sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Horas de sono

Sigo no erro constante de dormir extremamente tarde quando sei que um dia cheio me espera. Essa história de joguinhos de Facebook em grande parte contribui pra isso. Isto pq antes dedormir tem de se dar aquela olhadinha na fazenda, no aquário, no café, no restaurante, na máfia, nos vampiros... Enfim, a cada jogo que se aceita participar, maior o comprometimento de se ficar atado noites adentro colocando tudo em dia. Particularmente tenho dado maior atenção a fazenda, simplesmente por ter sido a primeira a me despertar grande interesse. O caso é que vou traçando metas, fazendo planos e no final esse nesse negócio de ser latifundiário é bastante prazeroso. Só não é prático para o 'banco de horas', afinal as noites de sono deram uma diminuída básica de pelo menos 1h. Mas tudo isso em nome do ar puro campestre.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O poder de ser humano

A sensação de presenciar uma briga é algo que deve mexer não somente comigo, mas com todo mundo. Sinto o pulso acelerando, mas ao mesmo tempo fico estática, quase inerte. Imagina se essa briga acontece em um veículo em movimento, como um ônibus. É, voltando de Botafogo, depois de sessão no Estação com Thatha (Coco avant Channel), ao pegar meu segundo ônibus não imaginaria a cena que viria quase no final da viagem. Escutava música no celular (acabei me rendendo a tecnologia de celular fazer tudo, até cortar a unha), quando de repente gritos perceptíveis ao meu ouvido, olho pra trás e vejo um rapaz agredindo o cobrador, que por sua vez levantou da cadeira e começou a chutar o rapaz no rosto. Apesar do rapaz sair arranhado no rosto, foi ele que o atacou (e continuou atacando), e finalmente quando alguém foi apartar a briga, ele ainda esbravejava com os outros. Ele era baixo, com um corpo atlético (mas não marombado), negro, por volta do esplendor dos 20 e poucos anos. O trocador era moreno trigo (afinal, 'moreno' em nossa sociedade é algo mto generalizante), com seus 40 anos já vividos, e cara de cansado. Quando o menino saiu escoltado, todos se voltaram para trás com intuito de saber porque diabos o rapaz o agrediu. O trocador respirava ofegante e não respondia aos nossos olhos atentos, até que alguns perguntavam uns aos outros num tom mais alto afim de obter resposta do dito cujo sobre o tal motivo. Ele então se pronunciou: a moeda do troco caiu no chão, ele pediu pro menino pega (por motivos óbvios) e então... a reação.

Fico me perguntando que motivos levaram ao rapazinho a agir daquela forma. O poder que lhe dá a juventude às vezes te tira a razão e a sensibilidade. O poder que dão os músculos às vezes nos tiram a força da argumentação. O poder que nos dá o fato de sermos homens, às vezes nos tira em humanidade.

Oh gosh... vamos falar de Coco avant channel no próximo post...
Os leitores silenciosos são os mais fiéis.


(sobre leitores de blog)

domingo, 29 de novembro de 2009

Onde está a esperança

Voltando para casa numa noite de quinta, pouco tinha para achar a vida bonita. As coisas se viam turvas, o ônibus parava longe do ponto, a vida sem sentido. Vendo de longe um grupo de jovens arrumados atipicamente de roupa social, tentei atravessar logo a rua adivinhando "vem coisa de igreja". Dito e feito, um deles me entrega um papelzinho e diz "Jesus te ama", os outros começam ao rir e um comenta "só entrega pra mina bonita esse aí". Eu dou um sorrizinho do canto da boca, e não jogo o papel na rua por motivos ecológicos,então o coloco na minha bolsa pensando que 'maravilhosa' mensagem me espera. Mas, como eu adoro fazer análise de discurso dessa modalidade, tirei o papel da bolsa e li rapidamente "onde está a esperança". Confesso, a pergunta me pegou. Onde está essa esperança... Nos amigos que somem, nos amores que nunca se concretizam, na profissão que não trás engrandecimento, no lazer que não trás conforto... Aonde será que está, meu Deus, que eu não vejo! Guardei a esperança na bolsa, aquela questão já valeu pela noite. Cheguei em casa, abri o sorriso, e deixei a esperança tentando crescer dentro de mim. No outro dia tinha trabalho pra entregar (e ainda terminar de fazer),tinha prova de CAE e... No outro dia eu vi que tinha esperança, tanto nos amigos, que te mandam uma mensagem quando vc pensa que eles já te esqueceram, no amor platônico de todo dia e no amor por si mesmo e cuidado com o próximo e no saber, que de tão bom que é ter fonfinça que sim, nós podemos.

O papel da esperança sofreu com dilúvio dentro da minha bolsa no sábado pela manhã indo ao trabalho, e jaz em paz em alguma lixeirinha da ufrj. Agora, o que esse papel me trouxe... (suspiros).

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

sobre CLAC e algo mais...

Ao começar o treinamento do CLAC em julho não podia imaginar o que a entrada nesse projeto me trouxe. Primeiro, possibilidade de entrar em contato com pessoas novas, pessoal dos outros períodos que já estão mais que distantes de mim. Depois, vem a questão de ser um desafio, de sair da sua zona de conforto e ter de ser 'julgada' profissionalmente por pessoas que estudaram contigo. Em seguida, a primeira aula, o desafio de ver 30 cabecinhas com objetivos totalmente diferentes e motivações das mais variadas. Sem dúvida, desde o início tinham meu respeito, e por isso mesmo minha mais preocupação em montar as aulas. O fato é que eles foram oficialmente minha primeira turma de inglês, já que na Cultura tenho alunos em individual, e na Mudes eu dava aula de português. Engraçado que eles achavam que eu tinha anos de experiência, e eu deixei que achassem isso, até pela necessidade de um álibe que eu estava fazendo um bom trabalho. Desde o início recebi elogios rasgados de uns alunos, e poucos bocejos para um sábado demanhã. De fato, a cada sábado, apesar de sair exausta, saia também com uma sensação de realização grandiosa, como mulher maravilha que tudo pode. Eu podia.

Entre justificativas, perguntas (às vezes absurdas), olhares atentos e muito sono, no final tivemos um semestre muito interessante, no qual foi a primeira vez de muitos em aulas de inglês e me senti muito honrada em transmiti-los o pouco que sei. Sinceramente, eu gosto mesmo de ser professora. E nem importa muito a matéria, esse contato com as pessoas, a atmosfera de conhecimento, tudo isso me apetece muitíssimo. Hoje foi a última aula antes da prova (29-11). Como forma de marcar esse momento levei chocolate pra eles com a desculpa de ser natal, mas na verdade é que não quis confessar o quanto eles eram importantes pra mim.

O dia em que o Rio parou

A pergunta clássica: o que você estava fazendo quando aconteceu o apagão no Rio... Estava eu no meu primeiro ônibus, rumo ao terminal de Niterói para pegar o segundo, e finalmente chegar em casa. Em Icaraí a luz acaba, e penso que seria somente ali naquela região. Ledo engano, centro de Niterói totalmente às escuras. De repente um certo temor tomou conta de mim; não tenho medo de escuro, mas... tenho medo do que possa ter causado a escuridão e do que pessoas são capazes de fazer no anonimato do escuro.

Ao descer do ônibus, outro drama: a chuva. Desci e ao olhar aquele portal escuro do terminal me encorajo para ir no sentido contrário e atravessar entre os ônibus até chegar a minha plataforma. Ao fazer isso minha mãe me liga. Apesar de muito querer falar com ela, digo que não posso, que ligo depois. Vejo meu ônibus bem no momento de sair, entro e o carro arranca. As pessoas estão olhando ao redor, e não carregam aquele olhar de indiferente inerente de passageiros de ônibus. Pego o último lugar disponível e me sinto de certa forma protegida ali. Então, ao tentar retornar para mamãe reparo que a Claro não tem sinal. Bate o desespero temporário: e se não tiver sinal até chegar em casa... E se não chegar em casa...

(continua no próximo capítulo)

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

depressão acadêmica

Com o término do bacharelado vem a dor em parcelas. O que faço agora, depois de 5 anos de pesquisas incabadas e tentando me definir em pesquisas. Nunca fui o que gostaria de ser em termos acadêmicos, a não ser no primeiro ano, quando não sabia o que era ser acadêmico e quebrava importantes etiquetas.

O Italiano me relembrava daquela moça aventureira e sem planos que quer ir pra Angola ensinar português. E eu sei, dentro de mim, que isso é o que eu quero. Junto com milhões de outras pequenas coisas que somam a 'vontade' por coisas boas e engrandecedoras PARA MIM, que nunca acontecem. Como diria Lívia, não nasci para uma vida provinciana. Só que às vezes penso que não nasci pra mim mesma. Nasci pra pensar em outros.

depressão acad^

terça-feira, 27 de outubro de 2009

O Caçador



O filme te conta tudo que você precisa saber rapidamente. O problema é que sabemos demais, e que com isso nossa ansiedade só aumenta. Um dos melhores filme em circuito atualmente, e sem dúvida, um dos melhores filmes da Coréia do Sul. Pitada forte de violência, com medidas de suspense psicológico, e, é claro, O Final.

Gostei também do fatoo de ver problemas sociais coreanos discutidos durante todo o filme, como o diretor mostou o 'cotidiano' coreano de determinado recorte, ressaltou a questão da religiosidade (as pessoas de lá geralmente são cristãs), a tecnologia, o submundo, e até coisas bobas como os ônibus de lá me deixaram com o gosto de 'visitar' a coréia.

Ênfase extrema a digreção do personagem principal, que passar por transformações psicológicas visíveis e que nós acabamos por enxergar a trama através dos olhos e das angústias dele.

Filme imperdível.

O primeiro amor


Geralmente somos bastante centrados em nossos primeiros amores (e principalmente nos últimos) que esquecemos do primeiro amor alheio; pior, que podemos ser o primeiro amor alheio. Digo isto porque, na época de meu terceiro ano de segundo grau, me aproximei de alguns guris do primeiro ano que eram muito fofos. Entre eles, tinha um que sempre gostava de conversar comigo, era filho da minha ex-professora de ciências da sétima série, e, mesmo sem eu perceber claramente na época, fazia tudo para me agradar. O caso é que na minha mente pensava que ele queria mais era o 'status' de ser amigo de alguém do terceiro ano. No entanto, quase 7 anos depois ele finalmente revelou, de forma singela e bonita: você foi meu primeiro amor.

Fiquei chocada, pois primeiro, eu conversava MUITO com ele, logo como não poderia perceber que ele sentiria algo mais. Segundo, ele dizia que tinha uma moça que ele gostava muito, logo eu tentava 'ajudar' no caso. O que não sabia era que a moça era eu mesma! Ele lembra de momentos perdidos no tempo pra mim, como no dia q ele fez um gol numa partida de futebol e me dedicou, de tocar 'fim de tarde com você', do acústicos e valvulados (mesmo odiando acústicos e valvulados), da roupa que eu estava vestida quando me viu certa vez em certo lugar. E eu penso que nunca fiz tanto para impressioná-lo, só fui eu mesma no estado cru da palavra.

Creio que o que mais me impressiona é o poder dele guardar segredo, de aguentar calado e se manter naquele amor platônico sem rumo. Se ele tivesse dito na época, não teria acontecido nada, seria 'mais um gurizinho tentando alguma coisa'. No entando, pelos simples fato de ter conservado essas lembranças num cantinho especial e ter revelado agora, me fez parar e pensar. Pensar no amor dos outros por nós, na admiração, no pouco de carinho que nos vem às vezes de onde nem se imagina.

Uns podem fazer questão de nos excluir, outros nos queriam, nos querem, nos quererão bem, certamente.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Bastardos Inglórios


O filme da semana, com direito a muitos risos.

Na sexta a noite fui no Odeon conferir Bastardos Inglórios. Antes de tudo, por ser um filme de Tarantino, esperava algo de interessante (não pensando em Death Proof). Apesar daquela temática batida (e geralmente politicamente correta) sobre nazismo, o filme supreendeu. Voltado mais a questão de um bom diálogo do que meras cenas chocantes, Tarantino acerta a mão, e mesmo com tantos personagens e diferentes focos ele aprofunda o necessário sobre cada um e nos mostra a complexidade dos sentimentos humanos. Tarantino desafia a história e com esse filme tira os judeus da clássica posição de vítima e os coloca como sujeitos de ação.

Filme longo, mas quando vai chegando ao final fica-se com vontade de ver mais. E no final... Supresa de Tarantino especialmente pra você.

músicas em espanhol

Choveu daquela chuvinha fina. Estava eu voltando de carona esta noite para casa com a minha professora de CAE quando ela coloca o som no carro e diz "não liga, estou romantica". O rapaz do banco da frente diz, 'romantismo é bom'. Eu espero para escutar a música. Era daquelas músicas clássicas em espanhol com letras de arrasar o coração, com muito 'olvido', muito querer, muita paixao. Naquele momento pensei nas músicas em espanhol que dividimos, aquele e eu. Aquele que não é mais daqui do peito, mas que por muito tempo tocou meu âmago com boas letras em espanhol. Isso era tão nosso, e naquele momento só consegui pensar nos momentos do carro, quando sozinhos escutávamos o que se tornava 'nossas' músicas. Lembro dele cantando pra mim, e não penso de forma alguma do que causou o fim, mas sim daquele sentimento que lá atrás nos mantinha juntos. Lembro de "Volver", um corrupção de sentimentos em si mesmo. De decorar músicas inteiras em espanhol só pra agradar, e descobrir que eu adorava isso, e que quando terminasse essa fase eu iria sentir falta. Dividir músicas em espanhol é muita responsabilidade. Elas têm paixão, tem esse encontro de libido, amor eterno e profundo. Sei que o tempo não volta, mas o tempo que passou foi muito bem cantado.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

O questionário - FW



01 - Nome?
Fabíola


02 - Quantidade de velas no teu último aniversário?
24


03 - Tatuagens?
Não


04 - Piercings?
Não


05 - Já foi à África?
Ainda não


6 - Já ficou bêbado?
Talvez :P


07- Já chorou por alguém?
Sim.


08 - Já esteve envolvido em algum acidente de carro?
Não que me lembre


09- Peixe ou carne?
Carne... e peixe!


10 - Música preferida?
As do Belle and Sebastian


11- Cerveja ou Champanhe?
Chop eterno!


12 - Metade cheio ou Metade vazio
metade cheio!


13 - Lençóis de cama lisos ou estampados?
Lisos


14 - Filme preferido?
Chihiro, amelie poulan, little miss sunshine, esses filmes indies aí


15-Flores preferidas?
tulipas vermelhas


16 - Coca-Cola simples ou com gelo?
pode ser fanta uva não....


17 - Quem dos teus amigos vive mais longe?
Junko, no Japão.


18 - Quem você acha que vai responder a esse e-mail mais rápido?
nem sei se vou mandar :P


19- Quantas vezes você deixa tocar o telefone antes de atender?
Naõ deixo tocar mto não

20 - Qual a figura do seu mouse-pad?
naõ tenho mouse pad, tenho nem mouse :(


21 - Pior sentimento do mundo?
difícil essa de elejer um pior. Diria eu que o sentimento de trair a si mesmo.


22 - Melhor sentimento do mundo?
Reconhecer o outro.


23 - Ultima coisa que faz antes de dormir?
Organizo a caminha, abraço o ursinho, coloco na warner e a tv pra desligar em 10 minutos.


24- Qual o primeiro pensamento ao acordar?
Penso no sonho q tive.


25- Qual o último pensamento antes de dormir?
No sonho que posso ter.


26 - Se pudesse ser outra pessoa, quem seria?
Seria uma versão 'melhorada' de mim, com direito a escrever coisas interessantes.


27 - O que você nunca tira?
Anel de borboleta q mamãe deu.


28 - O que você tem debaixo da cama?
Colchoes


29 - Qual a pessoa que talvez não te responda?
Passo


30 - Aquele que com certeza vai te responder?
Passo


31 - Quem gostaria que te respondesse?
Passo


32 - Qual livro vc está lendo?
Lucky Jim, para a prova do CAE.


33 - Uma saudade?
Saudade é permanente em mim, saudade de quem tá longe, de quem tá perto, de quem não está.


34 - Uma característica tua:
aleatória e excentrica


35 – Decepções que tive em minha vida...
Não fui dar aula de pontugues no timor leste:(


36 - Lugares em que morei
São Chico (SC), Rio Grande (RS), Rio de Janeiro, São Gonçalo, Victoria (canada), e assim vai...


37 - Programas de TV que assistia quando criança
Não assistia tv, às vezes um desenho ou outro, como a caverna do dragão.


8- Programas de TV que assisto hoje?
Algumas séries q passam depois da meia noite.


39 - Lugares em que estive e voltaria
Todos! Adoro voltar... é sentimento bom.


40 - Formas diferentes que me chamam
ah, o clássico: Fah. No mais, tudo com fah: fahculdade, fahrofa, fahmelie, fah...

41 - Pessoas que me mandam emails quase todos os dias
A professora falando da pesquisa :P


42 - Comidas Favoritas
Favoritas... comida da mamãe, sempre! Com ênfase nos doces.


43 - Time de Futebol?
Depois da minha febre futebolística em 2007 pelo vasco, acho q futebol é chato!


44 - Lugar em que desejaria estar agora
Do outro lado da cidade.


45 - Espero que este ano eu possa.
Decidir o que eu quero pro mestrado.


46- Mande um recado pra quem te enviou:
:) te quero bem.

Aqui está o que você tem que fazer: - Por favor, não estrague a diversão. - Clique em Encaminhar, apague todas as minhas respostas e escreva as tuas. - Depois, envie isto a um montão de gente, incluindo a mim. Você descobrirá muitas coisas a respeito de seus amigos....
É sempre bom saber um pouco mais de quem se gosta!!! A teoria é que você vai aprender bastante sobre pequenos fatos de seus amigos e conhecê-los muito mais também. - Lembre-se... devolva à pessoa que te mandou.

sobre questionários

Nunca abro o e-mail do hotmail, hoje abri despretenciosamente e achei, como sempre, milhares de e-mails encaminhados. Abri alguns, e logo me deparei com um 'questionários', desses de muito antigamente, mandado pelo meu amigo Gustavo. Comecei a ler, e a cada pergunta lembrava da época dos meus 15 anos, e como consequência era um processo gostoso (e também de descobrir coisas em comum que eu pensei que não existia mais). Dentre as respostas dele havia esta abaixo, que foi suficiente para me convencer de fazer o questionário também:

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Coisas burocráticas para fazer na semana

- Escrever texto da pesquisa
- Aprimorar os slides
- Padronizar os slides
- Resumo do texto do trabalho
- Relatório de psicologia da semana
- Trabalho de psicologia para entregar na próxima semana
- Exercícios extras do cae
- Ler com mais frequência o Lucky Jim
- Preparar aula de revisão de sábado
- Fechar a preparação da questão de reading do clac
- Comprar umas coisitas básicas, como o trequinho do celular.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

intimidade



de quem está aqui.

Lua Cheia

Lua cheia no céu daqui. É tão bonito olhar o céu iluminado. Certeza que não vai chover nos próximos dias, certeza que noites bonitas virão independente do sentimento aqui dentro. Sou daquelas que me sensibiliza com estrelas no céu. Por isso que quando viajava para Minas, no terraço da casa da minha Tia Ana, olhava o céu sozinha por horas com toda aquela escuridão ao meu lado. Por vezes fazia poesia, por vezes tinha vontade de chorar, na grande maioria me sentia a garota mais feliz do mundo por entender o mistério de existir por alguns segundos. A noite consegue ser sempre irresistível.

domingo, 4 de outubro de 2009

Outubro

Este é um mês um tanto quanto inusitado na história de minha existência. No preâmbulo do que poderia acontecer, o que vai acontecer não estava previsto. É que minha vida não é mesmo previsível como uma couve-flor. Os acontecimentos tomam conta de mim de forma surpreendente e não tem como,às vezes, eu dominar nada.

Assim, dou início oficial ao mês de outubro querendo chegar ao final dele com uma idéia mais nítida de como serão as próximas expectativas.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

CCBB


parte de mim

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Falando em amor...

Chico Buarque - O meu amor


Pra mim essa é uma das mais belas canções de amor. Música composta para a Ópera do Malando (em 19-- e antigamente). O sucesso aqui de Chico foi juntar a questão romântica com a carnal sem ser nem de longe vulgar.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Amor nos tempos de gripe suína

Fico pensando nesse título, apesar de não ser dos mais bonitos, relacionando com o 'amor nos tempos do cólera' do meu mais que querido Gabriel Garcia Marques. É que amor é aquele algo que sempre é presente, e é sempre muito discutido, mesmo pelos que 'não acreditam'. Eu mesma vivo criando novos conceitos de amor, tentando mensurar os porquês de relacionamentos e os limites que levem um ao outro.

Dos meus livros favoritos tem Febo, onde Platao descorre sobre amor. Dos meus poetas favoritos, tem Camões, que vai trazer o amor carnal para a poesia. Dos meus filmes prediletos, tantos, e tratam de relacionamentos amorosos. Livros então, perco a conta, e está lá eu buscando o amor. Claro, dos meus contos prediletos "Amor" da tia Clarice. Das músicas, amor, amor, amor.

Nos tempos de gripe suína o que me cerca mais é o amar. O amar dos outros, o amar dos adolescentes (que incrivelmente dramático e com jurar de amor eterno que acabam em uma semana), o amor que é internético,com declarações por testemunho, através de fotos no orkut (orkut esse que serve de 'começo' oficial de relações, já que é ao mudar o status ali que se assume para todo 'público' o novo ser amado.)

