quarta-feira, 30 de maio de 2007

Mais um dia

Estava eu no elevador, subindo para meu querido 6º andar, acompanhada de um moço por volta de seus 40 anos, com traços indígenas, que abriu a porta do elevador para que adentrasse, quando, perto de seu 3º andar ele profere a frase ‘mais um dia se passou’. Se tivesse um espelho a minha frente ele notaria minha cara de espanto. Como assim mais um dia? Isso é bom ou é ruim? Tem alguma coisa errada com mais um dia? Ou é algo extraordinário-maravilhoso-fantástico, programa imperdível: Mais Um DIA, Mais VOCÊ!?

Aquele ‘dia’ dele tinha não só o ‘quê’, mas um alfabeto inteiro de Monalisa! Era indecifrável e ao mesmo tempo se permitia a duas interpretações, assim como os dúbios olhos de ressaca de Capitu. Traiu ou não Bentinho? É bom ou não que mais um dia tenha se passado?

Vai ver o comentário dele está mais pra ‘tem uma pedra no meio do caminho’. Nada mais que uma pedra. Nada mais q um dia... O normal é que o dia passe, por isso se passou mais um dia. Um dia inteiro se foi. E afinal, que mais falar num elevador numa noite de 5ªfeira? Comentar do tempo? Não, está muito batido. Então, vamos falar algo diferente: o dia que se passou.

Então é só isso que tenho a comentar: mais um dia se passou.

terça-feira, 29 de maio de 2007

conceito psyco I



rascunho... do caderninho do sapo rei, presente do JN.


que organização!!!

segunda-feira, 28 de maio de 2007

análise, análise...

Olha só a novidade, retomarei a análise de discurso nos pagos cariocas. Depois de uns... 2 anos afastada de qqer terminologia do meio, volto eu a pesquisar profundamente o mundo discursivo em relação a material didático, examinando tb o discurso midiático.

E o melhor, eu tô sendo paga pra isso. Ah, vida! Minha vida!

domingo, 27 de maio de 2007

Horrorshow, the old in-out e ultraviolência



Esse final de semana vi os inéditos Horror em Amityville (só se for pra mim né) e 9 semanas e meia de amor (ui ui ui), além do mais que reprisado no meu DVD, Laranja Mecânica. O cardápio foi diversificado, sendo possível com a contribuição da videoteca de Lív Mary e Thi.

Do primeiro, conversava na própria 6ªf sobre O Iluminado e JN fazia uma comparação (embora ele não tenha visto o clássico de Kubrick). Sempre tive preconceito com Amityville por achar um terror ‘fraco’, repetitivo e descartável. Vendo o filme constatei isso na prática, a velha história de cemitério indígena, criança sensitiva, influência maligna da casa, o cachorro morto (isso me lembra o filme da “Caroline”, aquele sim, é terror – hoje tosco – de verdade). Mas vale a paciência, não é dos piores... Agora O Iluminado sim, eta obra prima!

Indo pras semanas de amor, quem pensa que vai encontrar pornô-romance se engana (ainda bem, afinal ver cena um tanto qto explícitas dentro do convívio familiar é constrangedor). O filme foi revelador pra mim, tratou de algo tão simples e com categoria: a falta de intimidade. Não sei se poderia chamar ‘intimidade’, mas sabe aquele tipo de pessoa que chega e adora um mistério? E tudo q vc quer é um relacionamento normal (ou quase, afinal nenhum relacionamento é normal), apresentar o tal charmoso a seus amigos, saber da vida dele, do passado, da família, etc... Mas ele se fecha, te promete tudo (carinho, dinheiro, dar comidinha na boca e... tudo mais!), só que aquilo não é suficiente. A personagem de Kim Bassiger, em meio a quase falta de sanidade, passa por cima do ‘eu te amo’ do moçoilo e larga um ‘agora é tarde’, aplausos pra ela (afinal era óbvio q o próprio moço não estava preparado pra lagar seus joguinhos e pensar seriamente na palavra 'amor'). E 'slave to love' é música chiclete hein...

