sexta-feira, 31 de julho de 2009

Ah!

Ao postar me dei conta: hoje é dia 31! Esse mês não acaba não?

Que venha logo agosto, o mês do cachorro louco. E depois setembro, o melhor mês do ano :P

a Despedida

Nunca cheguei a falar da vida de trabalhadora da nova casa neste blog. Nos tempos de Mudes, ao contrário, não faltavam dias de satisfação (ou não) que corria para narrar aqui as minhas aventuras. A questão é que naquela época tive as primeiras emoções no controle (ou falta dele) em frente a uma sala de aula. Agora, apesar de ser uma casa nova, tem aquela impressão no fundo de 'mais do mesmo'.

Meu trabalho consiste, basicamente, em ajudar alunos com dificuldade aleatórioas (e coloca aleatória nisso), no intuito de melhorar a nota (sim, aprender fica lá em quinto lugar nisso tudo). No entanto, apesar de minha visão cáustica em relação ao melhoramento de notas, gosto muito do que faço, tenho já meus aluninhos cativos (também, depois de um semestre e muitas aulas de reforço...), e escuto ali e aqui bons elogios sobre meu trabalho, o que me deixa satisfeita o suficiente.

No entanto, o melhor de Itaipu não é o trabalho, são as pessoas. Me divirto com as pessoas de tal forma... Sendo professor, as secretárias, quem for, todos sempre brincando uns com os outros, num clima leve, tentando levar as obrigações da rotina da melhor forma possível. A chefe tem coração, e apesar de ser "a chefe", não há 'o terror'.

Ontem uma grande pessoa se despediu da filial, e eu fiquei sem minha parceira de concursos de poesia. A sensibilidade de dona Bia era tamanha que a cada momento ela sentia a 'dor do mundo', a dor dos outros, e procurava sempre falar as coisas certas na hora certa. Ela trazia meu lilás de volta (que há tempos estava azul escuro, quasi negro), e me fazia sentir pispirica (como nos tempos da "Idade de Ouro" em Rio Grande). Restou despedida, e restou a certeza do desconforto de ter de me despedir assim, sem esperar. Mas creio que quando se gosta de alguém o nó na gargante é normal, assim, me deixo desconfortar (afinal, nada melhor que o sentir.

E deu aquela sesação: um dia será minha despedida.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

a Neblina

Às vezes tudo fica enuviado assim. As coisas se misturam, os sons se confundem com o paladar, o cheiro se mistura com o tato. Não sei, parece que não dá pra distinguir cores ou palavras. Tudo é uma massa uniforme,cinzenta e quente dentro de si. Ao longe não se vê muito além da neblima. Não se vê muito além dentro de si. As brumas de avalon, as brumas da alma, as brumas em si. Seguindo desnorteando o próprio caminho, sigo. Talvez seja muito tarde para uma parada na curva. A chuva não para, e a neblima não esvanece. O caminho fica mais turvo. E eu viro dor.

terça-feira, 28 de julho de 2009

a Amizade






Peguei de thatha pela pureza da coisa :)

domingo, 26 de julho de 2009

sabedoria Infantil parte II

Pergunto inocentemente para Gabriel, quem é mais bonita: a Fabíola ou a Lela. Sem titubear, o menino responde: a Lela.

A sabedoria infantil nunca falha. Ao menos eu sou a mais legal. :)

sabedoria Infantil

Tem certas pérolas que só uma criança de 8 anos pode proferir com naturalidade e transmitir inigualável sabedoria.

Meu primo, Gabriel, 8 anos, quando questionado por minha irmã de como ele queria a comida dele, respondeu:
- "Primeiro o feijão, depois você coloca o arroz por cima tampando e ainda coloca a farinha, tampando mais ainda, pra eu não ver o feijão."
Maneira simples e prática de enganar a si mesmo.

Ainda nas pérolas, Gabriel pegou o cordão de prata de Leandra e começou a se bater com ele brincando. Lela avisou que o cordão era pesado e ele poderia se machucar. Brincando, ela exclama: "Jesus, me chicoteia!". Gabriel, sem exitar, a "chicoteia". Ela ri e indaga "você se chama Jesus por acaso", e ele prontamente responde "Não, mas eu sou o mensageiro".

