Fazia tempo que não saíamos em família, assim todos juntos, por tanto tempo. Tem certas coisas que permanecem as mesmas. A mania de regular um ao outro, mamãe perguntando se EU não esqueci nada, irmã perguntando se não posso trocar de música, papai perguntando se é aquele caminho mesmo. Eu sempre tentando responder a todas as questões.
Também continuo muito protetora com minha irmã, apesar dela ser bem mais alta do que eu saber se defender muito bem. Por chamar atenção (infelizmente mtas vezes negativa), ficam esses homens olhando assim, encarando. Eu, num momento leoa com seus filhotes, parei na frente dela, encarei o moço babão e fiz cara feia. Ele virou e comentou algo com o amigo, os dois me olharam. Ahh, eu mantive firme minha posição. Creio que tem de ter respeito com o tipo de olhada que se dá a alguém, qualquer alguém, em qualquer idade. E aquela olhada não foi de respeito... E qual o por quê disso, seria por ser mulher?? Ou por não ter nenhum homem no bando?? Seja qual for a explicação, não me dei por conformada e exigi respeito através de olhar explosivo.
Bem, seguindo em frente, chegamos a Rio das Ostras. Adoro estar dentro do carro, vendo a paisagem passar, pra mim essa é uma das grandes diversões. Com uma boa música então, aí que se vai longe nos pensamentos. E tudo penso, penso em tudo... Conversa sobre nada, conversa sobre nós. Meu pai que se estranha com minha irmã, minha irmã que se estranha com meu pai. Eles são tão iguais, sai faisca... Eu quieta. Eu degusto cada momento.
Meu pai dizia há tempos que a família está abrindo. Eu voltei, minha irmã continua, minha mãe continua, meu pai continua. Se depender de mim, o "nós" continua, apesar de sermos tão iguais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário