quinta-feira, 29 de setembro de 2005
O que será?
Será que me dá
Que brota a flor da pele será que me dá
E que me sobe as faces e me faz corar
E que me salta aos olhos a me atraiçoar
E que me aperta o peito e me faz confessar
O que não tem mais jeito de dissimular
E que nem é direito ninguém recusar
E que me faz mendigo me faz implorar
O que não tem medida nem nunca terá
O que não tem remédio nem nunca terá
O que não tem receita
O que será que será
Que dá dentro da gente que não devia
Que desacata a gente que é revelia
Que é feito aguardente que não sacia
Que é feito estar doente de uma folia
Que nem dez mandamentos vão conciliar
Nem todos os unguentos vão aliviar
Nem todos os quebrantos toda alquimia
Que nem todos os santos será que será
O que não tem descanso nem nunca terá
O que não tem cansaço nem nunca terá
O que não tem limite
O que será que me dá
Que me queima por dentro será que me dá
Que me perturba o sono será que me dá
Que todos os ardores me vem atiçar
Que todos os tremores me vem agitar
E todos os suores me vem encharcar
E todos os meus nervos estão a rogar
E todos os meus órgãos estão a clamar
E uma aflição medonha me faz suplicar
O que não tem vergonha nem nunca
O que não tem governo nem nunca terá
Chico Buarque
quarta-feira, 28 de setembro de 2005
Adjetivando
terça-feira, 27 de setembro de 2005
Faz frio
E faz frio no Rio. Um frio pingado de chuva enjoada. Presente garoa. Pingo, pingo, pouco pingo, mas chuva. Guarda-chuva, me guardo nele. Mas é tanto chuva, chuvinha, chuvisco, chuviscão, que às vezes deixo ele de lado e me enfrento nela sem guardar nada. E amanhã acordarei chuva. Só de lembrar dá um frio, dá umidade, dá chuvisco... dá chuva aqui dentro pensando em chuva cinza lá fora. Que saudade de frio com sol, frio com céu, frio bem frio, sem chuva, chuvisco, chuviscão. Sem lama, sem poça, sem guarda-chuva. Ahh, se é pra guarda algo que seja o calor do sol pálido no frio... Ah, saudade, saudade. Às vezes saudade parece pingo de chuva, chuvisco, chuviscão.
domingo, 25 de setembro de 2005
espelho, espelho meu
Eu fiz uma listinha na 6ª ainda!
P/ final de semana:
- Fazer exercícios de inglês da SF
- Organizar material Dead Poets Society
- Exercício de Port 2 pra entregar
- Questionário de Lit. Comp.
- Começar trabalo de Funding.
- Cartazes em italiano
- Organizar mat. de análise do discurso
- e-mail p/ Solange
- Ir ao cinema.
Será que dá pra fazer tudo no domingo???
E ainda tem os tags do Hermes, revisar... O cinema já morreu nessa altura o campeonato. Que fadiga!
Vamos agir então!
quinta-feira, 22 de setembro de 2005
I WISH I WERE A FISH
Mas A Cena foi quando o Gullar contava a história de um poema dele ‘cantiga para não morrer’ (‘no coração dela”, ele disse.. que meigo) e contando a história dele com a russa Helena, que tiveram um intenso caso de amor (sic) e acabando o exílio dele na Rússia eles teriam de terminar, mas antes dele partir ela inventou uma viagem pra Mongólia e foi-se Helena e ele fez o poema para ela e eles nunca mais se encontram. Só que há uns 5 anos ele via um documentário espanhol sobre Prestes e numa cena de um coquitel na Rússia adivinha quem aparece? Helena! Ele tentou acha-la, mas nada adiantou... Foi então que algum ser aleatório grita no auditório lotado “procura no orkut”... Pobrezinho, ele nem entendeu e todo mundo caiu no riso! Foi bem oportuno o comentário.
E aí veio ‘borbulhas de amor’, afinal Gullar deu uma melhorada na letra pra Fagner lançar o que seria seu maior sucesso. Todos cantando pispiricos num uníssono afinado (ou quase). Foi divertidíssimo! Isso é algo numa 4º f 12h!
