"Quem tem um amigo, mesmo que um só, não importa onde se encontre, jamais sofrerá de solidão; poderá morrer de saudades, mas não estará só."
Amir Klink
quarta-feira, 28 de abril de 2010
quarta-feira, 21 de abril de 2010
quinta-feira, 15 de abril de 2010
E a culpa é de quem
Depois da semana do Nada (aquela da enchente na qual nós todos permanecemos em casa vendo Bom Dia Brasil quase que o dia inteiro), voltei à rotina meio que com a impressão que perdi uma semana. Neste semana fiquei em casa, não vi nem muitos filmes quanto imaginaria ver normalmente, nem fiquei tanto na internet (fazendo coisas úteis ao menos), não mexi um centímetro qualquer questão acadêmica (se bobear ainda regredi), e ainda ficava no suspense de: será que tudo vai voltar amanhã (e então, de repente, se descobre que uma tragédia maior aconteceu em Niterói e o caminho para meu trabalho na região oceânica de Nikiti ta totalmente fechado).
Essa semana serviu para pensar. Pensar que ano de eleição está vindo, pensar que os mesmos problemas de sempre foram apontados com o grande agravante de tentar tirar culpa dos políticos (porque tadinhos, não podem fazer milagres). Eles não podem fazer milagres, mas o prefeito atual de Niterói está leiloando a região oceânica aos poucos, deixando que as encostas que deverias ser preservadas (e são o grande atrativo da região cheia de verde) sejam ocupadas, vendidas a preços exorbitantes para construção de mais algum condomínio de casa. Logo, como ele teria tempo de cuidar dessas encostas mixurucas no meio do nada, que ainda era um ex-lixão. Ah, gente, não vemos julgar o prefeito assim... O homem não sabe nem falar em público (isso porque governa Niterói no terceiro mandado), não gosta de aparecer em público muito menos (para quê, se a família Silveira governa Nikiti City desde seus primórdios), acata qualquer decisão que beneficie grandes empresários na cidade, incluindo os donos das empresas de ônibus (que por conta disso não tem uma linha de ônibus São Gonçalo – Icaraí, por exemplo, tendo que todo mundo pagar 2 passagens para andar mais 5 minutos de ônibus). Verdadeiramente, o morro do Bumba é CULPA da população, que se viu num lugar que o governo deu seu aval levando saneamento, luz e todas as condições básicas. Logo, que prefeitura boa essa de Niterói, que recebendo relatórios de estudiosos da UFF sobre a insalubridade do lugar, fechou os olhos e só se preocupou de não ser feito nenhum relatório na região oceânica.
Desde dos meus 16 anos tenho título de eleitor e com o passar do tempo dou maior importância a ele. Ainda sonho com o dia que as pessoas sejam mais esclarecidas, ou que menos tenham paixão na época da eleição como a final do brasileirão e que consigam argumentar o porque de votar num partido de direita e esquerda (e saibam o que essa bendita esquerda e direita significam).
Quem assim seja, Amém!
Essa semana serviu para pensar. Pensar que ano de eleição está vindo, pensar que os mesmos problemas de sempre foram apontados com o grande agravante de tentar tirar culpa dos políticos (porque tadinhos, não podem fazer milagres). Eles não podem fazer milagres, mas o prefeito atual de Niterói está leiloando a região oceânica aos poucos, deixando que as encostas que deverias ser preservadas (e são o grande atrativo da região cheia de verde) sejam ocupadas, vendidas a preços exorbitantes para construção de mais algum condomínio de casa. Logo, como ele teria tempo de cuidar dessas encostas mixurucas no meio do nada, que ainda era um ex-lixão. Ah, gente, não vemos julgar o prefeito assim... O homem não sabe nem falar em público (isso porque governa Niterói no terceiro mandado), não gosta de aparecer em público muito menos (para quê, se a família Silveira governa Nikiti City desde seus primórdios), acata qualquer decisão que beneficie grandes empresários na cidade, incluindo os donos das empresas de ônibus (que por conta disso não tem uma linha de ônibus São Gonçalo – Icaraí, por exemplo, tendo que todo mundo pagar 2 passagens para andar mais 5 minutos de ônibus). Verdadeiramente, o morro do Bumba é CULPA da população, que se viu num lugar que o governo deu seu aval levando saneamento, luz e todas as condições básicas. Logo, que prefeitura boa essa de Niterói, que recebendo relatórios de estudiosos da UFF sobre a insalubridade do lugar, fechou os olhos e só se preocupou de não ser feito nenhum relatório na região oceânica.
Desde dos meus 16 anos tenho título de eleitor e com o passar do tempo dou maior importância a ele. Ainda sonho com o dia que as pessoas sejam mais esclarecidas, ou que menos tenham paixão na época da eleição como a final do brasileirão e que consigam argumentar o porque de votar num partido de direita e esquerda (e saibam o que essa bendita esquerda e direita significam).
Quem assim seja, Amém!
domingo, 11 de abril de 2010
But if you think you need some lovin, that's fine...
Música: If You Think You Need Some Lovin
by Pomplamoose
Quem dera ser um peixe...
Nesta vida corrida o tempo para pequenas coisas bobas é quase que ínfimo. Mas claro, não pode faltar 'o tempo'. Aqui em casa os aplicativos do Facebook fazem sucesso, dentre fazendas, cafés e aquários. O mais bobo dele (desde sempre) foi o aquário, funcionando como um grande bicho virtual que se tem de cuidar para não perecer. O mais bobo pois não tem muita ação nessa simulação, é simplesmente comprar peixes, os alimentar e contemplar.
No entanto, o aquário é meu aplicativo fahvorito (com estrelinhas). Fico feliz com meus peixes (e verdadeiramente conheço grande parte dos originais da minha infância, dos cartões que vinham com o saudoso chocolate Surpresa), os trato com carinho, os nomeio e cuido para que sempre estejam bem alimentados e fortinhos. A única explicação que tenho para isso é que peixes são FABULOSOS e é impossível não ter fascínio pelos bichinhos. Me sinto uma criança cuidando do seu aquário de verdade (o que nunca tive porque animais de extimação sempre foi um tabu em casa - apesar disso consegui ter 3 cachorros, 1 coelho e milhares de formigas de extimação).
Devo confessar que, assim como usava os objetos da penteadeira da mamãe no passado (perfumes, desodorantes, cremes, talcos), atualmente uso meus peixinhos para desenvolver histórias na minha mente aleatória. E faz tão bem. Juro.
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Na boca do povo
Se não bastasse o sufoco da chuva vem o povo espalhar notícia de arrastão em Niterói e São Gonçalo. Arrastão, para aqueles que não sabem, é uma modalidade de roubo que se dá por um grupo de delinquentes que preferivelmente destrói tudo que vê pela frente. Arrastão ficou famoso no rio na década de 90 quando jovens desciam os morros cariocas para assaltar as praias de cartão postal.
Agora, no meio do suplício alheio, meia dúzia resolve reviver essa palavra que é terror número um de qualquer comerciante. Sei que foi justamente no dia que visitei o comércio da cidade que o boato veio a tona e o que via eram comerciantes e transeuntes inquietos. Eu, na minha inocência, cheguei a pensar que era por causa da chuva. Mas que chuva é essa que faria até lojas de grande porte fechar as portas.
No final voltei pra casa e grudei no jornal para saber o que se passava: em uma passeata dos moradores do morro do Estado em Niterói meia dúzia resolveu assaltar lojas. Crítico, pois se toda força militar está sendo usada para organizar e garantir a alocação daqueles que estão jogados por aí sem casa, como ficaria se os que ainda tem um teto começarem a vandalizar por aí, tirando o foco da enxente para o vanfalismo.
Vamos aguardar o próximo capitulo dessa calamidade.
Agora, no meio do suplício alheio, meia dúzia resolve reviver essa palavra que é terror número um de qualquer comerciante. Sei que foi justamente no dia que visitei o comércio da cidade que o boato veio a tona e o que via eram comerciantes e transeuntes inquietos. Eu, na minha inocência, cheguei a pensar que era por causa da chuva. Mas que chuva é essa que faria até lojas de grande porte fechar as portas.
No final voltei pra casa e grudei no jornal para saber o que se passava: em uma passeata dos moradores do morro do Estado em Niterói meia dúzia resolveu assaltar lojas. Crítico, pois se toda força militar está sendo usada para organizar e garantir a alocação daqueles que estão jogados por aí sem casa, como ficaria se os que ainda tem um teto começarem a vandalizar por aí, tirando o foco da enxente para o vanfalismo.
