quarta-feira, 18 de julho de 2007

Situação Decisiva (continuação)

- Não é algo só físico. Você é um fofo. Foi inevitável sentir algo por você.
(risadas)
- Eu sou um fofo?
- Simplesmente gosto de você. E tenho vontade de falar contigo mais do que com qualquer outra pessoa. Fico pensando em como está, em quando vou vê-lo novamente, em te fazer bem… E são pensamentos de momento todo, não de momento só.
(silêncio)
- Olha, não quero te magoar...
- Tá bom, não completa, a gente fica por aqui.
- Não deixa eu falar, é que não quer perder sua amizade com seja lá o que possa acontecer.
- Minha amizade você terá. Mas não quero beijos de brinde. Pague 1, leve 2, só xampu.


(em "Diálogos de alguma ficção")

grandes expectativas

Dia desses perguntaram pra mim o que quero da vida em termos amorosos assim. Com meu melhor olhar blasé soltei um suspiro e respondi que esperava o clichê todo aquele que conhecemos. Não convenci a audiência, por isso tive de explicar o ‘clichê todo aquele’, e foi nesse momento que descobri que não sabia que ‘clichê todo aquele’ me referia.

Quereria eu a relação meteórica, com muita paixão e arder das almas, distante de qualquer monotonia, super palpitante, contudo com prazo de validade? Ou aquela calma como as águas de um laguinho, cheia de ternura, e blá blá blás, bem bege assim? Mais ainda, aquela do imprevisível, da descoberta a todo o momento, cheio de altos e baixos, mas sempre tentando manter a força? Ou a relação cabo-de-guerra, cada um puxa pro seu lado, ninguém quer ceder, até q no final um cai?

Enfim, com seus prós e contras, cada tipo de relação não supera a surpresa de se esperar o que virá no virar da página. Isso sim me é interessante, essencial: o inusitado de tudo. Que seja clichê, que seja brega, que seja tudo aquilo, ou nada aquilo, mas minhas grandes expectativas estão voltadas pras sensações novas que isso poderá trazer. Até que a primeira briga, melhor amiga, intriga, seja lá o que for, nos separe. Ou não.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Situação decisiva

- Olha, podemos discutir relação?
- Sim...
- Então... Pra onde você acha que estamos indo?
- Em que sentido?
- Da relação... Você acha que acabou?
- Isso depende... Depende dos dois lados. Se assim quisermos, seria o fim.
- E o que você sente... É só físico ou algo mais?
- Não complica...
- Estou perguntando, pô!
- Físico... E você?
- Um pouco dos dois.
- Nesse caso, deixa eu confessar algo...

(em "Diálogos de alguma ficção")

suspiros

Esse pessoal saudosista por natureza tem saudade da sombra que foi ontem. Tem saudade do pôr-do-sol aquele de 5 anos atrás, mesmo podendo ter agora mais bonitos. Não se contenta com o chocolate, bala, traquinagem de hoje, diz que antigamente infância era melhor e mais divertida.

Gosto de focalizar o presente, no entantoo o saudosismo sempre salta aos meus olhos com imagens daquele passado que já foi, que não será mais... Contudo, bem que poderia ser, fico pensando. Meu saudosismo chega ao ponto de ter saudade da faculdade que ainda não terminou, da cidade que ainda moro, da vida que solteira que parece que não se configurará diferente pelos próximos tempos... Saudade da música do momento que não escuto há mais de 2h, de papai e mamãe que me largaram pra mim mesma.

Dia desses, sentada num canto dessa cidade de concreto, via os carros passando de supetão, todos juntos, sirenes tocando, buzinas bramindo, a melhor companhia do mundo naquele momento, poluição (sim, quem disse que dá pra viver sem ela) e aquela sensação de ‘puxa, que saudade disso tudo’. Acho que só tem uma explicação... Nasci pra suspiros.

domingo, 15 de julho de 2007

I see you... you see me

Looks like it happened again!


Descobri essa música esse final de semana por indicação de uma nova amiga e... "Darling when I see you, I see me". Não é meiguinha;)
E o clip, a menina zuretinha, totalmente aleatória, perecendo do coração...

sábado, 14 de julho de 2007

Rio cultural

Mês de julho é mês de Rio Cultural. Nada de viajar pelo brasil a fora, as férias são para dedicação total para cultura útil ou não dos espaçoes culturais, teatros e cinemas cariocas, afinal não é qqer cidade que mesmo em uma greve cultural (?) tem milhões de opções e com grande qualidade.


A pedida de todo dia será, claro, o CCBB (Espaço Cultural Banco do Brasil). Com uma programação diversificada com exposições, amostras cinematográficas, musicais e peças de qualidade, nos cativam desde o primeiro dia do mês até o último. Também não podemos deixar de lado o fascinante Odeon BR e seu clima de Belle Epoque carioca, além de espaços culturais dos correios, da caixa e a casa frança-brasil. Um tour pelos cinemas alternativos da zona sul tb se faz necessário... Botafogo se destaca nessa modalidade. Estou vendo que meu Pan será de sala em sala. Menos mal.

Com tanta coisa no mundo, às vezes é bom se voltar para o que está perto, para o q vem de dentro, para o que é daqui do lado. Não custa admirar a beleza da cidade com o céu mais bonito. Tá, a passagem é cara... Mas a recompensa será boa, tenho fé. Serei a espectadora autista de coisas aleatórias por aí. Gostei do novo título.;)

Nathália

O nome dela é Nathália. Tem olhos e cabelos castanhos e é negra. Nunca ouviu falar da cor 'amarelo queimado', mas sabe de 'azul piscina'. Ela sempre confunde o 'mas' com o 'mais'. Tem 2 irmãs: uma de 28, com três filhas, e outra de 8 anos. Ela tem apenas 11 anos, fará 12 em breve. Tem covinhas nas bochechas e disse que não sabe de 'composto' e 'derivado'. Eu disse que ela lê muito bem. Ela lê muito bem. Reescreveu o parágrafo pq pedi. Circulou os adjetivos de rosa... A ponta da lapiseira quebrava toda hora. Troca 'd' e 't', 'f' e 'v'. Seu nome é Nathália, negra, que diz ser uma menina boa que mora com o pai, a mãe e as irmãs... Mais um cachorro e um rãmister. Minha primeira aluna, buscava reforço nas férias. Nathália que mora na 'Rua Alegria'.

sexta-feira, 13 de julho de 2007

A cena do beijo

- E se eu largasse tudo por você?
- Tudo o que? Sua casa, sua esposa, seus três filhos, seu emprego milionário?
(risadas)
- Está bem, não tenho nada disso... Mas você entendeu, se eu largasse tudo por você, pra ficar contigo?
(silêncio)
- Eu te daria um beijo...
- Eu falo sério... hipoteticamente sério!
- Falo sério também... Olha aqui o beijo!
(o beijo)
- Vc não acredita...
- Não é qualquer beijo, é um beijo na chuva!


(em "diálogos de alguma ficção")

Pan... do Brasil?

Por um golpe do acaso, ligo a tv para testar um cd e quando vejo está começando a cerimônia do Pan no maracanã. Resolvi não dar uma de sem graça, e ao invés de virar a cara sem dó nem piedade fui espionar o que tinha de bom, e principalmente a entrada da delegação de São Vicente alguma coisa na qual a Isis (recém chegada de terras distantes) estaria encarregada de tal delegação.

Da cerimônia de abertura tenho a comentar q foi um misto de carnaval fora de época com criança esperança, tendo como melhores partes o momento em que tocou Villa Lobos e Céu encantando todos. Por alguns segundos até pensei ‘poxa, não custava nada ter ido’, mas quando vi o início do Jornal Nacional falando de mais de meia hora de espera pra entrar no maracanã (todo fantasiado de pan e que não é o Engenhão!), desisti do arrependimento instantaneamente.

Essas coisas de esporte mexem comigo. Me sinto tão... brasileira. E hoje vendo a abertura me senti tão... carioca. E falando em ‘carioca’, o presidente foi sabotado? Sei q foi vaiado... E não discordo de todo, afinal ficou o governo federal, estadual e municipal batendo cabeça por séculos... e quase q não saia obras infinitas do pan. César Maia, aplaudido, o maluquinho narcisista está fazendo história.

No mais, negligenciaram São Vicente e alguma coisa pra passar comerciais. Globo, sempre globo. Galvão falando de sua história de espectador do primeiro pan no brasil, priceless... Oh vida, por essas preferia esperar mais de meia hora pra entrar no maracanã fantasiado de pan.

terça-feira, 10 de julho de 2007

Divagações sobre a felicidade

- E vc tá feliz?
- Como assim?(risadas)
- Não liga, eu pergunto isso pra todo mundo. Deixa perguntar direito, vc se considera feliz?
- Sim sim, problemas todos temos mas eu me considero feliz sim.
- E vc se sente feliz nesse momento? Com os últimos acontecimentos e tal?
- Sim, me sinto feliz... me sinto satisfeito.
- Vc se sente feliz comigo?


