Refletindo o papel do estudioso de Inglês, fico pensando como muitos professores se lançam à bestialidade de verem a língua como somente moeda (ensino inglês pq dá dinheiro), como status (falo inglês pq é a língua chique), enfim, inglês pra colonizador ver. Isso foi tratado na primeira aula de Inglês VII (que deu mto o q falar pelo regime ditatorial), sobre o inglês para ir para Miame comprar Rayban.
São esses professorezinhos que ganham salário para comprar roupa de grife (nada contra as grifes, mas elite intelectual gastar dinheiro só com isso?!), ao invés de investir mais solidamente em algo que vai te deixar verdadeiramente livre, a educação. Já as roupinhas vão te aprisionar sempre a cada seis meses com uma nova massada de novas ‘tendências’ deixando absolutamente obsoleto o caríssimo guarda-roupa (inclusive o pretinho básico). Ao invés de usar a língua como bandeira da heterogeneidade, a usam como reprodutora da hegemonia nortista. Pessoas que não aceitam SER mestiças e estarem num país mestiço, negro de se ver.
O aprender inglês não quer dizer baixar cabeça para o imperialismo não, ao contrário, cada um que aprende o inglês comprova que a língua é do mundo e não do tal ‘falante nativo’. Esse mesmo falante nativo que até quando dá aulas de merda é o preferidinho dos cursos de inglês. Tudo isso parte daquela atitude dos professores-imbecializados que não deveriam nem ter perdido seu tempo em alguma graduação.
Creio que é essencial que se inspire na classe a criticidade, a reflexão e o incomodo de pensar não só pedagogices de como se ensinar, mas também em como usar a língua como ferramenta de transformação, pensando no nosso umbigo, cidadãos de terceiro mundo. Chega de adoração barata a qualquer porcaria de lá, querendo falar inglês só pq todo mundo fala, para entender a letra da Madonna, ou só apra um dia visitar NY e comprar uma canequinha ‘I heart NY’ e achar que chegou ao ápice da existência.
Língua também pode ser libertação! E o inglês não é do colonizador não, é nosso também, daqui!
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