domingo, 22 de maio de 2005

E sobre tios e tias

Fico cada vez mais alarmada com o perfil de estudantes de letras, ou com os cursos oferecidos nas faculdades de Letras. O Italiano já se desanimou de vez com a tendência de quererem os alunos virar exímios cortadores de cartolina, prática essa que não tenho nenhuma desenvoltura e que indubitavelmente ficaria eu de fora da lista dos que se destacam.
Aí me vem na mente um discussão proposta pela professora de Português na 6ªfeira, e falando sobre a questão de SER professor, contando com a opinião de uma que era 'tia' mesmo (2ª grau formação de professores), outra pessoa que estava completamente fora da 'realidade' dentre outras mais diversificadas pessoas, me deu a mais profunda tristeza em perceber que ainda se tem a mania de 'achar tudo difícil' e não ver que verdadeiramenta a força pra alguma mudança esté em nossa mãos. Mudanças para a construção de uma gramática (de uma ensino de gramática) diferentemente do que é feito está seguindo em frente... Mas pra tuuudo virar realidade é imprescindível a NOSSA colaboração pra aceitar o inovador (mesmo que custe mais trabalho da nossa vidinha de tios e tias).
Em outras turmas que tenho aula não vejo diferença. Pessoas preocupadadíssimas com o seu emprego num curso de idiomas, acabam esquecendo que não só de curso de idiomas vivem os homens. Mas a falta real de renda acaba nos fazendo o mais egoístas que se poderia imaginar. Entra então a falta de tempo pra refletir a 'vida de gado' e como poderia ser diferente essa história de 'faculdade', não para nos aprisionar num mundo de monotinia em busca da melhor nota, mas sim num mundo de descobertas com a meta de encontrar com o 'saber'.

Continuo então, aqui no meu canto, traçando o perfil desse mundinho que vivo e que não minto que eu gosto, embora nem tudo sejam flores.

2 comentários:

Andréia Pires disse...

pra tudo tem jeito.. o problema de não ter emprego pra quem se mata de estudar é o pior de todos. por isso que o pessoal se preocupa tanto om o trampo que tem no cursinho de idiomas..

sabia que sou "tia mesmo", com "formação de 2º grau"? eu chamo essas tias de magistéricas. :p~~
tb tem lógica os argumentos delas.. não dá pra tirar leite da pedra... bjão.

Lizi disse...

olá, sou a Tia Lizi :P

Eu vejo meio que de outra forma essa questão do egoísmo, ainda mais depois de ter passado por um estágio infernal.
É tudo questão de prioridades que devemos ter na vida. Como o cara vai se manter se não trabalhar?! O negócio é a compreensão.
E sobre o tirar leite da pedra, concordo com a moça acima, mas devemos olhar tb o lado das pobres tias... :PP
Cheguei a conclusão de que o pior problema do magistério, é juxtamente o que me faz não querer ser professora: Isso é prisão!

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