O que sei do amor nos tempos de hoje é que ele está em todo lado. Tem muito amor, e é difícil se manter solteiro(a). Digo isso porque a distância é colocada de lado através da bendita internet (e mta força de vontade). Logo,tanto conhecer novas pessoas,como aprofundar laços com alguém que normalmente (nos tempos de antigamente) só veríamos uma vez da vida ficou tremendamente facilitado.

Em todos meus devaneios não cheguei a qualquer canto seguro. Talvez seja essa a graça de falar de amor, a sensação de insegurança de se estar falando do que não se consegue depreender com a razão. E nada mais conveniente do que perder a razão com o amar.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Quinta da Boa Vista

Quando era pequena, lembro de muitas vezes ser levada na quinta da boa vista, seja pela escola ou pela família. Voltar lá sempre tem aquele quê de nostalgia gostosa. Esse domingo, apesar de ter tantas outras opções do que fazer na agenda maluca, fui encontrar os 'amelísticos' na Quinta. O quintal de Dom Pedro foi palco de uma nova edição do picnic realizado pelos representantes cariocas da comunidade "Prazeres Amelie Poulan". O povo chegou atrasado, chegou meio na primeira marcha, mas com o tempo a coisa foi fluindo do seu jeito. Eu na minha versão menos tímida possível (tentando, tentando), tentando sair um pouco de dentro de mim e de meus devaneios quando me encontro com pessoas que não tenho muita intimidade. Mas, ao final, tive sensação boa de dia, apesar de ter me arrependido de não ter ido assistir um filminho depois, e também de ter levado mó bolo do meu próprio ônibus (que passou e não parou pra mim).

Na verdade não foi só o ônibus que passou por mim e fingiu que não viu. O problema é que tem ocasiões que as pessoas não percebem que deixam as outras totalmente. Falta sensibilidade. No entanto, com os amelistícos a tarde serviu para eu exercitar um pouco da minha, do meu tato, da minha tentativa de ser social. E sabe que até q fui... (eu acho).



Juro que voei

Voltando de ônibus, sem olhar que horas eram, puxei a cordinha no momento certo. Levantei, me dirigi até a porta e então o absurdo aconteceu, eu voei. O ônibus passou em um buraco ( estando rápido do jeito que estava), me fez flutuar. Eu ri, como criança, como não tinha feito o dia todo. O motorista me observou pelo retrovisor e lançou seu olhar de desculpas. Mas era tarde, eu já tinha voado. Me senti tão insegura, senti certo medo, mas não posso negar, foi terrivelmente bom.

domingo, 27 de setembro de 2009

eu sei

Ai, eu sei eu sei. Devia ser mais fácil, eu sei. Mas a mente humana é capaz de tudo para se boicotar. E nos boicotamos. Desculpa a quem ofendi, e não desculpa para mim mesma. Sei que sou rígida. Mas faço tudo pelo engrandecimento humano e pra poupar falta de carinho.

Da graduação


Eu estava tensa pq talvez aquele podia não ser o dia. Então, meus pais me aniquilariam com olhar. Fui feliz, era o dia. Sentamos no auditório, sem saber o que esperar, todos. Atraso, comentários, o início. Momentos emocionantes, confesso que quis chorar me identificando com o sofrimento alheio (eu ando uma bobobo pra choro), até que chegou minha vez. Uma frieza na alma, fui, assinei papel, fiz discurso super politicamente correto. O que há em mim, me perguntei intrigada. Cadê emoção em mim que não vejo. Uma nuvem passou ali e levou todos aqueles anos de faculdade com ela. Agora tenho de encarar o novo rótulo de jovem adulta e também as responsabilidades aleatórias, como a de ganhar dinheiro.Mas o que eu quero ganhar vai além de mim. Vai além de minha vontade. O que eu quero ganhar não tem forma, não tem cor, e só pertence ao futuro. Terminou, continuei entre os corredores da furg (ato falho, digitei furg ao inves de ufrj), sozinha, dentro de mim,pensando... Pensando na saudade que me deixou com ar de melancolia visível. Mostrava uma felicidade limitada, que parava ali aonde minha mente alcançava. O coração batia em outro ritmo e dizia 'nao' pra mim mesma. Era isso... Era só saudade do início de tudo.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

formando

Tenho de me preparar pra minha colação amanhã. Ficam me cobrando 'q roupa vai', 'que hora vai'. Realmente não sei. Sei de nada, e de fato tenho tantas pequenas outras preocupações em destaque na minha mente perigosa que essa colaçao surpresa poderia até dispensar. Mas estarei lá, estarei feliz por simbolicamente ter o canudo na mão. Como não sou pessoa de Glamour mesmo, beca ou nao beca não me faz diferença. O que diferencia mesmo é o fato de ter minha vidinha, meu trabalhinho, meus pequenos prazeres que tiveram toda sua raiz na questão acadêmica.

O que eu faço não me define. Defino o que faço porque gosto muito disso. Ensinar, aprender é sempre minha especialidade. Não tenho tanto tempo com o inglês, e levando em consideração que era aluna nível 0 em 2003, agora estamos em 2009 e ensino inglês, isso é pular muitas etapas dentro do esquema ensino-aprendizado de línguas. Fico feliz que de certa forma me encontrei nesta pequena rotina de ensino. Claro, muitos sonhos estão na espera, como o sonho da literatura. Mas o que tenho agora me deixa até satisfeita. Porque acima de tudo eu tenho 'carinho', de todas as direções.

Esse blog acompanhou muitas e muitas sagas da vida de universitária fahlida. Agora acompanhará as novas aventuras de jovem adulta falida. Que em breve estréia um novo capítulo de jovem adulta bem-sucedida :P

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

invisível

Uma pessoa imperceptível no mar da existência. Olhando pro lado dentro do ônibus notei que ninguém me notava. Notei que eu não notava ninguém. Sai de dentro de mim e procurei olhar os outros ao meu redor: ninguém me notava. Todos em suas vidinhas, seus pensamentos, seus lamentos, suas recordações. E eu as invadia com meu olhar que não passava da parte superficial da indiferenças deles.

Voltando na van olhei as mulheres que iam a algum lugar comigo. Só mulheres e um homem com uma criança no colo. As mulheres aquela hora na rua, voltando de seus trabalhos, cansadas. Quantas vidas... quantas vidas preciosas indiferentes por aí. E a minha mais indiferente de todas.

I'm just a little person.

"Language is wine upon the lips."

Virginia Woolf

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Paris

colação

Na segunda pela manhã me ligam avisando: "Fabíola, sua colação de grau será nesta sexta, às 10h no auditório G1". COMO aaaaasssim tão rápido...

Avisei pra família, "limpem sua agenda na sexta pq sua filhinha vai se formar", antes isso do que "sua filhinha vai se casar" (deusmelivreeguarde).

comida chinesa

Não suporto emails encaminhados. E tem um agravante quando eles tratam de esteriótipos baratos ou tentando levar a uma interpretação superficial de algo. Minha indignação se dá por conta de um email que recebi no meu hotmail tratando de fotos de açougueiros chineses fatiando cachorros. Quem vê pensa "nossa, que chineses cruéis" (pq as fotos são cruéis), ou "asiáticos são carniceiros". O email não fornecia nenhuma informação, como lugar que foi tirada a foto (de repente nem na china), quando, o porquê. Mas as pessoas de mente fraca que vêem aquilo vão criar até inconscientemente uma repugnância contra aquele povo.

Aqui do lado ocidental é comum nos admirarmos como eles comem DE TUDO. O que não refletimos é que eles passaram por grandes guerras, grandes períodos de fome total, algo que nós, como brasileiros, nunca passamos.

Só espero que as milhares de pessoas que vêem e repassem esse email pensem um pouco e não julguem a torto e a direita as imagens que vêem.

domingo, 20 de setembro de 2009

dia de amélie

É sempre uma alegria muito grande quando meus amigos visitam minha casa. Isso me lembra de meus bons tempos de amizade em SC e até RS nos quais meus amigos iam frequentemente a minha casa. Aqui no RIo, por tudo ser um tanto longe e eu morar mais longe que a média, quase nunca alguém me visita. As pessoas não sabem o quanto fico triste com isso (já que, mesmo morando longe, as minhas amigas sempre adoravam me visitar).

No entanto, tem o tradicional aniversário que permite a ilustre visita. E deste vez, com a temática Amelie Poulan (improvisada por mamãe). Já tenho até o tema para o próximo, Chihiro eheheh E assim vai...

Novamente tivemos a karaoke party, mas sem mta novidade em termos de repertório por questões de falhas técnicas minhas. Eu tb tranquei minha família fora de casa, ao bater a porta e deixar a chave lá dentro. E assim foi a tarde toda até q o chaveiro chegou e abriu a porta com grampo (de cabelo) e cobrou 80 contos de réis pela habilidade dele.

Enfim, muitas emoções nesses 24 anos. E o melhor de tudo é que esse foi o meu melhor aniversário de mto tempo...

sábado, 19 de setembro de 2009

dia de botequim informal

Botecagem com o pessoall do trabalho. Uma verdadeira reunião informal que contou com a presença de poucos, porém o suficiente pra fazer a noite boa. Comecei abrindo o bar com Lívia e nosso mundo de segredos e reflexões, terminei fechando o bar com Bia e nosso mundo de histórias e aventuras. O noite terminou as 2:30 am!

Dos comentários engraçados, a minha amiga da secretária do trabalho levou a amiga dela, que comentou "A Fabíola gosta muito de sair", a minha amiga, me conhecendo, disse que não, entnão ela responde "Se ela não sai ela deve ter muita vontade de sair". AHAHA Não, eu não tenho muita vontade de sair pela noite, mas bem que gosto às vezes :D

Com esse dia vi que não só minha vida mudou muito, mas também eu mudei muito. Mais flexível, não deixando de lado algumas premissas. Todos tipo de festa posso ir, ou posso escolher simplesmente ficar em casa vendo filme (tem certas coisas que não mudam). Mas o principal é que não importa o que você faça, mas com QUEM vc faz determinada coisa.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

o 18 de setembro

O dia começou com um abraço inusitado no meio do shopping da barra depois do show do blue man group. Meus companheiros de show e minha grande amiga Renata. Simbolicamente tinha de ser com ela que deveria passar as primeiras horas (e muitas horas) do meu aniversário. As confidências da madrugada até a manhã de café da manhã preenchedor, além de muito carinho, foram sempre interrompidas com ligações de uns, mensagens de outros.

Ao chegar na faculdade, tinha de terminar a pesquisa para apresentar as 14h. Logo encontro Sue e ficamos escutando Iggy Pop na salinha do clac. Depois de matar saudades da sereia, finalmente me concentrei no bendito trabalho e me dei de presente ele quase pronto. Reunião de orientação do clac, apresentação de trabalho, Isis e seu carinho. Logo uma ligação no 485, a surpresa "parabéns pra vc" em coro, era do trabalho!!! Aquele povo me deixa com sorrisão no rosto. Então, praia vermelha, rio sul, comida, jorge nelson perdido, e assim foi até chegar a hora da aula de Psicologia II.

Ligação do dia: Lívia Maria! Com a nossa cumplicidade peculiar (e invejável), aquela ligação se tornou bastante especial para minha noite (já que estava de tal forma cansada que não conseguia raciocinar direito). Ela e suas notícias bombásticas, e eu com minha chantagem emocional. Nos nós merecemos tremendamente.


Volta pra casa, onibus do meier que passa na praça XVI com JN e Ziziz. Barca que aumentou pra $2,80, volta no 515 vazio, uma música, um silêncio dentro de mim. Estava buscando uma palavra pra expressar aquela quantidade de energia, de vida, de partículas de felicidade que tinham passado por mim neste dia. Não saiu palavra, saiu uma pequena lágrima ao observar o quanto estou realizada este ano com os melhores amigos, os melhores trabalhos, os melhores amores, os melhores pais, os melhores dias.

Ai, minha vida! Agora tenho certeza que é MINHA.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

o limite

Eu quero de presente de aniversário uma pesquisa nova. Uma assim, com literatura, morro dos ventos uivantes e coisas q gosto tanto tanto,até quando não tenho mais paciência pra nada. Quero 'of mice and men', quero Oscar Wilde, quero distopia.
Não aguento mais pedagogisses e gramatiquices baratas. Quero o que me apetece mais em letras, o que me apetece mais desde que era pequenina. Senão, curso outra coisa, afinal sem literatura letras pra mim não tem motivo de sê-lo.

No meio tempo, me enrolo, não começo o que tenho de fazer, fico me martirizando com o dever não cumprido. E 18 é o limite de tudo, é quando algo de bom (ou útil) tem de ser apresentado. Só que não consigo parar de pensar que quero alguma outra coisa...

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Preciso pensar. Parar nessa correria toda e sentir.

Aniversário, chega logo!

sábado, 12 de setembro de 2009

esses dias de setembro me pegam de jeito

Forever Lost da minha banda indie predileta: Magic Numbers!

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Postagem educacional

Estou na Faculdade de Educação da UFRJ. Primeira vez na vida que ouvi falar de laboratório de informática por aqui. Vim conferir, já que teria eu 1h sobrando (teoricamente) na minha agenda.

Agenda complicadinha essa. Pesquisa pra entregar, amigos pra sair, aniversário pra pensar. O que eu sei é que setembro está voando...

E a programação teorica de aniversário é:

17 - blue man group com Tex e cia
18 - Aula e talvez lapa por uma horinha
20 - Saida em Nikiti em algum lugar de São Francisco pra celebrar com o povo do trabs.
21 - Reunião aconchegante em minha choupana com quitutes de mamãe, karaoke, e algum joquinho.

E eu ainda pensando em agosto, ou melhor, se me permitam o trocadinho, no desgosto de agosto.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009


As coisas podem não ser como se esperava. Os olhares podem não ser aqueles correspondidos, mas nós sabemos bem como contornar esses grandes questões de desentendimentos com a nossa própria vontade. Nos entregamos a pequenos prazeres do cotidiano, e num sorriso pequeno, mas significativo, buscamos seguir em frente e esquecer aquela sensação de se querer o que não se pode ter. Creio que sabemos bem enganar a nós mesmos, mesmo quando quase não resistimos cair no mesmo pecado que construirmos para nossa própria cilada. Vemos que a solidão não está em se estar sozinho, mas em estar cercado de tão pouco significado nas coisas simples, e aí vem a dor pequena de não achar graça na ternura que nos cerca de repente.

A procura é por uma coisa só, um momento só, um momento de profundidade e honestidade com a nossa alma. A luz que nos cerca de serenidade fica mais forte dentro da gente quando reconhecemos as bobagens que fizemos e, logo que imediatamente, nos perdoamos porque sabemos que errar pelo que acreditamos é totalmente válido, é sentimento bonito. Aí vem a poesia da procura, do outro que nunca virá, da nossa emoção que inunda a madrugada a procura de uma solução. Teremos de ir para Pasárgada, para Terra do Nunca, para algum lugar assim, que não existe para Sentir. O nós está cortado ao meio e não tem super-bond que cole, e todos nós sabemos bem quando isso acontece... O vidro partiu, e tudo que queremos é tempo para juntar os cacos de nossos próprios pensamentos.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Da cumplicidade

Um pequeno sentimento de carinho pode mudar o dia. O dia às vezes pode parecer com uma supercialidade igual da tampa de uma garrafa, isso se não fosse a cumplicidade.

A cumplicidade que se cria em uma amizade nova é inestimável. Das antigas, tem um gosto doce que nunca enjoa, como chocolate. Sabe aquele sensação saber o que o outro quer, descobrir que se gosta das mesmas coisas, ou de dividir as coisas preferidas, o conhecimento, o sorriso. De rir das mesmas coisas, apesar de outros ao redor não achar graça, de criarem suas piadas internas, de nunca se chamarem daquilo que não gostam de serem chamados.


Um amigo chegou agora e me mostrou uma música no youtube. Era um canção urdo muito bela dentro de sua cultura. Eu fiquei curiosa e, apesar de nada entender, maravilhada. No entando, o que mais me maravilhou foi a singela frase que ele disse, que se sentia como me abrançando e chorando nos meus ombros. É uma intimidade inestimável. E eu só pude dizer: realmente eu estava muito triste hoje, apesar de não aparentar, e agora tenho motivo pra dormir feliz.

Em outro momento, a amiga que só quase que nos falamos exclusivamente pela internet me pergunta do final de semana, sabendo já o que eu tinha feito. E dividi aquilo que tava ali me incomodando. De certa forma, só queria ser escutada com profundidade. Só queria ser escutada com intensidade.

Outra questão da cumplicidade é quando você quer dividi-la muito com alguém. Ai, saudade de Lív Mary... Como queria vê-la e ter nossa conversa reflexiva costumeira. E sentir essa falta inexplicável de alguém preenchedor, afinal isso prova o quanto certas pessoas tem uma marca profunda em nossa existência.


Tudo que queria era me sentir melhor, como uma nuvem quando bate o sol.

domingo, 6 de setembro de 2009

Bonnie Tyler - Total Eclipse of the Heart



Esse é um dos filmes mais psicodélicos dos anos 80. È tanta informação visual, mas o que podemos inferir com certeza é que a prof sofreu 'aquela' decepção e começou a delirar na soneca do meio dia. Vai dizer que não...

sleeps with butterflies



Sempre gostei dessa música. No entanto, quando a escutava não entendia bem. Logo, prestei atenção maior para saber do que se tratava de fato, afinal não gostava daquilo que entendia. E então vi que essa era uma canção com uma letra bem free spirited do jeito que me apetece.

"I don't mind
I don't hold on
To the tail of your kite"

setembro

É mto engarrafamento nesse feriado.
Quinta chegando 2h da manhã em casa. Sábado passando o dia fora. Feriado... Não sei quando terei o dia pra ficar em casa, de pernas pro ar, assistindo um filminho. Enfim, também não reclamo pq até no engarramento me divirto (com Isis). Sempre com as meninas, bem diferente de setembro passado, nuvem na minha existência. Agora sim, um setembro de verdade. Cheio, corrido, tendo que cortar eventos de tanta coisa que surge.
Isso é pra lembrar a mim mesma que quando tudo está perdido, tem sempre bar do meio!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

últimas notícias

Um hino mal cantado por Vanusa gera grande reação pública, uma professora rebolando pelo youtube é demitida e vai para os programas sensacionalistas pra aparecer, Madonna está doente - quase morrendo segundo Bia, whitney tá de volta depois de anos no limbo.

Por enquanto, que eu saiba, é só.
Agora quero conferir as 'notícias' no youtube.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

between bars

versão de Madelaine Peiroux



Versão original de Elliott Smith

Finalmente acabou agosto...

E eu com essa sensação de nada dentro de mim. É aniversário chegando, sei que tenho de celebrar um ano a mais nesse quebra-cabeça de mim mesma. Um ano depois de descobrir que não há super-heróis para te salvar de nada. Um ano depois de perder esperança completamente e retoma-la toda denovo em um piscar de olhos. Um ano depois de perder e ganhar amigos. Um ano depois de perder e ganhar alma.

Anos atrás falava que Neto perdia sua alma. Ano atrás fui eu. Agora não posso reclamar de solidão, não posso reclamar das minhas ocupações, não posso reclamar do meu sossego. Tenho minha pasárgada, finalmente. E ela é só minha. Minha e só. Deixa eu e o silêncio tomarmos conta de tudo. Deixa assim, porque tentar romper com esse equilibrio por mim imposto é romper comigo mesma.

Acabou agosto... Agora tenho de começar a pensar no Festival do Rio, em aniversários, picnics, clarice, toda sorte de amigos. Porque setembro é o tempo que menos penso em mim.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

dia especial

Relembrando a adolescência em São Chico, a amizade de Carol, as loucuras de Renan, inda de bicicleta pra escola com Tacyla,o clube do bolinha, Beto, Juli, Carol 'ne', Tibúrcio, João, Fernanda, Halan F, Dani, Paulo e... Gustavo. 

Porque a idade de ouro tem de sempre ser relembrada.

domingo, 30 de agosto de 2009

29

29 de agosto aniversaria uma persona muito especial em minha história de vida amorosa: meu primeiro namoradinho. Tinha lá pelos 14 anos de idade quando nos conhecemos, mas somente dois anos depois ficamos juntos. Neste ínterim houveram muitas histórias envolvendo nós dois. A grande maioria delas se relacionava a algum desentendimento, seja por opinião diferente, seja por atitude mútua que não gostamos, ou por ciúmes reprimido.

Todas as professoras gostavam de nós dois juntos, tanto que certa vez discutimos relação em plena aula de direito (com a professora mais chata), e ela não nos chamou a mínima atenção. Ao contrário, ao final, me vendo sozinha na sala (porque ele havia saido na frente pra encontrar a menina dele), ela me pergunta se estávamos namorando. E eu, totalmente desconsertada, disse que não. Ela completa "vocês fazem um belo casal, deveriam estar juntos". Ao sair dali, encontrava ele com a moça que eu nao tinha coragem de dizer para ele largar para estar comigo.

Era muito orgulho para duas pessoas só. Se algum amigo nosso ficasse só conversando comigo, ele fechava a cara. Se ele ficasse de trela com as meninas do primeiro ano, eu fechava a cara. Contudo, ninguém assumia publicamente o tal sentimento. Mesmo com toda a problemática, ele foi a única pessoa que me visitou quando tive catapora (é, tive catapora com 15 anos), sem saber ao certo se ele tinha tido ou não, e ainda levou seu cd favorito e sua coleção de revistas do Spaw. Além disso, passou a frequentar meu bairro, o grupo de jovens da igreja, e com isso ele me conquistava inconscientemente.

