Ao voltar pra casa ontem, muito cansada e mal-humorada, algo q não é nada de meu feitio, fui abordada pelo jovem menino vendedor de balas. Ele distribuiu no ônibus uma amostra para cada um, fez grande propaganda e eu, ao devolver minhas amostra intacta, fui indagada se não queria comprar "7 por 1 real para dar um moral pro vendendor". Disse que não queria. Ele insistiu para que que experimentasse a tal balinha, que seria muito boa. Refutei alegando que não gosto de balas. Ele olhou para mim com um olhar inexplicavelmente piedoso. Como pode alguém não gostar de bala? Nunca gostei, nem de pequena. De certa forma foi como se não tivesse graça na vida sem gostar de bala. Será que não teria? Não gosto de balas... E aquilo já ia virando uma questão, quando ao descer, puxo a cordinha com antecedência, e mesmo assim o motorista me deixa lá longe. Contudo, ao ver o sapatinho de nenê rosinha pendurado ali perto do motorista, bateu uma ternura tão grande que me fez perceber que a doçura está mesmo dentro de nós mesmos.
Não gosto de balas. Mas não me recuso degustar todas pequenas delícias do cotidiano. E depois de um dia exaustivo, isso faz toda a diferença.
Um comentário:
Gostei muito desse! Muito, muito mesmo...
A propósito, tbm não gosto de bala.
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