quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Alguém sumiu

Alguém sumiu por aí. Estou a procura, uma vertiginosa procura, por esse alguém que não se encontra sentado, em frente ao computador, escrevendo algo sobre uma vida lilás aleatória.

Cadê a aleatoriedade de tudo? Os advérbios? O lilás? A cor?

Volta e meia o matiz se perde pela estrada, mas a reconquista dele é sempre um momento especial e aguardado. Espero encontrar a pessoa que abandonou esse blog em breve. Espero dizer que essa pessoa é muito quista por mim. Espero amar essa pessoa.

Na multiplicidade do que somos por vezes esquecemos uma parte da gente por aí. Deixamos essa parte em pedaços, como um quebra-cabeça faltando peças, esperando ser reconhecido como forma toda e figura que é. Vamos nos recriando e nos deixando, como troca de pele, troca de de pensamentos, troca de palavras, troca de tecnologia.

O que quero? Quero por um momento pensar melhor nessas trocas todas e dividir isso comigo mesma.

sábado, 16 de julho de 2011

alma gêmea

Quando chegava da escola, lá pelos 10 /11 anos de idade, mamãe tinha costume de ir no bairro vizinho fazer compras das mais diversas, geralmente de especiarias (assim gostava de chamar temperos como cuminho, pimenta do reino e todos os outros que dão vontade de espirrar). Numa dessas idas encontrei então uma alma gêmea.

Passávamos por uma loja de animais e, como sempre fazíamos, nos demorávamos um pouco vendo os cachorrinhos. Estávamos mamãe, irmã, tia e eu. O caso é de soslaio observei uns cachorrinhos poodles da cor marrom. Eram três: um dorminhoco, outro desconfiado e um último bastante animado. Esse animado cativou minha’lma. Foi grande a impressão que aquele cachorro fizera, no entanto, mamãe deixou claro que papai nunca aceitaria mais uma tentativa de cachorro lá em casa (seria a terceira em um semestre). Cheguei em casa com aquela angústia infantil visível até no maior dos insensíveis. Como haveria daquele cachorro animadinho ser meu? Então fiz a proposta: pago pelo bicho. Coração de mãe não agüenta com essas coisas, e muito menos com irmã caçula demonstrando tristeza através de lágrimas. O animadinho haveria de ser nosso.

Minha tia se propôs a buscá-lo de bicicleta. Deixei claro que queria o mais animadinho, com o pêlo mais rarefeito, era o mais animadinho. Saberia que o reconheceria assim que o visse. Ao chegar, porém, veio minha tia com o cachorro de pêlo mais escuro: era o dorminhoco. Decepção se apossou de mim: como poderia ela ter feito aquela tragédia? Eu tinha encontrado minha alma gêmea no animadinho de pêlo rarefeito, e ela me traz o dorminhoco de pêlo bem escuro por achar assim o “mais bonito”? Que se tem beleza a ver com amor? Ah, teria de me contentar com o dorminhoco.

Não foi difícil de papai aceitá-lo, difícil foi mesmo deixá-lo alguns meses depois porque nos mudamos para Santa Catarina. Ficou com vovó e vovô desde então, e o visitávamos todo o ano (assim como a todos os parentes, é claro). Passavam os anos e ele era o único a demonstrar a mesma grande empolgação em nos ver, como se fosse 1997. Todo ano, todo ano, lá estava ele, Beethoven, que de dorminhoco não tinha nada: era um grande brincalhão, amoroso e super dócil.

É engraçado que o tempo passa e a gente não dá o mesmo valor as pessoas, coisas e afins em nossa vida. Com o animalzinho não foi diferente. Passou o tempo, mesmo morando aqui no Rio, visitas eram esporádicas. E quando lá ia vê-lo, mal lhe dava bola. O cachorro passou a padecer dos mais variados achaques, se muito um olhar de pena consegui lhe dar.

Ele se foi faz pouco tempo. Fez-me então pensar: no céu aceitam cachorros? Há de haver céu sem cachorro? Há céu? Não sei, não sei... Sei que Beethoven se fez amar por todos e foi amado de volta, como merecia. Ele me fez uma criança mais feliz, e foi minha primeira grande vontade de infância.

Beethoven não foi o escolhido como alma gêmea, mas o acaso quis que ele se revelasse diante de mim como verdadeiro companheiro. Foram 13 anos, 13 anos de saber que ele sempre estaria lá. E agora, quem estará? Ter cachorro tem dessas coisas...

quinta-feira, 30 de junho de 2011

June

Hoje é o último dia do mês de junho. Chegamos ao meio do ano de 2011 (teoricamente o único que viveremos inteiro, já que em 2012 o mundo acaba, mas tudo teoricamente, claro).
Dentro da vida aleatória lilás (se é que interessa a alguém), até agora tivemos muitas indecisões, viagens feitas e desfeitas, filmes e livros interessantes vistos e revistos, e um novo emprego para capitalizar um pouco a sua humilde narradora (parafrasiando Alex em "Laranja Mecânica").

Na parte de indecisões, algo como "caso ou compro uma bicicleta". Mas pensei bem, para que casar com a pouca idade? Para que ter uma biciclete em pleno Rio de Janeiro? Então, nenhum dos dois. E esta seria a metáfora da resoluçao das minhas indecisões: se tenho de escolher entre duas opções, crio uma terceira que fique racionalmente mais adaptável a minha vida.

Viagens feitas, foram as do início do ano (Inglaterra, Itália, Alemanha), além da viagem para ver a família em Governador valadares e para ver os amigos em Curitiba. Agora, desfeitas foram as do feriado (feriado do tapete, mais especificamente - e se vc nao sabe o que é o feriado do tapete nao está certamente vivendo nesta órbita) e minha falta de planos para meus míseros dias de férias em julho. Mas hei de resolver essa massada!

Agora, de filmes e livros interessantes ando transbordando. Vi o maravilhoso filme turco "Contra a Parede", no qual me apaixonei pelo protagonista. Em relaçao a livros, acabei de ler Brave New World, Clockwork Orange, isso nas últimas duas semanas que tive de frequentar as aulas teóricas da auto-escola (muito úteis essas aulas como se pode perceber, tanto quanto as aulas de sociologia de educaçao na faculdade de educaçao).

Novo emprego, aulas um pra um. Desafio, adoro um. Já nao consigo me dissociar de dar aula, é tudo tão preenchedor.

Muita coisa fica de fora aqui, como os planos pro mestrado, ou planos de mudar para algum lugar. O que continua é a operaçao saúde, na tentativa de me tornar mais saudável. Mais saudável pro corpo, pra mente, pra alma e... pro coraçao. Vou continuando na minha tentiva.

Day 30: Last movie you watched - Minhas Tardes com Margueritte (trailer)

Day 29: First movie you ever remember watching - The Untouchables

Day 28: Movie with your favorite hero - Batman Begins Ending

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Day 17: Least favorite book adaptation Hitchhiker's Guide To The Galaxy

Eu adoro o livro e até li as sequencias, mas o filme O guia do mochileiro das galáxias é chato e não consegue passar a genialidade do livro. Mas repito, eu sou fã do livro e estou sempre a espera da improbabilidade infinita : )

quarta-feira, 15 de junho de 2011

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Day 9: Favorite musical : Moulin Rouge

A M O musicais, e um dos meus fahvoritos é justamento Moulin Rouge.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Day 7: Favorite animated feature - A Viagem de Chihiro (Spirited Away)

I`m already Spirited Away. Viagem de Chihiro para mim é um dos melhores desenhos animados de todos os tempos. Sem dúvida, é uma inspiração e creio que todas as crianças deveriam assistir esse desenho (assim como os adultos). Trata de valores, de lealdade, de amor puro. O resto é resto. "I want you to know my real name, it's Chihiro."

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Day 6: Favorite horror – The Shining

É difícil escolher um, ainda mais que minha infância foi mais recheada de histórias de terror do que desenhos animados. Vou ficar com o clássico O Iluminado, porque realmente deu medinho. Terror de tirar as tripas de fora dá nojo, não medo. Medo está em filmes como O bebe de Rosemary, A profecia, O Exorcista, etc

Day 5: Favorite action: Clockwork Orange

Acho que estou trapacendo um pouco colocando Laranja Mecanica como filme de açao, mas filmes de ação nao sao o meu forte. Como faz? Laranja Mecanica tem pitadas de açao sim... e ultraviolência e uma historia bastante inteligente. Tente ver alem da violencia!

Day 4: Favorite drama: Wuthering Heights

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Day 3: Favorite comedy - Little Miss Sunshine - Little Miss Sunshine Growl Scene

Little Miss Sunshine, sem dúvida, é uma das melhores comédias que já vi. Tem pitadas de drama também, mas não deixa de ser engraçado não. É daqueles filmes que enquanto a gente assiste bate algo lá dentro da gente de desconcertante, talvez por isso algumas pessoas nem diriam que esse é um filme de comédia.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Day 1: Favorite film - O Fabuloso Destino de Amélie Poulain - Trailer Legendado HQ

Je suis Amelie Poulan!
Filme fahvorito nao poderia ser outro, que nao fosse esse com o fahbuloso destino.

30 day movie challenge

Aberta a temporada de desafios. Agora vai o cinematográfico. Serao 30 dias com o suprassumo do meu gosto aleatório por filmes.
E os dias serao:

Day 1: Favorite film
Day 2: Least favorite film
Day 3: Favorite comedy
Day 4: Favorite drama
Day 5: Favorite action
Day 6: Favorite horror
Day 7: Favorite animated feature
Day 8: Favorite thriller
Day 9: Favorite musical
Day 10: Favorite foreign film
Day 11: Favorite kid's movie
Day 12: Favorite love story
Day 13: Favorite chick flick
Day 14: Favorite documentary
Day 15: Favorite play adaptation
Day 16: Favorite book adaptation
Day 17: Least favorite book adaptation
Day 18: Film that is your guilty pleasure
Day 19: Film that made you cry the hardest
Day 20: Movie with your favorite actress
Day 21: Movie with your favorite actor
Day 22: Movie you wish you could live in
Day 23: Movie that inspires you
Day 24: Movie with your favorite soundtrack
Day 25: Movie with the most beautiful scenery
Day 26: Movie you're most embarrassed to say you like
Day 27: Movie with your favorite villain
Day 28: Movie with your favorite hero
Day 29: First movie you ever remember watching
Day 30: Last movie you watched
Special Day: Custom [That means, that I will always post for some period of time a Rule of today (as the most favourite, least favourite, etc.) but some special one. Post it like any other day, you can add a youtube video and type it as the "Special Day : XXX", of course u don't have to do it, it's just for fun:) ]
Before your post type @30 Day..(button will pop-up) on your wall, so it will appears also on our page.

sábado, 28 de maio de 2011

sexta-feira, 27 de maio de 2011

day 27 - a song that you wish you could play - Billy Idol - Dancing With Myself

Totalmente influenciada pelo Guitar Hero que joguei antes. Essa musica foi uma tristeza... ah, gostaria de tocar sim.

Reverso

Tenho passado, tenho você no passado. Tenho você pensado. Você. Tenho passado, tenho pensado. Na voz, no sorriso, na gargalhada, tenho pensado, na voz, no sorriso, na gargalhada, tenho pensado, tenho pensado. Ah, tenho pensado... E tenho pensado o tempo todo no tom da sua voz, marcante, palpitante dentro de mim. Tenho pensado que talvez seja a sutileza do seu sorriso incerto e da sua risada espalhafatosa. No porquê da falta, no porquê da distância, no porquê de ainda querer te ver. Tenho pensado... Tenho pensado, tenho escutado as músicas que lembram a sua ausência e tenho olhado para o céu como se estivesse na janela da sua casa. Continuo pensando, o que me leva a pensar? Eu tive, e não tive de jeito algum. Eu tenho... Tenho pensado? Tenho pensado, tenho me escondido, tenho negado que penso em tudo isso ainda. E daí? Tenho pensado, não posso mesmo sentir falta daquilo que não me faz bem. Tenho pensado no quanto tempo e espaço parecem sem significado e a falta é o que resta. Tenho pensado, por que complicamos o que era pra ser tão simples e não nos deixamos sentir mais do que pensar? Tenho pensado no tempo que poderíamos estar dividindo nossas satisfações e frustrações juntos. Tenho pensado, tenho pensado.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

day 26 - a song that you can play on an instrument - Borboletinha ta na cozinha... Com BATERIA

Bem que gostaria muito de tocar um instrumento, mesmo que fosse mal e porcamente. Quem sabe um dia...

terça-feira, 24 de maio de 2011

segunda-feira, 23 de maio de 2011

quinta-feira, 19 de maio de 2011

quarta-feira, 18 de maio de 2011

tenho pensado

Tenho pensado, tenho pensado. Tenho pensado no tempo que poderíamos estar dividindo nossas satisfações e frustrações juntos. Tenho pensado, por que complicamos o que era pra ser tão simples e não nos deixamos sentir mais do que pensar? Tenho pensado no quanto tempo e espaço parecem sem significado e a falta é o que resta. Tenho pensado, não posso mesmo sentir falta daquilo que não me faz bem. E daí? Tenho pensado, tenho me escondido, tenho negado que penso em tudo isso ainda. Tenho pensado? Eu tenho... Não tenho mais. Eu tive, e não tive de jeito algum. Continuo pensando, o que me leva a pensar? Tenho pensado, tenho escutado as músicas que lembram a sua ausência e tenho olhado para o céu como se estivesse na janela da sua casa. Tenho pensado... No porquê da falta, no porquê da distância, no porquê de ainda querer te ver. Tenho pensado que talvez seja a sutileza do seu sorriso incerto e da sua risada espalhafatosa. E tenho pensado o tempo todo no tom da sua voz, marcante, palpitante dentro de mim. Ah, tenho pensado... Na voz, no sorriso, na gargalhada, tenho pensado, na voz, no sorriso, na gargalhada, tenho pensado, tenho pensado. Tenho passado, tenho pensado. Você. Tenho você pensado. Tenho passado, tenho você no passado.

day 18 - a song that you wish you heard on the radio - Queen - Radio Ga Ga (Lyrics)

O rádio que está virando coisa do passado mesmo com tantas mp3s da vida. Esse foi meu companheiro nas noites da adolescencia com o programa do Pi na radio Atlantida, ou rodando as programaçòes da madrugada aleatoriamente. Era gostosa a sensaçao de surpresa com a próxima música. Por vezes era uma música já esperada, daquelas da moda. Outras era uma música que nunca esperaria, mas que foi uma grata surpresa. Tantas músicas, tanta história...

terça-feira, 17 de maio de 2011

day 17 - a song that you hear often on the radio -Roy Orbison You Got it

Dá pra saber que não escuto FM O Dia. Sempre que ligo na minha radio predileta essa música tá na sequencia. Nem sei se é mais na JB ou na Paradiso, sei que sempre toca.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

day 16 - a song that you used to love but now hate - Charlie Brown Jr Papo Reto

Todos temos um passado. Charlie Brow JR. foi uma banda que meio que "quebrou"o paradigma no passado com rapazes mulambentos do skate assumidos e orgulhosos. As letras atrevidas e pegada mais pesadinha. Acho que isso que gostava, do atrevimento... Mas o tempo passa, a gente vê que esse atrevimento é desnecessário e a música acaba não sobrevivendo muitas vezes.

day 15 - a song that describes you - Yael Naïm - New Soul

Parece que o video abaixo da música nao aparecerá, mas ele já apareceu aqui pelo blog com certeza. A música é New Soul de Yael Naim, um achado que esbarrei pelo próprio youtube na vida. Na época que tava vendoo as diferenças de Iphones para outros tinha um video de demonstraçao com essa música, entao, como sempre leio os cometários do youtube (uma mania amelística), reparei que alguns colocaram o nome da música. Nao titubiei, fui atrás da música e no momento que vi o video, PRONTO, era a minha música de 2010 com certeza. Agora, se tornou minha música pra vida... Yael que me dê licença, juntamente com a Apple, mas no ritmo e na letra transmite a minha tal aleatoriedade direitinho.

terça-feira, 10 de maio de 2011

day 10 - a song that makes you fall asleep - Legião Urbana - A Via Láctea

Difícil me fazer dormir. Mas quando ficava escutando o Mr. Pi na rádio Atlântida no Sul do país, no final da programaçao tocava músicas mais calminhas. Uma das calminhas era essa aqui, Via Láctea. O resultado de madrugada com música calma é SONO.

ps. o Mr. Pi fez um "pijama sujo" ligando pra minha amiga Carol. E então ligou pra mim, que tava morando em Rio Grande e Carol e eu ficamos conversando no ar. Foi super legal. E como eu nao lembrava disso fazia tempos? oh!

day 09 - a song that you can dance to -Sophie Ellis Bextor - Murder On The Dance Floor

Oh yeah, it makes me dance ;)

domingo, 8 de maio de 2011

day 08 - a song that you know all the words to -The Cranberries - Linger

Há muito tempo gosto e sou fã de The Cranberries. Fiquei mais fã quando baixei muitas músicas da banda em Rio Grande. Algumas meninas da turma também gostavam (mais especificamente, Lukita), então pronto, Linger virou uma música do nosso repertório. Apesar da letra falar de um broken heart danado, a música sempre me trouxe uma paz na verdade. Depois te tempos (7 anos), reencontrei a música em outro contexto, com um colega que gosta de tocar no violão. Mas mais do que tocar no violão, ele exigia que eu cantasse junto e, é claro, eu sou relutante a qualquer ideia de cantarolar assim facinho em público. Mas até cantei, sabe... tentando achar uma voz dentro de mim que nem sabia que existia: a voz do querer.

sábado, 7 de maio de 2011

UPPs do coracão

UPP é a sigla para Unidade de Polícia Pacificadora. Várias UPPs foram instaladas em comunidades cariocas (isto é, favelas brabas), para trazer um ar de tranquilidade para a comunidade. Por enquanto as UPPS vem dando certo.

Agora, com todo sucesso, não paro de me perguntar se haveria alguma UPP para o coração. Com intuito de controlar os conflitos internos, viria a unidade e tomava conta do que é incerto. Traria ordem e progresso, da maneira mais impessoal e positivista, sem dramas existencias ou pesar na consciência. Iria intermediar os iminentes conflitos entre gangues rivais, desocupando-as dali e trazendo a paz enfim, sem mais guerras e relatiações. Iria também remediar o desconcerto das decisões mal tomadas e o desassossego sentimental que acomete a alma subitamente como que causada por alguma substância ilícita.

Ah, preciso de UPPs pro meu coração...

day 07 - a song that reminds you of a certain event - Des'ree Life

Rio Grande, inverno de 2004, churracos da turma de Letras da FURG na cada do Benito. Teve o Fabio como churrasqueiro, fotos a la Spice Girl e de alguns fingindo de morto (oh, juventude), teve boas conversas e em especial alguém que veio conversar comigo sobre uma pessoa. Não esqueço.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Dia Especial

Quantos dias especiais podemos tirar em um ano? Realmente nunca parei para pensar nisso. No entanto, tem dias que são como datas perenemente especias para alguns, e, no meu caso, o dia de hoje se configura assim.

Hoje é o aniversário de uma grande amiga. Uma amiga que faz parte de quem sou como pessoa, que gosto de dividir as aventuras do fahbuloso destino, que gosto de escutar como a melhor melodia da terra.

Nossa existência é feita de mudanças (de lugar, de quem somos), mas que possamos manter a essência do jeito que está. A essência de sermos uma para outro como um espelho que reflete tudo que a gente não queria ver e que no final, vemos e decidimos ser o melhor que podemos ser.

Parabéns, Lív Mary.

day 06 - a song that reminds you of somewhere - Cidadão Quem - Dia Especial

São Chico, maio de 2000, Carol e eu cantando essa cançao do ônibus da Verdes Mares, voltando pra casa depois de eu ter terminado com um rapaz que tinha ido me ver na porta do colégio que gostava de mim. O fiz pq tinha descoberto que em breve eu iria morar em Rio Grande. Essa música lembra também de dias indo pro colégio a pé, jogando canastra na casa da Carol. Essa música me lembra de São Chico e do quanto fui feliz lá nos meus 15 anos.

"Se alguém já te deu a mão e náo pediu mais nada em troca, pense bem pois é um dia especial"

indeed.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

day 05 - a song that reminds you of someone - Pink Floyd. Fearless

Minha vida é toda cheia de música. Claro que lembro de várias pessoas através de música. No entanto, escolhi essa música por me lembrar de uma pessoa que trocava música comigo todos os dias. Podia ser um trecho de música, o mp3 em anexo, a música inteira... A gente sempre tava se expressando por músicas e mostrando um pouco do que cada um conhecia. Foi uma das melhores relações que tive.
De tantas músicas, acho que nem a própria pessoa poderia imaginar que eu lembraria dela justo por essa do Pink Floyd. Isto pq esta foi uma das milhares de músicas divididas em conversas mais que aleatórias. Segundo me disse, essa música é trilha de um filme que o cara teme tudo e que ele encontra uma pessoa que o ajuda a superar os medos. Nunca esqueci da música, nunca esqueci desta conversa em especial. Pena que não superamos nossos próprios medos juntos :)

terça-feira, 3 de maio de 2011

day 03 - a song that makes you happy - Supergrass - Alright

Nem preciso dizer o pq. Essa música é o toque do meu celular, e sempre que toca um pouquinho a mais eu acabo me embalando. Essa música é feliz por si só. O video também.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

day 02 - your least favorite song - Vou não! Quero não! Posso não! Minha mulher não deixa não!

É pra simbolizar o tanto de música chata por aí que as pessoas cantam junto sem pensar o quão ruim é isso. (tá, confesso... tem um motivo pessoal: era o toque de celular de alguém e toda vez que escutava me dava muito nervoso, pois pensava eu: será que essa criatura não tem 5 segundos para tocar esse bendito toque - NOT)

domingo, 1 de maio de 2011

day 01 - your favorite song - The Cure - Friday I'm In Love

Teria milhares de favorite songs, mas a escolhida foi essa, pois me acompanhou num momento de encontro comigo mesma, onde eu ousei gostar das músicas que gosto sem me preocupar muito com a audiência alheia.
O ano foi 2004, o lugar foi Rio Grande, encontrei a réles patuléia na minha vida (o que geraria o "Ai, minha vida!") e encontrei um mar de influência musical boa (que por sinal é basicamente a mesma até hoje, uns 6 anos depois).
Ademais, I'm always in love on Fridays ;)

30 Day Song Challenge

A partir de hoje vou trazer o 30 Day Song Challenge para o blog. Achei a ideia super maneira (olha como sou modernosa, falando "maneira") e até um pouco já fazia isso em tempos idos de vira e mexe falar de músicas novas da minha vida e do que me elas me traziam (em termos de recordaçoes, sentimentos, etc).
Achei interessante começar aqui no blog no dia primeiro de maio, logo teremos até o dia 30 de maio para cobrir todas as cançoes do desafio. Dia 31, quem sabe, não temos um bonus.

Que assim seja meus leitores ocultos. Ao menos um mês de posts está garantido.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

I won’t miss you at all

Dear, I do not miss at all

Because it’s like you are always there.

I think of us sharing our thoughts

Completing each other’s sentences

And talking about we do not need to.


I do not miss you, no… I couldn’t…

Because you are in the inner part of my heart

As a true friend that I knew

I’d find somewhere, someday

Like my own bright star.


I do not miss you for sure

Because it’s natural to think that

Things are gonna be alright

And that soon we can be ourselves

Dreaming, creating, imagining…


I could never miss you after finding you

‘cause I felt such calmness and warm feeling

That you’d be there after all,

Trying to be the best we could be.

This was the only feeling I asked for.


I sure miss the moments

That maybe we’ll never have

The laughs we ‘re never gonna share

The pleasure of simply living each day

Without thinking much about do’s and don’ts.


I’ll try not to miss

The love we're never going to confess

The feeling of you hugging me tenderly

Your voice telling what I don’t need to know.

