domingo, 30 de agosto de 2009

29

29 de agosto aniversaria uma persona muito especial em minha história de vida amorosa: meu primeiro namoradinho. Tinha lá pelos 14 anos de idade quando nos conhecemos, mas somente dois anos depois ficamos juntos. Neste ínterim houveram muitas histórias envolvendo nós dois. A grande maioria delas se relacionava a algum desentendimento, seja por opinião diferente, seja por atitude mútua que não gostamos, ou por ciúmes reprimido.

Todas as professoras gostavam de nós dois juntos, tanto que certa vez discutimos relação em plena aula de direito (com a professora mais chata), e ela não nos chamou a mínima atenção. Ao contrário, ao final, me vendo sozinha na sala (porque ele havia saido na frente pra encontrar a menina dele), ela me pergunta se estávamos namorando. E eu, totalmente desconsertada, disse que não. Ela completa "vocês fazem um belo casal, deveriam estar juntos". Ao sair dali, encontrava ele com a moça que eu nao tinha coragem de dizer para ele largar para estar comigo.

Era muito orgulho para duas pessoas só. Se algum amigo nosso ficasse só conversando comigo, ele fechava a cara. Se ele ficasse de trela com as meninas do primeiro ano, eu fechava a cara. Contudo, ninguém assumia publicamente o tal sentimento. Mesmo com toda a problemática, ele foi a única pessoa que me visitou quando tive catapora (é, tive catapora com 15 anos), sem saber ao certo se ele tinha tido ou não, e ainda levou seu cd favorito e sua coleção de revistas do Spaw. Além disso, passou a frequentar meu bairro, o grupo de jovens da igreja, e com isso ele me conquistava inconscientemente.

Dia 17 de maio de 2002 descobri que me mudaria para Rio Grande no meio do ano. Foi aí que eu não pude mais negar pra mim mesma, eu queria estar com Ele. Desfiz o que tinha com o meu moço, no mesmo dia que ele desfez tudo com a moça dele, mas sem sabermos isso um do outro. Nossos amigos em comum tentavam apaziguar o moço e a moça largados na praça, enquanto nós dois pensávamos um no outro (e nem sabíamos).

Faltando um mês para que fosse embora, no dia do final da copa do mundo entre brasil e alemanha, finalmente, o primeiro beijo. Meio atrapalhado, meio tímido. Mas o primeiro beijo, e era 'nosso' beijo. Ele, educadamente diz "senta aí" e eu, mto docimente: "que foi, hein". Não acreditava em romantismo pra gente, mas romantimos é mera convenção quando se verdadeiramente gosta de alguém aos 15 anos.

A partir dali não nos importávamos com a opinião pública, com o tempo limitado que nos restava, o quanto nossos 'ex-pares' iriam nos odiar talvez por tal troca. O caso é que se alguma vez acreditei em destino, foi quando vivenciei cada momento, mesmo que raro, ao lado dele.