domingo, 30 de setembro de 2007
Deserto Feliz
Creio que esse nome pode denotar bem o do jeito que estou me sentindo hoje, um deserto feliz; além de ser o nome do filme que assisti no Odeon com mamãe e tudo: Deserto Feliz. Além de mamãe, estavam lá o diretor, uma parte da equipe e a própria atriz principal, Nash Laila (que é uma gracinha de encantadora - e achei até o orkut dela :P).
Primeiro deixa falar do filme. Achei complicado ‘acompanhar’ no início, pelo muito silêncio e imagens trepidantes. Em seguida, fui me acostumando, até chegar na parte do filme que enche nosso coração de aperto. E sim, tem essa parte, com toque de sadismo, poderia dizer... Pois quando estava toda boba crendo em algo... Sim, era exatamente aquilo que só poderia ser desde o início. O filme trata de sertão, prostituição, tráfico de animais, turismo sexual... Essas coisas que estão aqui e acolá, mas que de fato ninguém toma partido.
Depois do filme todo, com direito a um curta no início chamado Saliva (que não convenceu muito), mamãe e eu ficamos passeando em pleno domingo a tarde pelo centro da cidade. Da Cinelândia fomos andando Rio Branco abaixo, passando pelo Teatro Municipal e sua pompa, pela Carioca e indo em direção ao CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil). Chegando lá, sentamos nos banquinhos do térreo, lemos o roteiro do dia, fomos ao 2ª andar admirar a vista de lá, e quando já decidíamos ir embora ouvimos da moça do elevador que no 5ª tinha biblioteca. Mamãe topou ir lá, admirando a limpeza e os lustres maravilhosos. Que oásis na terra era aquilo! Fiquei perdidinha em mim mesma tamanha a preciosidade. Mas só quem pode pegar é funcionário ou tendo convênio com Biblioteca que tenha bibliotecária (não seria mais fácil fazer fichinhas ali? Se bem que, eles não têm porque mexer com isso, só de disponibilizar pro público é ótimo!).
Antes de sair de casa estava no deserto de mim mesma, encolhida, com meus cactos, me ferindo aos poucos e imperceptivelmente. Então, na companhia espelhada de mamãe o deserto ficou feliz. Com companhia as coisas se refletem em si e em nós mesmos mais deslumbrantemente.
Primeiro deixa falar do filme. Achei complicado ‘acompanhar’ no início, pelo muito silêncio e imagens trepidantes. Em seguida, fui me acostumando, até chegar na parte do filme que enche nosso coração de aperto. E sim, tem essa parte, com toque de sadismo, poderia dizer... Pois quando estava toda boba crendo em algo... Sim, era exatamente aquilo que só poderia ser desde o início. O filme trata de sertão, prostituição, tráfico de animais, turismo sexual... Essas coisas que estão aqui e acolá, mas que de fato ninguém toma partido.
Depois do filme todo, com direito a um curta no início chamado Saliva (que não convenceu muito), mamãe e eu ficamos passeando em pleno domingo a tarde pelo centro da cidade. Da Cinelândia fomos andando Rio Branco abaixo, passando pelo Teatro Municipal e sua pompa, pela Carioca e indo em direção ao CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil). Chegando lá, sentamos nos banquinhos do térreo, lemos o roteiro do dia, fomos ao 2ª andar admirar a vista de lá, e quando já decidíamos ir embora ouvimos da moça do elevador que no 5ª tinha biblioteca. Mamãe topou ir lá, admirando a limpeza e os lustres maravilhosos. Que oásis na terra era aquilo! Fiquei perdidinha em mim mesma tamanha a preciosidade. Mas só quem pode pegar é funcionário ou tendo convênio com Biblioteca que tenha bibliotecária (não seria mais fácil fazer fichinhas ali? Se bem que, eles não têm porque mexer com isso, só de disponibilizar pro público é ótimo!).
Antes de sair de casa estava no deserto de mim mesma, encolhida, com meus cactos, me ferindo aos poucos e imperceptivelmente. Então, na companhia espelhada de mamãe o deserto ficou feliz. Com companhia as coisas se refletem em si e em nós mesmos mais deslumbrantemente.
sábado, 29 de setembro de 2007
Um achado!
O Expresso Darjeeling
Filme apreciado por minha persona (único até agora), no Festival de Cinema. Só digo que essa velha fórmula de road movie, busca espiritual e lavagem de roupa limpa (suja???) entre irmãos, neste filme, funcionou muitíssimo bem.
Três irmãos vão em busca de 'paz' entre eles 1 ano após a morte do pai. Cada uma passa por problemas internos e, principalmente, pelo problema da falta de confiança entre si.
Imagens belíssimas, com ousadas tomadas de câmera. Gostei de ver... de ver e de rir da tragicomédia que se configura com um 'quê' de amargura e, principalmente, um gosto de 'quero isso pra mim' (no sentido de tentarmos (des)encontrarmos a nós mesmo um pouquito.
E o maravilhoso aperitivo, a 'parte I' do filme (um curta que apresenta Natalie Portman como namorada de um dos personagens principais), é de dar água aos olhos.
domingo, 23 de setembro de 2007
Dueto
Sabe, eu tinha vontade de fazer um dueto com Pavarotti. Ele sempre foi humilde e querido, velhinho que se dá vontade de apertar as bochechas.
Diz o Italiano que não se pode duvidar das (im)possibilidades. Quem sabe em outro plano não possamos 'duetar', e mais, eu ter alguma voz melodicamente escutável.
Por enquanto, vamos escutá-lo com o Eros. Escolhi esse video principalmente pelo sorriso do Pavarotti, todo feliz.
Diz o Italiano que não se pode duvidar das (im)possibilidades. Quem sabe em outro plano não possamos 'duetar', e mais, eu ter alguma voz melodicamente escutável.
Por enquanto, vamos escutá-lo com o Eros. Escolhi esse video principalmente pelo sorriso do Pavarotti, todo feliz.
sexta-feira, 21 de setembro de 2007
No último ônibus
Fico me desfalecendo de dó às vezes. Olha que meu coraçãozinho não é de se admirar muito com as coisas, acostumada com os tons sombrios da cidade cinza. Contudo, voltando pra casa depois de dia de aula/trabalho e cia ltda, entra no ônibus, assim de supetão, um senhor, 65 anos, com blusa azul celeste escrito “acredite no senhor e você vencerá”, que ao meu lado pede atenção de todos para contar seu causo.
Ele tinha câncer por todo seu crânio e sua filhinha (bem, com que idade ele teve filho), estava também com o mesmo câncer, encima de uma cama, mal mal mal, e ele precisava do dinheiro para comprar as caixinhas de remédio por R$8,75. Fiquei impressionada com o desespero da criatura: “gente, eu não bebo, não tenho vício, eu só preciso muito dessa ajuda de vocês para poder comprar o remédio da minha menina”. Oh, um apelo daquele haveria de sensibilizar muita gente. E ele ajoelhou-se no meio do ônibus e continuou no seu ‘horrorshow’, observado por alguns com desdém, por outros com descaso, pela maioria (eu incluída), com bastante pena.
Não gosto dessa coisa de pena não. Cheira algo de “sabe, vc é inferior a mim, por isso o q posso fazer é sentir pena de você”. Mas senti ali um quê de compaixão, misturado com peninha, causando minha torcida até para que ele conseguisse a quantia necessária (e mais). O interessante é que não dei um tostão. Só me dei conta disso quando ele desceu. Se me desse conta antes também não daria nada (do tudo que não teria). Mas, de qualquer forma, esse é o tipo de coisa que martela no momento. Depois, parece que nem faz mais sentido lembrar, afinal, o problema é de quem?
Ele tinha câncer por todo seu crânio e sua filhinha (bem, com que idade ele teve filho), estava também com o mesmo câncer, encima de uma cama, mal mal mal, e ele precisava do dinheiro para comprar as caixinhas de remédio por R$8,75. Fiquei impressionada com o desespero da criatura: “gente, eu não bebo, não tenho vício, eu só preciso muito dessa ajuda de vocês para poder comprar o remédio da minha menina”. Oh, um apelo daquele haveria de sensibilizar muita gente. E ele ajoelhou-se no meio do ônibus e continuou no seu ‘horrorshow’, observado por alguns com desdém, por outros com descaso, pela maioria (eu incluída), com bastante pena.
Não gosto dessa coisa de pena não. Cheira algo de “sabe, vc é inferior a mim, por isso o q posso fazer é sentir pena de você”. Mas senti ali um quê de compaixão, misturado com peninha, causando minha torcida até para que ele conseguisse a quantia necessária (e mais). O interessante é que não dei um tostão. Só me dei conta disso quando ele desceu. Se me desse conta antes também não daria nada (do tudo que não teria). Mas, de qualquer forma, esse é o tipo de coisa que martela no momento. Depois, parece que nem faz mais sentido lembrar, afinal, o problema é de quem?
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
Ai, Gael
Finalmente chegou o Festival do Rio para aplacar o lado cinza da rotina do dia-a-dia. Começou hoje com estréia (oficial) de Tropa de Elite no Odeon, com direito a elenco e tudo mais (ui, ui, ui, tapete vermelho). O causo sério é justamente essa vida de proletariado que não me permite independência na agenda para curtir a bel prazer os excêntricos filmes que adentram a telona.
Acredita que nem tempo para pesquisar as pérolas tenho??? Ano passado até andei dando uma vasculhada geral no que oferecia o festival (o que me deixou com água na boca), contudo muito não pude ver por problemas de locomoção (uma alienada na cidade). Agora, que conto com conhecimentos indizíveis sobre becos e ruas da tal cidade grande, não conto com a sorte de ter disponibilidade o suficiente, a ponto de perder Gael das mãos por muitas poucas horas (e muitos km de caminho).
Conto com a sorte nesse destino de ver filmes a escura (chega hora que qqer um tá valendo), só para não perder o gostinho de curtir o que há de diferente e curioso (além de super novidade), no cinema por esse mundinho a fora.
terça-feira, 18 de setembro de 2007
mes félicitations!
Dia 18 de setembro. Eu lembro que ano passado (ano passado? Ou retrasado?) eu postei um texto especial de aniversário intitulado ‘la vie en rose’. Eu nem fazia idéia do q se tratava essa música (e o nome veio por influência da música). Esse semestre, uma das primeiras coisas que escutei na aula de francês instrumental (que por sinal são mto boas), foi a bendita música que acreditava ser de dor-de-cotovelo. Que nada, na música ela encontra o homem que a faz feliz, são lindas as coisas que fala.
No dia de hoje, comemorei mesmo aniversário com meus alunos. Levei bolo lá pra CMT e no intervalo da aula comemos todos felizes. Detalhe que estraguei a surpresa deles de vir me cantar parabéns, além de deixa-los sem graça com aquele truque do ‘não lembrava q seu aniversário era hoje’, pq eu nem pensei mesmo q eles se lembravam e eu fiquei lembrando :P hihihih
Gente, eu sou uma professora banana. Eles fazem o que querem... E ainda prestam atenção, fazem tudo q peço, são uns amorzinhos! São super criativos, comunicativos, participativos (até nos dias de maior sono e preguiça geral). Eles ficam falando “terça é o melhor dia”, e mais do que falar, eu sinto q eles vão pra aula bem felizes (em se tratando de aula, ‘felicidade’ não é algo comum).
Hoje comecei com uma turma de crianças de 3ª séria que têm dificuldades na escola. Eu fiquei um tanto assustada de início (afinal, eu supostamente não poderia lidar com alfabetização), mas eles se revelaram uma fofura mor!!! Eu fiquei encantada, agora quem não quer larga-los sou eu!
No mais, de mim... Eu descobri que quanto mais crescemos menos o dia do nosso aniversário é ‘nosso’. Senti isso... Sei pq não.
No dia de hoje, comemorei mesmo aniversário com meus alunos. Levei bolo lá pra CMT e no intervalo da aula comemos todos felizes. Detalhe que estraguei a surpresa deles de vir me cantar parabéns, além de deixa-los sem graça com aquele truque do ‘não lembrava q seu aniversário era hoje’, pq eu nem pensei mesmo q eles se lembravam e eu fiquei lembrando :P hihihih
Gente, eu sou uma professora banana. Eles fazem o que querem... E ainda prestam atenção, fazem tudo q peço, são uns amorzinhos! São super criativos, comunicativos, participativos (até nos dias de maior sono e preguiça geral). Eles ficam falando “terça é o melhor dia”, e mais do que falar, eu sinto q eles vão pra aula bem felizes (em se tratando de aula, ‘felicidade’ não é algo comum).
Hoje comecei com uma turma de crianças de 3ª séria que têm dificuldades na escola. Eu fiquei um tanto assustada de início (afinal, eu supostamente não poderia lidar com alfabetização), mas eles se revelaram uma fofura mor!!! Eu fiquei encantada, agora quem não quer larga-los sou eu!
No mais, de mim... Eu descobri que quanto mais crescemos menos o dia do nosso aniversário é ‘nosso’. Senti isso... Sei pq não.
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
domingo, 16 de setembro de 2007
karaokê party!
Aniversário fahbuloso de fah... Com pessoas fahbulosas de fah :D
Imagem e ação... Atenções voltadas ao dadinho (e a mim, claro, pois sou a aniversariante).
Gente, o que foi o festival musical de hoje?