(AHAHAHAH)

sexta-feira, 24 de julho de 2009

sobre Portas Secretas

Esses temas de porta, janela secreta me encantam. Há tempos atrás tive um post denominado “Janela Secreta” (que não se referia ao filme), narrando um dia em que supostamente uma ‘janela secreta’ havia sido aberta em meu cotidiano, passando a enxergar, assim, as coisas de modo diferente. 

Na animação de Coraline vi esta abertura a um mundo paralelo dado através de uma portinha na velha casa em que Coraline e seus pais se mudaram. Ao enfrentar dias monótonos com seus pais, Coraline está angustiada na nova rotina e exige mudanças. Neste ínterim, ela é levada então à pequena portinhola secreta e lá encontra um ‘mundo ideal’, no qual ela é o centro das atenções. Ela tem uma ‘outra mãe’ e um ‘outro pai’, que fazem tudo que mais a agrada e deste modo ela vai se convencendo que o ‘outro mundo’ é melhor. Contudo, isto não sairia de graça, e é aí que a aventura de Coraline verdadeiramente começa. 

Além disso, o que me encantou mais foi a técnica de stop-motion empregada de uma forma maravilhosa. O filme é extremamente bonito, bem feito, e dá gosto de ver o esmero com o qual foi feito.  

Só não posso esquecer de mencionar que este filme lembrou a mim mesma uma vez no meu próprio mundo de infância. Ao contrário de Coraline, eu não procurava um ‘outro mundo’ que fosse melhor, eu só procurava um mundo que fosse ‘meu’, que eu criasse. Pegando os perfumes da penteadeira de mamãe eu criava a minha escola de teatro, em que saiam histórias incríveis entre perfumes, desodorantes e afins. Haviam atores,atrizes, diretores, roteiristas que tinham seus próprios conflitos e ainda contracenavam conflitos alheios. Outro mundo meu eram os quintais, tanto de minha casa, quanto da casa de vovó. Plantas, insetos, pedras, tudo se transformava em um elemento para uma nova história. E dentro desses mundos surgiam dúvidas um tanto quanto incomuns, como o fato de me martirizar por dias na dúvida se conseguia voar ou não (por ter tido um sonho tão real sobre isso). Minha grande confidente era minha bicicleta, Brisa, uma monark rosa que juntamente comigo viveu grandes aventuras silenciosas no chão de terra da vizinhança que morava (além de tombos). Esta era minha própria porta secreta, na qual não precisava nem ao menos de coleguinhas para me divertir muito. O grande problema da tarde era saber para qual mundo eu iria. 

Enjoy the silence

- "Words are very unnecessary, they can only do harm"

ps. Ingressos para o show do Depeche Mode serão vendidos a partir de 14 de agosto. 

quinta-feira, 23 de julho de 2009

cuidado com o que se pede

Eu queria um dia em casa.

Eu ganhei um dia em casa, mas na famosa circunstância ruim.

vida de jovens adultos

Essa questão de férias me pertuba. Eu preciso urgentemente de _alguns dias_ EM CASA sem fazer absolutamente nada, a não ser assistir filme, me enjoar de escutar música, escrever minhas viagens na maionese encantada, pensar na minha saúde mental, emocional e física. Coisas simples, mas que com a vida de proletariado está quase impossível de pensar.

Será que é pedir muito...

No trabalho comentavam sobre a importância do estágio. O problema do estágio é que em seguida imenda a vida de trabalhador, e, quando vemos, de jovens sonhadores nos tranformamos em seres totalmente cinzas. Isso que dizia o moço da informática, que sem ao menos ver estava indo do estágio pro emprego fixo, se viu cortando o cabelo e se transformando em 'gente adulta'.

Outros comentam que 'cansa' pensar na vida adulta e se admiram bom meu pequeno pique de enfrentar faculdade, treinamentos aletórios e o pequeno estágio ao mesmo tempo. O caso é que para mim o esforço vale cada centímetro, não por estar procurando o sentido da minha vida nessa rotina apertada, mas sim colocando um pouco de mim nesse mundo afora.

não consigo parar de pensar...

Trocadilhos baratos:

"No country for old man"

No vacation for young woman O_o

segunda-feira, 20 de julho de 2009

o Fio

Meu fio sumiu. O cabo de USB do mp3 fugiu de mim. Ficar sem a musiquinha enquanto vou de uma pasárgada a outra é um exercício um tanto quanto amargurante. Não me conecto a mim mesma, fica tudo sem clareza, enuviado assim. Algum fio desconectou daqui. Tô off, tô alheia aos pensamentos de mim mesma e as minhas últimas novidades. Deconectei de mim.