Mas a revelação do final de semana foi a minha querida e amada Laranja Mecânica. Isto pq todo momento que vejo esse filme meu cérebro parece que se atenta a um novo detalhe, sejam as cores, a trilha sonora, ou aquele olhar instigando do Alex. Fico praticamente hipnotizada com a tela, me rendo inteiramente a ‘surpresa’ que já sei. Creio que essa seja uma daquelas histórias bildungsroman (palavrão), assim como Great Expectations e Huckleburry Finn, donde o personagem vai aprender uma lição com o passar do tempo. Mesmo Alex não estar na infância e passar pra adolescência, creio q a passagem e aprendizagem vai de irresponsabilidade total para o despertar de uma fase adulta que chegará em breve (a qual ele já pode ver refletida em seus amigos q, em dois anos que ele esteve preso, estão trabalhando na polícia). Digo isso pq duvido que depois daquilo tuuudo Alex volte a praticar ultraviolência com o mesmo gostinho, apesar de ele afirmar ao final do filme ‘voltei a ser o mesmo’. Aquele mesmo não fica com gosto de ‘O Mesmo'. Daí tenho grande curiosidade pelo final do livro, que é diferente, vai ver q no livro fique mais clara essa vertente de bildungsroman. Quando me dei conta disso vendo o filme, foi a mesma sensação de Alex ao escutar a nona sinfonia de Beethoven.

Agora deixa eu voltar pra psicologia da educação, pensar cognitivismo, chomsky e alguma coisa mais.

quinta-feira, 24 de maio de 2007

a vida é tão rara



e não pára não.

Aniversário

Hoje é aniversário da minha irmã. Sabe que sempre lembro tudo q acontece nesse dia... Acho q isso acontece desde que ela nasceu (combinemos, foi um grande choque pra mim). O caso é q minha mãe foi pra maternidade (de noite) e minha tia aleatória ficou tentando me distrair (mas ela ficou mesmo escutando o rockzinho dela), enquanto eu não parava de perguntado “onde todo mundo foi?”. Claro q eu sabia q acontecia alguma coisa, mas o prazer da surpresa era algo q guardava dentro de mim esperando ‘nossa, será q estão fazendo alguma coisa pra mim?’. Convencida, nada nada... Mas eu era única de tudo, primeira de tudo, absoluta. Aí veio aquele bebê de choro estranho e estridente e eu senti medo... Medo de perder mamãe. Depois medo de segura-la no colo e mais adiante medo das mordidas dela (que eram poderosas). E passei a vida dela toda até aqui sentindo medo: medo q se machucasse, que não fosse bem na escola, que a maltratassem, q a fizessem chorar. Desses medos todos, nunca tive medo q ela não gostasse de mim, que me achasse a chata mor, que não quisesse minha companhia. Mas agora eu tenho um medo danado, mas assim, do tamanho do mundo, que ela nunca saiba que foi meu primeiro amor, minha primeira filha, meu primeiro grande medo que me fez querer mudar, querer crescer e me tornar um bom exemplo pra ela.

Deixa estar, amor vem de Deus e há de ser sempre reconhecido, quiçá moverá montanhas. À minha irmã, o ser que não compreende meu amor, mas que amarei de todo modo (não sou fácil em sentimentos assim), todas as glórias de milhares de futuros gloriosos que tracei pra ela na minha mente... toda parcimônia, calma e compreensão com esse mundo q cansa.

(e eu choro assim, juro que choro.)

E se fosse oferecer uma música pra ela (que coisa brega), seria Why Worry do Dire Straits (vale a pena escutar, e como! É liiinda, é de carinho infinito).

terça-feira, 22 de maio de 2007

22

Dia daqueles hein. Vou dormir com tanta vontade q talvez demore só meia hora pra pegar no sono, o que é um prodígio pra quem leva em média 1h.

Eu me sinto tão amarela, de um amarelo queimado, quase laranja. Acho q o outono tá chegando em mim, as folhas já tão pra lá de caidas, as novas estão nascendo e daqui a pouco teremos frutos. Bons frutos ('bons' arbitrário ali, pq de frutas podres já deu nessa colheita).

segunda-feira, 21 de maio de 2007

fahlando sobre música...

papo inteiro sobre um caso de música e linguagem com meu amigo compositor e companheiro de programas culturais, Thiago. (quanto thiago/tiago nessa vida!)