Dia 17 de maio de 2002 descobri que me mudaria para Rio Grande no meio do ano. Foi aí que eu não pude mais negar pra mim mesma, eu queria estar com Ele. Desfiz o que tinha com o meu moço, no mesmo dia que ele desfez tudo com a moça dele, mas sem sabermos isso um do outro. Nossos amigos em comum tentavam apaziguar o moço e a moça largados na praça, enquanto nós dois pensávamos um no outro (e nem sabíamos).

Faltando um mês para que fosse embora, no dia do final da copa do mundo entre brasil e alemanha, finalmente, o primeiro beijo. Meio atrapalhado, meio tímido. Mas o primeiro beijo, e era 'nosso' beijo. Ele, educadamente diz "senta aí" e eu, mto docimente: "que foi, hein". Não acreditava em romantismo pra gente, mas romantimos é mera convenção quando se verdadeiramente gosta de alguém aos 15 anos.

A partir dali não nos importávamos com a opinião pública, com o tempo limitado que nos restava, o quanto nossos 'ex-pares' iriam nos odiar talvez por tal troca. O caso é que se alguma vez acreditei em destino, foi quando vivenciei cada momento, mesmo que raro, ao lado dele.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

de pesquisa, traição e um algo mais

Essa semana estou incubida de escrever o primeiro rascunho da minha apresentação na anglo-germânicas. No entanto, o máximo que consegui escrever foi o abstract (e olhe lá). A questão de inspiração é séria. Parece que não acho significância em nenhum dos meus pensamentos em relação ao assunto pesquisado. Não veio aquela luz, aquela ideiazinha bonita.

Enquanto isso, vou escutando as últimas de casa. Meus pais discutindo quem trai mais, homem ou mulher. Dá pra ver o sexismo presente até nisso: mulher trai mais. Isso pq o homem que tem a fama de ser 'galinha'. Mas ah, mulher trai mais. 'Porque o homem é safado mesmo, faz porque é induzido pela mulher'. Tenho que rir e tentar a voltar minha concentração pro 'humor é coisa séria'.

Será que só eu vejo que a questão de trair ou não trair vai de cada ser humano e sua história e não de gênero: homem ou mulher. Aí minha irmã liga esbaforida dizendo que viu uma vizinha casada na escada com outro alguém. Primeiro, falta de criatividade: escada do próprio prédio. O que minha irmã fazia descendo pela escada... Quando o elevador está duvidável ela toma rota alternativa.

O principal da história toda é que, como dizia meu avô, cada um carrega sua cruz. Terei eu de enfrentar minha irresponsabilidade na sexta. A moça e sua escada terá de enfrentar a dela. E meus pais e suas questões as deles.

necessidade passageira

Preciso baixar as temporadas de Ally McBeal, principalmente a quarta temporada!!!

(Isso pra não ficar madrugando todas as noites assistindo FoxLife).

ai, minha vida!

domingo, 23 de agosto de 2009

little darling... here comes the sun

O domingo foi o mais divertido nada ever. Fazia tempo que não ficava cá com meus botões, sem agonia constante de trabalhos e etc. Tá, eu tinha pesquisa pra escrever, mas ah, deixa pra manhana, afinal só por hoje eu queria sonhar um pouco.

E foram tantos mundos visitados. O meu próprio cultivado com coisas bobas: musiquiinhas, leituras lights, poeminhas, tudo tão 'inho' e sutil. Uma amiga mostrou uma carta de amor que ela fez, e me deu uma saudade de escrever assim, por puro amor. Ou então, como nos meus tempos de adolescencia que escrevia carta de amor por encomenda :P (creio q eu quero mesmo é escrever, sem motivo algum. De preferência por bons motivos).

Isso é tão 'eu'. Comer cuz-cuz, cantar músicas alternativas, nao reparar que minha irmã pintou o cabelo, beijar papai e mamãe toda hora q vou na sala, escrever no trivialidades blog qdo estou inspiradinha só pra não esquecer...

funny little frog



mto fofo! E stuart dançando é uma graça. Um dos meus clips prediletos de Belle and Sebastian. (eqto isso vou enrolando pra começar a escrever a bendita pesquisa) 


"I don't dare to think of you,
In a physical way,
And I don't know how you smell,
You are the cover of my magazine"

what is priority one in yr life?

Eu realmente gostaria de poder responder essa pergunta, mas...

sábado, 22 de agosto de 2009

Alguém vai casar

Hoje, voltando para casa, adentrando meu formoso condomínio, encontro Marcelinho, filho do meio da família que foi nossa vizinha desde lá de São Chico (acho que desde 1999). O filho mais velho e eu sempre fomos apontados como possível casal na época. Ele namorou uma amiga minha (que antes de ser minha amiga tinha ciúmes de mim), e de fato, apesar das famílias até discutirem possível namoro (o pai dele sempre cutucava o meu em relação a isso), nunca comentamos ou nos inclinamos mutuamente nesse sentido. Apesar dele ser extremamente tímido, muitas amigas minhas eram caidinhas por ele. Jogávamos o War, Banco Imobiliário, Jogo da Vida, baralho às vezes, e a isso se resumia nossa amizade. Às vezes conversávamos sobre coisas ao nosso redor, e ele por vezes me comentava do que minha mãe falava de mim no alge de meus 15 anos. E ainda lembro que nos primeiros dias que cheguei em São Chico (1997), eu o conheci numa festa de aniversário e brincamos de pique-esconde juntos e, por coincidência pura, na semana seguinte descobri que iríamos frequentar a mesma sala da catequese.

O filho mais novo, que na época de criança gostava muito de ir lá na minha janela conversar comigo, apesar da pouca idade. Sempre brincava muito com as crianças na época, e Marcelinho, em especial, considerava como meu irmão mais novo. Certa vez, ao descobrir que gostava da música "Last Kiss" do Pearl Jam, ele trouxe a letra impressa para mim (claro, pediu ao irmão). Então adetrando o condomínio, depois de tempos sem vê-lo me diz que o irmão casa em outubro. Depois de confirmar que eu estaria na lista, me confessou agora mesmo, de forma sutil e surpreendente, que, naquele tempo, ele sonhava que eu me casaria com o irmão dele.

Alguém irá se casar...

Não pude evitar a colocação:

Vamos embora pra Paquetá. Pq a Pasárgada fica muuiiiito longe.


:P

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

"Three things in human life are important: the first is to be kind; the second is to be kind; and the third is to be kind."

Henry James

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

mp3 e alguns números a mais

Esqueci o mp3 em casa hj. Como pude esquecer, na pressa e na vida automatica, algo tao importante? Essa é a pitada de arte no ir e vir de intermináveis ônibus. Tantos números, 143, 535, 408, 409, 515, 516, 403 38, 38A, 46, 22... E fica tudo contado assim, sem a pitada de graça e mágica e imaginaçao nas coisas simples, às vezes. As pessoas falam comigo no ônibus, eu falo com elas. O motorista me deixa na porta de casa, me dá "xau", me recebem com beijo no trabalho, me abraçam com ternura perto do xerox. E eu... o que faço, senão o esboço de um automático sorriso? Faltava algo. Faltava, definitivamente, algo...
Agora tenho 2 fios pra carregar o mp3; mas o esquecendo em casa, não tem serventia nenhuma ter dois fios! E como sinto, cade vez mais, a necessidade de tê-lo comigo. Ando até repensando um regime de mp3 por conta do vício que se vislumbra.


Vou escutar belle and sebastian. Esse bando de escocês me entende, ao menos.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Página em branco

O dia foi como uma grande página em branco. Nada se sucedeu, nada se instalou, nada se provocou, nada adiantou. Um branco vazio e extenso. Queria ser mais útil às vezes. Queria ser mais bem lembrada, queria que minha irmã me perguntasse 'como vc está', assim como pergunto 'vc está bem' todos os dias. Creio que ela nunca tenha percebido isso. Lástima.

Às vezes não há pedagogia da educação que salve. Minha mente um grande vazio a espera de ser preenchida com as bobagens que assisto (na tv). Mesmo assim são essas bobagens que unem ela a mim. Mas ela continua distante. Ela é sempre um desafio. E me faz sentir tão em branco, como a folha de sulfite que caiu bem aos meus pés perto da máquina de xerox.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

o segredo da madrugada

O segredo da madrugada é a honestidade. Nos revelemos nós mesmo e nos desaceleramos em busca de uma compreensão de nossos próprios temores. Conversando sobre relacionamento com um grande bom amigo, ficamos tentando entender nossas próprias questões inseridas em uma sociedade contemporânea com uma complexidade incrível. E aí surge a primeira questão, seria essa complexidade atual, ou já viria de tempos? Será que não seria a velha contradição humana já apontada por Machado de Assis no início do século passado, só pra dar um exemplo?
Aqueles pensamentos escondidos que guardamos, aquelas pessoas escondidas que guardamos dentro de nós mesmos, ou aqueles sentimentos que tentamos amenizar com boas desculpas furadas, o que fazemos com tudo isso?
E se não concordamos com o que é dito 'normal'? E se não queremos casar e ter filhos? E se não quisermos 'namoro'? Significaria isso não querer 'amar' e ser amado? E se a liberdade que nos atrai nos deixar cair em contradição ao primeiro ciúme, ao nos sentirmos tensos ao vermos que não somos o centro do mundo de ninguém? Por que será que na maioria das vezes os casos de amor atingem nossa vaidade e não o nosso coração?
Até onde vai o limite entre a fraternidade da amizade e a inclinação corpórea? Haveria amizade entre meninos e meninas na total pureza fraterna? Enganaríamos nós mesmo numa civilidade forjada em busca de nos acharmos superiores a instintos primitivos?

As questões da madrugada não param. E ao mesmo tempo é suficiente assoprar essa vela aqui (como no final do conto "Amor" da tia clarrice), e apagar as questões por agora, e ignorar todas essas questões ao decorrer do dia, ou do resto da vida.

Então terminarei com Oscar Wilde (na peça Salomé), uma frase que cruzei sem querer pela primeira vez e que me deixou com o que pensar:

"THE MYSTERY OF LOVE IS GREATER THAN THE MYSTERY OF DEATH"

domingo, 16 de agosto de 2009

dramas financeiro-religiosos

Essa semana vi de relance as questões de lavagem de dinheiro envolvendo o glorioso bispo Edir Macedo. Ao ver pessoas do meu convívio duvidar que isso pudesse ser verdade realmente entendi o porquê de tal Bispo continuar profanando o orçamento apertado de seus seguidores.

Igreja dá dinheiro, isto é fato. Logo, Igreja é comércio. Assim como a Cultura Inglesa procura a cada semestre angariar o maior número de alunos possíveis, bater metas e promover um ambiente ideal pra venda de seus produtos, do mesmo jeito trabalham as milhares de universais que em nome de um 'deus' eleito por eles como justo e misericordioso, mas que cobra dízimo para entrar no céu, arrebanha almas em momento de fraqueza em nome do puro lucro.

