Uma questão de confiança, este seria a pilastra principal das interações humanas. Família, amigos, amantes, todos atados por um fio quase imperceptível chamado confiança. Todos se olham, todos nos olham, todos olham pra dentro de si procurando um pouco de confiança. Confiança em suas próprias palavras, nas palavras alheias, nos pensamentos de todos.
O problema é que muitas vezes o ato falho nos entrega, o vizinho nos deixa na mão, as nossos amigos inventam historinhas mirabolantes, nossos pais não nos contam o que deveriam ter dito, e os namorados e namoradas são tão falhos quanto nós mesmos não gostaríamos de ser.
No entanto, continuamos a confiar, e ao mesmo tempo vendo que não há confiança que sobreviva na turbulência das ações contidianas impensadas. Mas a confiança continua. E a dor de confiar, e o sentimento de perda do outro quando se vê que nossas projeções não são correspondidas.
Vai ver é contido na Projeção. Projetamos as pessoas ideias, da nossa vilazinha ideal de pensamentos estranhos. E a projeção não acaba por aí. Nos imaginamos também dignos de confiança de todos, e, na verdade, não podemos contar muitas vezes nem com nós mesmos.
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