terça-feira, 21 de junho de 2005

Subira no ônibus com ar cansado. Entregara o dinheiro automaticamente, com o olhar baixo, surpreendendo-se quando encontrara um 'boa tarde' de saudação. O trocador lhe exibia um sincero sorriso, tão sincero que a fez sentir um desconforto quando, por educação, respondera com um olhar desinteressado e um forçado sorriso se esquivando do rosto. Ao receber o troco, mais uma surpresa: um muito obrigada com mais um daqueles sorrisos de felicidade na face do bom velhinho trocador. Seria ele um bom homem? Os pensamentos pulsavam... Mas ela sentira um martírio extremo sentada naquele banco de ônibus pensando: onde está minha espontaneidade? Perdida... Por onde? Ainda ecoa um parte dela dentro daquele ônibus.

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Vou apresentar meu último trabalho de inglês amanhã, ufaa!

3 comentários:

Tiago Tresoldi disse...

Tia Clarice, Tia Clarice...

Tiago Tresoldi disse...

=)

Pablito disse...

Em um mundo de cimento e fumaça, a ternura e a educação sempre impressionam. Por isso, penso que milagres existem. E penso que eles (os milagres) são esses pequenos gestos de carinho que vêm daqueles que menos esperamos, no momento em que menos os esperamos.
Bjo.