E de tudo ficou a questão: Helena, onde vc está!?!?!
Termino então com a letra de 'Me Leve' baseada na 'Cantiga para não morrer':
Quando você for se embora
Moça branca como a neve
Me leve, me leve
Se acaso você não possa
Me carregar pela mão
Menina branca de neve
Me leve no coração
Se no coração não possa
Por acaso me levar
Moça de sonho e de neve
Me leve no seu lembrar
E se aí também não possa
Por tanta coisa que leve
Já viva em meu pensamento
Moça branca como a neve
Me leve no esquecimento
O Clube dos Cinco
Obviamente você encontrará rock, revolta, desaforo e aquela vontade de se parecer normal aos olhos do outro. Contudo não há espelho que preserve a imagem apolínea de qualquer ser e não o faça transbordar em fraqueza, desabafo e apego. Começam se desentendendo fortemente e terminam por se identificar e até mudar seu jeito de ver mundo, ser gente. O envolvimento entre eles passa pra quem está do outro lado da tela. Impossível não se identificar num estereotipo daquele, numa reação deles referentes a assuntos como família, sexo e valores.
Ser estranho é normal (vi esse lema em algum lugar já), mas o mais fácil é sempre achar o outro estranho ou maximinizar tudo que acontece na nossa vidinha. Aí vemos também o aprendizado da compreensão mútua, da dificuldade do ser humano de lidar com seus próprios problemas e principalmente os problemas alheios.
É uma ótima oportunidade de pensarmos que adultos seremos, que educadores seremos, que pais realmente nos tornaremos. Cometeremos os mesmo erros que achamos que foram cometidos conosco?
Bem, ao final me deu mesmo uma vontade de que meus pais vissem aquilo e lembrassem um pouco do tempo deles e assim pudessem agir mais sabiamente algumas vezes.
Eu fico com a frase: “se fosse bom morar com os pais iríamos querer morar com eles a vida inteira”. Verdadeiramente, tem sentido.
domingo, 18 de setembro de 2005
La vie en Rose
E a suavidade do rosa toma espaço em forma de um bom abraço, se torna mais forte quando o assunto é saudade, fica CHOQUE com a demonstração de carinho partindo de partes remotas desse país (das partes remotas que eu estive, claro!) e volta rosa bebê quando o assunto é agradecimento.
Ano passado, dia 18, não parei 1 segundo no meu dia... Aula, teatro, assistir peça de teatro e estava até um pouquinho frio (e eu loucamente na garupa da Sasa por aquela RioGrande), além das inesquecíveis batatinhas no shops com a patuléia, a réles patuléia. O tempo hoje, nesse 2005, está de um ameno nublado mas não chuvoso. Passei até a tarde aturdida pra um lado e outro, festinha rosa, amigos amistosos novinhos e folha com um carinho por mim vindo sei-lá-de-onde. Eu os conheço a mais tempo, só pode. Deve dar seus méritos à capital barulhenta: nunca fiz amigos mesmo tão rápido. (Mesmo que na minha cabeça eu nunca teria saído de são chico naquele meio de 2002, boba, olha o tantão que eu perderia!).
Um ser lilás-rosa-bege, carioca-catarina-gaúcho (não necessariamente nesta ordem).
Ah, vida. Eu amo, é tudo. :)
Obrigada, senhoras e senhores! Está um espetáculo.
sábado, 17 de setembro de 2005
programa diferente
Deveria ir a eventos desses mais vezes e deixar a alma ir sumindo de mim até não me encontrar mais ali. Algo assim, de bonito.
Buenas!
O Me! O Life!
sexta-feira, 16 de setembro de 2005
queria fazer coisas bonitas ... é o lema da Andréia que se espalhou pelos 4 cantos dos blogs ganhando digníssima comunidade.
às vezes acho que consigo ter coesão pra transmitir meus pensamentos.
às vezes eles tropeçam uns nos outros deixando-se cair, nus.
outras, atam-se sistematicamente em uma cadeia de argolas trancadas.
tem também o gosto, o cheiro, a cor do pensamento, que não se passa nunca.
tem a dor de se pensar atropelado que se tem sempre.
há de cada um ser estrambólico, criativo.
hão de ser todos unidos num ciclo, disformes de formas distantes.
haverão eles se mostrarem escondidos assim, enigma-resposta.
outro pensamento vem, quero fazer coisas bonitas...
hei de começar dando um sorriso, sorriso em pensamento.
Humpft.
Vou torcer pelas coisas bonitas.
tá com margens?!
quinta-feira, 15 de setembro de 2005
e o céu?
Ah, eu ia feliz, vim saltitando pela rua na volta do curso, vinha vindo pensando 'the sky is blue and the clouds too!'. Um pedra é jogada a minha frente. Só eu vi? Sem sentido ela apareceu ali na minha frente, barulhenta, a poucos passos. Literalmente uma pedra no meio do caminho!!! Mas eu continuava no melhor da minha viagem intergalactica por entre nuvens, céus e lembranças boas. Aí chego eu perto da Previdência Social, aaaah tenho de ver aquela fila novamente!? Aquela de senhores e senhoras, excelentíssimos que estão ali sacrificando-se por algo que lhes é de direito. O céu é tempestade. As nuvens são as da intemperança. Sigo indo por entre céus que caem e reconstroem perante minha insignificante presença esperando felicidade para todos (ah, utopia).
quarta-feira, 14 de setembro de 2005
tempo, tempo
Eu estava com a faca no pescoço nessa 4ª já que iria chegar em casa lá pras 19h. Descobri que não teria 2 aulas, então nada melhor do que matar a 4ªf de aula. Infelizmente acabo perdendo a aula de italiano, 'mas tudo vale a pena se a alma não é pequena', passo a tarde escutando Renato Russo em italiano então.
Tenho de ler o Beowulf para a prova 'surpresa' 6ªf, prova amanhã de Lingüística (a professora é piradinha), exercícios e leituras para a aula de inglês instrumental 6ªf (adoro essa aula). Teria de ler a Ilíada, mas já cortei Grego da lista dessa semana. Ah, estudar pra prova de inglês na 2ªf (afinal, não passarei o dia 18 estudando!!!). E a vida universitária vai se revelando o caos do controle de tempo, minhas atividades extras vão ficando exprimidas como laranja pra suco e eu não tenho tempo nem pra refletir um pouquinho no meu bloguinho ( ou bloguizinho?) querido.
Mas não vou reclamar, ócio é o mal que não quero sofrer tão cedo.
domingo, 11 de setembro de 2005
um dia, é algo
O dia foi ótimo! E melhor ainda constatar que senti uma ponta de saudades da minha família barulhenta, minha mãe gritando se eu não quero almoçar, minha irmã reclamando de alguma coisa que eu fiz ou não fiz, meu pai explicando sempre alguma coisa com um ar de sabedoria que ele tira da manga.
Outra coisa que me dei conta agora é que hoje é 11 de setembro, o tal dia do atentado que eu vi ao vivo quando morava ainda em são Chico e esperava fazer 16 anos na semana seguinte. Eu estuda a noite numa Escola Técnica, fazia contabilidade e gostava, era uma das únicas pessoas que não trabalhavam, conhecia muita gente lá e a hora do intervalo era sempre uma festa, parava pra conversar em cada canto. Escutava Jovem Pan, transamérica, Atlântida ou a rádio UDESC e foi quando a JP começou a noticiar algo com queda de avião que fui ligar a TV e pensei 'nossa, estão atacando os EUA!'. Minha mãe na cozinha gritou (como ela grita!) 'o que está acontecendo?', 'estão atacando os estados unidos!', 'eu tô falando sério', 'olha lá então, parece que um avião bateu ali'. Mas mesmo assim eu não tinha noção do que estava acontecendo. O ápice pra mim foi quando vi pessoas se jogando da torre, aí foi que pensei 'esse é o tipo de imagem pra posteridade, eu tô vivendo a história'.
boooooooom dia! ou algo assim...