Fah diz:
deixa ver se entendi
Fah diz:
vc tá defendendo q o discurso sonoro qdo percebido pelo individuo, além de só sentido, ele podendo ter entendimento maior da obra
[c=48]Trighost[/c] diz:
sim...
[c=48]Trighost[/c] diz:
justamente nakela parte q vc me corrigiu eu quis dizer implicitamente q música não é uma linguagem...
[c=48]Trighost[/c] diz:
ela é a própria exposição das idéias... o próprio entendimento, sem a necessidade de recursos para interpretá-los...
[c=48]Trighost[/c] diz:
por isso q as pessoas não definem música direito... pq sempre querem dizer q ela quer dizer alguma coisa... fazendo analogia a coisas no mundo físico...
[c=48]Trighost[/c] diz:
qdo ela é metafísica
Fah diz:
entedo
Fah diz:

---

c=48]Trighost[/c] diz:
lembra dakela primeira música q te mandei, pra violoncello solo do Britten
[c=48]Trighost[/c] diz:
ok
[c=48]Trighost[/c] diz:
acha q ele queria dizer alguma coisa senão akele belíssimo canto...
[c=48]Trighost[/c] diz:
é pura estética, mas com concientização, pois ele faz gerar sentido.... e isso só se faz (pelo que estou estudando e comprovando) através da repetição, reiteração e reincidência...
Fah diz:
ahh
Fah diz:
vou até escutar
[c=48]Trighost[/c] diz:
ok
[c=48]Trighost[/c] diz:
vale a pena
Fah diz:
pq to vendo q pra musica funciona beeem diferente
[c=48]Trighost[/c] diz:
como
Fah diz:
funciona diferente em relaçao a literatura
[c=48]Trighost[/c] diz:
ah sim... com certeza...
[c=48]Trighost[/c] diz:
acho q o mais próximo é a pintura abstrata...
[c=48]Trighost[/c] diz:
daí vejo como é linda e poética a pintura abstrata com esses "novos olhos sobre a música"
Fah diz:
sim sim
Fah diz:
interessante a comparaçao
[c=48]Trighost[/c] diz:
ouviu o Britten
Fah diz:
ouvi
Fah diz:
eu tava pensando nessa questao estética q disse
Fah diz:
eu tava pensando num filme
[c=48]Trighost[/c] diz:
aí q é legal q a gente pode falar sem medo... " É liiiindo"
[c=48]Trighost[/c] diz:
qual
Fah diz:
nao, em geral
Fah diz:
tipo
Fah diz:
poderiamos pegar essa musica
[c=48]Trighost[/c] diz:
ah tá..
Fah diz:
e colocar como trilha de qqer momento..
Fah diz:
nao qqer.. mas enfim,
[c=48]Trighost[/c] diz:
bem, acho q no filme se misturam mtas coisas né...
Fah diz:
daria pra encaixar numa preparaçao de casamento, as pessoas contado as horas.. ou num momento chuvoso da morte de alguem
[c=48]Trighost[/c] diz:
ah, qdo a música é empregada como trilha daí o pensamente já totalmente eviesado
[c=48]Trighost[/c] diz:
sei
Fah diz:
agora
Fah diz:
vamos pensar
[c=48]Trighost[/c] diz:
sim
Fah diz:
em colocar 'no meio do caminho tinha uma pedra' momentos antes de um casamento..
[c=48]Trighost[/c] diz:
e enquanto pensamos pegue isso
[c=48]Trighost[/c] envia:

Cancelar(Alt+Q)
Fah diz:
fica meio surreal
[c=48]Trighost[/c] diz:
hehehe sim....
Fah diz:
dificil de encaixar de forma coerente
[c=48]Trighost[/c] diz:
sabe o q eu penso de surreal...
Fah diz:
até poderia, mas seria absurdo
[c=48]Trighost[/c] diz:
é exatamente isso q vc disse..
[c=48]Trighost[/c] diz:
o surreal desafia constantemente o nosso cognitivo...
[c=48]Trighost[/c] diz:
ele sempre coloca duas coisas existem no plano físico mas q já mais coexistiriam...
[c=48]Trighost[/c] diz:
por isso é surreal, Eu Real... o meu real
[c=48]Trighost[/c] diz:
impossível seria o suabstrato, pois é experiencia estética pura...
[c=48]Trighost[/c] diz:
no surreal vc não tem como estar livre de conceitos e interpretações de experiencias constuídas previamente...
Fah diz:
sem querer acertei
[c=48]Trighost[/c] diz:

entendo..
Fah diz:
mas nao sei se concordo
Fah diz:
vc defende q a música É por si só
Fah diz:
nao é isso?
[c=48]Trighost[/c] diz:
hum...
[c=48]Trighost[/c] diz:
sim
Fah diz:
só q não é por ela SER q ela deixa de ser linguagem
[c=48]Trighost[/c] diz:
como seria uma pintura abstrata tbm... mas logo o abstrato não existe...
Fah diz:
e diria q justo por SER ela é linguagem
[c=48]Trighost[/c] diz:
olha, se a liguagem não existisse, para nos comunicarmos teríamos q pegar todos os objetos e botá-los na frente da pessoa com quem queremos nos comunicar...
Fah diz:
ah
Fah diz:
vc tá falando de língua
[c=48]Trighost[/c] diz:
é isso q a música faz... ela joga na cara os seus objetos.. tendeu
Fah diz:
linguagem tá em todo lugar..
Fah diz:
ah
Fah diz:
pera aí
Fah diz:
mas tem uma coisa
Fah diz:
ao ver alguem tocando eu nao vou entender mais ou menos da música
[c=48]Trighost[/c] diz:
sim, diga
Fah diz:
ao ver o instrumento sendo dedilhado
Fah diz:
nao vou entender mais
Fah diz:
se eu nao entendo de musica
Fah diz:
nao sei se é esse o ponto
[c=48]Trighost[/c] diz:
não é pra entender... é pra perceber... não queira entender como se alguem quisesse dizer uma mensagem, a "mensagem" da música não tem significado no plano real... é a pura exposição de objetos sonoros e como eles se dispoem no tempo...
Fah diz:
entao
Fah diz:
logo é linguagem..
[c=48]Trighost[/c] diz:
como se eu pintasse um quadro, mas não querendo mostrar pra vc um lugar ou um rosto de uma pessoa, daí a pintura abstrata.... pq vc não atribui sentido nenhum se vc for buscar no plano físico, no q vc vê, simboliza e constrói pelos estímulos...
[c=48]Trighost[/c] diz:
liguagem é qdo vc faz o uso de palavras... concorda
[c=48]Trighost[/c] diz:
palvras nos trazem a objetos, assim como os objetos nos trazem a palavras...
Fah diz:
nao
Fah diz:
tem linguagem corporal
Fah diz:
linguagem de tudo qto há
Fah diz:
desenho de criança é linguagem pura
Fah diz:
o choro de bebe é linguagem
[c=48]Trighost[/c] diz:
tbm, de qq forma nos trazem algum significado q não seja apenas um desenho...
[c=48]Trighost[/c] diz:
qdo um bebe chora, ele quer dizer algo.. certo...
Fah diz:
sim
[c=48]Trighost[/c] diz:
na música... se um bebe chora ele que simplesmente mostrar o som do seu choro... e nada mais...
Fah diz:
mas a pessoa ao escutar a musica ela vai atribuir algo dela.. até se nao goste
[c=48]Trighost[/c] diz:
ele não quer dizer q está com fome ou frio...
[c=48]Trighost[/c] diz:
é a pura apreciação estática do choro... sacou
Fah diz:
aah
Fah diz:
entendi
Fah diz:
entendi
Fah diz:
seu ponto
Fah diz:
pura apreciaçao
Fah diz:
da linguagem!
[c=48]Trighost[/c] diz:
logo, não é linguagem...
[c=48]Trighost[/c] diz:
qdo vc vê um desfile de moda...
[c=48]Trighost[/c] diz:
akelas roupas "ridículas"
Fah diz:
aaahuahudashda
[c=48]Trighost[/c] diz:
não querem dizer nada... pois elas próprias já são o objeto presente...
Fah diz:
é linguagem.. linguagem do mundo artificialmente construido pra gastar dinheiro
[c=48]Trighost[/c] diz:
agora se uma modelo desfila com algo em protesto, um desfile de conceito... aí já foge da estética...
[c=48]Trighost[/c] diz:
rsrsrs
[c=48]Trighost[/c] diz:
mas acho q agora vc entendeu
[c=48]Trighost[/c] diz:
o mal das pessoas qdo escutam música, principalmente a instrumental e contemporânea é pq elas querem atribuir significado linguístico a ela...
Fah diz:
eu entendo um pouco a sua revolta
Fah diz:
mas acho q a culpa nao é linguistica
[c=48]Trighost[/c] diz:
e o grande lance está em vc receber os estímulos, indentificar os objetos puramente explícitos ali... e entendelos no discurso temporal, como ele se dispôes, se transforma, se movimenta.. e onde estão seus limites, onde começa outro objeto..
Fah diz:
eu diria q as pessoas buscam um 'certo' 'errado', aquela tendencia q teve em literatura comparada de querer saber da vida do autor minunciosamente pra falar sobre a obra dele
Fah diz:
sendo q a obra dele simplesmente É
[c=48]Trighost[/c] diz:
exato...
Fah diz:
nao tem q remexeer a vida dele
[c=48]Trighost[/c] diz:
e mais, qdo algum diz q não gostou da música é pq não a entendeu... não conseguiu distiguir seus objetos e seus movimentos ou percursos...
Fah diz:
tipo a classica historia do poema de drummond q caiu numa prova de vestibular
Fah diz:
o 'no meio do caminho tinha uma pedra'
[c=48]Trighost[/c] diz:
embora o compositor, as vezes faça de tudo para q isso fique bem claro...
[c=48]Trighost[/c] diz:
hum...
Fah diz:
ele disse q tb erraria a questao com o poema dele, pq ele simplesmente quis dizer q no meio do caminho tinha uma pedra e nada mais
[c=48]Trighost[/c] diz:
rsrs sim...
[c=48]Trighost[/c] diz:
mas mesmo assim... ele teve q escrever "no meio do caminho tinha uma pedra"
Fah diz:
entao vc defende q gostar da musica nao implica em entender ou nao entender
Fah diz:
eu vejo assim
Fah diz:
como poesia e musica
Fah diz:
a poesia vc nao tem de entender do jeito 'certo' pq nao tem jeito 'certo'
Fah diz:
ela é o q vc constroi daquilo
[c=48]Trighost[/c] diz:
mas ousado seria se ele fosse um artista plástico... como o Duchamp e colocasse literalmente a pedro num caminho...
[c=48]Trighost[/c] diz:
só q a poesia necessita de palavra.. no máximo ela faz um mimo entre as palavras pra despertar um uso sonoro que elas possam causar... por isso q certas poesias perdem total impacto qdo traduzidas...
[c=48]Trighost[/c] diz:
tipo, nenhum japones entenderia o poder de
Vozes veladas veludozes vozes...
[c=48]Trighost[/c] diz:
sacou
Fah diz:
sim sim
[c=48]Trighost[/c] diz:
e daí a música é universal... pois transcende a linguagem para estimular o nosso processo cognitivo...
Fah diz:
certamente
Fah diz:
nesse sentido, a musica ganha
[c=48]Trighost[/c] diz:
lembra do Duchamp qdo botou akele mictório
[c=48]Trighost[/c] diz:
ou qdo desenhou um charuto gigante e escreveu "isto é um charuto" (mas acho q esse foi magrite, não sei)
Fah diz:
sim sim
[c=48]Trighost[/c] diz:
poxa, adorei esse papo... posso dar uma sugestão... posta td isso q a gente discutiu aki no seu flog... q tal
Fah diz:
aah sim
Fah diz:
boa boa
[c=48]Trighost[/c] diz:


______________________________

E é disso q comunicação é feita... e continuamos o duelo todo.

domingo, 20 de maio de 2007

a cura

Sabe que sou até uma menina espertinha, combati a ferro e fogo um vírus aleatório de última geração q se instalou ontem no meu querido e amado pc. Depois de muito choro, vela e fita amarelal, além da essencial ajuda do Tiago, a incrível fah (se sentindo a heróina) arrancou belos cabelos o invasorsinho de quinta.

O mundo foi salvo outra vez...

E sabe, tenho de me gabar, disseram q apesar de pós-moderna sou muito inteligente. Nota-se o _muito_ ali. E é assim ó, muito! ahahaha (eu disse, disse q ia me gabar... apesar do pós-modernismo todo :P).

Um recado de última hora pra quem fez o elogio: não tenha ciúme não.

Pra todo mal, a cura! ;)

sábado, 19 de maio de 2007

as invasões bárbaras



e em seguida veio Primo Levi e eu entendi a charada toda. ;)

Belo filme, sensível, crítico e de pôr semente de criticidade na cabeça da gente.

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Huck finn é o máximo!


Me sinto tão ele entre cidade e floresta... não querendo ser sivilized! Como pode isso? Quero ter 13 anos novamente!
Ele vê q as pessoas civilizadas pregam uma coisa e fazem outra. É cômico a reação dele pras superstições de Jim (o escravo fugido que acham q matou Huck); ele não entende como Tom Sawyer consegue enrolar tanto as coisas pq 'assim que está nos livros'; ele mente horrores e se cansa de pensar na moral e no que faz bem pra ele.

Vale a pena conferir na sparknotes.

segunda-feira, 14 de maio de 2007

homenagem

O dia já no seu início anunciava o inusitado: perdi 2 ônibus vazios que passaram, peguei um cheio com um vazio logo atrás, passei mal (pressão baixa e pagando o mico de pedir pra sentar pra não me esborrachar no chão), isso pra não ter a primeira aula (que o professor NUNCA falta - até que falta um dia). Ao invés de dar uma lida nas coisas de literatura brasileira pra prova em seguida, resolvi papear pq àquela altura era o que melhor se configurava para mim.

A prova transcorreu muito bem, falei sobre Dom Casmurro (dentre tanto a escolher) e o plano onomástico. Saí animada pronta pra falar de Wuthering Heights, quando descubro q fomos dispensados de literatura inglesa pra uma tal palestra sobre Shakespeare numa sala destinada a eventos ilustres da faculdade. O lugar era pequeno, formava-se um quadrado com as mesas, com os professores (que até então não sabia que vinham de diversas partes do Brasil) e alunos apinhados por todos cantos, tendo a sorte eu de sentar no chão atapetado (pra tudo dá-se um jeito). Pus-me a anotar o que a tal Marlene Soares dos Santos, velhinha sorridente, falava sobre a narrativa e o teatro, focalizando o teatro shakespeariano (um deleite, garanto). Em seguida, fala uma mineira sobre ideologia dentro de Shakespeare, numa peça chamada 'Tempestade' que até então nem conhecia. Na hora das perguntas é que veio a surpresa, além do comentário da gaúcha de que a ilha da "tempestade" de shakespeare pode ser aqui no Rio, veio a supreendente homenagem a dona simpática.

O caso é que é nessa semana que a senhora simpática e modesta comemora seus 70 anos, e pelo que pude comprovar, também o pleno reconhecimento no que faz por sua total simplicidade, generosidade, como falaram: não compartilhando do ethos da sociedade moderna de estrelismo, competitividade e mesquinhez. A dona marejou não só os olhos dela de lágrimas, como de muitos ao redor. Foi a choradeira mais alegre, pois todos viam refletido nela o famoso 'queria ser assim quando crescer'. E te digo, amigo que me lê espassadamente, Marlene Soares dos Santos é um grande exemplo de se colocando amor no que se faz só poderá dar bons frutos, que reconhecimento vem como consequência, além de ela ser das que acredita que sempre se pode exigir mais da inteligência do aluno (isto é, ela reprovava mesmo, sem delongas).

Ela estava ali, e com seus 70 anos... Se fosse dito que era homenagem, não vinha, não era dada a essas cousas. Mas qdo disseram que era palestra pros graduandos, veio exultate, sem exitação em compartilhar seu conhecimento. E contou risonha de quando a perguntaram se ela não temia os 70 anos e respondeu 'eu temo sim, mas conheço muita gente que passou dos 70 anos e sobreviveu'. E como ela disse, está com seus 70, mas renovada pelos amigos ao redor, pelos que a procuram ainda hoje. Contou que ao se aposentar na UFRJ depois de anos de casa (ali desde a graduação e sempre ali - e o bonito é que alcançou renome nacional e internacional sem nunca ter saido dali), sentiu que fosse parar de ser parte daquele todo, contudo procurava pensar que na verdade sempre faria parte. Agora ela tinha certeza que fazia parte sim da UFRJ e citou Machado de Assis: "Por essas honras..." esqueci o resto, mas sei q tinha consolo, algo como 'essas honras valem como consolo'.

