sexta-feira, 29 de junho de 2007

no ritmo...

da dança... simplesmente viciante.
Duvida?



Abba - Dancing Queen

You can dance, you can jive, having the time of your life
See that girl, watch that scene, dig in the dancing queen

Friday night and the lights are low
Looking out for the place to go
Where they play the right music, getting in the swing
You come in to look for a king
Anybody could be that guy
Night is young and the music’s high
With a bit of rock music, everything is fine
You’re in the mood for a dance
And when you get the chance...

You are the dancing queen, young and sweet, only seventeen
Dancing queen, feel the beat from the tambourine
You can dance, you can jive, having the time of your life
See that girl, watch that scene, dig in the dancing queen

You’re a teaser, you turn ’em on
Leave them burning and then you’re gone
Looking out for another, anyone will do
You’re in the mood for a dance
And when you get the chance...

You are the dancing queen, young and sweet, only seventeen
Dancing queen, feel the beat from the tambourine
You can dance, you can jive, having the time of your life
See that girl, watch that scene, dig in the dancing queen

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Já tá acabando!



Dentre os compromissos da semana, a provinha de sintaxe.
Teve dar forma e função sintática dos argumentos internos, falar sobre concordância e ordem, só coisa divertida.

Me esbaldei na história de conceituar o que é sujeito. Disse tudo o que não era: não poderia ser como a gramática diz, sobre o fala o predicado, por conta da estrutura de tópico (Doce de abóbora, eu gosto muito - sujeito:eu, assunto: doce de abóbora); não poderia ser argumento externo, pois os verbos inacusativos o sujeito fica como argumento interno (acho q é isso), como no caso: Acabou o assunto; não poderia ser com o que concorda o verbo, pois têm estruturas como "Havia várias coisas envolvidas". Então, o que é sujeito?

Na prova 3ª prova eu respondo. Ou não.

terça-feira, 26 de junho de 2007

últimos suspiros da fahculdade de educação

Um dia bucólico esse, com certo clima de despedida na Faculdade de Educação. O povo fala, fala mal... Mas ah, bate o coraçãozinho no ‘fim’. Era último dia de aula de psicologia da educação, filosofia e sociologia terminam de vez na 5ªf.

O prédio antigo, rangendo, mas mesmo assim imponente; o teto alto com as lâmpadas penduradas parecendo q vai cair (não é erro de concordância, é o teto mesmo que pode cair); os gatos pousando pelos tetos dos carros; as velhinhas na piscina; as escadas intermináveis; as personas mais que aleatórias; o estilo educação-física-de-vida... São algos, imagens, o sereno da manhã que ficarão mais marcados do que se pensava inicialmente. Que pieguice! (nota-se que pulei a parte das aulas, sem comentários.)

Fui na livraria do Riosul (o shopping eternamente em obra) hoje, adivinhem o que pulou à minha mão? Wuthering Heigths e Dorian Gray. Agora tenho eles só pra mim, e por um ótimo preço.

Agora vamos, vamos estudar pra sintaxe, afinal o céu pode ser o limite, mas o inferno está bem mais próximo.

domingo, 24 de junho de 2007

dos escorregões do estado do rio...

O Fabio me mandou esse link e não pude resistir em colocar aqui.

A minha predileta foi essa:

dos ventos uivantes...

Hoje foi dia de morros de ventos uivantes. Fui arrebata ao lado gótico de Heathcliff e Catherine. A princípio o tal ‘inspiração’ se negava a aparecer. Contudo, não deu muito tempo para que fosse tomada por uma diretriz e a seguisse firmemente, tendo de me segurar no corrimão para não ir além.

Meu carinho por Heathcliff é maior ainda. Meu desprezo pela leviana Catherine é menos acentuado. A história, arrebatadora.

Amor assim existe? Às vezes parece que só existe vingança.

sábado, 23 de junho de 2007

sobre reitorias ocupadas


Ao ver a notícia de que a reitoria da USP foi desocupada pelos estudantes, me vejo aqui a na obrigação de pautar meus pensamentos sobre o assunto enquanto a ‘revolta’ transcorria.

A primeira coisa: temor. Greve. Sim, eu tenho uma formatura em 2008/02 e, fora Port V, nada mais poderá ameaçá-la. A ocupação da reitoria da USP gerou muita repercussão por aqui, panelaço de estudantes, ocupação por um dia da reitoria, e as eventuais passeatas pra frente da reitoria pelo bandejão (que sairá daqui a uns 30 anos, só pode).

Depois do medo, veio a vontade de saber ‘mas que diabos está acontecendo’. Afinal, pela pintura dada ao caso pelo digníssimo jornal O Globo, os estudantes eram uns depredadores baratos que lutavam por uma autonomia absurda e ponto. Pesquisando na internet vários jornais, medindo o que cada um falava, me descobri numa inebriante simpatia pelo movimento. A bandeira não era só pela autonomia (que não é pouca coisa), mas também por aqueles itens que deveriam ser de fábrica qdo se entra numa universidade federal, tais como o tal alojamento suficiente.

Não satisfeita, fui no youtube (pelo link de uma das reportagens) e me deparei com a parte mais fascinante da pesquisa. Não falo dos vídeos at all! Mas dos comentários... Imaginem a riqueza do imprevisível, os comentários me surpreenderam pra além-mar e pela primeira (e única vez até agora), passei horas no youtube simplesmente olhando comentários.

A questão toda era expectativa... eu esperava ter lá uns contras, outros a favor, mas com certeza a maioria apoiando, claro. Ledo engano da ingênua aqui, afinal o recalque de não se entrar numa federal bateu forte e todo material daria uma maravilhosa análise do discurso.

Chamavam os participantes de ‘filhinhos de papai’, de gente que não tem o que fazer, que fica mamando no dinheiro público e ainda reclama, ‘estamos sustentando vcs’, depredadores de prédio... Bem, fiquemos só com esses adjetivos. Pensei imediatamente “mas que diabos ta acontecendo com esse povo?”. Simples, presumi em seguida, todos estavam impregnadas com ‘rede-glogo-pensamento-de-vida’. Não era simplesmente ‘não concordo ideologicamente com o que vocês fazem’, era pejorativamente uma repudia que chegava a ser desnecessária. Os cães de briga do governo.

Agora pensando nisso lembro de certo amigo que sempre diz que somos todos muito passivos. Além de sermos passivos, compramos briga por uma idéia que não nos beneficia simplesmente por introjetar as idéias ‘senso comum’ que nos vendem na mais deslavada cara de verdade absoluta.

Fiquei feliz pela ocupação da USP, creio que o movimento foi coerente e se faz necessário no mar de passividade, o que não quer dizer partir pra violência, pois o maior trunfo deles foi de modo algum entrar em choque com polícia, coisa do tipo. Eu já sinto mudar muitas coisas no meu meio universitário, é sensível todo povo querer discutir as causas do caos todo, se indignar, tomar posição. Eu mesminha no final até pensei que não seria o fim do mundo atrasar um pouquinho a colação (ok, mas essa idéia passou como um flash e esvaeceu!).

Eu sei bater porta também.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Ai, filosofia da educação...

Hoje foi a apresentação do trabalho de filosofia. A idéia era fazer um ‘experimento’ com imagens, algo diferente. Bem, tendo uma semana pra esquematiza tudo, propus que fizéssemos uma curadoria como do professor Bruno Lages (ele revolucionou a vida de todo mundo de aula), com a idéia de ‘guiar’ a compreensão da leitura de um poema/conto/romance. Fui dando a idéia logo: podemos trabalhar com Blake!

A idéia era primeiramente mostrar figuras (que tivessem relação com poema) para que eles livremente associassem uma a outra; em seguida, olhariam o poema e cada um do grupo marcaria que palavras consideram chave para o entendimento e o porquê; daí já teríamos a idéia de lentes diferentes que seria trabalhada melhor na transparência com o poema, mostrando primeiro a imagem do poema com uma lente amarela (papel celofoni), com uma interpretação mais literal do poema (que foi o “the tyger”), em seguida uma interpretação mais aguçada, falando da questão da Revolução Industrial, outra lente, azul. Teria também nosso plano de aula que estava ao contrário, só poderia ser lido com um espelho, mostrando essa idéia de desconcerto, de visão diferente das coisas.

O caso é que foi tão legal a apresentação, eu super empolgada com o assunto (ai, literatura é meu pecado), todos trabalhando pra fazer inferências interessantes, no final trabalhamos com Walter Benjamin e um pouco de Kant. Fiquei feliz... E acabou o semestre de filosofia.


Adão e Eva, quadro por Blake.
Ela fazia a seguinte distinção entre Inferno e Paraíso: Inferno - instinto, ação, caos; e Paraíso - passivo, ordem. Uma combinação desses dois elementos que irão formar uma nova energia necessária para ser feliz.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

greve!

Vcs viram q ocuparam a reitoria da UFRJ?
Olha a moda...

da inspiração

Eu já tinha me esquecido do final do semestre passado, que além de ter de conciliar todos os trabalhos/provas/compromissos aleatórios inadiáveis/dentre outras coisas, tem de ser ter um espaço especial para a ‘inspiração’. Acontece que é de praxe (está virando, ao menos), o famoso Essay das literaturas, sendo esse semestre privilégio só da Literatura Inglesa.

É um caso sério ter tanta opção de tema e de livros (inúmeras confahbulações entre ‘great expectations’, ‘wuthering heights’ e ‘the picture of dorian gray’), escolho o livro justo pq vou trabalhar com ele na iniciação científica (‘vou trabalhar’ não, deveria estar pra lá de Bagdá trabalhando) e por ser livrinho do coração acima de tudo!!! (sim, estou falando de Wuthering Heights).

O que será q me dá, que me bole por dentro... Tive idéias fantásticas pras duas outras opções, mas bem no escolhido NADA flui! Fiquei de fazer esse trabalho desde o início do semestre, e até agora o único livro que não terminei foi justamente esse. Definitivamente os números não estão a meu favor, com ênfase no número da data de entrega, dia 25 próximo.

Grandes esperanças é o que tenho de que daqui pra frente ‘baixe’ sei-lá-que-inspiração-aleatória, e venham as idéias claras feito floquinhos de neve. Que a arte pela arte me encontre, e desse encontro, além de uma futura boa nota, saia uma tão esperada boa conjugação de pensamentos, do tipo do semestre passado que quando leio ainda hoje dá um gosto: “olha, fui eu quem fez”.

É a vaidade, Fábio, nessa vida...

Né?

quarta-feira, 13 de junho de 2007

piña coladas

Eu não pude segurar as risadas ao me deparar com esse vídeo-desenho feito da música 'If you like piña coladas'.

Se eu gosto? Eu gosto! :D



*cape: a piece of land jutting into the sea or some other large body of water.

terça-feira, 12 de junho de 2007

maquiagem

Olha só que curiosa essa reportagem do Estadão on-line hoje, falando sobre o Brasil que sai teoricamente da lista negra do trabalho escravo e da prostituição, isso por ser país 'amiguinho' do poderozo chefão. Acaba-se gerando então essa outra reportagem (também no Estadão), assegurando o caráter tendêncioso do julgamente americano para o critério do risco de tráfico humano e prostituição em uma escala de de 1 até 3, sendo que o Brasil passou da 'escala 2 alerta' para simplesmente 'escala 2'. Enquanto isso Cuba e Venezuela são tidos como escala 3. Curioso, não é?

Algo que poderia ser bom de fato para o Brasil é bom só pra imagem de plástico. O mundo inteiro vai continuar com preconceito contra nosso povo, achando que aqui prostituição é carreira q vem de berço e para os homens ser trabalhador escravo é quase certo nascendo pobre. Triste, triste maquiagem.

Aos namorados do Brasil

por Carlos Drummond de Andrade

Dai-me, Senhor, assistência técnica
para eu falar aos namorados do Brasil.
Será que namorado algum escuta alguém?
Adianta falar a namorados?
E será que tenho coisas a dizer-lhes
que eles não saibam, eles que transformam
a sabedoria universal em divino esquecimento?
Adianta-lhes, Senhor, saber alguma coisa,
quando perdem os olhos
para toda paisagem ,
perdem os ouvidos
para toda melodia
e só vêem, só escutam
melodia e paisagem de sua própria fabricação?

Cegos, surdos, mudos - felizes! - são os namorados
enquanto namorados. Antes, depois
são gente como a gente, no pedestre dia-a-dia.
Mas quem foi namorado sabe que outra vez
voltará à sublime invalidez
que é signo de perfeição interior.
Namorado é o ser fora do tempo,
fora de obrigação e CPF,
ISS, IFP, PASEP,INPS.


Os códigos, desarmados, retrocedem
de sua porta, as multas envergonham-se
de alvejá-lo, as guerras, os tratados
internacionais encolhem o rabo
diante dele, em volta dele. O tempo,
afiando sem pausa a sua foice,
espera que o namorado desnamore
para sempre.
Mas nascem todo dia namorados
novos, renovados, inovantes,
e ninguém ganha ou perde essa batalha.

Pois namorar é destino dos humanos,
destino que regula
nossa dor, nossa doação, nosso inferno gozoso.
E quem vive, atenção:
cumpra sua obrigação de namorar,
sob pena de viver apenas na aparência.
De ser o seu cadáver itinerante.
De não ser. De estar, e nem estar.


O problema, Senhor, é como aprender, como exercer
a arte de namorar, que audiovisual nenhum ensina,
e vai além de toda universidade.
Quem aprendeu não ensina. Quem ensina não sabe.
E o namorado só aprende, sem sentir que aprendeu,
por obra e graça de sua namorada.


A mulher antes e depois da Bíblia
é pois enciclopédia natural
ciência infusa, inconciente, infensa a testes,
fulgurante no simples manifestar-se, chegado o momento.
Há que aprender com as mulheres
as finezas finíssimas do namoro.
O homem nasce ignorante, vive ignorante, às vezes morre
três vezes ignorante de seu coração
e da maneira de usá-lo.

Só a mulher (como explicar?)
entende certas coisas
que não são para entender. São para aspirar
como essência, ou nem assim. Elas aspiram
o segredo do mundo.

Há homens que se cansam depressa de namorar,
outros que são infiéis à namorada.
Pobre de quem não aprendeu direito,
ai de quem nunca estará maduro para aprender,
triste de quem não merecia, não merece namorar.


Pois namorar não é só juntar duas atrações
no velho estilo ou no moderno estilo,
com arrepios, murmúrios, silêncios,
caminhadas, jantares, gravações,
fins-de-semana, o carro à toda ou a 80,
lancha, piscina, dia-dos-namorados,
foto colorida, filme adoidado,,
rápido motel onde os espelhos
não guardam beijo e alma de ninguém.

Namorar é o sentido absoluto
que se esconde no gesto muito simples,
não intencional, nunca previsto,
e dá ao gesto a cor do amanhecer,
para ficar durando, perdurando,
som de cristal na concha
ou no infinito.


Namorar é além do beijo e da sintaxe,
não depende de estado ou condição.
Ser duplicado, ser complexo,
que em si mesmo se mira e se desdobra,
o namorado, a namorada
não são aquelas mesmas criaturas
que cruzamos na rua.
São outras, são estrelas remotíssimas,
fora de qualquer sistema ou situação.
A limitação terrestre, que os persegue,
tenta cobrar (inveja)
o terrível imposto de passagem:
"Depressa! Corre! Vai acabar! Vai fenecer!
Vai corromper-se tudo em flor esmigalhada
na sola dos sapatos..."
Ou senão:
"Desiste! Foge! Esquece!"
E os fracos esquecem. Os tímidos desistem.
Fogem os covardes.
Que importa? A cada hora nascem
outros namorados para a novidade
da antiga experiência.
E inauguram cada manhã
(namoramor)
o velho, velho mundo renovado.

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Graciosa essa poesia (além de longa), combinando com o dia ;)
E eu vou estudar pra minha prova de sintaxe amanhã!

*com direito a partes prediletas em negrito.

domingo, 10 de junho de 2007

da localização




Minha atual casa... Não é que acharam mesmo?! Parabéns ao detetive.
Lembro quando vim a primeirava vez pra essas bandas de São Gonçalo. Um misto de roça com cidade grande, algo que chama atenção daqueles que querem se livrar da intensa 'civilização' da grande capital.
Lembro da primeira vez que vi o quarto mobiliado, com internet o dia todo e um vazio do tamanho do pão-de-açúcar por estar distante de tudo mais uma vez.
Ninguém disse que ia ser fácil, mas a longo prazo alguma bonança veio (eu não fui atingida por nenhuma bala perdida e nem peguei dengue - ainda); o novo mundo se revelou a minha frente e agora... Agora, e agora José? Eu, o meu 'eu' lá de dentro, não tá sabendo se desvencilhar dele assim tão fácil. Deve ser pq está diretamente ligado ao mundo da faculdade.
Sei de uma coisa, a certeza que cresceu: a minha casa é onde está meu coração. Ele muda, a minha casa não. (Como na música Nômade do Skank).

sábado, 9 de junho de 2007

Escarafuncha

Para os fãs da escatologia, nada melhor do que meu querido ex-siso para promover o melhor espetáculo do gênero. A questão é que com sua saída, apesar de todos os cuidados, ficaram seqüelas não muito positivas, e a inchação de dias queria mesmo dizer é que uma infecção tomava conta da parte inferior esquerda (lá pro final) da minha boca.

A dentista, que supostamente tiraria os pontos, promoveu um espetáculo a la horrorshow, apertando o lado esquerdo da minha boca e narrando como saía um tal pus, e não era pouco. Pediu pra avisar mamãe que precisaria abrir os pontos, mexer lá tudo dentro novamente e depois fechar, com todo carinho. Avisei, e mostrei pra mamãe o tal pus. Mamãe ficou horrorizada, era um pus verde que inundava a parte de trás da boca. Fiquei curiosa, e ali mesmo na sala de espera tirei o espelhinho que Susan me deu para passa batom a qualquer hora do dia, e fui tentar ver por mim mesma. Não fui feliz na tentativa, em seguida a dentista me chamava com tudo preparado.

Ela era do tipo sisuda, séria até demais. Novinha ainda, contudo com um ar de competência e de ‘olha, eu sei o que estou fazendo’ que impunha muito respeito. O que tem de ser feito, será feito. Ela me tranqüiliza, pergunta como estou (e eu me limito a responder que estou bem). Conto a ela do meu último trauma com tirar pontos em que todas as tesouras estavam cegas e a tentativa repetitiva de tirar os pontos e não conseguirem me fez passar mal. Agora ela me chama de sortuda por ainda ter direito a anestesia.

Vamos começar, segure-se bem firme Fabíola porque a situação irá ficar mais apertada. Meu pensamento previa o inevitável: a parte mais fácil foi tirar os pontos antigos. O caso é que na medida em que ela mexia em um novo lugar, doía, então, mais anestesia! Depois de umas 6 aplicações o trabalho tinha de ser feito. Com dificuldade ela mexia lá no final da boca, pedindo pra que eu abrisse o máximo que podia, sendo que já estava aberto o máximo que eu conseguia. A luta de abrir mais a boca foi interminável. Mas a frase mais marcante da dentista foi pra moça que segurava o tubinho de aspirar: ‘pode aspirar ali, é só carninha mole’. Ok, leva toda a carne da minha boca... Mexa, escavaca, escarafuncha. Pegue a espátula essa e fique remexendo tudo lá dentro me causando uma sensação terrível de perda de alguma coisa, de coração acelerado e me fazendo contorcer inteira na cadeira.

Ela apertava, pressionava, limpava placa do dente ao lado, isso tudo com uma força de dar inveja a Sansão. Já faço uma teoria de que dentistas mulheres têm a tendência de se fiar que têm pouca força e assim colocam toda sua força e mais um pouco; já os homens parecem ter mais cuidado, pois sabem que precisam controlar a força que têm, mesmo o paciente estando com anestesia (é depois da anestesia a coisa fica divertida).

Ela ficou incomodada o tempo todo com minha capacidade de abrir mais a boca, mas tive de desaponta-la assim mesmo, pois os danos da tal infecção tinham chegado ao meu maxilar. Como castigo, veio a hora dos novos pontos... Com todo cuidado, ajeita a agulha e sinto passando na carne lentamente. O problema foi passar novamente a tal agulha. Escapou de todas as maneiras, foi a verdadeira rebelião! Eu ali, sentada e desolada com o fim daquela cena que não chegava, vendo uma agulha entortando cheia de sangue e até pedacinhos da mais tenra carne na minha frente.

Após todo espetáculo, finalmente chegou o momento de morder a gaze e ficar esperando um pouco na cadeira enquanto ela passa milhares de remédios dos mais sortidos. Eu fico pasma, inerte na cadeira, ainda me recuperando dos batimentos cardíacos acelerados que foram os maiores da minha vida até hoje (mesmo não tendo nenhum aparelho pra medir, o sentimento aquele...).

