Esse, se não é, será um tema recorrente do blog. Vivo neste meio de perto e a distância, inevitável não escutar histórias e perspectivas que divido aqui com umas linhas.
O último dia do curso de extensão sobre dia Clarice foi proveitoso para se ver que o que com a litératura dela ela trata de nós mesmos tão profundamente que as professoras muito falaram da vida delas. Uma contava que tinha um aluninho dela da 5ª série que se dizia apaixonado por ela (a professora) e que ele tinha problemas não só visuais(usava uns óculos daqueles beeem fundo de garrafa), mas também mental, pois ele não acompanhava os outros; os outros tiravam com a cara dele por ele ser 'estranho' e ela dizia que era cortante ver aquela criança que não conseguia acompanhar o raciocínio dos demais, além de ter um problema de família na qual ele ia ficando cego com o tempo... E ela assistindo tudo aquilo sem poder mover uma palha.
A outra professora contou de algo bem típico de professor de escola pública (supletivo) em grandes cidades, alunos que mexem com o tráfico e não aceitam o veredito da professora, questionam a todo momento pq aprender o que é sujeito se eles já estão com a vida feita no tráfico e ainda mostram bolos de dinheiro para professora, afirmando que de não precisam daquilo. E ela pergunta 'o que faz aqui então?', eles não respondem, mas estão ali para fazerem parte da estatística do governo em relação ao eficaz combate ao analfabetismo. Enquanto isso vão de 'trabuco' para sala de aula, e ai da professora se disser um 'não' para as criaturas. E eu dou meus mais sinceros parabéns ao gonverno pelo combate ao analfabetismo! ¬¬
O primeiro caso vai de encontro aquelas propagandas do governo veinculadas no início desse ano sobre escolas que deveriam estar de portas abertas pra alunos 'especiais', na sua integração com as outras crianças. Esqueceram de avisar que nem as escolas, nem os professores e nem as crianças estão lá preparadas pra alguém 'especial'. Se as crianças já normalmente pegam no pé umas das outras e exploram os esteriótipos ao extremo (quem é alto demais, gordinho ou magrelo sabe o que é isso!).
Por conseguinte vemos o que a 'escola' representa para muitos jovens: uma perfeita inutilidade. Vão ao colégio, bagunçam, ameaçam professor, sentem-se os maiorais e o motivo, qual seria? Eles não sabem! Não sabem o porquê de estudar... O estudar que é massante, chato e que desde sempre rezam por acabar.
E eu ainda fico pensando: pra que serei professora mesmo? Acho que ainda fica valendo aquela teoria de ensinar 'boas maneiras' ao invés de Língua Portuguesa.
Um comentário:
sumiu dos nossos blogs!! onde tu andas, dona fah? bjão.
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