quinta-feira, 24 de maio de 2007

Aniversário

Hoje é aniversário da minha irmã. Sabe que sempre lembro tudo q acontece nesse dia... Acho q isso acontece desde que ela nasceu (combinemos, foi um grande choque pra mim). O caso é q minha mãe foi pra maternidade (de noite) e minha tia aleatória ficou tentando me distrair (mas ela ficou mesmo escutando o rockzinho dela), enquanto eu não parava de perguntado “onde todo mundo foi?”. Claro q eu sabia q acontecia alguma coisa, mas o prazer da surpresa era algo q guardava dentro de mim esperando ‘nossa, será q estão fazendo alguma coisa pra mim?’. Convencida, nada nada... Mas eu era única de tudo, primeira de tudo, absoluta. Aí veio aquele bebê de choro estranho e estridente e eu senti medo... Medo de perder mamãe. Depois medo de segura-la no colo e mais adiante medo das mordidas dela (que eram poderosas). E passei a vida dela toda até aqui sentindo medo: medo q se machucasse, que não fosse bem na escola, que a maltratassem, q a fizessem chorar. Desses medos todos, nunca tive medo q ela não gostasse de mim, que me achasse a chata mor, que não quisesse minha companhia. Mas agora eu tenho um medo danado, mas assim, do tamanho do mundo, que ela nunca saiba que foi meu primeiro amor, minha primeira filha, meu primeiro grande medo que me fez querer mudar, querer crescer e me tornar um bom exemplo pra ela.

Deixa estar, amor vem de Deus e há de ser sempre reconhecido, quiçá moverá montanhas. À minha irmã, o ser que não compreende meu amor, mas que amarei de todo modo (não sou fácil em sentimentos assim), todas as glórias de milhares de futuros gloriosos que tracei pra ela na minha mente... toda parcimônia, calma e compreensão com esse mundo q cansa.

(e eu choro assim, juro que choro.)

E se fosse oferecer uma música pra ela (que coisa brega), seria Why Worry do Dire Straits (vale a pena escutar, e como! É liiinda, é de carinho infinito).

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