Paguei fisicamente todos meus pecados até aqui, vou pensar bem ao cometer os outros. De fato já até risquei da agenda os programados a curto prazo. O caso agora é descansar, continuar descansando e descansar mais um pouco até o próximo veredicto na segunda-feira.

Que assim seja!

ah, deuses!







?? Which Of The Greek Gods Are You ??

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Um labirinto quase sem saída



Intrigante, desafiador.



Assustador, chocante.


O Labirinto do Fauno é um filme que explora o limite da sensibilidade, as engrenagens da realidade e os caminhos tortuosos de nossa mente.

Quem não me conhece, viu o filme e ouviu desmedidos comentários de amigos e pouco conhecidos de que esse filme deveria ver, pois era minha cara, levaria certamente um susto em relação ao tipo de pessoa que sou. Mas não tem mistério, primeiramente sou apaixonada por labirintos e lendas/histórias sobre eles; já o filme mistura realidade e contos de fadas num eixo em que não se sabe quando começa um e acaba o outro. Ou melhor, qual seria o 'verdadeiro', será que os dois realmente existem juntos?

Usando a violência do mundo real e a morbidez do mundo imaginário para compor um ambiente que vai testar a sanidade da pequena heroína, a história vem com uma premissa mais simples do que se pensa: de abrir nossas mentes pra idéias diferentes, para o novo. Um exemplo disso é a dicotomia entre o personagem do terrível capitão Vidal (aquele q domina no ‘mundo real’), um ditador que combate os revolucionários – os vermelhos – que estão na floresta, e a pequena Ofélia, criança que se deixa acreditar no mundo novo que o Fauno lhe trás e crê que pode ser uma princesa em outro mundo.

Vemos que del Toro é mesmo fã de escatologia e com isso o filme perdeu um pouco da essência mítica. Trate de bem e mal de forma tão simplista e repetitiva que chega a ofuscar um pouco a bela fotografia. Mas apesar disso, vale a pena ver e se deliciar com os implícitos dentre imagens e idéias jogadas sutilmente pelo diretor. Em suma, um labirinto que por muito pouco ficava sem saída.

domingo, 3 de junho de 2007

bobeirinha

o que está acontecendo?

Já vamos parar o terceiro dia sem nem poder falar direito.
Dente, dente meu!

sexta-feira, 1 de junho de 2007

da aula

E eu ia aprensentar capítulos de Huck Finn na aula de literatura americana (29.30 e31). Mandei todo mundo ler e apresentar no meu lugar. Autoritária. O caso é que já na semana passada tinha eu falado sobre quase o livro inteiro...

vou deitar, vou deitar.

dente, dente meu

Eu arranquei um dente inteiro em pedacinho. Eu não, o dentista simpático fez isso, junto com a assistente não simpática. O caso é que logo no início, quando ele iniciava o procedimento e descaradamente cortava a carne da minha gengiva, pensava eu: mas pra diabos eu vou tirar esse dente?

Ele é um siso incluso na parte inferior a minha esquerda. Ele estava tão bem, tão feliz... E eu tive de passar horas de agonias pra tira-lo do meu corpo, lugar que pertence a ele, q ele nasceu e viveu tantos anos. Então, tirana do jeito q sou, vou e decido que tem de sair, afinal na fila ainda tem mais 5 dentes.

Pobre dente incluso, pensava, eu eqto o dentista ia com a broca perturbá-lo. Peço a ele q me perdoe, mas era necessário. Eu tinha de partir pra frente. Eu sei q nada foi igual em mim depois da retirada do meu 3º siso (este foi o 4º), mas a vida tem de continuar, eu não posso parar por conta da dor que senti no passado.

No 3º siso eu sentia a dor lá na raiz, onde a anestesia não tinha chegado. Ele me fez sentir dor, sentir vontade de não querer aquilo. Foi onde vi q não era simplesmente diversão, era algo q mexia com a vida da gente pra sempre e sempre... E até hoje me lembro da dor, ah.. aquela dor!

Mas eu tive de seguir... Perdoe quarto siso, vc teve de sair. Teve de acontecer. E nem lembrei de te levar pra casa. A gente fica displicente em certas coisas qdo passa o tempo.

Sei q meu rosto do lado esquerdo tá que parece uma bola. Só espero q eu não me chute no meio do devaneio da febre e tudo mais.

Era só um siso incluso...