Seria esse blog uma autobiografia inventada ou uma ficção autobiográfica?
No fim acabo por traçar um tanto de fantástico na realidade, isso eu sei.
Mas foi justo autobiografia o tema de uma das oficinas de linguagem, daí que criei uma autobiográfia ficcional de um personagem aleatório.
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Autobiografia
Confesso que sou descendente direta de Eva. Minha doce mãe, na adolescência inconseqüente, usou de todo feminismo e sensualidade para roubar papai de sua sonsa noiva cheia de graça. Há os que não titubeiam pela maçã e foi daí que nasci, fruto proibido. Porém, como é mais que sabido nos ditos populares que o que é bom é escondido, nasceu eu, o melhor que poderia acontecer na vida de Adão e Eva dos anos 80. Claro, que como conseqüência para eles as atribulações foram muitas, afinal ser expulso do paraíso da irresponsabilidade juvenil não é tão simples. E aí foi que mamãe sentiu as dores do parto e no peito de tanto sugar sua energia, e papai no bolso. Foi 18 de outubro o dia. É, isso mesmo, faço parte dos filhos do carnaval. Embora eu mesma não me lembre do dia, lembro de mamãe tentando esquece-lo como se fora esse o motivo do pecado original. Acho que papai nunca gostou de lembrar também. Só gostaria de saber que deus os puniram com tamanha crueldade nessa história (tenho um palpite, o deus família). Contudo percebo felicidade em seus olhos ao verem que pela incauta maçã mordida originou-se toda um humanidade. A minha humanidade. Elejo-me assim a deusa solipsista deste mundo pois dessa biografia dita minha acabo por inventar cada linha da verdade que às vezes pode parecer pecadora, mas nada original.
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ps: tem um alemento que é repetido em relação ao texto anterior.
Um comentário:
Pelo jeito, as tais oficinas não estão sendo em nada em vão. :)
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