de 2006

All we need is love...


E muiiiito Beatles. Não sei explicar o que esse quarteto faz na minha vida lilás, mas é algo assim cambando pro alienante, afinal começa a tocar e vai vai vai rumo ao infinito e além (como diria o Buzz Lightyear do Toy Store). Além dos grandes sucessos como Help, I wanna hold your hand, yesterday, let it be, tem as que nem-todo-mundo-conhece-mas-são-boas: Im my life, Eight days a week, Close your eyes que ultimamente levam a vida lilás a loucura musical.
O 'fahnatismo' começou ainda quando era pequena (sempre se coloca culpa nas crianças, tsc tsc), quando ao escutar 'I wanna hold your hand' num especial desses de rádio fiquei vidrada pelo rock hipinotizador que impossibilita o cidadão a ficar impassível numa música dessa. Sabe-se lá o que Lennon, Paul, Ringo e Harrison fizeram pra acertar na dose do ritmo-letra e se tornar o melhor do pop mundial há décadas e décadas. (Sem essa de que é pop é ruim, eles são simplesmente Beatles). O caso sério deles ficava mesmo por conta do ego, mas essa parte a gente pula.
De fato esse meu post se deve ao acontecido no meu cd de mp3 que não toca tão somente as músicas dos Beatles, fazendo-me subir pelas paredes tentando ludibriar a mim mesma com músicas aleatórias sem conseguir saciar a minha sede de Yellow submarine, Imagine ou Strawberry Fields Forever.
Sigo cantarolando então... 'eight days a week... I loo ooo ooo ve you'

segunda-feira, 2 de janeiro de 2006

A gente vai descobrindo... Ou não.

Pois então, final de ano e blá blá blá. Se eu ainda não disse que não sou fã dessa época do ano é pq não quis nem arriscar a me tornar repetitiva. A frenetissidade temporária do povo me deixa com a pulga atrás da orelha.
Depois de passar dois bons finais de semana com a família, longe de músicas prediletas, filmes e internet vai-se acabando por fazer todo um processo interno de pensar mundo de uma perspectiva inédita.
Sempre sempre que estou na minha avó dou uma olhada nas fotos antigas. Olho o que as pessoas foram e fico tirando conclusões por minha conta e risco. Olho-me lá atirada no meio das fotos e dou meu meio sorriso satisfeito de quem escreveu história (e segue nessa) por ali.
Mas das visitas têm coisas que não mudam... Aqueles comentários de tias 'quem diria, aquela menina tão parrudinha, gordinha, agora aí...' (elogio que é bom fica na elipse). Aí que se vai descobrindo que eu posso ganhar o Oscar e ainda vão continuar com os mesmos comentários (quem se presta a fazê-los).
Outro detalhe são as crianças, só primos, as pestes. Não adianta quantas vezes eles vejam aqueles benditos power ragers, eles sermpre quererão ver novamente. E, é claro, me tacando almofadas como se eu fizesse parte da brincadeira deles. Ai, minha vida de babá.
Diria que das reflexões vieram idéias como não basta amar, mas se tem que mostrar mesmo que se ama. Marketing é o que há! Contudo puxar a orelha de quem se quer bem cai perfeitamente em determinados momentos. Ano novo é só pra ver fogos mesmo, afinal ninguém muda de um dia pro outro, ou se ganha na loteria só pq é ano novo. Quanto mais vezes se deseja 'feliz ano novo' mais parece que se vai esvaziando vendo que seu próprio ano novo não será tão feliz qto o imaginado mesmo.. Ao menos se tem muito tempo pra mudar a perspectiva. A gente vai vendo que aqueles que não têm os mesmos interesses (arte, cinema, livros) que nós nunca realizaram nossa forma de ver a vida e por vezes nosso potencial. Que ouvir é o melhor remédio pra mtos males. Que falar o que quer é inevitavelmente estar exposto a ouvir o que não imaginava e ao que não se gosta de saber. Que usar protetor solar é a melhor coisa que existe e que quem se expõe ao sol levianamente por marquinha de biquine é gente do século passado. Que recordar é o que há, mas recordar demais enferruja as máquinas e torna pensamento atrofiado. Que sonhar é o melhor escape e assim as noites e manhãs e até dias inteiros se tornam mais interessantes.
Ai, chega de 'ques', a carta da Lizi não chegou, eu estou com dor-de-cabeça e pelo corpo todo (mas mato a saudade da minha musiquinha alta). Ah, lembrei de algo tb, passava eu por uma casa tocando 'losing my religion', aí pensei imediatamente: '´ta vendo só, dizem que não gosto de festa e de dança e cia ltda, mas numa tocando REM me animo e mto!'.
Enfim, muda ano, não muda mundo e eu permaneço muda.