Em breve: IDOLOS LEJ - porque são tantos talentos musicais dentro de UMA só turma que o jeito é fazer um programa de TV só com as personas aleatórias essas.
preparação
E daqui a pouco chegam as pessoas. Hoje é o dia festivo de meu aniversário. Estava reparando também que será o último aniversário talvez com as pessoas da faculdade (ao menos todas em geral). Isso me deixou meio triste, e ainda mais tristes por aquele que por desculpas esdrúxulas deixam de comparecer. Ano que vem eles não terão mais de dar desculpas.
Terá bolo lilás, bolas lilases, sobremesa especial de morango, trufa de chocolate, torta salgada e cachorro quente. Só bobagem... Ai, como é bom isso.
:P
Terá bolo lilás, bolas lilases, sobremesa especial de morango, trufa de chocolate, torta salgada e cachorro quente. Só bobagem... Ai, como é bom isso.
:P
sábado, 15 de setembro de 2007
buarque de macedo
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
O Novo
Eu não suporto a cor do meu esmalte. Impressionante como minha mãe cisma de passar o mesmo cintilante furta cor por cima do esmalte tom pastel. Não gosto de olhar pros meus dedos assim. Mas quero falar do Novo... É que minha mãe comprou uma cortina nova para o quarto, e que cortina! Desde que me conheço por gente minhas cortinas sempre foram beges, branquinhas, de rendinha. Me chega ela com algo rosa choque, com bonequinhas aleatórias. Cadê minhas rendinhas? Eu me sinto claustrofóbica, sufocada e agredida por essa cor. Disse a ela que precisava de cor clara, afinal aqui também é meu escritório e preciso sempre estar calminha, calminha. Meu pai tranqüiliza mamão: “é pq é novo”. E eu olho para as cortinas: “eu odeio vcs”.
Está bem, tenho certa resistência com o que não foi planejado. As cortinas minhas são tão bonitinhas, são clássicas, fazem parte de mim e tem variações de rendas aqui em casa. Logo, não se precisavam de novas. E quer ver o amigo (do estilo da ‘canção de amigo’ galega-portuguesa), que muda os planos todos pq simplesmente quer... Eu fico boquiaberta, “mas calma aí, não foi isso que combinamos”, e tentando fazer de TUDINHO para se manter o programado. Oh vida, são milhões de moléculas planejadas a se portarem de determinado modo que mudarão totalmente. E pior que ainda vou escutar, “eta má vontade”. Não, não é má vontade filho, é planejamento!
Bem, a fah está em ponto de ebulição (quiçá, mutação). São muitos trabalhos para minha mente humilde. E eu já nem sei para qual dar preferência, pois são todos para mesmo destino praticamente. Fahbuloso destino de pesquisas da fah. E ainda têm as provas, os trabalhos (de poesia chata modernista americana)... E os aluninhos, claro!
Ok, vou seguindo o planejamento das coisas que não se configuram, no meu quarto com cortinha rosa choque e na certeza de que amanhã, cedinho da Silva, terei de estar com alguma coisa de power point pronta sobre pilhas de polígrafos que ainda não foram beneficiados com minha devida atenção. Não faz mal, a bike é azul.
quinta-feira, 13 de setembro de 2007
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
Quando me fiz lilás
Quando me vesti com o lilás que me vês ainda nem tinha idéia do que seria isso. Cresci ali, diferente, a parte, com toda sorte de mundo pro lado de dentro. Via estrelas por horas - as mesmas estrelas do quintal da vovó no Rio apontadas pelo tio, aquelas do terraço da casa da tia em Minas que me assombravam deslumbre, ou aquelas testemunhas de grandiosas lágrimas em Porto Alegre – as mesmas, decorando o recorte daquele céu assim.
Gostava de cantar por horas também, alto e estridente, cantava lilás na casa da vovó até q na noite de Natal alguém mandou calar a boca ao modo clássico. O lilás sobreviveu, a cantoria não. Até que chegou o dia em que passei meses em dúvida se eu saberia voar ou não. É, sonhei com isso certa noite e foi tão real... E voei lilás, voei na frente de amigos que se espantavam. Depois aprendi outros vôos, e surpreendi amigos pelo quão alto que iam minhas idéias, quão alto que deixava planar meu senso de respeito, liberdade e aleatoriedade.
Então, fui me tornando lilás quase que imperceptivelmente aos olhos comuns. Dentro de mim me aflorava. Por fora observava. Pelos outros pouco notada, poucas almas encontrei com tamanha sensibilidade. E ainda são poucos, bem poucos de milhões que chegam lá.
terça-feira, 11 de setembro de 2007
Ao engarrafamento
Em homenagem ao engarrafamento da manhã de ontem, Bizarre Love Triangle.
É, tava tocando no caminho (quase 2h de caminho) e fah pensando... pensando na historinha.
