terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Mais um dia de praia

Hoje acordei com uma inquietação esquisita. O dia parecia firme, o sol reluzia, mas os problemas com a publicação do meu artigo e uma certa falta de comunicação com algumas pessoas me incomodava um pouco. Hora do almoço, fui comprar as coisas congeladas pra fazer pois carol ia chegar logo. Aqui em são chico eles têm o hábito de ter 2h horas de almoço, que vai do meio dia até às 14h. Almoçamos, Carol se vai e eu continuo pensando nas coisas, na vida, nas relações humanas: decido ir pra praia.

Desta vez vou pra enseada, arranjo um canto mais vazio, estendo minha toalha e pego um polígrafo para ler falando sobre Cultura. O negócio me intriga, no entanto já sinto o peso do calor na minha cabeça, vou pra água. Ao voltar, dou um tempo deitada no sol para secar antes de pegar no xerox de livro novamente. Aí, foi quando coloquei a musiquinha, o meu vestido na cabeça e me deixei relaxar. Neste momento, de repente ouço "acho que ela está escutando música", e uma moça loira com um microfone levanta o vestida que cobria meu rosto. Nâo só provida de microfone, na sua companhia havia um rapaz com uma câmera na minha cara. Ela pergunta "estou atrapalhando alguma coisa?", eu penso: "não nada, só o único momento que consegui relaxar a luz do dia". Ela pergunta se estou curtindo, se o sol dá pra bronzear, coisas muito úteis nesse estilo. Antes de ir de vez pergunta de onde eu sou, digo que do Rio e ela reage com um "ahh, bem-vindo as praias catarinenses", e eu penso "capaz de eu conhecer mais delas do que você". O microfone tinha o logo da band, e eles sairam tão abruptamente quanto chegaram.

Continuei na minha música, na minha leitura, depois mais uma nadada na água morninha da enseada e tive certeza de uma coisa: não queria ir embora. E a solidão de mim bastou. Me afastei de mim mesmo e existi só para os outros. Não tive vergonha de sair com os pés sujos de areia por aí, não prestei atenção nos olhares curiosos de cada um. Uma paz veio, o não tive mais aquelas incógnitas de mais cedo. Mas eu juro que pra aquele fim de tarde faltou alguém.

Amigo pra tudo


A Jô me introduziu uma boa frase: tem amigo pra tudo, pra balada, pra conversar, pra ver filme... Além disso, ela foi minha grande parceira de descobertas musicais, e chegava a me ligar quando passava minha música favorita na rádio. Em 1997 éramos de sextas séries diferentes, mas em 1998 estudamos juntas. Ela tinha sua melhor amiga, eu tinha a minha e juntas fazíamos um grupo de melhores amigas. Dentre muitas aventuras, testemunhas do primeiro beijo, cartas de amor, reflexões sobre adolescência, nescau com pão com maionese, destes anos todos ficaram a certeza de ter mais um ano de amizade no ano seguinte: e assim se passaram 12 anos.

Este ano foi uma pena ter passado somente uma tarde e uma noite de festa com ela, afinal descobrimos afinidades novas, falamos do nosso futuro, e nos assemelhamos em relação a objetivos de vida. Deste modo, depois de 12 anos, mais 12 estão garantidos!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Coisa de São Chico

