Esqueci o mp3 em casa hj. Como pude esquecer, na pressa e na vida automatica, algo tao importante? Essa é a pitada de arte no ir e vir de intermináveis ônibus. Tantos números, 143, 535, 408, 409, 515, 516, 403 38, 38A, 46, 22... E fica tudo contado assim, sem a pitada de graça e mágica e imaginaçao nas coisas simples, às vezes. As pessoas falam comigo no ônibus, eu falo com elas. O motorista me deixa na porta de casa, me dá "xau", me recebem com beijo no trabalho, me abraçam com ternura perto do xerox. E eu... o que faço, senão o esboço de um automático sorriso? Faltava algo. Faltava, definitivamente, algo...
Agora tenho 2 fios pra carregar o mp3; mas o esquecendo em casa, não tem serventia nenhuma ter dois fios! E como sinto, cade vez mais, a necessidade de tê-lo comigo. Ando até repensando um regime de mp3 por conta do vício que se vislumbra.
Vou escutar belle and sebastian. Esse bando de escocês me entende, ao menos.
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