Oh, dear… I won’t miss you at all!

domingo, 24 de abril de 2011

minas

O tempo em Minas passa rapido. Quando se ve o dia ja esta raiando, ja esta chegando a noite, ja esta chegando o momento de ir embora. O dia em Minas traz boas e deliciosas lembrancas de gostos, temperos, momentos, alem das maravilhosas conversas.
Sei que estive distante, sei que nao acompanhei os primos crescerem, sei que me assusto com o rumo da vida das pessoas pois estive longe demais e viajando por outros cantos tentando encontrar um pouco de satisfacao. O caso eh que antes de tentar encontrar qualquer tipo de satisfacao temos de encontrar a nos mesmos... E aqui talvez seja o unico lugar longe de casa que consigo refletir sobre quem eu sou e sobre quem eu quero ser.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

love will tear us apart again

Um quê de mudança

Tem-se de compreender que as pessoas mudam sem pedir licença. E mudam o jeito que pensam da gente. Controlar essas mudanças todas seria demasiado desumano. No entanto, dói muito quando se quer mudar para um lado e a outra pessoa se muda para o outro. Isso tanto no sentido espacial (mudando de cidade, país ou de planeta), quanto no metafórico (mudando de estrada, de atitude, de olhar). A gente percebe bem a mudança quando ela chega, a boa (pra gente) ou a ruim (pra gente). O tipo de mudança boa é aquela que corresponde nossas expectativas, que a mudança de ambos se esbarra e se encaixa naturalmente na ordem do universo; o tipo de mudança ruim é aquela que se choca violentamente com nossa mudança ou que desvia totalmente dela.

A mudança boa é boa e pronto! Sem muito que explicar, mas somente de se sentir em satisfação. Por vezes, a mudança boa vem num processo devagar e tortuoso, como o encaixe de duas placas tectônicas. Já os tipos de mudança ruim (sendo um pouco dicotômica na nomenclatura, perdoe), pode se dar quando você não se encontra mais feliz com aquele emprego que você achava o máximo: tudo vai desaproximando de você, não se é mais o mesmo, os colegas de trabalham estranham `como Fulano está mudado`. Sim, Fulano tem de estar mudado dentro do processo de enxergar que aquela posição que sempre quis na verdade não é nada do que se quer, e fica então bolando maneiras de sair dali. O que acontece, simplesmente, é que os caminhos se desviam, não se encontram mais. Logo, o mais sensato a se fazer é em algum momento mudar o emprego.

O mesmo pode acontecer nos famosos relacionamentos amorosos. Duas pessoas que se gostam, de repente, uma nota a outra diferente, nota o olhar distante, nota que o carinho já não é o mesmo. As duvidas começam a emergir na mente “será que Fulano encontrou outro alguém”, “será que estou fora de forma”, “deveria eu pintar meu cabelo de verde florescente pra ver se melhora”. De fato, meu amigo(a), se isso acontecer não adianta mudar a cor do cabelo, mandar buque de rosas, fazer serenata ao pé da janela ou tentar relembrar tempos idos (quando ambos eram diferentes do que são hoje). O que aconteceu foi o inevitável: a mudança chegou. E foi daquelas de geram o desencontro, onde a pessoa vai para outro rumo naturalmente, sem esforço algum, mas por necessidade própria. Como se fosse um quê de sobrevivência inerente na situação, a pessoa precisa se livrar de você, precisa encontrar outras pessoas , pessoas diferentes de você. Dói, não queremos ser parte do passado, fora de moda, démodé. Mas pensa bem, por dois segundos, antes parte de um passado pra recordar (lembrou do filme, né?!) do que de um presente que tá mais pra dramalhão mexicano.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Águas de março

Na bossa nova da vida nos encontramos no mês de março. O mês da chuva mansa, da chuva perene, da chuva insistente. A chuva por aqui é constante e chega com o sol. O sol vem, vem a chuva junto. O sol vai, a chuva continua, sem seguir seu companheiro do dia.
A chuva de março já foi imortalizada na música e na TV pelos desastres ano apos ano. As águas de março estão pra sempre se renovando a cada ano dentro de nosso dia-a-dia, como uma data festiva que todo ano acontece.
Espero eu que essas águas me tragam serenidade e que leve consigo todo rancor, a falta de esperança, o pessimismo. Deixe comigo só a serenidade, de nada mais preciso. Preciso só disso: serenidade e meia dúzia de amigos.

E assim vou fechando o verao.

terça-feira, 8 de março de 2011

O carnaval da alma


Tem tempos que a alma pede por uma festa própria. A alma pede desfile das últimas reflexões, votação da melhor metáfora e o bloco das decisões por tomar faz seu caminho pelas ruas abandonadas pelo desgosto escondido. È tempo de pular o carnaval de si próprio, com a batida melódica do tamborim monossilábico e o choro da cuíca ao fundo. Um carnaval com o melhor matiz cinza, mistura inconfundível de preto e branco, aa cores dessa escola de samba.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Adele - Someone Like You (on 'Later Live with Jools Holland') - Nov 2010

Essa mulher drives me crazy. Esse sim 'e exemplo de desautomatiza'cao da vida.


sábado, 5 de março de 2011

Capítulo II - God save the Queen... and the CELTA course

O nublado de Londres me apetece a alma. O inverno londrino, em toda sua rispidez e frieza, me acolheu em seu seio e me fez olhar para a diversidade de Londres de uma maneira saudosa. O ar blasé das pessoas no metro, Oxford Street, milhares de turistas, os museus gigantescos, os londrinos com as mais diversas ascendências, o café da manha típico que mais parece um almoço, o jeito rock n roll de ser, as vitrines on sale. Tudo isso num misto de cinza com azul escuro que foi incrustrado em minha alma.

