Eles se encontraram na internet depois de 6 anos. Lugar onde 6 anos antes marcavam de se encontrar na esquina do Canalete pra falar da vida. Era setembro, uma primavera que começava querer chegar. Ele ia se apaixonar pela primeira ver por ela, ela já sabia da paixão por ele faz tempo. O plano da tarde era dizer 'oi, tudo bem, vamo tomar um mate'. Enquanto ela caminhava para o ponto estipulado, ele já a estava esperando. De longe ele a via chegar, ela de moletom branco e calça jeans. Ele de bermuda e moletom escuro. Ela sorria pra ele e quando chegaram perto se beijaram. Beijo que ela nunca tiverra... e que ela não sabia se ele já tivera. Eles tinham seus 17 anos. No mesmo dia ele anunciou que se considevera namorando com ela,mesmo se ela não sentisse o mesmo. Mas ela sentia, apesar de não ter confessado. E os namorados não deixaram nem a primaveira chegar, em um dia nublado da cidade cinza ele a chamou e daquela conversa saiu um grande coração partido. Seis anos depois vem a desculpa, a cumplicidade, a vontade de saber como haveria sido o que não foi... Ele descobriu como pela primeira vez ela se apaixonou por ele: "você entrou e uma menina virou para trás pra falar contigo. No meio daquele caos a visão da sua pessoa era bem clara para mim". Ela descobriu que ele não esqueceu. Aquilo bastava para ambos. Ambos procurando o que é amar neste mundo mais que aleatório. Ambos definiram amor em suas palavras. Ambos sabiam o potencial de coisas bonitas que poderia ter tido um com o outro. Ele a fez esquecer das frustrações do dia, de como ela sentia vazia, de como ela queria chorar... Ela o fez acreditar na leveza das coisas e no carinho.
Talvez não seja tarde demais, fica a impressão. Talvez seja só um talvez. Talvez um talvez nunca aconteça. Talvez seja tudo daquelas coisas inexplicáveis que viram filme.
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