Ser humano é ritmo (aprendi isso no port III em fonética e fonologia e não esquecerei jamais). Com isso, é inevitável no andar, no falar, ao executar tarefas do dia-a-dia ser ritmo. Uma das formas de expressar a potencialidade do ritmo que é inerente da nossa natureza é a música.
É normal julgamentos de um e outro sobre música adequada, mais bonita. Normal a cara feia pro batidão e a cara de 'que chatisse' pra música clássica. Acho q as pessoas q têm mania de fazer isso permanentemeente não param para pensar no que aquele ritmo pode dizer para o outro. Fico aqui escutando minhas musiquinhas, imagino que talvez nem as escutasse se não tivesse a vida que tenho, e talvez por ter me mudado tanto eu percebo facilmente como esse processo se dá. Daí que gosto de experimentar coisas diferentes, ritmos e cores na própria música, além da poesia.
A música é essencial pra desautomatização da vida (já q esse blog é basicamente sobre isso, ou deveria ser), sendo ela um ritmo previsível ou não, animado ou triste. Nos momentos de solidão e que quero extravasar a dor nada melhor que Joni Mitchel com "River"; nos momentos de discontração, pq não "Girls just wanna have fun". Quem sabe nos momentos de libertação "It's Friday, I'm in love" do The cure. Nos momentos de amor, "You make me feel like a natural Woman", da Aretha Franklin. No domingo pela manhã: Vivaldi. Nos momentos de revolta, "The sound of silence". Nos de desilusão "Ouro de Tolo". Nos momentos de nada pra fazer "Brasileiramente Linda". Quando quero lembrar de algo do passado "Quantos beijos" do maravilhoso Grupo Rumo. Para pensar no futuro Teatro Mágico "A Pedra Mais alta". Quando fico perplexa "Smoke and Ashes" da Tracy Chapman. Quando quero um bom ritmo "Latest Trick", Dire Straits.
E percebe-se como eu sou quem eu sou através das músicas: jovem de 22 anos, do terceiro mundo, com um gosto não muito popular, mas tb nada cult. Bem aleatório, leve... como uma onda no mar.
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