É, tava tocando no caminho (quase 2h de caminho) e fah pensando... pensando na historinha.
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
Ai, mamãe
Hoje eu vi que verdadeiramente pai e mãe são figuras indispensáveis na nossa vida, principalmente na de adulto. Afundada no meio de tanta papelada do jeito que ando nem tenho tempo pra notar muito a importância de alguém na minha vida, contudo depois de ser confirmado que sou a pessoa mais perdida (tá, exagero, uma das 10 mais só), entra papai e mamãe revirando quarto, papelada, casa toda em nome do meu esquecimento.
O caso é que perdi o tal do papel do DETRAN e só fui me dar conta da ‘perdição’ toda quando estava indo (aos trancos e barrancos, voando de fundão até são gonçalo), tentando achar a tal Clínica Esfinge. O pior ainda foi eu nem me dar conta que o CPF e identidade (q jurava estar junto com o papelzinho querido) estava é na minha carteira, e não perdido por aí. Resumindo, eta confusão.
Mamãe reclama: “Pra que tanto papel, meu Deus”; papai sentencia: “não é o papel, é a bagunça!”. Tudo bem, são milhões de folhas soltas por aí (também, filhinha está inscrita em 2 trabalhos na jornada científica aquela, além de outros 3 trabalhos - diferentes dos dois anteriores - para apresentar na semana de anglo-germânicas) . Mas ah, desculpe o auê, agora não adiantava chorar sobre o leite derramado, e com dente (ou falta de dente) doendo ou não me enervei de revirar tudo pra não achar nada.
No final, liguei pra clínica, entregando os pontos, e fui informada que podia tirar segunda via mole. Não hesitei, perdi (ganhei!) o resto da tarde nisso, fazendo a famosa promessa durante a espera: agora arrumo a papelada toda.
Por enquanto a promessa está funcionando. E não é que com tudo arrumadinho assim não se organizam mais as coisas da mente? Bendita arrumação, bem que papai e mamãe avisaram.
O caso é que perdi o tal do papel do DETRAN e só fui me dar conta da ‘perdição’ toda quando estava indo (aos trancos e barrancos, voando de fundão até são gonçalo), tentando achar a tal Clínica Esfinge. O pior ainda foi eu nem me dar conta que o CPF e identidade (q jurava estar junto com o papelzinho querido) estava é na minha carteira, e não perdido por aí. Resumindo, eta confusão.
Mamãe reclama: “Pra que tanto papel, meu Deus”; papai sentencia: “não é o papel, é a bagunça!”. Tudo bem, são milhões de folhas soltas por aí (também, filhinha está inscrita em 2 trabalhos na jornada científica aquela, além de outros 3 trabalhos - diferentes dos dois anteriores - para apresentar na semana de anglo-germânicas) . Mas ah, desculpe o auê, agora não adiantava chorar sobre o leite derramado, e com dente (ou falta de dente) doendo ou não me enervei de revirar tudo pra não achar nada.
No final, liguei pra clínica, entregando os pontos, e fui informada que podia tirar segunda via mole. Não hesitei, perdi (ganhei!) o resto da tarde nisso, fazendo a famosa promessa durante a espera: agora arrumo a papelada toda.
Por enquanto a promessa está funcionando. E não é que com tudo arrumadinho assim não se organizam mais as coisas da mente? Bendita arrumação, bem que papai e mamãe avisaram.
domingo, 9 de setembro de 2007
Reencontro
- Oi, tanto tempo...
- É, vc tá muito bem!
- Apressada como sempre só. Muitas coisas pra fazer, trabalho, vida que não para. E você?
- Tô namorando.
- Legal.
(silêncio)
- Mas não anda mto legal não.
- Que acontece?
- Ela é ótima, mas sinto vontade de estar com outra.
- È que vc precisa reconhecer nela outra!
- O problema é que ela não é você.
(em "Diálogos de alguma ficção")
- Oi, tanto tempo...
- É, vc tá muito bem!
- Apressada como sempre só. Muitas coisas pra fazer, trabalho, vida que não para. E você?
- Tô namorando.
- Legal.
(silêncio)
- Mas não anda mto legal não.
- Que acontece?
- Ela é ótima, mas sinto vontade de estar com outra.
- È que vc precisa reconhecer nela outra!
- O problema é que ela não é você.
(em "Diálogos de alguma ficção")
come here
Antes do Amanhecer é um filme que agrada pela simplicidade e bons diálogos, e ainda por nos fazer acreditar no amor espontâneo assim.
sexta-feira, 7 de setembro de 2007
Ai, minha vida!