Passada a sessão 'bom dia', agora vem... Boa pergunta, o que vem agora? Não estou desesperada, nem angustiada, mas também não indiferente. Eu só estou esperando um agora aquele que as pessoas vivem no presente.
Graças a Lizi tenho uma nova metáfora pra me definir: um copo de requeijão na beirada da mesa. Não deixa de ser de vidro, quebra. Pessoas não vêem isso. Sou tida como a 'insensível', a 'racional'. Por que não querem me conhecer? Eu sou legal, o lado lilás é legal... Ou não né, de perto ninguém é normal, já dizia o Caetano. E segue vida nessa afirmação, reafirmação do si mesmo. É o eu com o mim que minha filha falou, eles são impossíveis, como brigam, às vezes não saem do lugar.
Sabe de uma coisa, é melhor voltar aos afazeres. Tenho a Bíblia toda pra taguinar :P
'não me diga isso, não me dê atenção e obrigada por pensar em mim.'
sexta-feira, 9 de setembro de 2005
quarta-feira, 7 de setembro de 2005
sem sono...
A semana na faculdade quase não aconteceu. Quando os professores não faltaram eu que não fui à aula. Coincidência. Em Português, marasmo; writing, marasmo acumulado; Lingüística, vou descobrir numa próxima aula depois de 1 semana sem a professora ir; Latim, meia horinha de aula tá ótimo; Teo. Lit., poético. Ah, teve o italiano, mas eu tava aleatória na aula, confesso. Bem, ainda tem a outra metade da semana, talvez aconteça mesmo.
Do dia de hoje tiro de melhor a volta do curso de inglês, na qual estava garoando um tiquim. Então vinha eu com aquela penugem de gotículas minúsculas caindo no meu rosto e tornando-se uma sensação muito agradável na medida em que eu andava. Ia seguindo e querendo ir mais devagar para sentir mais daquilo. Um prazer digno de Amélie Poulan! Nada de temer molhar roupa, cabelo, material... tocar a alma é o ponto. Chegar ao conforto do si mesmo e olhar pra frente e ver o indivisível mil vezes passando pela luz da lâmpada do poste. Ah, foi bonito o espetáculo da chuvinha contra o vento.
Na verdade eu ia falar do Cem Anos de Solidão agora, mas creio que tenha de ter mais lucidez pra tratar de um livro tão rico. E eu o devoro ainda, agora degustando os últimos pedaços, como para não deixar de tê-lo comigo. Aconselho a todos que leiam esse livro!
Vou dormir então... Obrigada pela atenção!
segunda-feira, 5 de setembro de 2005
serelepe
Confesso que passei o dia com humor duvidoso, indo pro rude rapidamente.. mas nem tudo está perdido e a Fabíola salva sua alma por umas poucas palavras.
e agora minha irmã apressa pra usar o computadorr.. mas eu já volto!
:)
domingo, 4 de setembro de 2005
drama do cobertor antigo
Agora vou eu nas minhas confabulações pensar: e se alguém estivesse comigo por mera conveniência, daí quando encontrasse alguém ‘melhor’ partiria a galope deixando um bilhetinho lilás de despedida breve? Digo que outra pessoa o faria, porque não me imagino com um ser e paralelamente esperando um príncipe encantado vir me resgatar e me tirar da suposta tortura.
Será que é regra depois de um tempo os namoros sucumbirem ao mofo da mesmice? Sinceramente eu penso que não, como até vejo por aí uns apaixonados que buscam a si de maneiras diferentes, olhares diferentes e vão se descobrindo boa surpresa um para o outro e fazendo do relacionamento um vinhedo de qualidade.
Cada relacionamento é um mundo, mas daí as pessoas se tratarem como num mercado de pulgas: ‘ah, se eu encontrar um cobertor melhor eu devolvo esse’. Não se consegue viver sem coberto então? Mesmo em profunda tristeza as pessoas se limitam àquele cobertor que não querem mais na certeza de que um dia ‘encontraram um melhor’. Sonham com o dia do cobertor passado ir pro lixo, afinal não esquenta mais mesmo, contudo não vêem que enquanto mantiver este cobertor antigo consigo nunca vão conseguir se desvencilhar dele.
