domingo, 16 de outubro de 2005

coisinhas

Vendo despretenciosamente os títulos com 'inho' anteriores deu vontade de continuar com a saga. Terminou o dia de Maria, vão seguindo os dias lilases de Fabíola. Reparou-se no surto 'meus 15 anos' (nomenclatura de Lizi) que tem ocorrido nas duas últimas semanas. Mas o surto se apagou agora agorinha. Eu vi o surto se apagando e foi engraçado olhar e pensar: 'minha vida, o que é isso?!', só pode ser coisinhas dessas que passam pra modificar o cotidiano e quando ficam enjoam como aquele doce muuuuiito doce. Andava doce demais.

'Coisinha' era como minha avó chamava as pessoas. "Tenho q falar com a dona coisinha", "encontrei a Coisinha agora", dentre outros. Eu achava aquilo super, 'coisinha', vê se pode... Todo mundo reclamava com ela: 'nao se chama as pessoas de coisa'. Mas o 'coisinha' dela era meramente inocente, provindo da falta de saber o nome do indivíduo. Gostava muito do tom que ela empregava pra se referir a pessoa 'coisinha'. Era engraçado até, algo meio 'qual o nome mesmo?'.

D'outra coisa me veio essa mania das pessoas de associaram a dedicação intelectual a algo com o ócio. Eta coisinha que me irrita! Às vezes desanima a dedicação a algo com a falta de força que se vê colando perto de vc. E não adianta dizer 'a arte é inútil', eu não faço arte. Eu vivo no espanto, mas não faço nada com isso. Fico com as mãos atadas esperando fadinhas, grilos e gnomos virem fazer algo por mim. Estagnada, voz baixa, meias palavras... sorriso incompleto.

Posso revalar o que eu queria? Tomar sorvete de uva, do jeito que era antigamente.

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