Sempre pensei que um lugar cheio de diversidade étnica, com a exceção sendo a regra, com cultura transbordando por todos os cantos, com uma história fascinante, com pessoas gentis, mas não intrometidas na sua vida. Com um quê de acolhedora e um alfabeto inteiro de cosmopolita. Encontrei esse lugar, é Londres sim senhor. Desde o primeiro dia no metrô nos apaixonamos mutuamente... Londres e eu.

Com o começo do curso (CELTA course), comecei a viver uma rotina. Acordar, preparar as coisas, pegar o metrô, chegar em Bond Street, trocar para Central line, ir pra Holborn station, subir as escadas rolantes eternas, andando do lado esquerdo bem rápida, como se precisasse tirar o pai da forca. Chegar na superfície, andar umas quadras até a escola. Chegar lá, subir mais escadas até o quarto andar. Ou, de vez em quando ir para o quinto andar e receber alguma orientação sobre o plano de aula. Começar a aula com o Darren e seu jeito peculiar de ser seco e objetivo. Em seguida, uma pausa de 10 minutos para comer algo, imprimir algo, subir e descer escadas, ligar pra casa, pra quem se gosta pra sentir o conforto da voz e partir parar próxima aula com o professor que parece o Hugh Grant, só que mais alto e magro, sem dúvida. Aula terminar 15h e ter até 16h para terminar de preparar a aula de 16h (lesson plan, material pra distribuir, placa do tempo comigo (número 5), canetas com Craig (número 3), e os outros números (Alisson, Seema e Elisa) a dar qualquer suporte necessário, pegando sempre a lista de chamada lá embaixo, testando USB Keys, dando o suporte psicológico um para o outro. Terminada a aula, hora de comentar o que deu certo primeiro com os comentários dos colegas, depois o que deu errado com os comentários do tutor. Ir embora pensando nas milhões de coisas para o próximo dia. Andar até Holborn até Bond Street onde troco para Jubilee line e, finalmente, Willesden Green. Lar, doce lar, e talvez antes passar no mercado para comprar a comida pronta, colocar no microondas e ir para frente do computador preparar trabalhos, planos de aulas, etc, etc, etc.

Foi só um mês disso. Um mês tão intenso que ao terminar parecia que tinha se passado um semestre inteiro. Um mês com uma turma adorável, com pessoas de personalidades peculiares, mas todos muito gentis. E como dizem, gentileza gera gentileza. Não poderia dar em outra coisa, os últimos dias de aula resultaram em certo sofrimento, pois em pouco tempo cada um iria para seu canto, uns iriam casar, outros iriam pra china, ou pra Turquia ou pra realidade que ainda não tinham encarado de ter de procurar emprego em breve. Todos procurando um novo rumo na vida, jovens ou não tão jovens assim.

Fiquemos por aqui... em outros posts, mais sobre a turma CELTA 5.

Assim seja.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Capítulo I: A via crucis do corpo

O título desse post evoca uma obra de Clarice Lispector. Mas não é esse o assunto daqui. Aqui teremos um assunto atemporal que se agravou demais nas férias, com todos os conflitos e julgamentos próprios do assunto. Aproprio-me do bendito título para dar meu testemunho sobre a questão da perda e (principalmente) ganho de peso desses últimos meses.

(o post será longo, mas eventualmente poderá valer a pena, principalmente para aqueles que lutam com sua imagem no espelho.)

Quando menor (e maior tb) nunca pensei muito nessa questão de peso. Ser gordinha ou não, pouco me importava. Mas papai já me alertara tempos atrás, na minha quinta série (hj em dia sexta série), que eu sofreria se não perdesse peso. Aquele dito, sem dúvida, foi o primeiro que ecoou na minha mente e me fez refletir que talvez em algum momento minha vaidade limitada tivesse de olhar para esse assunto.

Na sétima série, ocorreu um milagre: emagreci. Não sei o quanto, mas foi o suficiente para que nas férias de final de ano no Rio os parentes se preocupassem que talvez alguma doença do corpo ou da alma tivesse tomado conta de mim. De fato, meus amigos, algo tinha se dado dentro de mim: tinha cansado de ser tratada como a gordinha da turma. Isto porque eu nem gordinha era! Mas em comparação com as outras ditas esbeltas era eu fruto de comparação como exemplo de quem tinha mais quilo do que o necessário. Silenciosamente, passei a comer menos. Um ano de silenciosa revolta resultou num final de ano infeliz, com pessoas me condenando mais do que gostando da minha mudança na aparência. Minha mãe foi muito julgada como desleixada e por isso resolveu agir, fazendo manjares dos deuses com regularidade. Logo, estava eu encorpando novamente.

Mais de 10 anos me separam daquele tempo (oh, a idade pesa sobre meus ombros). Agora a luta é outra: a luta é pela saúde, por um estilo de vida saudável. Na minha família é muito comum morte por problemas no coração, de ambos os lados, além da famosa pressão alta, colesterol, triglicerídeos, etc. Após a última internação repentina de meu pai, resolvi que daqui pra frente tudo vai ser diferente (como diz aquela música). Demorou um pouco, e com um pequeno-grande empurrão da minha irmã, fui levada para a tão temida academia e começando naquele mesmo dia no final de maio de 2010 a me exercitar regularmente (dois dias na semana por conta da rotina cruel e desumana).

No entanto, foi só aí que me dei conta que fazia tempos que não me encontrava com tal peso. Pela primeira vez eu estava beirando aquela linha que te separa de uma alimentação saudável para uma alimentação muleta de vez (aquele chocolate que te ajuda a esquecer da angustia dos dias basicamente toda hora). Quando me dei conta, não tão silenciosamente, comecei minha luta interna, com todo o sacrifício inerente da situação, passando por momentos de guerra e paz, de comer ou não comer, eis a questão.

A redenção veio quando comecei finalmente a correr (na esteira). Pensava eu que era incapaz de tal proeza, e hoje sinto falta de correr, e não só de correr, como de puxar um ferro (como dizem no popular) e sentir que meu corpo está em movimento, sentindo cada parte dele se esforçando, esticando e pulsando. Não posso negar que um pouco de narciso em mim emergiu quando as pessoas da própria academia começaram a reparar nos meus resultados que se deram em dois meses de dieta (passando a comer de 3 em 3 horas) e aulas de jump, esteira e musculação.

O impasse entra em cena após umas férias na Europa. Em nome do experimento, de descobrir o novo e desbravar novos sabores, acabei por me alimentar com mais calorias do que o necessário. Como consequência, cheguei ao Brasil conscientemente mais pesada, um pouco pelo remorso interno de ter jogado tanto trabalho dos últimos 5 meses de academia no lixo, e, claro, pesada ao pé da letra, desprovida de qualquer metáfora.

Ao reencontrar um amigo de tempos (que entrou no CLAC comigo), ele diz que estou mais magra. Sei que no fundo ele vê a famosa beleza preenchida, aquela de quando se gosta de uma pessoa, você não importa muito com quilinhos a mais. Entretanto, parece que quando voltei fiquei procurando no rosto das pessoas certa reprovação por me encontrar mais cheinha. Procuro e encontrando. Na verdade eu busco nelas minha própria reprovação, minha rigidez e criticidade. O caso é que meus amigos mais chegados e verdadeiramente amigos não conseguem me reprovar só por isso. Aí é quando me sinto cheia de boas vibrações e quando falo para eles que uma jornada em país desconhecido justifica os tais quilinhos (assunto que eu mesma começo).

Isso me faz refletir que para aqueles que colocam os míseros quilos a mais a frente da carroça (que está cheia de pontos positivos, com certeza), talvez essas pessoas estejam mesmo perdendo o melhor da gente: a nossa espontaneidade, o nosso carinho mais fiel, os nossos pensamentos mais inteligentes e sagazes, o pedaço melhor da nossa simplicidade, a luz de nossos olhos, a perfeição de nosso corpo na imperfeição que tem. Temos muito mais para somar para vida de uma pessoa do que um contorno (magro ou gordo) de corpo. Temos muitos mundos dentro da gente querendo ser descobertos, e cheios de boa graça e entusiasmo.

Assim termina essa via-crucis, na promessa de bons tempos corpóreos, de superação dos limites na corrida e com nova perspectiva sobre aqueles que nos criticam pelo corpo perdendo o melhor de nós por serem tão superficiais quanto uma piscina de mil litros (ai, veneno).

Assim seja.

Amém

Introduçao

Depois de um temporada de férias bastante emocionante, volto ao nosso querido e esquecido diário virtual para tentar reestabelecer contato com os seres que aqui ainda possam habitar.

Falar que muitas coisas se passaram é um tanto quanto redundante. Então, aos poucos, vou pensando (e escrevendo) temas que perpassaram esses mais de 45 dias de férias europeias e mais os dias de isolamento consentido antes de voltar à labuta de vez.

Os assuntos atemporais desses dias foram uso de rede sociais, blogs de humor e críticas do youtube. Chamo de assuntos atemporais aqueles que não dependem de um acontecimento no mundo físico (estar trabalhando, entrar de férias). São assuntos que chamam atenção seja lá qual corte temporal que se esteja vivendo.

Este ano espero oferecer nesse blog mais do que promessas (algo que fiz muito bem nos anos anteriores). Espero retomar o gosto pela reflexão sem eira nem beira, sem pensar muitos nos críticos velados que aqui fazem morada em segredo querendo saber minha vibe ao invés de querer saber do que escrevo.

A minha onda agora é buscar uma identidade na escrita. Criticar o que quero, falar dos assuntos que me apetecem e sem medo de ser feliz ou de cópias veladas das minhas ideias, abrir minha mente para o convívio material das letras flutuando nessa nuvem internética. Ou algo do tipo.