Vamos aguardar o próximo capitulo dessa calamidade.
O dia em que o Rio parou com a chuva
No meio do meu pequeno mundo uma grande catástrofe inundou meus pensamentos. Tudo começou numa tarde de segunda-feira na qual a chuva começara a cair de forma regular,densa e mostrando que era de poucos amigos. Na noite, ao estar liver as 20:30h da noite, opto por esperar minha amiga da secretaria no intuito de ter alguém com quem ir sabendo que iria pegar um engarramento. O engarrafamento não foi tanto. Tanto foi o tempo que esperamos para conseguir pegar um ônibus no terminal de Niteróis por volta das 21:40h. Pegamos um ônibus daqueles menores, e foi aí que meu horror começou. As ruas pareciam cachoeiras, e meu ônibus desbravava aquilo tudo enquanto eu cá com meus botões achava melhor deixar a impáfia um pouco de lado quando lidamos com força da natureza. No entanto, o motorista não estava de acordo com meus pensamentos e ia desbravando as ruas da Dr. March (a pior via para um dia de enchente, mas não podia deixar a amiga sozinha a essa altura). Ela saltou do ônibus e eu continuei no meu desespero pessoal. Meus arredores não inundam e nem despecam, mas tive de enfrentar aquela água acumulada rente a calçada. Enfrentei, e nem dei muita importância depois de ter passado tamanha aventura dentro daqueme micro ônibus.
Certamente o problema estava por vir. Durante a noite, até o momento que estava acordada, a chuva não parava. Fiquei no meu mundinho imaginando que tanta chuva é essa que não parava de cair nem por alguns instantes. Parecia que o mundo estava com cede e os céus estavam doando tudo que tinham para o saciar. Dormi e acordei relutante, ainda nos meus sonhos, no meu mundo. E quando me dei conta estava no jornal pela manhã inteira: uma chuva sem fim que deixou pessoas sem casa, tirou a vida de outros e está causou um pânico descomunal na volta para casa das pessoas no dia anterior. Nos relatos, confesso, deixei umas lágrimas cairem no canto do olho. O desespero era real e não simplesmente daquela impressa sensasionalista.
Eu que pensei que o Rio tinha parado em um mero apagão de algumas horas, vi o Rio parar por um dia inteiro. A recomendação era que ficasse em casa durante a terça. As pessoas ficaram. Comércio nem aqui nos meus arredores abriu, imagina nos lugares atingidos. Parecia um luto discreto, quando colocamos um azul escuro no peito para dizer que estavamos tristes com algo. E todos estavam. Na quarta, ainda sem trabalhar, permaneci no meu luto, assim como outros que não podem chegar a Itaipu por conta da estrada intransitável. A UFRJ só volta às aula na segunda-feira, e eu a trabalhar também.
A chuva nos fez desacelerar. Aquela desautomazação da vida que tanto defendo foi vista de maneira muito brutal. As pessoas pararam, calcularam pra si mesmas os danos causados por uma chuva que mostra que não há nada como a força da natureza nessa vida. A falta de respeito tem de parar... Com minha linha panteísta mais do que nunca creio que só reverenciando o lugar que vivemos é que conseguiremos evitar rios de sangue na cidade maravilhosa.
Certamente o problema estava por vir. Durante a noite, até o momento que estava acordada, a chuva não parava. Fiquei no meu mundinho imaginando que tanta chuva é essa que não parava de cair nem por alguns instantes. Parecia que o mundo estava com cede e os céus estavam doando tudo que tinham para o saciar. Dormi e acordei relutante, ainda nos meus sonhos, no meu mundo. E quando me dei conta estava no jornal pela manhã inteira: uma chuva sem fim que deixou pessoas sem casa, tirou a vida de outros e está causou um pânico descomunal na volta para casa das pessoas no dia anterior. Nos relatos, confesso, deixei umas lágrimas cairem no canto do olho. O desespero era real e não simplesmente daquela impressa sensasionalista.