Verdadeiramente, a expressão q dá nome ao blog cabe aqui, nesse dia! Eta tédio, pós-tiração de dente é sempre chato. Não pode comer mto, não pode comer pouco (ao menos tem sorvete, muito sorvete). Febre vai, febre volta, ai delírio. Acabei de ver "E o Vento Levou" e mesmo tendo visto esse filme a minha infância inteira só agora entendi. No fundo ele é modernista, trás a contradição toda de Scarllet e no final ela encontra razão na terra e não no marido (embora ela tire força pra fazer isso pelo marido). Anyway, q marido! Eu casava com ele... E deixava o insonso do Ashlei a ver navio fácil. Isso é hoje, pq antes suspirava por Ashlei e despresava Rhett com todas minha forças. Daí que deu vontade de ler Virginia... Mas ainda não é a hora sabe. Fora que li um conto hoje que me deixou toda mexida. Começava assim "Well, Mabel, and what are you going to do with yourself?". Forte o suficiente. Mas até cheguei a desacreditar o conto por um bom pedaço, até a cena final. Ai, me desfolhou inteira aquilo... Por isso ler Virginia agora não me ajudaria, poderia deixar algo de dor de sobra. Por agora tenho o suficiente. Sete de setembro. Decidi até o que farei de aniverário... Terá aniversário aqui com os amigos de sempre e uns doces novos. Especiarias da mamãe. Ademais, final de setembro me aguarda, melhor que nunca. Melhores dias da vida será? Dias supreendentes e de decisão, certamente. O dia em que vou decidir estar do lado de cá pra vc aí, de vez. Por agora, vou pegar o edredon, cobrir o corpo todo e esperar a febre passar de vez. Claro, esperar que amanhã esteja melhor, termine todas as leituras do final de semana, faça gráficos, guias, maque texto e... Só aí lerei Virgínia.
Seja hetero(gêneo)
Olha, eu poderia não ter aprendido nada com a faculdade até agora, mas só de refletir o 'ser heterogêneo' e ser global/local, medidas em nome de diminuir as utópicas diferenças sociais, me encho de gosto (gosto de morango e ameixa). Todos os dias eu reflito sobre como está sendo isso tudo, o fato de estar acabando isso tudo e... Não, não está. Está só começando o meu trabalho, a minha maior paixão acabou de bater a porta, dar aula está sendo mais que fantástico! Algo meio ‘tá, tudo pode dar errado, mas isso está certinho’ (e olha que a tendência é sempre tudo dar errado – vide levar 3h pra chegar à faculdade).
Seja hetero no pensar, pensando as diferenças sociais, raciais, sexuais, textuais... Enfim, a diferença é o que há (não o moderninho querer ser diferente sendo igual a alguem da classe mais abastada). Cansei de ter de me vestir do jeito X (isso desde sempre), pra ser bonita, ou ter de usar maquiagem, ou então ter de sonhar em casar, ter trigêmeos e morar em casa com cerca baixa.
Sei lá o que quero pô, Vamos ver o que vou querer daqui a 2 semanas. Tenho certeza que será algo completamente diferente, por vezes contraditório. E ‘contraditório’ é a palavra. Me deixe ser contraditória na hora que entender: quero, depois não quero, aí eu penso que quero, mas... Mas as coisas mudam, o contexto muda. E parece às vezes que assim que escrevo determinada coisa mudo de idéia na sinapse seguinte (e não é TPM).
Não quero ‘sucesso’ no futuro se for me dizer que sucesso é ganhar dinheiro só. Eu quero sucesso no futuro se é pra realizar, pra saber, pra encantar a mim e os outro. Pra ser hetero ou homossexual se preferir, casar com negro ou japonês sem implicâncias, com mais velho ou mais novo, com mais distante ou mais perto (afinal, globalidade nesse sentido é que não me falta!), socialista ou capitalista, puritano ou bissexual.
Creio que nunca estive tão em paz comigo mesma agora como nesse momento de celebração a heterogeneidade no pensar (e pode chamar de pós-modernita, pseudo qqer coisas, blá blá blás de rótulos que celebram o homogêneo), nos estudos, levando isso pra dentro da sala de aula, levando isso pras pessoas mais íntimas, levando isso sinceramente pro meu coração.
Seja hetero no pensar, pensando as diferenças sociais, raciais, sexuais, textuais... Enfim, a diferença é o que há (não o moderninho querer ser diferente sendo igual a alguem da classe mais abastada). Cansei de ter de me vestir do jeito X (isso desde sempre), pra ser bonita, ou ter de usar maquiagem, ou então ter de sonhar em casar, ter trigêmeos e morar em casa com cerca baixa.
