domingo, 31 de julho de 2005

Julho

Tá, agora voltando ao cotidiano (ou quase isso), depois de um mês praticamente todo badalado ('praticamente todo', estranho) com direito a viagens por estradas esburacadas e imaginadas por dentre mundo de chocolates. E fechei em grande estilo na casa da vovó, recebendo aquele mimo bom.
Fazendo um balanço do mês de julho, nem sei muito bem aonde ele começou, numa esperança de férias, numa angústia de provas? Sei que tinha formatura de uma prima em São Paulo que não fui e sinto um pouco de remorso por conta disso, ela é daquelas primas presentes e a faculdade foi pra ela um período de muito sacrifício, afinal morava sozinha em Sampa. Mas presente foi ver os outros primos, aqueles que deixam ser vistos (lá em Minas tem um povo que some) e contribuem com o ar da graça deles para umas férias mais que agradáveis, desde qdo era eu novinha. Mas qdo tô lá sinto falta de gente que não está mais lá. É a vida...

A reflexão do mês, creio eu, tenha sido vida (ou morte), a linha que liga um lado ao outro. Pensei não pensando, pensei sentindo falta, pensei sem especulações, só por pensar... Vi o Auto da Compadecida e lá Chicó cita um verso 'cumpriu a sentença irremediável...' e assim vai... O Pablo ia falando do trem num poema, uma metáfora bonita essa que roubei por um instante enquanto estive por Minas. A 'Maria Fumaça', o que significaria andar nela?
Vendo hoje o filme 'Minha Vida' (com esse nome, teria eu de ver!) complementou então a idéia que já vinha se formando da vida, da falta dela... esse post não é pra ser triste, de modo algum! Nada de pessimismo, mas reflexão, pensar só caminhante por um terreno que não diz a nosso respeito! Porém sempre tateamos lá...

Pulando, teve em julho um inverno que não vi muito. Contudo bebi um tanto de chimarrão, digno do frio de pagos gaúchos. E falando em gaúchos, foi tanta coisa que não parei pra pensar direito no ano passado, no fórum mudial de educação, a patuléia em Porto Alegre chuvendo, felizes, pispiricos, cantantes e críticos (isso sempre!). Fazendo chapinha no Tio Régis, a Tia Lizi surtando e caindo na porta do banheiro(muito cômico), a Dani e eu cantando ando aaaando, a Sasa desafinaaaando mais que todo mundo junto! E o Italiano, pobrezinho, sofrendo de guia do povo da pedagogia (sempre sobra pra um Italiano), e além disso nosso fiel escudeiro em Poa, tentava nos guiar por lá... E o caso Régis e Marcelo nem vou comentar! :P

Livros, li uns tantos, reli uns alguns, não fiz as traduções de poemas (só um terminei) e nem li o livro de contos em inglês. Não sei o que me acontece, mas pro inglês me dá um preguiça sem fim, confesso! Mas não posso parar agora, ou posso? Sei lá se posso, só que não páro, nem pararei, não creio que pararia. Páro um pouco com a internet, isso é fato (queira eu!), páro de ser ranzinza logo sempre com minha irmã (tá parecendo promessa de virada de ano já) e páro, páro com mais algumas coisas que não tô lembrada. Lembrar-me-ei.

Ah, mas pensa bem, andei fazendo uns contos (tá, foi um só) e uns poeminhas (foram mais de uns), e melhor que não tenho vergonha deles, eles são frutos do agora e só. Nada demais, nada de menos. Nada e tudo em palavrinhas adjetivando minha existência, rélis caminhada de importância pra mim. Daqui a pouco mudam os dígitos da minha vida por 10 anos. E eu que sonho em ter 10 anos novamente.

Deixo julho de 2005 descansar agora, esperando amanhã uma boa volta às aulas. Deixo julho descansando com todos os outros, outros que vivi momentos de êxtase. Esse julho foi de um morno confortável, ao contrário de uns 'frios-quentes' que houveram e me deixaram sequelas de até hoje. E pior que a causa foi em um junho (30), virando uma relíquia de Julho.


Se deixar escrevo um livro sobre o mês. Deixo o capítulo aberto para os outros 'julhos' que vierem.

2 comentários:

Lizi disse...

Kikiakia
Vou te ajudar a escrever os capítulos dos julhos que virão :D

É é, tava procurando uma imagem... kiakaikia

:P Bom retorno às aulas \o/ =*** ao 8!

Pablito disse...

Eu gosto mesmo do Trem - e do além-Trem. A morte também me fascina, inquieta. Nossa, teu julho foi intenso, hein!? Beijos.