Eu que pensei que o Rio tinha parado em um mero apagão de algumas horas, vi o Rio parar por um dia inteiro. A recomendação era que ficasse em casa durante a terça. As pessoas ficaram. Comércio nem aqui nos meus arredores abriu, imagina nos lugares atingidos. Parecia um luto discreto, quando colocamos um azul escuro no peito para dizer que estavamos tristes com algo. E todos estavam. Na quarta, ainda sem trabalhar, permaneci no meu luto, assim como outros que não podem chegar a Itaipu por conta da estrada intransitável. A UFRJ só volta às aula na segunda-feira, e eu a trabalhar também.
A chuva nos fez desacelerar. Aquela desautomazação da vida que tanto defendo foi vista de maneira muito brutal. As pessoas pararam, calcularam pra si mesmas os danos causados por uma chuva que mostra que não há nada como a força da natureza nessa vida. A falta de respeito tem de parar... Com minha linha panteísta mais do que nunca creio que só reverenciando o lugar que vivemos é que conseguiremos evitar rios de sangue na cidade maravilhosa.
domingo, 4 de abril de 2010
sexta-feira, 2 de abril de 2010
quinta-feira, 1 de abril de 2010
aguarda (do mendigo solipsista)
Ao descer do ônibus reparo que a música para no celular. Abro a bolsa e coloco "I hear you call" novamente pra tocar. No entanto, ao reparar que a música repetiria novamente, abro a bolsa para trocar de faixa. E troco mais uma vez. E outra vez. E mais uma, já meio olhando para o lado pensando no avançado da hora e nas últimas histórias de assalto. Então, ao olhar para frente, sentado no meio fio da loja estava o mendigo do meu mundo solipsista. Ele estava sentado no meio fio, com as pernas cruzadas e olhava na minha direção. Olhei rapidamente e tive a impressão que seu olhar era de quem preparava algo de surpreendente para a vida lilás. Era um olhar de ‘aguarda e confia, algo virá’.
Talvez o sonho da noite passada tenha sido o início disso. Ao ter uma dúvida extrema na minha mente e alma em relação a determinado assunto, meu subconsciente não perdeu tempo para mandar sua mensagem. Tive um sonho de início, meio e fim. Era uma história e eu era a protagonista, como que em uma novela mexicana. Tinha drama, tinha enredo, tinha uma verdadeira escolha de Sofia, tinha cores azuladas juntamente com tons pastéis. Tinha também reflexão. Enquanto fazia determinada ação pensava na conseqüência daquilo e na importância de determinadas pessoas. Sonhei com partes de casa, com direito a espelho e a me ver juntamente com uma pessoa. Companheirismo, amizade, amor, parecia tudo querer se definir ali. No final de tudo fiquei simplesmente sozinha, no meio fio, como que na pose do mendigo solipsista, refletindo sobre tudo que havia acontecido. E estava feliz, apesar da angústia inicial e da aparente solidão.
Me levou o dia inteiro pra entender que a quietude só se encontra olhando pra dentro. Mais Amelie poulan impossível. Esses conselhos de mim mesma pra não sair de dentro de mim não são dos melhores, mas impossível resistir.
Talvez o sonho da noite passada tenha sido o início disso. Ao ter uma dúvida extrema na minha mente e alma em relação a determinado assunto, meu subconsciente não perdeu tempo para mandar sua mensagem. Tive um sonho de início, meio e fim. Era uma história e eu era a protagonista, como que em uma novela mexicana. Tinha drama, tinha enredo, tinha uma verdadeira escolha de Sofia, tinha cores azuladas juntamente com tons pastéis. Tinha também reflexão. Enquanto fazia determinada ação pensava na conseqüência daquilo e na importância de determinadas pessoas. Sonhei com partes de casa, com direito a espelho e a me ver juntamente com uma pessoa. Companheirismo, amizade, amor, parecia tudo querer se definir ali. No final de tudo fiquei simplesmente sozinha, no meio fio, como que na pose do mendigo solipsista, refletindo sobre tudo que havia acontecido. E estava feliz, apesar da angústia inicial e da aparente solidão.
Me levou o dia inteiro pra entender que a quietude só se encontra olhando pra dentro. Mais Amelie poulan impossível. Esses conselhos de mim mesma pra não sair de dentro de mim não são dos melhores, mas impossível resistir.
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