Espanta o diabo, cura doenças, afasta mau-olhado. Brincam com as superstições e com o medo da população em nome da coerção. Usam mais do que ninguém o nome de deus em vão, e dizem para o outro não fazê-lo. Sinceramente, não vejo lógica na questão toda. Apesar de entender a utilidade das igrejas, não entendo por que as pessoas se submetem a sacrifícios, a conselhos absurdos (como de ir para uma cura de doença e sair pior do que como chegou, ou vender carro, submeter filhos a pão e água porque o pastor falou).

Com o deus que eles pintam que proíbe, condena, reprime e julga, diria eu: “arrasta-me para o inferno” (aproveitando a deixa do título em cartaz no momento). E para os que confundem crítica ao sistema falido com espiritualidade, SIM acredito em deus. E esse deus, tenho certeza, não faz questão de letra maiúscula em lugar algum, afinal isso é mera formalidade.

anúcios sexistas

aqui

E há aqueles que duvidam que existia tamanho sexismo.

sábado, 15 de agosto de 2009

sem perder de vista

Escutava muito essa música por volta de 2005, voltando da faculdade, no ônibus sintonizado na rádio JB. Dava uma alegriazinha bonita.

Enfim, Zélia Duncan (que estava no show do Drexler :P) cantando Vi, não Vivi

dia bom

Realmente dia bom. De ontem, de hoje. Faz tempo que não me sentia assim. Primeiro, sexta, morrendo de rir com as palhaçadas aleatórias (boa parte por mim, com meu morango digestivo e a perla espanhola). Em segundo, sorrisos engessados em rosto de fah com seus novos aluninhos. Desde a mudes não fazia aula completinha assim. E me acabei de felicidade ao chegar ao final. Isis reparou de longe so sorrisão e perguntou o motivo de tanta felicidade. É, não soube explicar, só disse "sou feliz". E aquilo ecoou dentro de mim por mtos momentos. Não era um pergunta, não era uma questão existencial, era uma certeza. Me senti uma Mrs. Dalloway feliz (se é se isso é possível).
Não sei, é que eu adoro isso, adoro gente, adoro falar, adoro ensinar, adoro aprender. Eu adoro. Não tem outra explicação.

Mais sorrisos com traços de saudade. Mais sorrisos com família. Mais sorrisos com a calma que me preenche de ternura; um 'sopro de ternura'.

Ai, minha vida! Ela é minha mesma. E que bom :)

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Quote of the day

"The strongest of all warriors are these two—Time and Patience."

Leo Tolstoy

oh,so cute

unpack your adjectives :P

terça-feira, 11 de agosto de 2009

ARRUMAÇÃO de guarda-roupa.

Finalmente...

Na verdade me sinto mais do que simplesmente livre de uma obrigação. Sinto que fiz a coisa certa na hora certa. Organizei as apostilas, joguei fora um material que tinha ainda do fórum internacional de educação em Poa em 2004! Nossa, quanta poeira. Achei aquela homenagem linda que o povo da FURG fez pra mim, a carta com a assinatura de todos dentro de um canudo do tipo de formatura. Achei uns poemas tenebrosos antigos, joguei fora. Uns contos também, e joguei fora :P Tá, sei que deveria deixar de recordação pra mim mesma de "como escrevo mal, jesuis', mas me poupei disso.

Encontrei provas antigas de port, sintaxe. Esse era um dos assuntos prediletos do blog por qse um ano. Toda semana tinha uma questão com sintaxe. Perto das provas então, o inferninho. O problema é que de fato nao me dediquei tanto quanto eu deveria. Além disso, sintaxe foi meu port de fogo (e na UFRJ todos têm seu PORT de fogo, aquele que qse roda - ou roda). Achei aquelas apostilas de ingles antigas, todas elas. Tanta coisa né... Inglês I (becher), III (frota), IV (selma), V (aurora), VI (norma), VII (paulo e branca). E latim, e litport, litbras, teolit, litingle, litam e todas outras siglas q foram mais do íntimas minhas nos últimos 4 anos. Depois de 5 anos me formarei.

Mas ao encontrar o "neto perde sua alma", deu aquela lembrança boa de todos na véspera desesperados pra fazer o tal trabalho de teoria literária do chico bento. Ecos dos corredores da "FUG", das "pilaxtrax", dos trucos, das guerras contra engenheiros mecanicos, do canal #FURG, do CC, do laguinho (eu vejo elefantes brancos no laguinho), das aventuras maravilhosas (italiano indo correndo no caic me chamar pra eu encontrar despretenciosamente alguem na biblioteca). Lukita, Sasa, Danizinha, Italiano, Régis, Marinone - a Patuléia. Tantas expectativas, tantos debates, tanto falar mal de um, bem de outro. Tanto que nos gostávamos. Tanto que os amei que fiquei de coração partido em migalhas quando tive que ir embora. Fiquei arrasada que escondi deles isso por mais de semanas. Estava esperando a hora certa, que nunca chegava. E o fim do semestre se aproximava, todos os dias aquela animação, o estar juntos, as boas surpresas e piadas um com o outro. Sem dúvida nossa "idade de ouro". Vocábulos novos, idéias a flor da pele. Passei 2005 inteiro pensando neles 24h do meu dia. Isso é amor... E como nao me dei conta disso antes.

Nao deixarei meus amorzinhos da UFRJ com ciúmes, eles representaram (e representam) a fahbulosidade personificada em seres aleatórios que enchem meus olhos de brilho. Todos os dias eu sinto falta de nossos dias de fahculdade. Mesmo com toda fahdiga do mundo sempre tinhamos energia para boa conversa e... os joguinhos, 'detetive e assassino', tapão, até de mímica. Os recadinhos nas aulas, os apelidos, a intimidade. A bolha social, q se manteve unida até o fim (creio eu, pq eu pra variar tinha ido embora). Eventos sociais, picnics, parmes, aniversários diversos em lugares aleatórios. Jorshi, Sue, Tex, Lív Mary, Zi, Thatha, Thi, Dêniel, Solzita, Paulex, Gláucia pureza, Fabricio, e outros seres aleatorios (as vezes de verde e assediadores) que passaram por essa jornada inesquecivel rumo a amizade verdadeira. Hoje o Núcleo mantém as tradições da turma.

Sei lá, vamos nos separar será... Não sei o q acontecerá. Mas os quero muito pra mim. Os da FURG, os da UFRJ e os novos amigos ao longo da jornada de letras. E será mesmo q ser professora o resto da vida nos apetecerá, e será mesmo q 'seremos alguém'. Seja lá o que for, q os papos sobre cinema, livros e reflexões da vida nunca acabem.

Todas essas reflexões guardadas dentro do guarda-roupa. Tanto tempo... tantas pequenas nuvens de amor empoeiradas. E eu ainda reclamando da vida, vendo as boas recordaçoes, as boas cartas e as boas fotos. Essa é a prova inconfundível que cursei a melhor faculdade do mundo. Ao mesmo tempo eu procuro alguém pra falar disso, e estao todos com suas vidas. E aí, encontro aqui nesse blog o espaço pra explorar meus pequenos momento de catarse de arrumação de guarda-roupa esperando que fique o fiél relato da minha gratidão por primeiramente me aceitarem como pessoa, e em segundo, confiarem mtas vezes seus bons segredos.

"não me diga isso, não me dê atenção e obrigada por pensar em mim"

(nao sei como, mas essa arrumação está terminando com mta pieguisse, mas é a da mais pura)

bob dylan

Essa letra só me faz pensar q Bob Dylan é minha alma gêmea ao contrário.

Positively 4th Street



You got a lotta nerve
To say you are my friend
When I was down
You just stood there grinning


You got a lotta nerve
To say you got a helping hand to lend
You just want to be on
The side that's winning

You say I let you down
You know it's not like that

If you're so hurt
Why then don't you show it

You say you lost your faith
But that's not where it's at
You had no faith to lose
And you know it


I know the reason
That you talk behind my back

I used to be among the crowd
You're in with

Do you take me for such a fool
To think I'd make contact
With the one who tries to hide
What he don't know to begin with


You see me on the street
You always act surprised
You say, "How are you?" "Good luck"
But you don't mean it


When you know as well as me
You'd rather see me paralyzed
Why don't you just come out once
And scream it


No, I do not feel that good
When I see the heartbreaks you embrace

If I was a master thief
Perhaps I'd rob them

And now I know you're dissatisfied
With your position and your place
Don't you understand
It's not my problem

I wish that for just one time
You could stand inside my shoes
And just for that one moment
I could be you


Yes, I wish that for just one time
You could stand inside my shoes
You'd know what a drag it is
To see you 

 

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Não sou de admirar artistas, mas fases artisticas. Mas bob dylan tem sempre o que dizer e da maneira mais direta possível.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

ela Precisava mudar

Today's fortune: Do not fear going forward slowly; fear only to stand still



Ela parou. Olhou para trás e viu momentos que se esvaneciam com o breve respirar. Ela sabia que nada mais poderia ser o mesmo. Um ciclo terminava, outra vez. O ciclo da mesmisse,da pasmaceira, do sempre mesmo. Do esperar por algo que nunca chegava, por um vulto que nunca mais apareceria a porta. Eram manisfestações do passado, pequenos momentos degustados com toda intensidade de felicidade passageira. Ela procurava vingar a si mesma pensando nas coisas que poderiam ter sido. Ela pensava que ao alertar ao próximo daquele caminho sua consciência finalmente poderia descansar. Mas ficar ali, parada, sendo confundida com um outro vulto que tanta lutava por exorcisar, não poderia. Ela precisava mudar, no rumo qualquer que se avistava ao longe. E ela foi... Seguiu, ainda temerosa por aquele inóspito chamado 'novo'.

o Conselho

Dessa semana, e ainda mais de últimos acontecimentos, uma coisa tiro como verdadeira: temos que cuidar com quem nos aliamos ou brigamos. Porque a mesma força que nos defende é a que irá contra nós.

Eu digo, as pessoas não me acreditam.

domingo, 9 de agosto de 2009

a Bagunça

Vida, vida minha. E o que será dessa arrumação que nunca termina. Há aquela metáfora do guarda-roupa que ao abri-lo vc tem a exata configuração da sua vida. O meu faz tempo que não arrumo o mais mínimo centímetro. As coisas velhas, passadas e desatualizadas continuam em destaque a as novas amontoadas em um canto, espalhadas, se perdendo e se misturando com tudo um pouco. Tem coisas que nem entram, já pra nao contribuir com a bagunça toda.