(em "diálogos de alguma ficção")

domingo, 8 de julho de 2007

Alguns momentos dos melhores...


Mascote de Letras, Pretinha rules!


aren't they beautiful?


comida, comida!



zi voltou... e o sorriso todo.


Eu vejo flores em você:)

Dos dias mais felizes da vida




Não sei quais são os critérios básicos para se viver os dias mais felizes da vida; nem ao menos sei se os tais dias já passaram ou se estão por vir. O que posso inferir sobre o assunto é que já tenho grandes candidatos para o ‘cargo’. Dentre eles estão os dias da semana passada, mais especificamente o dia 06/07 em que não só um picnic foi realizado entre a turma LEJ, mas milhares de pequenas coisas se encaixaram definitivamente no seu lugar.

Certa vez duvidei do tamanho do preenchimento de uma amizade na minha vida. O que quero dizer é que pensei, amigos são muito bons, mas não sanam nossas angústias mais íntimas, nem nos ajudam tanto a sana-las, coisa do tipo, como ‘vão e voltam’ e nunca ficam de fato. Eu deveria ser severamente repreendida por esse pueril pensamento, afinal Deus (da beleza, da vida, da natureza toda), vem me mostrando que bem ao contrário do que pensava são os tais ‘amigos’ os únicos habilitados a aplacar as dores da alma.

Sendo assim, dia 06/07 foi o dia em que fizemos nossa reunião e comemoração de 2 anos e meio juntos, com direito a visita ilustríssima de convidados especiais: Isis da zoropa e Fabrício de far far away. Ademais, tivemos a turma praticamente toda (só a Jubs não deu o ar da graça), brincando, comendo, cantando (if you like pina coladas), saltitando na relva entre faculdade de letras e reitoria (olha a ocupação hein!). Indescritível a sensação de GRUPO, de UNIDADE, de EU TE GOSTO TANTO. Claro, do grupo grande se tem os grupos menores, das pessoas mais íntimas. Mas é estranho como o grupo grande todo é melhor amigo sem inveja (todo mundo torcendo mto pro outro no Brasas – again!, no CLAC, nos PORTs da vida), sem ressentimento (perdão é mto bem empregado entre os nossos), com mto carinho (os cumprimentos nossos de cada dia que o diga!), com respeito e um ‘quê’ de saudosismo que já começa a adentrar nos sentimentos do grupo.

Creio que deva ter algo de destino funcionando nessa vida, ou é Deus dando provas de ‘oh, Eu existo mesmo viu?!’, pois não há outra explicação para que caísse justo com aquela turma. Deus pensou ‘tá bom, ela é uma boa menina, merece ter um oásis na terra’, e me deu justo ‘quens’ de presente... Eles todos. São meus, todos meus. E são meu motivo para que nunca nunca deixe de vir ao Rio.

Eles são o arco-íris cheios de energia, o algodão doce da pracinha, a brisa de verão que traz a sensação de bem-estar. E esse post é só pra dizer que me descobri neles... me descobri de mim mesma. Me descobri com saia rodada e no quase-sem-querer de tudo. Me descobri carioca de coração, do coração deles. Sou mais eu pq sou...

Obrigada Papai do Céu! :)

quinta-feira, 5 de julho de 2007

domingo, 1 de julho de 2007


Yo adivino el parpadeo
de las luces que a lo lejos
van marcando mi retorno.
Son las mismas que alumbraron,
con sus palidos reflejos,
hondas horas de dolor.
Y aunque no quise el regreso,
siempre se vuelve al primer amor.
La quieta calle donde el eco dijo:
"Tuya es su vida, tuyo es su querer!"
Bajo el burlon mirar de las estrellas
que con indiferencia hoy me van volver.

Volver,
con la frente marchita,
las nieves del tiempo
platearon mi sien.
Sentir,
que es un soplo la vida.
que veinte años no es nada,
que febril la mirada
errante en las sombras
te busca y te nombra.
Vivir,
con el alma aferrada
a un dulce recuerdo,
que lloro otra vez.

Tengo miedo del encuentro
con el pasado que vuelve
a enfrentarse con mi vida.
Tengo miedo de las noches
que, pobladas de recuerdos,
encadenan mi soñar.

Pero el viajero que huye
tarde or temprano detiene su andar.
Y aunque el olvido,
que todo destruye,
haya matado mi vieja ilusion,
guardo escondida un esperanza humilde,
que es toda la fortuna de mi corazon.
Carlos Gardel y Alfredo Le Pera
(Volver)