terça-feira, 30 de novembro de 2010

rio de janeiro cidade sitiada

O cenário carioca da semana passada foi pesado. Ônibus queimado em pleno São Gonçalo na quinta-feira, não conseguir voltar para casa, pois as companhias de ônibus tiraram os veículos das ruas, população assustada longe ou perto da vila cruzeiro. Se a ordem era tocar o terro, este foi muito bem tocado. Fiquei em dúvida se ia para a prova da PUC ou não, se dava aula no sábado na UFRJ. Acabei suspendendo as aulas, pois não suportaria se algum aluno se esforçasse para chegar a aula e algo acontecesse com ele.

A sensação de vazio toma conta, mesmo depois do tal sucesso da polícia. Estou cansada de ter de correr de bala perdida. Mesmo que nem ao menos tenha escutado um ruído de bala. Aí que tá: nesta confusão toda não escutei nenhum tiro, ainda assim o medo era tão presente quanto se tivessem atirando constantemente ao pé do meu ouvido. O pânico que é lançado pra dentro da gente é o a pior arma que polícia e bandidagem podem ter em relaçao a sociedade.