segunda-feira, 11 de julho de 2005

Um ser que já nascera com falta. Faltava abrigo ou embarcação que abrigasse tamanha vontade do que não era. Era algo que falta consigo próprio e imperceptível a qualquer olhos. Olhos salgados por uma saudade vinda lá do infinito do não-sei-aonde. Não soubera aonde se esconder quando sentiu que sentia tanta falta por ser. Ser, aí está, era algo... Algo que olhava vazio as estradas, várias delas como um quebra-cabeça virado de cabeça para baixo procurando suprir tanta falta de si mesmo. Mesmo tão assim por dentro ele sabia que a vida era tão luz, tão externa e tão procura que cansou de faltar si quando se precisava ali.


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