Ao começar o treinamento do CLAC em julho não podia imaginar o que a entrada nesse projeto me trouxe. Primeiro, possibilidade de entrar em contato com pessoas novas, pessoal dos outros períodos que já estão mais que distantes de mim. Depois, vem a questão de ser um desafio, de sair da sua zona de conforto e ter de ser 'julgada' profissionalmente por pessoas que estudaram contigo. Em seguida, a primeira aula, o desafio de ver 30 cabecinhas com objetivos totalmente diferentes e motivações das mais variadas. Sem dúvida, desde o início tinham meu respeito, e por isso mesmo minha mais preocupação em montar as aulas. O fato é que eles foram oficialmente minha primeira turma de inglês, já que na Cultura tenho alunos em individual, e na Mudes eu dava aula de português. Engraçado que eles achavam que eu tinha anos de experiência, e eu deixei que achassem isso, até pela necessidade de um álibe que eu estava fazendo um bom trabalho. Desde o início recebi elogios rasgados de uns alunos, e poucos bocejos para um sábado demanhã. De fato, a cada sábado, apesar de sair exausta, saia também com uma sensação de realização grandiosa, como mulher maravilha que tudo pode. Eu podia.
Entre justificativas, perguntas (às vezes absurdas), olhares atentos e muito sono, no final tivemos um semestre muito interessante, no qual foi a primeira vez de muitos em aulas de inglês e me senti muito honrada em transmiti-los o pouco que sei. Sinceramente, eu gosto mesmo de ser professora. E nem importa muito a matéria, esse contato com as pessoas, a atmosfera de conhecimento, tudo isso me apetece muitíssimo. Hoje foi a última aula antes da prova (29-11). Como forma de marcar esse momento levei chocolate pra eles com a desculpa de ser natal, mas na verdade é que não quis confessar o quanto eles eram importantes pra mim.
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