É, aprendi em 1h e meia o que se custa a ver em anos de faculdade. E que vejo muitos se formando sem ainda ter aprendido. E ainda teve bolo! Sorrisos, clima bom assim em anglo-germânicas e letras inteira... Todos falaram a língua da ternura.

domingo, 13 de maio de 2007

só pra lembrar

que hoje é dia de reunião na casa do Antonio... e eu queria jogar imagem e ação!
Além de caçoar de certo italiano dizendo 'feliz 24' :P

Ao invés disso, vou fazer meu resumo até o capítulo VI de Wuthering Heights, e ainda terminar Dom Casmurro pra prova de litbras amanhã, não esquecendo de dar uma boa lida nos outros resumos de livros (5 no total). (e olha a hora!)

sábado, 12 de maio de 2007

PicNic LeJ



Nossa, essa vai pra história! Bendito seja o Fabrício q registrou esse momento.
Detalhe, a cada semestre as pessoas sofrem mutações acentuadas, destacando-se Jorge Nelson e Thi, fora eu mesma.

Essa foi minha primeira confraternização com a turma (quiça a primeira da turma), todos tomaram chimarrão, e fizemos a novela 'Chimas da Paixão', que faltou ser escrito o script até hoje, além de risadas e gracejos comuns de dias como esse.

sexta-feira, 11 de maio de 2007

pra pular

Socorro, eu já não tô sentindo nada. Nem medo, nem calor, nem fogo... não dá mais pra chorar, nem pra rir. Socorro, qualquer alma mesmo q penada me empreste suas penas! Já não sinto amor nem dor, já não sinto nada...
Faço minhas as palavras de Arnaldo Antunes.

No meio de tantas teorias aleatórias sobre a vida bela, no final eu sou seguidora de Caeiro: não há teoria, não há metafísica.. Simplesmente as coisas são. O sol nasce todo o dia e não há mágica nenhuma, simplesmente ele é. Não há nada demais na lua, é só um satélite! Oras...

Mentira tudo... Eu acho o nascer do sol estupendo, a lua tem sua magia (ainda mais qdo os dois mesmos olhares só se podem unir através da lua), e eu queria pular corda com os jovens do colégio de aplicação:
‘o homem bateu em minha porta e eu abri...
senhoras e senhores põe a mão no chão
senhoras e senhores pule num pé só
senhoras e senhores dê uma rodadinha
e vá pro olho da rua
senão vai levar foguinho’


Inusitado foi o velhinho no ponto de ônibus no dia chuvoso, algo de aconchegar a alma no meio do frio e da chuva: quando cheguei no ponto ele comenta ‘dias como esses que as pessoas param aqui com alegria e satisfação’. Em seguida perguntou se eu trabalhava ali. Disse que só estagiava. Então ele perguntou que área. Falei: letras, monossilábica, cara vexada. Ele parou, deu um sorriso me olhou no fundo dos olhos e disse: vc acorda todo dia, sai da sua cama quentinha e vai namorar os livros. Aposto que seu namorado reclama, não é? (risadinha minha). Então, mas vc passará pelas adversidades pra alcançar a vitória. E vcs vão gozar da felicidade no futuro e então ele vai se orgulhar na namorada esforçada que tem’. O ônibus passou, diz ele... e foi-se como uma aparição. Será q ele existia mesmo, ou falava eu sozinha afetada pela chuva, pelo frio, pelos meus parafusos afrouxando?

Me arrependo de não ter pulado corda...

terça-feira, 8 de maio de 2007

Niver de lív mary

Não posso deixar de dar meu testemunho aqui de aniversário de Lívia, isso porque Lív Mary é uma superstar lejiana, formadora forte de opiniões, além de parceria literária e cinematográfica assumida.

Como era esperado, fui a primeira a chegar, com inédito salto alto devidamente 'estreado' no presente q cachorro da rua deixou em frente ao portão da casa dela. Fui logo animada encontra-la e dando o presente a la Bela e a Fera (pq não nascemos para uma vida provinciana).

