sexta-feira, 24 de junho de 2005

O espelho de 6ª

Olha, estou sem margem tb... E eu que ia debochar do Italianinho :P. Bem que estou sem margens mesmo, talvez na terceira margem do rio. Se bem que 6ª feira é dia de espelho. Reflexo, olhar pra si mesmo por dentro de si. Complicado.

Andei tendo pensamentos de ônibus esquisitos, mas não inéditos vindos de mim: já pensou se isso que nós vivemos não passar de um sonho nosso, ou de outra pessoa, 5 segundos da vida dela, toda nossa vida... No mundo onírico o tempo é o de menos, nosso tempo lá não conta mesmo. Ainda pensei naqueles lapsos que temos de forte impressão de que já vivemos determinada situação: uma vez na 6ªséria, tinha acabado de me mudar pra SC e estava na sala de aula (uma bagunça), quando tenho a plena consciência de que aquilo já tinha acontecido a ponto de dizer o q ia acontecer posteriormente. Uma fenda. Talvez tudo aquilo fosse tão previsível mesmo, mas prefiro chamar de fenda. Opção.

Em termos de sonhos a semana tb foi frutífera: sonhei que passava um bom tempo papeando com a Lizi, assuntos interessantes, que o Italiano reclamava muito :P e num outro eu ganhava um cd do Jorge Drexler (como o Pablo : ) Blogosfera em peso. Mas também tiveram outros aspectos interessantes, como a borboleta deslumbrante de tão amarela que apareceu. Era linda. Como queria sonhar com ela novamente...

Despertou-se a vontade de ter um jardim novamente. Borboleta borboletiando. Quando tinha o meu passava tardes cuidando de planta por planta, aguando, tirando a erva daninha; ficava com a unha preta de tanta terra, um prazer digno de Ámelie Poulan. Agora fico cuidando dos jardins alheios, olhando o que faria pra melhorar, o que plantaria de novo... Num desses que observava tinha um lindo cachorro preto, pelo curto, alto(não seria grande?), que comia as plantas da dona com uma delicadeza digna de cachorro! Como queria ter um... Queria aquele mesmo. Mais até do que a borboleta amarela.

Como estou escrevendo displicentemente. Bem que precisava, depois de tanta burocracia... Se bem que meu problema não é com a burocracia, mas sim com os burocráticos! Ah, e ainda discuti com os gramatiqueiros. Como fico triste triste! Não pela ‘gramaticidade’ mas pelo não aceitar escutar e só. Não quero que peguem minhas idéias como “certas”. “Certo”, isso existe? Existe discutir idéias. Ao menos na minha margem do rio. Só sei que procurarei fazer com que meus filhos não estudem com essas maquinas de decorar que se dizem gente (estou sendo rude?).

Quero uma margem onde gramatiqueiros e burocratas não me vejam por um tempo. Vai ver já estou nela pq eles já me olham indiferente. Mas eu sorrio pra eles mesmo assim, vai ver só estamos em diferentes margens mesmo. E como faz diferença...


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