quinta-feira, 1 de dezembro de 2005

aonde vamos parar???

De fato essa questão me preocupa muito, principalmente por pegar 2 ônibus todos os dias e me deparar com manchetes reluzentes da queima do ônibus com pessoas dentro. Isso aconteceu ali na Penha, relativamente perto do Fundão, onde até pensei em morar.

Os selvagens conseguiram colocar fogo num ônibus com pessoas dentro, ficar assistindo e ainda jogar pedras. Fico impressionada com a capacidade destrutiva do ser humano... Quem dera fosse 'auto-destrutiva', poderiam usar isso em prol da sociedade se eliminando dela. Lendo as manchetes on-line fiquei profundamente comovida: morreu a mãe e filha de 2 anos abraçadas e o pai tendo de assistir tudo; tinha a universitária com seus 20 que voltava da faculdade; tinha o casal cujo o rapaz conseguiu salvar boa parte das vidas q ali se encontravam por lutar contra a dor e desesperadamente abrir a punhaladas a porta traseira do ônibus.
O motivo do massacre? O de sempre... troca de tiros com polícia, mataram um traficante das redondezas e daí é simples: mata-se o cidadão que nada tem com aquilo e a culpa fica sendo da polícia, que não tinha nada de matar o traficante. Morreram 5 e 13 estão feridos (alguns gravemente). É o banditismo valorizado.. Agora encontraram um carro com 4 homens mortos com o aviso de que aqueles seriam os causadores do atentando terrorista ao ônibus, vê-se como os bandidos são bonzinhos, eles matam compulsivamente e não admitem que um dos seus vá para a vala, que companheirismo! Enquanto isso os parentes das cinco vítimas que não sobreviveram sofrerão amordaçadas a perda de seus entes, os quais seguiam sua vida tranquilamente fazendo planos, comprando presentes de natal, participando de amigos secretos e marcando confratenização em pizzaria com amigos.

É um nó na minha garganta, verbo antípatico de ver essa manchete por todo o canto. E pensar que estou tão perto e tão longe disso tudo. Estou perto espacialmente e longe psicologicamente. O pior é que nem se pode contar com político carioca, eles têm carros blindados, condomíneos fechados e seguranças, além de aliados no lado crime. E o resto? Donde fica o direito de ir e vir do cidadão? De fato, quem é cidadão no Rio? Somos todos jogados nesse pedaço de terra e obrigados a engolir centenas de atos covardes como esse, já que o descontrole tomou conta.

E eu sigo a vida lilás pensando naquela música do John Lenon sabe, Imagine...

Um comentário:

Tiago Tresoldi disse...

Que coisa... Por aqui, nem falam nisso.

Agora, mais uma vez pode haver arrependimentos futuros, mas lembra de tudo aquilo que conversamos umas semanas atrás? Junta isso à equação...