Continuo no intuito de melhorar isso. Mas só intuito não muda nada de lugar. As duas mãos tem de se mexer e eu tenho de colocar de uma vez por todas na minha mente aleatória que tem sim muita coisa pra se jogar fora.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

o Retorno pra casa

Ao voltar pra casa ontem, muito cansada e mal-humorada, algo q não é nada de meu feitio, fui abordada pelo jovem menino vendedor de balas. Ele distribuiu no ônibus uma amostra para cada um, fez grande propaganda e eu, ao devolver minhas amostra intacta, fui indagada se não queria comprar "7 por 1 real para dar um moral pro vendendor". Disse que não queria. Ele insistiu para que que experimentasse a tal balinha, que seria muito boa. Refutei alegando que não gosto de balas. Ele olhou para mim com um olhar inexplicavelmente piedoso. Como pode alguém não gostar de bala? Nunca gostei, nem de pequena. De certa forma foi como se não tivesse graça na vida sem gostar de bala. Será que não teria? Não gosto de balas... E aquilo já ia virando uma questão, quando ao descer, puxo a cordinha com antecedência, e mesmo assim o motorista me deixa lá longe. Contudo, ao ver o sapatinho de nenê rosinha pendurado ali perto do motorista, bateu uma ternura tão grande que me fez perceber que a doçura está mesmo dentro de nós mesmos.

Não gosto de balas. Mas não me recuso degustar todas pequenas delícias do cotidiano. E depois de um dia exaustivo, isso faz toda a diferença.

domingo, 2 de agosto de 2009

noite dos clássicos :P

Tom Petty & the Heartbreakers - Free Fallin'




AND I'M FREEEE, FREEE FALLINNNNN'

The Outfield I Don't Want to Lose Your Love Tonight

easy like a sunday morning

faith no more e um clip curioso (pink flamingos)



Essa música marcou minha adolescência, até porque parecia uma música romantiquinha, e na verdade era... "easy like a sunday morning".

papai :)

Foto de Infância:

1) Listar tudo que tem na foto:


Lista de seres e objetos

- Papai
- Sofás
- Almofada florida
- Duas bonecas
- Um milho de plástico
- Um pepino de plástico
- Três pinos de boliche
- Um mini-engradado de coca-cola
- Um palhaço amarelo-gordo de plástico
- Peças de quebra-cabeça
- Um cone pequeno e branco
- Bermuda azul
- Bermuda branca e rosa
- Blusa listrada branca e rosa
- Parede
- Chão

2) A lembrança que trá a foto (usando todas as palavras listadas):s

Lembro-me vagamente do dia desta foto. Era um domingo (se não era de fato seria um dia típico), e pela manhã tinha papai sido um carrasco nos assuntos escolares e pela tarde desfrutava comigo do júbilo do merecido descanso naquela sala de piso de madeira e paredes brancas, com um sofá que nunca soube a cor direito, além da almofada florida. Uma bagunça de quebra-cabeças pelo chão e improváveis três pinos de boliches em pé assistindo tudo, com duas bonequinhas encostadas no sofá. Na minha mão, um milho de plástico que deve ser da mesma horta do pepino de plástico ali perto, próximo de um palhaço amarelo-gordo do qual não me lembro de forma alguma de um dia ter sido meu. Havia um pino branco encaixado em três dedos do meu pé, esbarrando num mine-engradado de coca-cola. E o principal, meu pai, com seu típico short azul, e eu, na minha blusinha de listrinha rosa e branca de conjunto com o short. Não lembro exatamente do momento em que fomos surpreendidos por mamãe tirando essa foto, mas sei que olhava pra ele com um sorriso estalado de ‘você é o melhor pai do mundo’, me encostando diminuta no abraço confortante, com minhas perninhas dobradas apoiadas na dele. Papai com a sola do pé sujo; eu com aquele corte de cabelo horrível (tão comum na infância); e ambos sem olhar para a câmera. O resultado, a multiplicação de sorrisos só de olhar pra foto.

Oficina OLIPO - 10/05/2006

sábado, 1 de agosto de 2009

o Relógio

Hoje resolvi me livrar do relógio. Desde que coloquei no pulso, não conseguia me livrar dele. Ele me controlava totalmente, aonde ir, que horas ir, o porquê de ir. Ele me hipnotizava, e mesmo vendo que não era isso tudo, não tinha forças de tirá-lo dali. Hoje estava sem relógio. Cansei de me ver de vítima de sua frieza digital. Busquei a libertade que só eu podia me dar, olhei para o pulso e pensei de relance que já não havia espaço pra ele ali. Tirei, escondi ele de mim mesma, o desdenhei totalmente. O melhor é que quando queria ver a hora, podia perguntar pra quem estava ao lado.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Ah!

Ao postar me dei conta: hoje é dia 31! Esse mês não acaba não?

Que venha logo agosto, o mês do cachorro louco. E depois setembro, o melhor mês do ano :P

a Despedida

Nunca cheguei a falar da vida de trabalhadora da nova casa neste blog. Nos tempos de Mudes, ao contrário, não faltavam dias de satisfação (ou não) que corria para narrar aqui as minhas aventuras. A questão é que naquela época tive as primeiras emoções no controle (ou falta dele) em frente a uma sala de aula. Agora, apesar de ser uma casa nova, tem aquela impressão no fundo de 'mais do mesmo'.

Meu trabalho consiste, basicamente, em ajudar alunos com dificuldade aleatórioas (e coloca aleatória nisso), no intuito de melhorar a nota (sim, aprender fica lá em quinto lugar nisso tudo). No entanto, apesar de minha visão cáustica em relação ao melhoramento de notas, gosto muito do que faço, tenho já meus aluninhos cativos (também, depois de um semestre e muitas aulas de reforço...), e escuto ali e aqui bons elogios sobre meu trabalho, o que me deixa satisfeita o suficiente.

No entanto, o melhor de Itaipu não é o trabalho, são as pessoas. Me divirto com as pessoas de tal forma... Sendo professor, as secretárias, quem for, todos sempre brincando uns com os outros, num clima leve, tentando levar as obrigações da rotina da melhor forma possível. A chefe tem coração, e apesar de ser "a chefe", não há 'o terror'.

Ontem uma grande pessoa se despediu da filial, e eu fiquei sem minha parceira de concursos de poesia. A sensibilidade de dona Bia era tamanha que a cada momento ela sentia a 'dor do mundo', a dor dos outros, e procurava sempre falar as coisas certas na hora certa. Ela trazia meu lilás de volta (que há tempos estava azul escuro, quasi negro), e me fazia sentir pispirica (como nos tempos da "Idade de Ouro" em Rio Grande). Restou despedida, e restou a certeza do desconforto de ter de me despedir assim, sem esperar. Mas creio que quando se gosta de alguém o nó na gargante é normal, assim, me deixo desconfortar (afinal, nada melhor que o sentir.

E deu aquela sesação: um dia será minha despedida.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

a Neblina

Às vezes tudo fica enuviado assim. As coisas se misturam, os sons se confundem com o paladar, o cheiro se mistura com o tato. Não sei, parece que não dá pra distinguir cores ou palavras. Tudo é uma massa uniforme,cinzenta e quente dentro de si. Ao longe não se vê muito além da neblima. Não se vê muito além dentro de si. As brumas de avalon, as brumas da alma, as brumas em si. Seguindo desnorteando o próprio caminho, sigo. Talvez seja muito tarde para uma parada na curva. A chuva não para, e a neblima não esvanece. O caminho fica mais turvo. E eu viro dor.

terça-feira, 28 de julho de 2009

a Amizade






Peguei de thatha pela pureza da coisa :)

domingo, 26 de julho de 2009

sabedoria Infantil parte II

Pergunto inocentemente para Gabriel, quem é mais bonita: a Fabíola ou a Lela. Sem titubear, o menino responde: a Lela.

A sabedoria infantil nunca falha. Ao menos eu sou a mais legal. :)

sabedoria Infantil

Tem certas pérolas que só uma criança de 8 anos pode proferir com naturalidade e transmitir inigualável sabedoria.

Meu primo, Gabriel, 8 anos, quando questionado por minha irmã de como ele queria a comida dele, respondeu:
- "Primeiro o feijão, depois você coloca o arroz por cima tampando e ainda coloca a farinha, tampando mais ainda, pra eu não ver o feijão."
Maneira simples e prática de enganar a si mesmo.

Ainda nas pérolas, Gabriel pegou o cordão de prata de Leandra e começou a se bater com ele brincando. Lela avisou que o cordão era pesado e ele poderia se machucar. Brincando, ela exclama: "Jesus, me chicoteia!". Gabriel, sem exitar, a "chicoteia". Ela ri e indaga "você se chama Jesus por acaso", e ele prontamente responde "Não, mas eu sou o mensageiro".

(AHAHAHAH)

sexta-feira, 24 de julho de 2009

sobre Portas Secretas

Esses temas de porta, janela secreta me encantam. Há tempos atrás tive um post denominado “Janela Secreta” (que não se referia ao filme), narrando um dia em que supostamente uma ‘janela secreta’ havia sido aberta em meu cotidiano, passando a enxergar, assim, as coisas de modo diferente. 

Na animação de Coraline vi esta abertura a um mundo paralelo dado através de uma portinha na velha casa em que Coraline e seus pais se mudaram. Ao enfrentar dias monótonos com seus pais, Coraline está angustiada na nova rotina e exige mudanças. Neste ínterim, ela é levada então à pequena portinhola secreta e lá encontra um ‘mundo ideal’, no qual ela é o centro das atenções. Ela tem uma ‘outra mãe’ e um ‘outro pai’, que fazem tudo que mais a agrada e deste modo ela vai se convencendo que o ‘outro mundo’ é melhor. Contudo, isto não sairia de graça, e é aí que a aventura de Coraline verdadeiramente começa. 

Além disso, o que me encantou mais foi a técnica de stop-motion empregada de uma forma maravilhosa. O filme é extremamente bonito, bem feito, e dá gosto de ver o esmero com o qual foi feito.  

Só não posso esquecer de mencionar que este filme lembrou a mim mesma uma vez no meu próprio mundo de infância. Ao contrário de Coraline, eu não procurava um ‘outro mundo’ que fosse melhor, eu só procurava um mundo que fosse ‘meu’, que eu criasse. Pegando os perfumes da penteadeira de mamãe eu criava a minha escola de teatro, em que saiam histórias incríveis entre perfumes, desodorantes e afins. Haviam atores,atrizes, diretores, roteiristas que tinham seus próprios conflitos e ainda contracenavam conflitos alheios. Outro mundo meu eram os quintais, tanto de minha casa, quanto da casa de vovó. Plantas, insetos, pedras, tudo se transformava em um elemento para uma nova história. E dentro desses mundos surgiam dúvidas um tanto quanto incomuns, como o fato de me martirizar por dias na dúvida se conseguia voar ou não (por ter tido um sonho tão real sobre isso). Minha grande confidente era minha bicicleta, Brisa, uma monark rosa que juntamente comigo viveu grandes aventuras silenciosas no chão de terra da vizinhança que morava (além de tombos). Esta era minha própria porta secreta, na qual não precisava nem ao menos de coleguinhas para me divertir muito. O grande problema da tarde era saber para qual mundo eu iria. 

Enjoy the silence

- "Words are very unnecessary, they can only do harm"

ps. Ingressos para o show do Depeche Mode serão vendidos a partir de 14 de agosto. 

quinta-feira, 23 de julho de 2009

cuidado com o que se pede

Eu queria um dia em casa.

