O pequeno horror de dentro de si é a saudade. Parece que fui banhada em saudade quando nasci. Todos os dias uma, duas, três, centenas de recordações circulam pela minha mente. Tem momentos que parece que não tem espaço para vida nova. Vou tirando o pó minunciosamente de cada lembranças, abrindo as sensações de se estar naquele momento fotografado. Parece que fotografo tudo... E sinto falta de tudo depois. Era o canto do meu computador no canadá, era ir para o mercado na Yates; também tem as lembranças do Sul... Nem vale a pena numerar uma de tantas. Com os olhos abertos deixo de enxergar a realidade para acordar do outro lado da mente trazendo pro peito a sensação perdida há tempos.
Parece que vivo dentro de mim e me alimento das coisas instigantes, patéticas, marcantes ou simples de doer que aconteceram. Não sou de mim, sou do que fui. Sou a conjunção do que fui misturada, batida e jogada no mundo do aqui. O aqui que provavelmente terei muito que recordar depois.
Não vejo a hora.
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