sexta-feira, 14 de setembro de 2007
O Novo
Eu não suporto a cor do meu esmalte. Impressionante como minha mãe cisma de passar o mesmo cintilante furta cor por cima do esmalte tom pastel. Não gosto de olhar pros meus dedos assim. Mas quero falar do Novo... É que minha mãe comprou uma cortina nova para o quarto, e que cortina! Desde que me conheço por gente minhas cortinas sempre foram beges, branquinhas, de rendinha. Me chega ela com algo rosa choque, com bonequinhas aleatórias. Cadê minhas rendinhas? Eu me sinto claustrofóbica, sufocada e agredida por essa cor. Disse a ela que precisava de cor clara, afinal aqui também é meu escritório e preciso sempre estar calminha, calminha. Meu pai tranqüiliza mamão: “é pq é novo”. E eu olho para as cortinas: “eu odeio vcs”.
Está bem, tenho certa resistência com o que não foi planejado. As cortinas minhas são tão bonitinhas, são clássicas, fazem parte de mim e tem variações de rendas aqui em casa. Logo, não se precisavam de novas. E quer ver o amigo (do estilo da ‘canção de amigo’ galega-portuguesa), que muda os planos todos pq simplesmente quer... Eu fico boquiaberta, “mas calma aí, não foi isso que combinamos”, e tentando fazer de TUDINHO para se manter o programado. Oh vida, são milhões de moléculas planejadas a se portarem de determinado modo que mudarão totalmente. E pior que ainda vou escutar, “eta má vontade”. Não, não é má vontade filho, é planejamento!
Bem, a fah está em ponto de ebulição (quiçá, mutação). São muitos trabalhos para minha mente humilde. E eu já nem sei para qual dar preferência, pois são todos para mesmo destino praticamente. Fahbuloso destino de pesquisas da fah. E ainda têm as provas, os trabalhos (de poesia chata modernista americana)... E os aluninhos, claro!
Ok, vou seguindo o planejamento das coisas que não se configuram, no meu quarto com cortinha rosa choque e na certeza de que amanhã, cedinho da Silva, terei de estar com alguma coisa de power point pronta sobre pilhas de polígrafos que ainda não foram beneficiados com minha devida atenção. Não faz mal, a bike é azul.
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Um comentário:
Em 15/11/04 eu falei sobre planejamento, vou colar o texto, ok? É grande, se quiseres apagar eu não fico magoado (aehaouie):
"Muitas vezes, eu tento dizer o que penso por meio de poesias que tomam rumos completamente diferentes aos que eu tinha planejado. No final, nem digo o que queria, nem demonstro em poesia. Quando menos espero, saem as palavras, ou viajam pela internet pra várias casas. Pra que tentar planejar a vida, se ela é tão corrida que os planos se perdem? É só deixar que as coisas aconteçam e elas acontecem. E se não acontecem é porque nem deveriam, não queriam. Se não querem, quem quer espera. E espera até sentar e pensar em desistir. Até desistir de pensar e ver que várias outras coisas aconteceram enquanto só se pensava naquilo que não deveria acontecer. É fácil perceber, principalmente depois que não há mais volta, nem remédeio, mas há revolta e um certo grau de tédio.
Depois de algumas análises da vida, eu percebi que não percebemos os grandes momentos históricos quando os vivenciamos, nem os grandes momentos de nossas vidas, apenas depois de suas partidas. É melhor vivermos o hoje com mais intensidade, do que desejar o ontem com saudade.
;)"
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