Que não nos limitemos aos cobertores velhos, as estações que passaram, aos céus que só podem ser azuis.
sábado, 3 de setembro de 2005
the sky is blue...
As cores das nuvens nessa foto me pegaram de jeito. Tenho lá meu fascínio limitado por nuvens e céus por conta de um trauma da 5ª série, quando ao escrever uma redação na prova de Português sobre os desenhos da nuvens (os quais passava horas averiguando) a professora me chama na sua mesa e no meio de todos confere um tom jocoso ao se referir a minha redação dizendo: 'não existem nuvens azuis'. Todos riram, menos eu que fiquei impressionada: ué, não existem nuvens azuis? O que eu vejo então? Concordei com ela assumindo pra mim a culpa da falta de atenção dizendo que não era lá meu costume ficar olhando pro céu. De fato, dali adiante não olharia pra ele como antes, como se tivesse me ludibriado e não merecesse perdão.
Depois, mais velha e ao observar o céu de outras paragens dei-me conta de que minha nuvens azuis exitiam sim, que fossem reflexo do céu da noite, assim como essas alanrajadas o reflexo do sol poente. E que direito tem as pessoas de mandar nas nuvens de uma criaturinha?! Ou melhor, nas nuvens multicoloridas da imaginação de uma criança? Mas depois da minha indignação também refleti: eles não são culpados, são adultos que não têm mais do recordações.
As nuvens podem ter tido as cores que eu quis, contudo serei eu daqui a pouco que terei de corrigir 'as nuvens não são azuis', contando só com as recordações do tempo que não pensava assim.
fafanápole, faltam 15 dias, o que faremos no meu aniversário hein?! :)
sexta-feira, 2 de setembro de 2005
O momento 'feminismo' se deve mais pelo ódio às aulas. :)
quinta-feira, 1 de setembro de 2005
2 filhos, um bom cinema nacional
A história de ‘Zezé de Camargo e Luciano’ é muito mais do que músicas melosas sertanejas,No filme que vemos a origem humilde da dupla e a sagacidade do pai em torna-los ‘alguém’ através da música. Seu Francisco era dado como louco, afinal enquanto a família passava fome ele não media esforços em manter os meninos cantando e tocando instrumentos. Obviamente ele contou com a facilidade que o mais velho, o Zezé, tinha em lidar com música, trazendo o sonho distante mais pra perto. Neste percurso para a fama contam com a infelicidade de um acidente que adiou em parte o sonho e ao final vemos que o Luciano entrou no ramo por mera sorte mesmo.
Se você está profundamente ressabiado com que verá no cinema, não se deixe impressionar pelos primeiros minutos onde me perguntei ‘o que estou fazendo aqui?’, e nem com algumas berrantes propagandas que chegam a dar ar de humor, tamanho o exagero. O filme emociona mesmo, alguém poderia dizer que nem parece filme brasileiro (muito menos tem orçamento de filme brasileiro, 5,9 milhões) e quem viu sai respeitando a dupla e ainda cantarolando ‘é o aaaamor que mexe com minha cabeça e me deixa assim’, mesmo detestando sertanejo.
Quem merece destaque especial é Ângelo Antônio por sua interpretação como o pai dos meninos, excelente; não só ele como também a Dira Paes fazendo o papel da mãe. A escolha do elenco foi muito feliz, desde os meninos quando pequenos ( a melhor parte do filme, na minha opinião), até a absoluta semelhança quando adultos (impressionante o Márcio Kierling como parece com o Zezé).
Então meu conselho é, deixe o preconceito que te impede de ir ao cinema prestigiar o filme juntamente com as vovós e mamães e assista Os 2 Filhos de Francisco sem medo, afinal estará vendo um dos melhores dramas do ano, ouso falar.