Eu ganhei um dia em casa, mas na famosa circunstância ruim.

vida de jovens adultos

Essa questão de férias me pertuba. Eu preciso urgentemente de _alguns dias_ EM CASA sem fazer absolutamente nada, a não ser assistir filme, me enjoar de escutar música, escrever minhas viagens na maionese encantada, pensar na minha saúde mental, emocional e física. Coisas simples, mas que com a vida de proletariado está quase impossível de pensar.

Será que é pedir muito...

No trabalho comentavam sobre a importância do estágio. O problema do estágio é que em seguida imenda a vida de trabalhador, e, quando vemos, de jovens sonhadores nos tranformamos em seres totalmente cinzas. Isso que dizia o moço da informática, que sem ao menos ver estava indo do estágio pro emprego fixo, se viu cortando o cabelo e se transformando em 'gente adulta'.

Outros comentam que 'cansa' pensar na vida adulta e se admiram bom meu pequeno pique de enfrentar faculdade, treinamentos aletórios e o pequeno estágio ao mesmo tempo. O caso é que para mim o esforço vale cada centímetro, não por estar procurando o sentido da minha vida nessa rotina apertada, mas sim colocando um pouco de mim nesse mundo afora.

não consigo parar de pensar...

Trocadilhos baratos:

"No country for old man"

No vacation for young woman O_o

segunda-feira, 20 de julho de 2009

o Fio

Meu fio sumiu. O cabo de USB do mp3 fugiu de mim. Ficar sem a musiquinha enquanto vou de uma pasárgada a outra é um exercício um tanto quanto amargurante. Não me conecto a mim mesma, fica tudo sem clareza, enuviado assim. Algum fio desconectou daqui. Tô off, tô alheia aos pensamentos de mim mesma e as minhas últimas novidades. Deconectei de mim.

E o fio, por onde anda... Revirei guarda-roupa, mesinhas e lugares escondidos, e nada. Procuro lá dentro aonde pode ter se perdido esse fio. Vai ver estou de pique-esconde comigo mesma.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

o Recorte

No recorte do dia tem hora que as coisas pesam. O pensar pesa, a andar pesa, o falar pesa. Mas acima de tudo estão os pequenos momentos de afeto que são demonstrados em momentos banais, como o do motorista que esperou a mãe sentar com seu bebê antes de arrancar com o carro; ou do outro motorista, que ao me ver afobada apertando a cordinha já comentou "qdo alguém puxa a cordinha logo é pq quer descer antes", e abriu a porta para mim. Num outro momento os novos "amigos" de treinamento procuram meu olhar enquanto falam (por mais que a minha timidez me afaste um pouco). As piadas do ambiente de trabalho, as "fofocas" da nova guarda, os planos para o final de semana... Sei que os dias podem pesar o que for, mas é diretamente compensado pela leveza das coisas mais essencias da vida: um pouco de carinho, um pouco de atençao, um pouco de sorriso.

meu sorriso´tá aqui :)

quarta-feira, 15 de julho de 2009

E dizem que é o fim...

Final de semestre ou de faculdade... Ainda não sei definir. Mas sei que pela primeira vez tenho 0% de férias em julho. Chegou a vida adulta com toda sua força.

Só quero paz, quero menos mal-entendidos possíveis.

Ai, minha vida!

quinta-feira, 9 de julho de 2009

outra questão

Sobre o "ode ao dia", recebi um comentário do tipo "nossa, parece que vc escapou da morte". A questão não é escapar diretamente da morte, o que refleti é que todo dia é um escape indireto da morte. Os motoristas de ônibus de são gonçalo me matam todos os dias de susto. O stress mata nossos corações ao pouco. A violência cria a grande roleta russa, na qual vc sai, acha q voltará pra casa, mas vamos ser sinceros...

Então, devemos adorar os nossos dias, e querer nossos dias diferenciados, e com a nossa cara. Afinal, a única certeza que nos é dada no ciclo da vida é que um dia ele fecha.

auto-conhecimento do sufoco

Na hora em que preciso muito fazer algo (como um trabalho de literatura gigantesco e difícil), e vejo que minhas expectativas do trabalho pronto estão muito além, essa hora domina o mau-humor. Saia de perto, não tente ser gentil, estarei extremamente caústica e qualquer motivo (literamente qualquer) será um motivo para me fazer a raquítica paciência que me resta.
Pode elogiar, poder tentar ser positivo, fazer piadinhas... Ah, nada descer redondo enquanto de fato não der uma evoluida no compromisso que me atormenta.

Eu mesma fico perplexa com minha falta de sensibilidade para com os outros. É que tudo que é pequeno passa a ser visto com uma grande lupa, então qualquer comentário inocente vira o cão chupando manga. Não que eu seja o tempo todo deste modo,mas isso faz parte de minha personalidade nada marcante. Contudo, marca os outros, talvez pq eu não aparente ter esse lado perverso.

O recado é, não levem tão a sério o ser aleatório que não é imprevisível como uma couve-flor.

terça-feira, 7 de julho de 2009

ode ao dia

eu quero mais um dia: de vida, de simplicidade, de sociedade, de fabulosidade, de compreender.

não é qualquer dia. é o dia de letras minúsculas, de formosura, de crianças risonhas, só de amanhecer.

um dia a mais pra ser trivial, pra ser difícil, pra ser chatinha e ser incompreendida.

só peço um dia. um dia em q possa colorir a minha própria eternidade com lápis da faber castel.

eu quero um dia pra ser teu amigo, um dia pra te conhecer, um dia pra saber do que precisas. e te servir.

dia pra alertar a humanidade de toda sua barbaridade e estupidez. pra abrir os olhos nossos , abrir meus olhos nos seus e nos despertar pra mesma irrealidade.


é a utopia que quero nesse dia. eu quero acreditar nas coisas difíceis de acontecer. quero acreditar que quando meu dia chegar... já terei feito tudo que devia fazer.

sábado, 27 de junho de 2009

o dia

O céu estava nublado. Dia de chuva, de pensamento, de ânsia ali dentro. Sexta nunca é tão somente sexta. Está imbuido neste dia os mais diversos sentimentos. Sentimentos de te ver, de ver si mesmo, de exaustão física e mental. Aquele dia estava com um quê diferente, estava esperando minha ação, e eu fiz nada. Estive comigo mesma, na mesma atitude de sempre.

Os prédios continuam os mesmos, mas se os percebemos com atenção vemos que suas fachadas mudaram tanto. Se encontram com uma expressão diferente, com um cinza amarelado de tão cansados de olhares alheios. E assim vamos sendo conduzidos pelo centro da cidade, e nos desviando do centro de nossas próprias vidas. Olho, escuto e percebo que quero estar sozinha um minuto. No outro minuto sofro com a velha contradição humana. Quero estar não-sozinha a qualquer preço. Quero desautomatização da vida, quero mais verde, menos cinza.

A cidade continua igual, o mesmo trânsito, as mesmas pessoas, as mesmas atitudes. Então o que será isto que muda aqui dentro... Muda a preocupação, muda o estado de espírito, muda o medo, o medo das coisas simples. Então complico. Então me coloco o sabor amargo de não querer o simples. Simples como ver desenhos nas nuvens; eu não posso.

Não penso, só digo e faço tudo que surge aqui dentro. Olha como andamos, olha como falamos, olha como pensamos calados em coisas tão diferente-iguais. Sorrio, e vejo logo ali a solução de tudo. A solução é deixar o medo do simples aparte.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Dúvida - sermão inicial do padre Flynn

FLYNN
What do you do when you’re not
sure? That’s the topic of my sermon
today.

Last year, when President Kennedy
was assassinated, who among us did
not experience the most profound
disorientation? Despair?

What do I say to my kids? What do I
tell myself? It was a time of
people sitting together, bound
together by a common feeling of
hopelessness.

But think of that! Your BOND with
your fellow being was your Despair.
It was a public experience. It was
awful, but we were in it together.

How much worse is it then for the
lone man, the lone woman, stricken
by a private calamity?

‘No one knows I’m sick.’

‘No one knows I’ve lost my last
real friend.’

“No one knows I’ve done something
wrong.” Imagine the isolation.
Now you see the world as through a
window. On one side of the glass:
happy, untroubled people, and on
the other side: you.

I want to tell you a story.

A cargo ship sank one night. It
caught fire and went down. And
only this one sailor survived.
He found a lifeboat, rigged a
sail...and being of a nautical
discipline...turned his eyes to the
Heavens and read the stars.

He set a course for his home, and
exhausted, fell asleep.


Clouds rolled in. And for the next
twenty nights, he could no longer
see the stars. He thought he was
on course, but there was no way to
be certain.

And as the days rolled on, and the
sailor wasted away, he began to
have doubts.

Had he set his course right? Was he
still going on towards his home?

Or was he horribly lost...

and doomed to a terrible death? No
way to know. The message of the
constellations - - had he imagined
it because of his desperate
circumstance? Or had he seen truth
once...

and now had to hold on to it
without further reassurance?

There are those of you in church
today who know exactly the crisis
of faith I describe. And I want to
say to you: Doubt can be a bond as
powerful and sustaining as
certainty. When you are lost, you
are not alone.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

poesia me esquartejou

Os pedaços de fah estão em todos lugar. Essa história de falar de mulher em poesia moderna não mexe muito com minha criatividade não. Vou fazer igual aluno que respondeu questinário dizendo "não tenho opinião formada sobre isso"; ao menos seria mais sincero.

Yeats, Elliot, Enza... Ajudem-me por favor! Eles ficam me olhando com escarnio, pensando, "deste jeito você não vai a lugar nenhum". E não vou mesmo... Tô presa na terra, não consigo divagar e encontrar a pergunta certa pra esse proposal. Que tal "do you marry me". Acho que não, esse é muito clichê. Que tal, "Modern love, Modern woman: a critical thinking about the role of woman in modern poetry". Não sei, "critical thinking" e "love" não combinam juntos, não sei porquê. Talvez "Woman, love and feelings in Modern poetry". Ai, tá piorando. É melhor parar por aí, antes que eu começe a cantar "socorro eu não estou sentindo nada".

Ai, minha vida!

portrait d'une femme passionate - dali


quarta-feira, 24 de junho de 2009

a matter of feeling

Cada um é dono de sua própria cruz; tudo que vai, volta; quem planta ventania colhe tempestade. Por que esses ditos parecem bater contra nossa consciencia como um martelo, mas que para outros não faz a mínima diferença... Parece que no tal grupo de "pessoas de bem" que me incluo é tão difícil simplesmente ser indiferente as coisas, e pensar que o que (não)faço pode até não trazer consequências a mim mesma, mas poderá trazer a outros, e isso me angustia. È questão de consciência, teria eu de me meter no drama alheio, ou deixar o drama se estender... Não sei, não sei... Por um lado a chave de minha liberdade, mas vendo que outro poderia ficar na angustia que já estive.

Ser ou não ser eia a questão... Me intrometer ou não intrometer, eis a questão.