segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Reconhecimento da música

La Traviata entrou na minha vida em uma noite, em São Chico, em que eu estava angustiada para achar a 'música perfeita' que combinaria com a encenação de um poema de Cruz e Sousa que eu tinha criado. A música seria essencial, afinal as pessoas recitariam o poema, fariam os gestos e a música tocaria o tempo inteiro (total de 10 minutos de apresentação).

Peguei os CDs de música clássica do papai (que adorava quando ele escutava domingo pela manhã), e arduamente comecei a peregrinação. Não achava nada de interessante para o que tinha em mente (algo leve, como entrando em um mundo de sonhos, no qual se admiraria um figura feminina delicada e sedutora). De repente, em uma gravação ruim, escuto "Un di, felice, eterea" e aqueles acordes me petrificaram e arrancaram de mim o mais prazeroso sorriso. Gostaria tanto de usá-la, mas sabia q não era a adequada. Continuei a busca, até que achei uma bastante agradável e que arrancou admiração de todos por ter sido tão perfeita na apresentação.

Até hoje me arrepio como da primeira vez que escuto a música. É algo como encontrar o amor da sua vida e ter certeza disso, e surgirem borboletas no estômago.

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