Sei lá o que quero pô, Vamos ver o que vou querer daqui a 2 semanas. Tenho certeza que será algo completamente diferente, por vezes contraditório. E ‘contraditório’ é a palavra. Me deixe ser contraditória na hora que entender: quero, depois não quero, aí eu penso que quero, mas... Mas as coisas mudam, o contexto muda. E parece às vezes que assim que escrevo determinada coisa mudo de idéia na sinapse seguinte (e não é TPM).
Não quero ‘sucesso’ no futuro se for me dizer que sucesso é ganhar dinheiro só. Eu quero sucesso no futuro se é pra realizar, pra saber, pra encantar a mim e os outro. Pra ser hetero ou homossexual se preferir, casar com negro ou japonês sem implicâncias, com mais velho ou mais novo, com mais distante ou mais perto (afinal, globalidade nesse sentido é que não me falta!), socialista ou capitalista, puritano ou bissexual.
Creio que nunca estive tão em paz comigo mesma agora como nesse momento de celebração a heterogeneidade no pensar (e pode chamar de pós-modernita, pseudo qqer coisas, blá blá blás de rótulos que celebram o homogêneo), nos estudos, levando isso pra dentro da sala de aula, levando isso pras pessoas mais íntimas, levando isso sinceramente pro meu coração.
quinta-feira, 6 de setembro de 2007
E a saga continua
Mais uma vez no dentista para tirar o dente, desta vez não era siso! Era o tal extra-numerário localizado na parte esquerda inferior da boca, ali na gengiva. Imagem que eu estava tensa, afinal venho acumulado experiências consideráveis uma atrás da outra (opa, capcioso!).
Desta vez era um doutor chamado Felipe, com cabelo começando a ficar grisálio, com bom humor e tranquilidade. Ele cantava pra colega de trabalho 'Me dá um beijo então - imediatamente ela reage 'mas que perigo' - aperta a minha mão, tolice é viver a vida assim sem aventurar', e ele completa "só estou cantando a música". Eqto isso dona Fabíola jogada na cadeira naquela aflição, com borboletas espetando a barriga de nervoso mesmo.
Então, ainda antes de começar tenho de ouvir o espetáculo da ajudante que não sabia colocar a luva esterelizada! O que foi aquilo, estava para virar e dizer "olha, não precisa de ajudante não, deixa assim!". Esses médicos tratam o consultório como o quintal de casa.
Na cirurgia, com anestesia de sobra, ele fazia força aqui, acolá e eu pensava tristemente se deveria mesmo fazer aquilo, afinal o dente estava ali incomodando ninguém, era só por motivo de estética que o tiraria (para mover os dentes de cima sem q ele atrapalhasse). E ficava naquele duelo de consciência, me achando uma pessoa das mais superficiais e masoquistas por fazer aquilo comigo mesma. Quando chegava ao clímaz da dicotomia interna o médico avisou "acabou tá Fabíola". Ué? Mas já? Assim? Eu quero continuar com meu conflito interno!!! É mal eu sabia que teria tempo de sobra pra continuá-lo.
Próximo estágio: os famosos pontos. Essa parta da cirurgia tem duas faces: a alegria de estar acabando e o sofrimento de sentir a agressão da agulha na pele. Assim, com os pensamentos conflituosos sumariamente arrancados de mim, comecei a esperar ansiosamente pelo 'acabamos'. No entanto, te juro, ele passou mais 20 vezes aquela linha na minha boca! E costurava, costurava, costurava... E cadê o fim, meu Deus? Me abandonaste?
Em certo momento abstraí, comecei a pensar na aula de litingle V e o 'garden-party', a globalização e consequências humanas de inglês VII, o aniversário que sei lá o que farei da vida em termos sociais... E acabava? Não tinha mais o que pensar! Então, sem querer, deixei minha atenção cair na agulha entrando com dificuldade, entrando a linha, passando pela carne toda durinha da gengiva...
E foi assim a quinta experiência de extração dentária...
Desta vez era um doutor chamado Felipe, com cabelo começando a ficar grisálio, com bom humor e tranquilidade. Ele cantava pra colega de trabalho 'Me dá um beijo então - imediatamente ela reage 'mas que perigo' - aperta a minha mão, tolice é viver a vida assim sem aventurar', e ele completa "só estou cantando a música". Eqto isso dona Fabíola jogada na cadeira naquela aflição, com borboletas espetando a barriga de nervoso mesmo.
Então, ainda antes de começar tenho de ouvir o espetáculo da ajudante que não sabia colocar a luva esterelizada! O que foi aquilo, estava para virar e dizer "olha, não precisa de ajudante não, deixa assim!". Esses médicos tratam o consultório como o quintal de casa.
Na cirurgia, com anestesia de sobra, ele fazia força aqui, acolá e eu pensava tristemente se deveria mesmo fazer aquilo, afinal o dente estava ali incomodando ninguém, era só por motivo de estética que o tiraria (para mover os dentes de cima sem q ele atrapalhasse). E ficava naquele duelo de consciência, me achando uma pessoa das mais superficiais e masoquistas por fazer aquilo comigo mesma. Quando chegava ao clímaz da dicotomia interna o médico avisou "acabou tá Fabíola". Ué? Mas já? Assim? Eu quero continuar com meu conflito interno!!! É mal eu sabia que teria tempo de sobra pra continuá-lo.
Próximo estágio: os famosos pontos. Essa parta da cirurgia tem duas faces: a alegria de estar acabando e o sofrimento de sentir a agressão da agulha na pele. Assim, com os pensamentos conflituosos sumariamente arrancados de mim, comecei a esperar ansiosamente pelo 'acabamos'. No entanto, te juro, ele passou mais 20 vezes aquela linha na minha boca! E costurava, costurava, costurava... E cadê o fim, meu Deus? Me abandonaste?
Em certo momento abstraí, comecei a pensar na aula de litingle V e o 'garden-party', a globalização e consequências humanas de inglês VII, o aniversário que sei lá o que farei da vida em termos sociais... E acabava? Não tinha mais o que pensar! Então, sem querer, deixei minha atenção cair na agulha entrando com dificuldade, entrando a linha, passando pela carne toda durinha da gengiva...
E foi assim a quinta experiência de extração dentária...
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
segunda-feira, 3 de setembro de 2007
No tempo em que era selvagem...
No tempo em que era selvagem não ligava muito pras convenções sociais, pra amigos ou inimigos, cor de pele e textura de cabelo. Naquele tempo minha oca era confortabilíssima mesmo no pequeno que era, nas poucas coisas que tinha e no tanto de significado pras pessoas que continha.
Era uma silvícola arretada, de machadinha e tudo, que festejava anos de vida dentro da mente, ou com bolo de chocolate de pajé vovó. A tribo que venho é potiguar, significa comedor de camarão. Camarão não vejo mais por aí fácil não e nem num preço adequado ao consumo diário, mas fica no nome.
No tempo em que era selvagem tinha sabor de terra nas mãos e raiz de coisa-nenhuma-mas-criativa na cabeça.
Agora vá dizer, que índia bonitinha.
sábado, 1 de setembro de 2007
Sylvia Plath
"Out of the ash
I rise with my red hair
And I eat men like air."
(Lady Lazarus)
Estava só procurando um poeta americano modernista pra falar a respeito no trabalho pro dia 14. Por ter me interessado quase que nulamente ao assunto, fui ainda pesquisar sobre eles no google pra depois escolher o bendito. Não sabia de poesias... A não ser que não tinha gostado muito, aí q encontro Sylvia Plath.
Ela intriga sabe, ela é Virgínia, é Clarice. Independente se gostam ou não eu conheço da tristeza que elas carregavam. É uma coisa assim que sente só com os olhos bem fechados, vendo os risquinhos coloridos desenhando pra você o sentimento todo. Sylvia não será minha poetisa predileta nunca, mas ela tem aquele detalhe nas palavras que faz parar e... Reconhecê-la em mim.
Pai que nunca existiu, marido que a trocou por outra, não ver razão em viver sem razão. Temos nada em comum. E tanto, tanto... que só as não-palavras dali explicam.
"If I've killed one man, I've killed two-
The vampire who said he was you
And drank my blood for a year,"
(Daddy)
E que vontade de poemizar me dá.
Limbo
Um curta sobre um ateu que vai pro inferno!
Vi no animamundi e foi dos mais engraçados q vi, das duas sessões que fui.
"Pra vc não se perder por lá, vou te deixar um mapinha"
"De acordo com os dados do meu computardor vc foi ateu. Boa viagem."
"Mas como eu ia saber que ele existia. (...) Você não pode acreditar nesse computador, vc nem sabe se a pessoa q passa essa informação é confiável."
Vi no animamundi e foi dos mais engraçados q vi, das duas sessões que fui.
"Pra vc não se perder por lá, vou te deixar um mapinha"
"De acordo com os dados do meu computardor vc foi ateu. Boa viagem."
"Mas como eu ia saber que ele existia. (...) Você não pode acreditar nesse computador, vc nem sabe se a pessoa q passa essa informação é confiável."
Assinar:
Postagens (Atom)