De tantos fatos que sucederam na vida aleatória dessa que vos fala nada fielmente nesse blog abandonado ao próprio azar, só consigo me lembrar da Prosa do Papagaio. Este é pois o livro que acabei de ler de uma autora chamada Gabriele, que me autografou o livro que por muito acaso ganhei nesta segunda-feira última. Tudo muito por acaso que acabou gerando aquela tal improbabilidade infinita, que por sua vez gerou uma identificação momentânea em relação ao estilo e escrita da tal autora premiada. É que a tal moça escreve num estilo machadiano inconfundível, que por sua vez é dos meus prediletos na hora de escrever qualquer rascunho para ser chamado de literário.
Na verdade a literatura deu nó. Há chamados para que eu volte a escrever o que na verdade nunca escrevi. Há chamados para que eu faça um mestrado na área literária e me junte a alguma estrelas da enfadonha teoria literária. Como devo então me comportar diante de tanto chamados infames que me consomem a alma e me deixam com o cérebro na mão?
Do louro de Gabriele tive amostra de muito bom vocabulário e de uma quase iluminação que não deveria, por nenhum valoroso pedido de outros seres dos mais variados, seguir por um caminho que não seja... Falta palavra. Haveria pois caminho algum a ser seguido? O Louro tinha seu alpiste, suas castanhas, seu gosto em escrever e era fiel a isso, além de todos os latinismos. Parece que não sou fiel a nada. Nem a escrever, nem ao alpiste que alimente minha alma.
Creio que o que falta nessa tagarelice constante do dentro de mim comigo mesma é uma realização miúda que seja, um prêmio pela minha simpatia, um louvor ao meu sutil senso de humor, um querer da minha companhia. Falta eu ser literária, fazer literatura, tentar enxergar o desapercebido dos olhos que cá habitam o meu peito.
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