segunda-feira, 7 de fevereiro de 2005

Minha 1ª festinha

Lembro como hoje da minha primeira festinha. Digo primeira que fui de uma amiga minha, não de meus parentes aonde se vai por livre espontânea pressão. Essas lembranças vieram à mente por conta de um certo detalhe: escutei Mamonas Assassinas.
Foi bem na época que o descontraído grupo despontava no ibope que aconteceu a bendita festa: ano de 1996, estava eu na 4ª série. A aniversariante chamava-se Andréia e, devo confessar, que de anti-social que eu era não me fazia falta aquela festa. Mas fui porque nem sempre se pode esconder na barra da saia da mãe, embora minhas tias tivessem ido me acompanhar.
A chegada triunfante dessa que vos fala foi para abalar qualquer estrutura, digo, a minha estrutura: pois não é que a moça que aniversariava não comenta do meu batom (o qual não queria passar): “não tinha um mais forte não”. Aquilo saiu como uma bomba em meu cérebro que esperava de tudo... Só que logo de cara um comentário assim... Pula essa parte!
Depois, ao encontrar o grupinho da escola, com todas as meninas que eu fazia questão de não me dar muito bem, vieram os assuntos variados até que se falou da música que tocava: Mamonas Assassinas. Aí imaginem, todos falando que não gostavam do estilo, que chegava a ser ridículo e eu lá no meio achando ótimo que as pessoas tivessem a mesma minha opinião. É, já dá pra saber que tudo que se falou de ruim da banda ficou de boca pra fora (dos tempos antigos pros de hoje não mudou muito). Então, no avançado da festa tocou novamente o cd do Mamonas... Foi a catarse do pessoal: todos dançando, cantando loucamente, até eu um pouco participei do momento, embora um pouco contrariada de tão tímida.
Aí está a prova definitiva que eu sempre fui um pouquinho excêntrica. Mas do contrario do que se pode pensar não achei nada ruim do pessoal fazer aquilo, eles estavam verdadeiramente felizes, lembro-me bem. Daí se tira que sou diferente, no entanto não uma má pessoa. Quero de coração que as pessoas ao meu redor estejam felizes – do jeito que elas acharem melhor e se quiser até ajudo.

Hoje, ao escutar brevemente Mamonas Assassinas veio tudo isso à tona. E o que me surpreende é que depois de oito anos longe do Rio encontro no orkut figuras daquela época: a própria aniversariante daquele dia e sua amiga, Helen. Isso cheira um tanto de “Amélie Polain” em mim, onde a lembrança do passado tem tanto valor e reencontrar as moças é achar um pouco de mim mesma perdido por aí. O “aí” que cada vez aumenta mais, trazendo novas lembranças, de novos lugares e mais pessoas que ficam guardadas em mim como tesouro.

Obs: Batom rosa: nunca mais!

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