segunda-feira, 28 de junho de 2010

Do desvario

Já não sei como existir.
Deixo para os normais fazê-lo,
Pois de mim só loucura emerge.
Deve ser a inquietação humana,
falo comigo mesma.
Mas não, não e inquietação...
É vontade de ser o que não é
De ter o que não tem
De fazer o que não pode
De não amar quem se deve.

Deixo aqui escrito, então:
Não sei como existir!
Como exclamação absurda
Que não respeita espaço
e sai do pulmão desvairado.
Não sei ler, não sei escutar
Deixei já de amar...
Me consolo com a poesia que não tenho,
Pois o que tenho são palavras
Do não sentido de se ser gente.

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