segunda-feira, 1 de junho de 2009

Synecdoche, New York



Vi o mais novo filme de Charlie Kaufman hoje. Depois de entrar na mente de alguém e de brilhos eternos de uma mente sem lembrança (este que simplesmente mexeu por demais comigo), agora vem Sinédoque, New York.

Primeiramente, o título vai de encontro a questões discutidas há muito nos pagos(?) gaúchos em relação a metonímia que algumas histórias criam em relação a vida (como aqueles poemas da cidade em que todos estão mortos que o Italianinho tanto gosta, ou mesmo o filme Dogville). Agora Sinédoque, NY ao invés de trazer questões sociais, trás o indivíduo na tela com sua metonímia, com suas frutrações e falta de expectativas.

O personagem chamado Carten Cortarg oferece através de uma suposta peça teatral, uma visão panorâmica da própria visão sobre a vida (muita 'visão' porque é simplesmente a visão da visão dele, nada mais). Sendo que vemos, como caixinhas chinesas, uma narrativa se encaixando na outra.

Não transcorrerei mais sobre o assunto. Vida, morte, amores, velhice. Tá tudo no pacote, é só pegar. E pegue também esse discurso acima que para mim é uma dos ápices do filme.

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