sexta-feira, 3 de junho de 2005

conclusões da semana

Fonéticamente falando: meu mundo em casa é oclusivo; na faculdade, fricativa. Sendo assim a minha vida é africada.

Isso surgiu no ônibus, como várias idéias q vão piscando enquanto a paisagem indiferente passa lá fora. Daí que adorei a máxima do comentário passado do Pablo, "Tenho horror de me esquecer do que é interessante", levando ele consigo sempre papel e caneta. Penso em fazer isso o tempo todo mas... Existe sempre um 'mas'. As terças seriam sem dúvida os mais produtivos dias, contudo os dias que eu teria mais medo de escrever. E nesse choque talvez saisse algo de interessante, porém entrar nesse mundo seria romper com a mediocridade, aquele sentimento de querer estar sempre em equilíbrio, sempre no meio: nem amor demais, nem ódio demais. Tenho pensado em mediocriadade o tempo todo... Não nessa palavra que dão valor tão negativo, mas aquela do sentido real da palavra, estar no meio.
Desde o dia em que eu comecei a pensar o medíocre passei a ter um medo. Um medo, nada definido. Sabe quando vem um sobressalto e vai embora? Justo, deste jeito. Como se estivesse num ônibus prestes a perder o ponto, sem saber se é ali mesmo que tem de saltar. Ainda tentei conversar com o Fabio sobre isso, só que realizei que nem eu podia definir o que era. Deixa assim.

Ahh, falando de terça... decedi que meu trabalho de Teoria Literária será mesmo sobre um conto da Tia Clarice: A Bela e a Fera ou Ferida Grande Demais. Agora não venha o seu Italiano dizer que já estou obsecada por ela :P Só me sinto atraída pela obra de uma maneira que não posso desviar, por mais e mais que eu tente. Aí estava eu vendo as provas de Teo. Literária do ano passado, os trabalhos... Bom mesmo foi lembrar dos momentos em que a réles patuléia(Sasa, Lizi, Dani, Italiano, Régis, Lukita e eu, geralmente), se reunia desesperada pra estudar ou simplesmente debater algo sobre a aula. Agora a aula de teoria literária é um verdadeiro ovo fritando na minha cabeça (lembrando da saudosa resposta que dei na prova de Ficção - afinal, a matéria não era "ficção" mesmo?!)... Então nada melhor do que Tia Clarice pra fechar o semestre da literatura viajante que, ao contrário de mtos na aula, adoro.

Um acontecimentíssimo da semana foi o cair da ficha que o semestre estava terminando. Imagine eu montar uma nova grade pra minhas matérias aleatórias??? Não precisei, uma colega (queridíssima Susan), fez por mim ;) Terei nove matérias no total e uma a menos com o pessoal do 2ªsemestre, povo que mais tive aula essa ano. Mas eu nem sei que matérias são ainda...

Falo das idéias da semana pq basicamente hoje não surgiu idéia pra nada. Gripe... Isso já tá virando um filme 'gripe eterna de uma mente sem lembranças', ou algo do gênero, daqui a pouco terá trilogia até! Um absurdo como a tal se recusa a me deixar. Aí passei o dia surumbática, fechava a cara de repente, não por querer, mas por força da garganta que fechava. E eu nem conversei o tanto que queria... Por isso tô descontando no blog, creio eu.

4 comentários:

Tiago Tresoldi disse...

Antes de tudo, ADOREI a história do "minha vida é africada". Quase quase te sugiro como título para o blog. :P

Eu também já pensei nisso de levar sempre um bloco de anotações comigo, mas sei lá, acho que o maior limite é não querer parecer estranho. Leonardo da Vinci fazia isto - levar um bloco de anotações, mas acho que o parecer estranho também se aplica.

Quanto à Tia Clarice... Deus o livre! Eu vou até desistir de falar... Agora, vê se segues minha linha de raciocínio (mesmo sem concordar): eu acredito que a literatura que produzimos tem a ver com quem somos e quem estamos vivendo; portanto, se gostas da Clarice, é porque estás vivendo de forma semelhante. E isso é meio assustador, porque todos sabemos da vidinha que ela vivia. Uma coisa é apreciar e reconhecer valor, mas esta fixação... Sei não, viu!

Isso de matérias semestrais começo a achar que seria uma _grande_ vantegem para nós aqui na FURG: além de mudar um pouco de ares a cada seis meses, muitas pessoas indesejáveis (professores e alunos) poderiam se "perder" pelo caminho. Eu sei que é chato falar assim, mas infelizmente é o que ando sentindo...

Eu não estou gripado, mas ando resfriado há semanas! Arg!

Pablito disse...

Hola!
Apesar de parecer estranho (e é mesmo), carrego sempre o bloquinho e a caneta comigo. Não abro mão. Continuo achando que vale a pena, mesmo nas terças. Hehe...
Ah! essas obsessões literárias... Eu tenho a minha: Guimarães Rosa.
Fazer o quê? Parece mais forte do que eu, algo que se força sobre mim e que não me deixa muita escolha. Mais ou menos como o que acontece quando se enxerga Macabea. Depois de vê-la, fica difícil de se "livrar" dela.
"Gripe eterna de uma mente sem lembranças", muito engraçado! Te cuida, guria! Hehehe...
Tô curtindo um monte a blogosfera.
Beijos.

Tiago Tresoldi disse...

Se pudesse dar um título a este comentário seria "Pequena contribuição".

Se a pessoa realmente disse "tem que todo mundo aprender gramática", poderias ter corrigido ou, ao menos, dizer que ela não aprendeu gramática coisa nenhuma: em termos puramente normativos e filológicos, o correto é "todo mundo tem DE aprender", afinal tens "necessidade/obrigação/vontade DE" e não "necesside QUE".

Sabe como é, quem muito fala...

Lizi disse...

AAAAAHHH, tb to com saudade daquele tempo que divagávamos tds juntos :)

Não pude ler td, pq to sem pc na casa da Brinna e com um pouco de pressa heiuahiuahea

CADÊ NOSSA FOTO???

haeuihiuahiuea KIssessssssssss
PS: Risada estranha a tua :P