Em minutos chega a gangue... Beijos, abraços, caminhos encontrados, Thiago se atirando no sofá encima de mim, minha vida... Era só o começo das tiradas sem noção de Thi. Na façanha de todos educadamente pixarem o gesso de lívia, ele ia bagunçando o desenho alheio! Além de riscar o dedo do pé! Além da cena da pilastra inenarrável aqui... No mais, ele ficou tentando caçar o 'compartimento secreto' donde lívia colocou os top dvds dela.

O melhor de tudo é q rimos MUITO, lembro muito bem de ter falado muitas vezes q nunca tinha rido tanto nos últimos meses: Ana Paula e seus problemas com gagos, Thatha e seu biquíni de R$3,000, Tex e sua dança UÔOOOOoo, Daniel e sua capciosidade, Thi sem noção! O problema é q a memória além de ser curta, mtas piadas precisam de mímica e bom contexto (uôOOO, my humps!, vcs entendeu?).

Anyway, vida q segue e... saudade de livinha continua forte.

domingo, 6 de maio de 2007

aleatória


todas numa só.. só.

“O Funcionamento da Escola e sua Função de Conservação Social”... ai bourdieu q me perdoe, mas seu texto me faz dormir. De fato hoje tudo um pouco me fez dormir. Foi essa gripe, essa dor no corpo, foi o parto das coisas acontecendo. Ora saltitando, ora bufando de raiva, ora aos prantos e simplesmente cara de paisagem: como pode caber isso tudo num dia só! Dia 5 foi um sábado no qual eu não percebi nada demais sobre a vida, não senti o sol no rosto, não saí da minha vida e nem li nada de útil. E acho q estou melhorando de 4ªf... Ou piorando. Ou indiferente. Port VI é o maior desafio dos últimos tempos!
E eu peço ajuda!

terça-feira, 1 de maio de 2007

meu dia do trabalho

Emblemático esse feriado do dia do trabalho em minha vida. Justo nele é que pela primeira vez na vida me sinto uma ‘trabalhadora’. Vou adiantando que dinheiro não ganho, mas ganho tanta coisa que é indubitavelmente SEM PREÇO, afinal ninguém pode transplantar conhecimento de uma mente a outra, pelo q saiba.

O caso é que passei (e ainda passo) o feriado esse corrigindo trabalhos dos alunos de Inglês IV a qual sou monitora voluntária. O trabalho é simples, eles têm uma lista de 20 complex prepostions pra fazer frases sobre o texto “Happiness 101” e juntamente colocar o significado e um exemplo da vasta apostilinha com complex prepositions, ou achada em dicionários por aí.


Uns chamam de loucura, outros de perda de tempo, há ainda quem diga ‘vc não tem coisa suficiente que fazer não?’. Mamãe está indignada ‘vão te fazer perder o feriado todo nisso’. No entanto, deixa eu confessar uma coisinha: eu estou A-MAN-DO. Estou me descobrindo nessa de verificar se estão cumprindo as regras do trabalho, de revisar gramaticalmente tudo (nem preciso dizer q é inglês), de julgar se é um bom exemplo ou não, se estão usando bem a complex preposition... Quem me viu, quem me vê!

Acabo descobrindo nisso tudo não só um grande prazer, mas também uma maior confiança no meu taco (isto é, no meu inglês). Não é novidade a minha insegurança, o meu sentir ‘não preparada’ pras atividades que envolvem a tal língua. E ainda antes de começar a corrigir sentia aquele frio na barriga em relação a tal responsabilidade, conhecendo eu alguns alunos e sabendo q o domínio da língua deles é excelente, e logo EU a corretora.

Mas esse é um ‘cargo’ q conquistei justo por estar no inglês VI (e ter passado com louvor por ‘Orora’ e sua fonética e fonologia), e não no IV, além disso, fiz prova tá... Não passei em primeiro, mas passei com média pra ser aceita como voluntária. Enfim, sou eu uma trabalhadora!

Deixa eu terminar a correção, ainda tenho de verificar os disquetes e cds q eles colocaram junto dos trabalhos... Revisar os trabalhos todos e assinalar a nota final. E o poder da caneta vermelha (ou do lápis mesmo, pois não pretendo usar caneta vermelha), está em minhas mãos, Muahahaha).