E o fio, por onde anda... Revirei guarda-roupa, mesinhas e lugares escondidos, e nada. Procuro lá dentro aonde pode ter se perdido esse fio. Vai ver estou de pique-esconde comigo mesma.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

o Recorte

No recorte do dia tem hora que as coisas pesam. O pensar pesa, a andar pesa, o falar pesa. Mas acima de tudo estão os pequenos momentos de afeto que são demonstrados em momentos banais, como o do motorista que esperou a mãe sentar com seu bebê antes de arrancar com o carro; ou do outro motorista, que ao me ver afobada apertando a cordinha já comentou "qdo alguém puxa a cordinha logo é pq quer descer antes", e abriu a porta para mim. Num outro momento os novos "amigos" de treinamento procuram meu olhar enquanto falam (por mais que a minha timidez me afaste um pouco). As piadas do ambiente de trabalho, as "fofocas" da nova guarda, os planos para o final de semana... Sei que os dias podem pesar o que for, mas é diretamente compensado pela leveza das coisas mais essencias da vida: um pouco de carinho, um pouco de atençao, um pouco de sorriso.

meu sorriso´tá aqui :)

quarta-feira, 15 de julho de 2009

E dizem que é o fim...

Final de semestre ou de faculdade... Ainda não sei definir. Mas sei que pela primeira vez tenho 0% de férias em julho. Chegou a vida adulta com toda sua força.

Só quero paz, quero menos mal-entendidos possíveis.

Ai, minha vida!

quinta-feira, 9 de julho de 2009

outra questão

Sobre o "ode ao dia", recebi um comentário do tipo "nossa, parece que vc escapou da morte". A questão não é escapar diretamente da morte, o que refleti é que todo dia é um escape indireto da morte. Os motoristas de ônibus de são gonçalo me matam todos os dias de susto. O stress mata nossos corações ao pouco. A violência cria a grande roleta russa, na qual vc sai, acha q voltará pra casa, mas vamos ser sinceros...

Então, devemos adorar os nossos dias, e querer nossos dias diferenciados, e com a nossa cara. Afinal, a única certeza que nos é dada no ciclo da vida é que um dia ele fecha.

auto-conhecimento do sufoco

Na hora em que preciso muito fazer algo (como um trabalho de literatura gigantesco e difícil), e vejo que minhas expectativas do trabalho pronto estão muito além, essa hora domina o mau-humor. Saia de perto, não tente ser gentil, estarei extremamente caústica e qualquer motivo (literamente qualquer) será um motivo para me fazer a raquítica paciência que me resta.
Pode elogiar, poder tentar ser positivo, fazer piadinhas... Ah, nada descer redondo enquanto de fato não der uma evoluida no compromisso que me atormenta.

Eu mesma fico perplexa com minha falta de sensibilidade para com os outros. É que tudo que é pequeno passa a ser visto com uma grande lupa, então qualquer comentário inocente vira o cão chupando manga. Não que eu seja o tempo todo deste modo,mas isso faz parte de minha personalidade nada marcante. Contudo, marca os outros, talvez pq eu não aparente ter esse lado perverso.

O recado é, não levem tão a sério o ser aleatório que não é imprevisível como uma couve-flor.

terça-feira, 7 de julho de 2009

ode ao dia

eu quero mais um dia: de vida, de simplicidade, de sociedade, de fabulosidade, de compreender.

não é qualquer dia. é o dia de letras minúsculas, de formosura, de crianças risonhas, só de amanhecer.

um dia a mais pra ser trivial, pra ser difícil, pra ser chatinha e ser incompreendida.

só peço um dia. um dia em q possa colorir a minha própria eternidade com lápis da faber castel.

eu quero um dia pra ser teu amigo, um dia pra te conhecer, um dia pra saber do que precisas. e te servir.

dia pra alertar a humanidade de toda sua barbaridade e estupidez. pra abrir os olhos nossos , abrir meus olhos nos seus e nos despertar pra mesma irrealidade.


é a utopia que quero nesse dia. eu quero acreditar nas coisas difíceis de acontecer. quero acreditar que quando meu dia chegar... já terei feito tudo que devia fazer.