segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

retrospectiva

Este ano começou e terminou com problemas de computação. No final do ano retrasado adquiri esse meu novinho, todo bonitinho e etc por conta do apagão do velhinho anterior. Agora, depois de um ano na lida, o defeito dá o ar da sua graça... e aí que me fez enxergar perfeitamente os ciclos que é feita nossa vida.

O ano trouxe muitas novidades: trabalho, pela primeira vez, além de um gosto extremo ela pesquisa. Trouxe junto pensamentos novos, inovadores (pós-modernosos:P), mas principalmente pensamentos de paz interior, buscando alcançar uma certa felicidade na trivialidade do dia-a-dia. E te digo, até nos dias mais sofrentes me encontrei com a satisfação.

Esse é um tempo também em que a ‘minha geração’ começa a ter de tomar decisões importantes, divisores de água. Desde o inicinho, nas reflexões com Thi, Lív ou Sardex encontrei sempre o mesmo sentimento de busca de algo que vai além das vistas, além do curto prazo. Além disso, meus colegas foram a personificação de ‘muita coisa a fazer’. Lívia de um semestre nulo passou para um semestre produtivo até de-mais. Thi, contou com a torcida para virar escravo do curso de inglês (mas com contracheque muito bom). Vendo esse tipo de coisa, acontecendo com as pessoas pertinho de mim, acabei me animando também para conseguir meu lugarzinho ao sol (bem quente). E mais, me fez ver que há muito mais coisas além desse mundo que estamos (mundo de letras, digo).

Aprendi que adoro dar aula. Adorei cada segundo, milésimo de segundo, principalmente nos dias em que estive mais triste por problemas aleatórios e eles (os alunos) me fizeram esquecer totalmente das questões da vida moderna. Quando eles gostaram de ‘zazulejo’, ou discutiram a fundo ‘o porquê do português’ (mesmo sem saber o porquê certo de usar até no último dia de aula), quando colocavam na avaliação sua aprovação ou (raramente) desaprovação, são pedacinhos bons de lembrança para se guardar aqui dentro.

Às vezes olho pra dentro de mim e penso que viverei de pedaços. Pedaços de coisas inteiras, de lugares inteiros, eu só pego um pedaço do que é ser professor e já me realizo. Eu pego um pedaço de cada cidade que vou e já crio raízes profundas. Eu amo um pedaço da pessoa, já mudo minha vida toda.

Assim, 2007 que começou agourento, estranho passou de patinho feio a belíssimo cisne. E a profecia já foi feita dentro de mim nos maravilhosos encontros e desencontros das férias. Ir pra aquela Rio Grande e encontrar tudo igual demais, sô. Mas ter um imenso prazer de dividir idéia, vida com as pessoas de antes como se só tivesse dado um pulo em Pelotas e já estivesse de volta. Gosto das coisas assim, leve de se ser. Agora, são chico é realmente assustador, amigas com casa, marido e filho, isso assustava um pouco naquele momento, estava só me adaptando a nova fase: vida adulta, aí vamos nós.

Eu posso dizer que realmente não sei nada da vida, mas tento ver pelos dois lados agora (joni mitchel rules!)

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