O que faz o atleta, o nerd, a louca, a patricinha e o delinqüente juntos num sábado inteiro na escola? Eles estão de castigo e devem ser punidos passando o dia na biblioteca e escrevendo uma redação sobre si próprio e os outros.
Obviamente você encontrará rock, revolta, desaforo e aquela vontade de se parecer normal aos olhos do outro. Contudo não há espelho que preserve a imagem apolínea de qualquer ser e não o faça transbordar em fraqueza, desabafo e apego. Começam se desentendendo fortemente e terminam por se identificar e até mudar seu jeito de ver mundo, ser gente. O envolvimento entre eles passa pra quem está do outro lado da tela. Impossível não se identificar num estereotipo daquele, numa reação deles referentes a assuntos como família, sexo e valores.
Ser estranho é normal (vi esse lema em algum lugar já), mas o mais fácil é sempre achar o outro estranho ou maximinizar tudo que acontece na nossa vidinha. Aí vemos também o aprendizado da compreensão mútua, da dificuldade do ser humano de lidar com seus próprios problemas e principalmente os problemas alheios.
É uma ótima oportunidade de pensarmos que adultos seremos, que educadores seremos, que pais realmente nos tornaremos. Cometeremos os mesmo erros que achamos que foram cometidos conosco?
Bem, ao final me deu mesmo uma vontade de que meus pais vissem aquilo e lembrassem um pouco do tempo deles e assim pudessem agir mais sabiamente algumas vezes.
Eu fico com a frase: “se fosse bom morar com os pais iríamos querer morar com eles a vida inteira”. Verdadeiramente, tem sentido.
Um comentário:
Ahh, filme trash sessão da tarde!
Ahh, já vi sim! :P
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