Voltava eu da minha segunda-feira de praia, quando desço do ônibus percebo umas grandes gotas de chuva começando a cair. Logo abro a sombrinha e sigo meu caminha determinada a ir para o Rocio Grande (meu antigo bairro) a pé. O caso é que o percurso mal havia começado e a chuva apertava pouco a pouco. Ainda com uns 20 minutos para percorrer começava a me preocupar com a chuva com vento que virava meu guarda-chuva a toda hora. De repente vejo um carro parado lá na frente. Ia virar pra garagem. Em frente a academia vejo outro. Passo por ele. Em seguida um vidro é aberto e escuto uma moça bem loira por volta dos seus 40 anos me perguntando se eu queria carona. Eu fiquei ADMIRADA, e nunca poderia recusar aquela gentileza. Ela é dona de uma loja de tecidos do centro histórico de são chico. Eu sei que ela é, ela nunca me viu na vida. Ela foi falando da chuva com vento, que eu ia me molhar toda e me pergunta se vou ficar no trevo. Digo q vou ficar ali na altura da rua Joinville, ela diz que é bem onde ela passa. Não conseguia nem puxar um assunto direito, afinal a minha admiração era tanta tanta... Ela escutava alguma música boa, calma, do jeito que eu gosto. Sei que chegou a hora de descer do carro, a agradeci e perguntei seu nome: Ingrid. Ingrid Klaus. A identidade em uma cidade pequena nunca é anônima... Ela disse, como que pra justificar o porquê de ter parado, que se ela tivesse na minha situação gostaria que algum conhecido parasse; ela era minha conhecida de vista que nunca me viu na vida. E viva são chico, essas coisas só acontecem em lugares como este!

Aberta temporada de férias

Depois de muito pó de cal da cultura inglesa (por conta das obras de tooodas as filiais carioca para o famoso "Cultura Experience", finalmente na quinta feira, dia 14 já estava viajando.

Primeiramente passei por Curitiba. Lá é sempre um capítulo a parte. Pessoas educadas, simpáticas, e um quê cosmopolita que me agrada por demais. Tá aí um lugar que moraria e seria feliz. Ainda mais por ser perto da minha amada são chico. Fui pro shopping, de livraria em livraria. QUase comprei 1984 em português, mas me segurei pra deixar comprar em inglês mesmo. Fiz um lanche com minha querida Fabíola, conversamos da vida, dos preparativos do casamento dela, sobre nossas cidades, um pouco sobre nós mesmas... Duas Fabíolas Silvas que se encontraram no Canadá.

Logo cedo, dia 15, São Chico! E ah, São Chico é sempre aquela boa palpitação no peito... Deixo então pra outro post :)

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Coisa Velha

Sabe as tralhas que se acumulam durante anos no seu guarda-roupa e você não consegue se livrar>>> Então, eu sofro cronicamente com isso. A cada ano de faculdade mais apostilas (polígrafos), livros, cadernetas foram se acumulando. Coisas que por um valor simbólico e por vezes real (afinal há sempre o risco de ser útil pra alguma coisa), não consigo me livrar. Roupas são totalmente descartável, elas vão e vêm e não apresentam um valor tamanho que possa significar sua possessão eterna. No entanto, com os livros e apostilas passadas o caso é diferente. Se eu pudesse, teria todo o material escolar da minha vida, sem nem me preocupar com traças e afins pelo guarda-roupa. O caso é que papai sempre foi sanguinário com papel e jogava tudo na lixeira sem um pingo de piedade. Até minhas cartas ele conseguiu atingir, dando tudo de presente ao nosso amigo lixeiro. Gostaria tanto de relembrar o que as pessoas me escreveram quando eu tinha 9 anos de idade... E a minha letra nos cadernos avulsos, como pude me esquecer.... Agora é tudo memória apagada, arquivo morto e enterrado. A sementinha por conservar o passado só cresce dentro de mim, pena que aqui fora o espaço só diminui.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

2010





E nesta virada de ano o blog comemora mais um ano. Depois de tanta história da vida (universitária) aleatória, agora o drama se estende a vida profissional. A proposta do novo ano é trazer um pouco mais do que experimento no mundo além dos filmes e das reclamações habituais. O foco é trazer também um pouco sobre viagens, hotéis, restaurantes e culinária em geral, dicas culturais e até mesmo de moda. Este é o ano dos sentidos, todos eles. Logo, o negócio é falar de tudo que se dê para ouvir, ver, sentir, respirar, falar e tocar.

E que venha 2010!