segunda-feira, 8 de novembro de 2010

o aperto daqui

Um aperto no coração apareceu hoje. Não sei se por saúde ruim ou por impressão errada das coisas, o aperto estava aqui.

Andando assim, voltando pra casa, o aperto veio mais forte. Coloquei a mão no peito, fiz uma careta e me perguntei o que seria aquilo. Seria o aperto do que pode ter sido, do desgaste do dia que não te deixa pensar, da carta não respondida, da mala ainda pra desfazer no meio do quarto, incerta? A dor que vem de não arrumar o guarda-roupa e de deixar a vida assim, uma bagunça, vazia e incerta?

É a dor que mostra como somos vulneráveis e como temos de apostar todas as fichas naquilo que amamos. A dor chegou e se foi. Ficou a inquietação pra saber de onde ela veio, do porquê desse vazio, da falta do sei-lá-o-que mais crucial do mundo.

O aperto daqui é ter mais espaço no Rio do que posso suportar. É a falta do que está longe, daqueles me oferecem desautomatização da alma, do corpo, da mente, de tudo.

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