domingo, 30 de setembro de 2007

Deserto Feliz

Creio que esse nome pode denotar bem o do jeito que estou me sentindo hoje, um deserto feliz; além de ser o nome do filme que assisti no Odeon com mamãe e tudo: Deserto Feliz. Além de mamãe, estavam lá o diretor, uma parte da equipe e a própria atriz principal, Nash Laila (que é uma gracinha de encantadora - e achei até o orkut dela :P).

Primeiro deixa falar do filme. Achei complicado ‘acompanhar’ no início, pelo muito silêncio e imagens trepidantes. Em seguida, fui me acostumando, até chegar na parte do filme que enche nosso coração de aperto. E sim, tem essa parte, com toque de sadismo, poderia dizer... Pois quando estava toda boba crendo em algo... Sim, era exatamente aquilo que só poderia ser desde o início. O filme trata de sertão, prostituição, tráfico de animais, turismo sexual... Essas coisas que estão aqui e acolá, mas que de fato ninguém toma partido.

Depois do filme todo, com direito a um curta no início chamado Saliva (que não convenceu muito), mamãe e eu ficamos passeando em pleno domingo a tarde pelo centro da cidade. Da Cinelândia fomos andando Rio Branco abaixo, passando pelo Teatro Municipal e sua pompa, pela Carioca e indo em direção ao CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil). Chegando lá, sentamos nos banquinhos do térreo, lemos o roteiro do dia, fomos ao 2ª andar admirar a vista de lá, e quando já decidíamos ir embora ouvimos da moça do elevador que no 5ª tinha biblioteca. Mamãe topou ir lá, admirando a limpeza e os lustres maravilhosos. Que oásis na terra era aquilo! Fiquei perdidinha em mim mesma tamanha a preciosidade. Mas só quem pode pegar é funcionário ou tendo convênio com Biblioteca que tenha bibliotecária (não seria mais fácil fazer fichinhas ali? Se bem que, eles não têm porque mexer com isso, só de disponibilizar pro público é ótimo!).

Antes de sair de casa estava no deserto de mim mesma, encolhida, com meus cactos, me ferindo aos poucos e imperceptivelmente. Então, na companhia espelhada de mamãe o deserto ficou feliz. Com companhia as coisas se refletem em si e em nós mesmos mais deslumbrantemente.

Nenhum comentário: