quarta-feira, 22 de agosto de 2007

O dia em que ela não quis sorrir


Ela não era de traquinagens, de quebrar perna, braço ou cabeça. Mas no pensamento mirabolava as coisas mais inverossímeis só pelo prazer de pensar as coisas diferentes. Foi assim que, em um belo dia indo no parque com família, ela resolveu não sorrir.
Papai e mamãe tiravam, corujas, fotos sem parar da menina com aquele bocão aberto, bocão que ela achava que se fizesse não estaria sorrindo, apesar da vontade incontrolável de fazê-lo. Ela abria mais o bocão quanto mais estava se divertindo. Por boa parte da noite achou que enganava o mundo inteiro com uma falsa reação de indiferença e o disfarce da boa aberta. Contudo, na hora de deslizar no tal tobogã ela resolveu deixar a falta de sorriso pra lá, se libertar das botas ortopédicas e junto com papai deslizar tobogã abaixo, com muito sorriso. Pena que dessa parte não tiraram foto, foi o momento em que a menina viu que não viveria nunca sem sorrir.
Desde pequena ela aprendeu a ser flexível nas suas resoluções. Não te digo, ela eu sempre quis ser.

3 comentários:

Oibaf disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Oibaf disse...

Odeio quando simplesmente dizem "parabéns" porque parece que a pessoa está sem saco e quer puxar o alheio.
Por isso, resolvi explicar que me dei ao trabalho de escrever tudo isso pra não dizer simplesmente "parabéns"!

Anônimo disse...

faço das palavras de fábio... as minhas!

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nossa.. bem clichê isso.. também! rsrsr