domingo, 17 de julho de 2005

arrematando a história...ou não!

A fé é algo bonito, como a Andréia disse no comentário anterior e Lizi arrematou questionando como o povo nordestino viveria sem fé. É isso que sempre me perguntei, como aquele povo viveria sem Fé! Sinceramente não sei... Sei o que vi no "Auto da Compadecida" hoje, filme que não me canso de ver. Além de ser uma risada só, remete a uma graciosidade de pensamentos e reflexões.

A risada vai do início ao fim, mas aquela parte que aperta o peito é quando João Grilo tá pra se entregar e a Compadecida se desespera e diz que 'não', aí ele volta pra terra. Voltando, no final do filme um homem pede um pedaço do pouco que eles tem de comida e a moça dá de bom grado e ainda afirma: 'dizem que Cristo se disfarsa de mendigo'.

Eu digo que nosso conforto é tanto que não conseguimos entender o que é não ter o que comer, uma criança não ir bem na escola porque sente fome de comida e valores, a dor da ferida dos outros. Tentamos entender do que é nosso. Temos fé no nosso bom Deus.

Mas, não indo muito longe, podemos nos perguntar e como nosso vizinho vive? Como aquela mulher que limpa a sala vive? E aquele homem que capina ali adiante? E as 3483748 pessoas que cruzamos todos os dias? Os nossos amigos? Como viver com ou sem fé? O que é viver?

Deixo pra lá a essa altura os pensamento já estão trôpegos e me entrego a nada mais do que à poesia :)

Quanto vive o homem, afinal?
Vive mil anos ou um só?
Vive uma semana ou vários séculos?
Por quanto tempo morre o homem?
O que significa para sempre?
(Pablo Neruda)

2 comentários:

Lizi disse...

Religião é doutrina, Deus é conforto e nós somos uma interrogação. De vez enquando, religião é Filosofia, mas isso geralmente remete a pensamentos questionadores, o que não é bom :P
O homem gosta de se acomodar mesmo.

A parte que mais me compadeceu nesse filme, é a hora que a adultera esposa do avarento padeiro dá filé para a cachorra e sei-lá-eu o que estragado para João e Chicó... Depois a cadela morre heiuhaiueia
Isso, retrata o quão insignificantes e insignificados somos. Claro, a Nossa Senhora falando da infância e vida do "Povo Nordestino", personificado no João, foi muito comovente... Mas isso a gente vê toda hora no jornal. Quero ver fazermos alguma coisa.
Isso dá um ponto a Deus: Se Ele é caridade, bondade e amor, não é questionando-O que comprovaremos a Sua existência... Os nossos atos podem revelar as coisas mais simples, mas que a nossa "antice" nunca nos deixará descobrí-las.

Ao fim de tudo, te digo: TENHA FÉ EM TI MESMA!

Beijos =*******88888 (mais infinito que beijos :P) :D

Lizi disse...

Analisa a minha linguagem escrita: "A gente" misturado com "nós". Uma verdadeira miscelânea entre erros de gramática e acentuação, frio e sono...
iuaheuiaea
Sorry, mas eu não reviso antes de comentar :|

Beijos infinitos! :D